NOTA OFICIAL
As manifestações populares ocorridas a partir do aumento das tarifas de ônibus urbanos em Florianópolis trouxeram duas preocupações para o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina.
A primeira diz respeito ao trabalho dos profissionais do jornalismo que estão cobrindo as manifestações. Diversos jornalistas, principalmente repórteres fotográficos e cinematográficos, vêm tendo seu trabalho cerceado por policiais militares ou manifestantes. Nesse sentido, o SJSC enviou ao comandante-geral da Polícia Militar e ao secretário de Segurança estadual um ofício no qual solicita que garantam o pleno exercício da profissão, uma necessidade básica à livre circulação da informação na sociedade, o que é princípio numa democracia .
A segunda preocupação diz respeito à linha editorial adotada pelas empresas na cobertura desses episódios. Há uma grande carência de investigação jornalística, principalmente em fatos como agressões ou depredações. Nota-se, também, um grande distanciamento entre o que ocorre nas manifestações populares e o que é divulgado.
Os jornalistas não podem aceitar o cerceamento por parte dos veículos. Querem cumprir o seu dever de atender ao direito de informação da sociedade. Afinal, esta é a função do jornalismo democrático, ético, plural e cidadão, que a categoria defende.
O SJSC, por fim, une-se à população florianopolitana na luta pela redução das tarifas do transporte coletivo, reivindicação que considera justa face aos repetidos aumentos realizados e à perda de poder aquisitivo dos trabalhadores.