Os iluminados do PSDB e da grande imprensa têm tocado constantemente na malfadada questão do ‘diploma’ (ou da falta dele) do presidente Lula. Sendo assim, gostaria de fazer uma observação erudita sobre o assunto – alertando, desde logo, que não sou eleitor do Lula e que fiz campanha pelo voto nulo.
Esta crítica ao ‘sapo barbudo’, que os petistas chamam de conservadora, é, na verdade, medieval. Afinal, o primeiro a exigir que os príncipes (ou governantes) fossem eruditos foi João de Salisbury que, em seu Policratus, de 1159, lançou o seguinte slogan:
Rex iliteratus quase asinus coronatus (um rei iletrado é apenas um asno coroado)
Os asnos diplomados do PSDB (como FHC) e seus pavões coroados nos jornalões e revistinhas merecem um pouco mais de respeito. Portanto, sugiro aos petistas e governistas que não os chamem mais de conservadores. É que existe uma diferença qualitativa entre os modernos conservadores laicos e os truculentos senhores e clérigos medievais que atualmente defendem a permanência dos feudos na cidade e no campo.
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Advogado, Osasco, SP