Como a ficção acabou substituindo o jornalismo
A degradação jornalística da revista Veja foi fruto de dois fenômenos simultâneos que sacudiram a mídia nos últimos anos: a mistura da cozinha com a copa (redação e comercial) e o afastamento dos princípios jornalísticos básicos.
Vamos analisar um processo de cada vez.
A copa e a cozinha
Os grupos de mídia sempre tiveram muitos interesses em jogo. Mas, para não contaminar as redações, se procurava tratar em âmbito das cúpulas das empresas. Sempre havia maneiras ‘técnicas’ de vetar determinadas matérias que não interessavam, assim como conferir tratamento jornalístico a matérias de interesse da casa.
Como a avaliação é subjetiva e altamente hierarquizada, bastava o editor ou secretário de redação ou o diretor de redação alegar que a matéria não estava boa, para estabelecer-se um veto técnico – que faz parte dos usos e costumes de todas as redações.
Para administrar esse território delicado, as boas redações jamais prescindiram de comandantes fortes e competentes. Eram os avalistas do jornalismo perante a empresa e da empresa perante a redação. Eles não iam contra a lógica comercial, mas eram os radares, aqueles que informavam até onde se poderia avançar ou não no noticiário sem comprometer a credibilidade da publicação.
Apos a crise cambial de janeiro de 1999, o quadro começou a mudar. Apertos financeiros levaram gradativamente muitas publicações a abrirem mão de cuidados básicos, não só permitindo a promiscuidade entre a copa e a cozinha (redação e comercial), mas também em manobras de mercado. Quanto às manobras de mercado, deixo apenas registrado, porque não será tema dessa série.
Um episódio, no início de 1999, marcaria os novos tempos. Em 10 de março de 1999, em pleno escândalo das ‘fitas do BNDES’, a revista recebeu material demonstrando que a Previ tinha assinado acordo com o banco Opportunity, de Daniel Dantas, mesmo tendo sido desaprovado por sua diretoria. A matéria foi feita pelo repórter Felipe Patury (clique aqui).
‘No início de fevereiro, um diretor do fundo, Arlindo de Oliveira, mandou uma carta ao presidente da Previ. São três páginas, e o tom é de indignação, expresso em frases que se encerram com três pontos de exclamação. Na carta, o diretor relata que a diretoria da Previ, reunida em julho do ano passado, decidiu que não faria parceria com o Opportunity no leilão das teles tendo de pagar ao banco 7 milhões de reais por ano de ‘taxa de administração’. A diretoria achou o valor descabido e decidiu só fazer o negócio se não tivesse de pagar a taxa. O estranho é que essa decisão foi ignorada. A Previ associou-se ao Opportunity na compra de três teles (Tele Centro Sul, Telemig Celular e Tele Norte Celular) e comprometeu-se a arcar com os 7 milhões de reais por ano, apesar da decisão contrária da diretoria.’
Segundo a matéria, a Previ também havia entrado – sem autorização da diretoria – na operação de compra da Telemar que – na época – pensava-se que sairia para o Opportunity.
Na semana seguinte, o repórter conseguiu mais material das suas fontes. Chegou a preparar a matéria. Na edição seguinte, de 17 de março de 1999, a matéria não saiu publicada. Mas, pela primeira vez, o banco Opportunity – denunciado na edição anterior – bancou duas páginas de publicidade na revista
Não batia. O Opportunity não é banco de varejo, não atua sequer no middle market. Não havia lembrança de publicidade dele nem mesmo em revistas especializadas – como a Exame.
No dia 31 de março de 1999, mais duas páginas de publicidade do Opportunity.
Esse mesmo procedimento – em mão inversa – seria empregado nas duas edições em que Diogo Mainardi me atacou, em defesa de Daniel Dantas. Só que, nesses casos, a fatura foi mais alta: 6 páginas de publicidade da Telemig Celular e Amazônia Celular em cada edição, 12 ao todo. Também não se justificava tamanho investimento publicitário por parte de empresas que tinham atuação regional.
Qualquer manual de administração ensina que, quando a empresa passa a fugir do comportamento ético nas suas ações externas, tende a estimular o mesmo comportamento na sua estrutura de comando.
Aparentemente, ocorreu um ‘liberou geral’ na revista.
