A imprensa americana passa por uma crise que não parece atingir as revistas de celebridades, como noticia Ross Fadner [Media Post, 15/11/05]. De acordo com uma pesquisa realizada pelo grupo de consultoria de mídia Mediaedge:cia, a venda destas revistas nas bancas subiu 8,9% este ano, enquanto a circulação do restante da indústria de mídia apresentou uma queda de 3,4%.
Revistas de fofocas semanais como People, US e In Touch dominaram a venda de revistas nas bancas. In Touch Weekly e US Weekly são as que mais tiveram um aumento na tiragem, com crescimento de 49% e 33%, respectivamente. A venda de People subiu 2,5% e ela continua sendo a revista mais vendida, com circulação média nas bancas de 1.5 milhão, seguida pela In Touch (1.1 milhão) e pela US (1 milhão).
De acordo com a pesquisa, os varejistas estão mais interessados em disponibilizar revistas que eles têm certeza de que serão vendidas do que fornecer uma grande variedade de títulos incertos aos compradores. Como as revistas de celebridades são garantia de boas vendas, elas escaparam da crescente resistência de varejistas – que tem grande influência na venda das revistas em banca, pois são eles que decidem quais revistas serão disponibilizadas e como elas serão posicionadas na banca. As cinco revistas de celebridades com tiragens mais altas – People, Star, The National Enquirer, US Weekly e In Touch – geraram quase 1/3 de todo o lucro de venda em banca, ou US$ 783 milhões, em 2004.
Outros ramos da indústria de revistas apresentam queda nas vendas, o que leva a média de circulação em banca do setor em geral cair há alguns anos. Desde junho de 2001, a indústria de revistas observou que as vendas caíram 11%. Na medida em que os consumidores estão cada vez mais migrando para a internet, a tiragem de revistas e jornais continua a cair.