A organização Repórteres Sem Fronteiras [7/6/06] condenou novas ameaças sofridas por jornalistas na Colômbia. Desta vez, os colombianos Gustavo Bell Lemus, editor do El Heraldo, Ernesto McCausland Sojo, colunista dos jornais El Heraldo e El Tiempo, e Armando Benedetti Jimeno, colunista do El Heraldo e editor de notícias da Rádio Caracol, receberam falsas bombas enviadas para suas casas por correio entre os dias 3 e 5/6. Nas caixas, havia fios e um relógio, além de uma carta alertando que os jornalistas não deveriam se envolver em assuntos que não dizem respeito a eles, ‘caso contrário a bomba explodirá na próxima vez’.
O El Heraldo adotou recentemente uma postura crítica à corrupção, criminalidade e ao governo da Barranquilla, onde o jornal é sediado. No dia 17/3, Jimeno escreveu em sua coluna que 50% dos eleitos no Congresso para a região do Atlántico tiveram seus votos comprados.
No dia 6/6, o governo ofereceu uma recompensa de US$ 40 mil por qualquer informação que levasse à descoberta do responsável pelas ameaças. O presidente Álvaro Uribe, reeleito no dia 28/5, afirmou em declaração que ‘estas ameaças, como outras que prejudicam a liberdade de imprensa, devem ser punidas’. O general Óscar Naranjo, chefe da polícia judicial, foi indicado pelo presidente como responsável pelas investigações.