Com escorregões cada vez mais freqüentes, passou a se tornar difícil – mesmo para os leitores mais atilados – identificar o que eram falhas editoriais, o que era interesse da Abril e o que era interesse dos diretores da revista.
Havia um fator a mais a estimular a falta de controle: a desobediência completa aos princípios jornalísticos básicos. E aí se entra em um farto material sobre o mais completo compêndio de antijornalismo que a história moderna da mídia brasileira registrou: o estilo Veja de jornalismo.
Desde os anos 80, cada vez mais Veja se especializaria em ‘construir’ matérias que assumiam vida quase independente dos fatos que deveriam respaldá-las. Definia-se previamente como ‘seria’ a matéria. Cabia aos repórteres apenas buscar declarações que ajudassem a colocar aquele monte de suposições em pé.
O que era um estilo criticável, com o tempo, acabou tornando-se uma compulsão, como se a revista não mais precisasse dos fatos para compor suas reportagens. Ela se tornou uma ficção ampla, o que é de conhecimento geral dos jornalistas brasileiros.
Ainda nos anos 80, o caso mais célebre foi o do ‘boimate’ – criação de Eurípedes Alcântara, já mencionado em outro capítulo.
Mas, à medida que se entrava na era Tales Alvarenga-Eurípedes-Sabino, final dos anos 90 em diante, esse estilo ficcional passou a arrostar os limites da verossimilhança.
O primeiro filtro sobre uma matéria é avaliar se os fatos relatados são verossímeis. Se passar nesse teste básico, é que se irá conferir se, mesmo sendo verossímeis, também são verdadeiros.
Com o tempo, gradativamente o jornalismo de Veja deixou de passar sequer por esse filtro básico. Tornou-se cada vez maior a quantidade de matérias absurdas, sem nexo, sem conhecimento básico sobre economia, finanças, valores, relações de causalidade. E sobre jornalismo, enfim.
O modelo Veja de reportagem
Antes de análises de caso, vamos a uma pequena explicação sobre como é esse estilo Veja de reportagem, que se parece muito com essa brincadeira de desenhar juntando os pontos de uma página em branco.
1.
Levantam-se alguns dados verdadeiros, mas irrelevantes ou que nada tenham a ver com o contexto da denúncia, mas que passem a sensação de fazerem parte de um todo maior. Ou de que o jornalista, de fato, acompanhou em detalhes o episódio narrado.2.
Depois juntam-se os pontos, estabelecem-se relações entre eles ao bel-prazer do repórter. Cria-se um roteiro de filme, muitas vezes totalmente inverossímil, mas calçando-o em cima de alguns fatos supostamente verdadeiros.3.
Para ‘esquentar’ a matéria ou se inventam frases que não fora pronunciadas ou se confere tratamento de escândalo a fatos banais. Tudo temperado por forte dose de adjetivação.As colunas de Diogo Mainardi sobre o caso Telecom Itália são um exemplo amplo dessa deformação jornalística – claramente a serviço de um lobby.
Dentre todos os repórteres, no entanto, nenhum se esmerou mais na arte ficcional que Policarpo Júnior, recentemente promovido a Diretor da Sucursal de Brasília da publicação. Assim como Lauro Jardim e Mainardi cultivam os lobistas cariocas, Policarpo é um freqüentador habitual do submundo de Brasília, convivendo com arapongas, policiais e lobistas em geral.
Vamos a alguns exemplos pré-governo Lula para entender, na prática, em que consiste esse estilo Veja, a partir de algumas obras de Policarpo.
O caso Chico Lopes
Em janeiro de 1999, quando houve o estouro no câmbio, seguiu-se uma catarse geral na mídia, uma busca de escândalos a qualquer preço. Foram publicados absurdos memoráveis, que acabaram se perdendo no tempo – como o de que Fernando Henrique Cardoso se valia do seu ministro-chefe da Casa Civil Clóvis Carvalho para informar os banqueiros sobre as mudanças cambiais.
O escândalo refluiu, cada publicação tratou de esquecer as ficções que plantou e a vida prosseguiu.
Na época, Veja publicou uma capa acusando Chico Lopes de ter beneficiado os bancos Marka e FonteCindam com informações privilegiadas. Chegou a afirmar que quatro bancos pagavam US$ 500 mil mensais para terem acesso a informações privilegiadas sobre câmbio (clique aqui).
A matéria não respondia à questão central: se os dois bancos recebiam informações privilegiadas de Chico Lopes, se Chico assumiu a presidência do Banco Central com a missão precípua de mudar a política cambial, por que, raios!, apenas eles quebraram na mudança? Na época, a explicação de Veja já era absurda. Assoberbado com os problemas da mudança cambial, Chico tinha se esquecido de avisar seus clientes (que lhe pagavam US$ 500 mil mensais apenas para ter aquela informação).
O mistério persistiu até o dia 23 de maio de 2001 quando saiu a capa da Veja ‘A História Secreta de um Golpe Bilionário’ um clássico à altura do ‘boimate’, de Eurípedes Alcântara (clique aqui).
A abertura nada ficava a dever a um conto de Agatha Christie.
‘O momento mais dramático do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso ocorreu no dia 13 de janeiro de 1999.(…) O que ninguém sabia é que, desde aquele dia, um grupo reduzidíssimo de altos membros do governo passou a guardar um segredo de Estado, daqueles que só se revelam vinte anos depois da morte de um presidente. Após quatro meses de investigação e 22 entrevistas com catorze personagens envolvidos, VEJA desvendou peças essenciais para o esclarecimento do mistério, que resultou na inesperada, e até hoje inexplicada, demissão do presidente do Banco Central apenas duas semanas depois da desvalorização.’
A demissão de Lopes tinha sido mais que explicada: os erros na condução da mudança da política cambial.
‘O então presidente do Banco Central, o economista Francisco Lopes, vendia informações privilegiadas sobre juros e câmbio – e uma parte de sua remuneração saía da conta número 000 018, agência 021, do Bank of New York. A conta pertencia a uma empresa do Banco Pactual, a Pactual Overseas Bank and Trust Limited, com sede no paraíso fiscal das Bahamas. Chico Lopes, como é conhecido, repassava as informações para dois parceiros, que se encarregavam de levá-las aos clientes do esquema. Os contatos entre os três eram feitos por meio de aparelhos celulares. A Polícia Federal suspeita que os números sejam os seguintes: 021-99162833 021-99835650 e 021-99955055
‘Salvatore Alberto Cacciola, então dono do banco Marka, do Rio de Janeiro, descobriu todo o esquema por meio de um grampo telefônico ilegal e também passou a ter as mesmas informações privilegiadas. As fitas, que registram as conversas grampeadas, estão guardadas num cofre no Brasil – e há cópias depositadas num banco no exterior. Cacciola chegou a custear viagens a Brasília para que seu contato obtivesse, pessoalmente, as informações de Chico Lopes. Numa delas, seu contato voou do Rio a Brasília num jatinho da Líder Táxi Aéreo (o aluguel do jato saiu por 10 500 reais) e hospedou-se no hotel Saint Paul (a conta: 222,83 reais). Quebrado com a mudança cambial, que seu informante não conseguiu avisar-lhe a tempo, Cacciola desembarcou em Brasília no dia seguinte, 14 de janeiro de 1999, com o que chamou de `uma bazuca´. Ela estava carregada de chantagem: ou o BC lhe ajudava ou denunciaria ao país a existência do esquema. O BC ajudou. Vendeu dólar abaixo da cotação e, no fim, Cacciola levou o equivalente a 1 bilhão de reais.’
Era um furo fantástico! Cacciola não seria mais o financiador das informações privilegiadas de Chico Lopes. Em vez de pagar US$ 500 mil mensais, descobrira o modo mais barato, de grampear os celulares por onde transitavam as informações secretas.
Na mesma abertura se dizia que ele se informava através de um ‘grampo’ e que ele tinha um informante.
Nem se fale do contra-senso de alguém experiente em mercado jogar todo seu futuro no resultado de um ‘grampo’. Não tinha lógica. Qualquer decisão de mudança de política cambial seria imprevista, da noite para o dia. Como confiar toda sua vida financeira a um mero ‘grampo’?
Segundo a matéria, no dia aziago o grampo falhou, e Cacciola quebrou. Indignado, foi tirar satisfações com Chico Lopes, que cedeu à chantagem.
Não tinha pé nem cabeça. Mas como foi montado esse nonsense?
Depois de ’22 entrevistas com 14 personagens’ envolvidos, Policarpo havia conseguido – de fato – as seguintes informações:
1.
Com Luiz Cezar Fernandes, ex-controlador do Pactual, em briga com seus ex-sócios, o número da suposta conta-corrente do Pactual em Nova York, de onde sairiam os supostos pagamentos para Chico Lopes. Na verdade o número apresentado era o de registro do banco na praça de Nova York, feito junto ao Banco de Nova York – equivale àquele 001 que você confere nos cheques do Banco do Brasil.2.
Na declaração de renda de Luiz Bragança (o suposto intermediário de Chico Lopes no vazamento das informações) algum araponga brasiliense levantou os números dos três celulares. Ou seja, o sujeito montava um esquema super-secreto para transmitir informações, que supostamente renderia US$ 500 mil mensais, valendo-se de telefones celulares – e colocava o número dos aparelhos na sua declaração de renda.Eram essas as informações de Policarpo, e algumas outras, como o vôo de Cacciola a Brasília, o hotel onde se hospedou, informação sem nenhuma relevância e fartamente divulgada pela imprensa em janeiro de 1999.
Como tempero final, um apanhado de fatos e dos boatos mais inverossímeis que circularam por ocasião da mudança cambial. De fatos, a conta que Chico Lopes tinha no exterior – descoberto pela Polícia Federal.
Bastava isso para se para se ter um enredo que provocou gargalhadas em todos os jornalistas que cobriam a área financeira. Veja tinha a informação sobre os celulares de Bragança, tinha declarações de Cacciolla de que fizeram alguns ‘grampos’. Pronto: bastou para concluir que as informações transitavam pelos celulares (o mais vulnerável dos meios de comunicação) e Cacciolla ficava sabendo através de ‘grampos’. Nenhum dado adicional respaldava essa conclusão.
Na época apontei a maluquice; minha colega Miriam Leitão também. E menciono a Miriam por que, anos depois, essa crítica estimularia uma revanche de Veja: ataques continuados a seu filho Matheus Leitão, repórter da revista Época. Essa história será contada em outro capítulo.
Citado na matéria, o economista Rubens Novaes, enviou carta a Veja esclarecendo todos esses pontos. A carta jamais foi publicada. Ele limitou-se a enviar cópias para alguns jornalistas.
Anote esse exemplo porque, longe de se constituir em exceção, refletia um padrão de ‘jornalismo’ presente em todas as coberturas bombásticas da revista.
Na era Eurípedes-Sabino, Policarpo, repórter de escândalos, freqüentador, como jornalista, do submundo dos lobbies de Brasília, tornou-se diretor da sucursal da revista. E se tornaria o autor das capas mais rocambolescas da cobertura do ‘mensalão’.
Coube a ele divulgar o vídeo em que o funcionário dos Correios, Mauricio Marinho, aceitou a propina de R$ 3 mil. E que deflagrou a campanha do ‘mensalão’.
Mas este é tema para um outro capítulo.
***
A cara da Veja
Você aceitaria essa pessoa na sua casa?
Slogan da nova campanha publicitária de Veja:
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‘Veja, indispensável para o país que queremos ser’A cara da Veja, para todos os leitores que freqüentam o portal da revista, é o blog de Reinaldo Azevedo.
Assista à campanha institucional da revista. Repare nas imagens, mostrando os problemas nacionais, a miséria, as criancinhas, a violência. E confira, na prática, ‘qual o país’ que Veja quer ser.
Uma revista é o que ela publica, não o que a publicidade imagina.
Azevedo foi um jornalista apagado até os 40 anos de idade. Depois, entrou para a revista Primeira Leitura, que cerrou as portas quando foi denunciado o esquema de patrocínios políticos que a mantinha.
Foi, então, contratado por Mario Sabino para se tornar o blogueiro da Veja, incumbido dos ataques aos adversários e dos elogios aos amigos e à empresa. Pratica ambos com notável desenvoltura.
Dedica a Sabino temor reverencial. Quando não recebe ordens diretas da direção, procura se antecipar ao que considera ser a opinião da revista.
Às vezes erra e entra em pânico.
Quando Barack Obama despontou nas pesquisas, escreveu comentário preconceituoso contra ele. No final de semana a edição da revista elogiava o candidato. Sua reação foi enviar um e-mail temeroso a Sabino, perguntando das conseqüências do escorregão.
Acalmou-se quando recebeu o nihil obstat. Passou recibo no blog, divulgando o e-mail súplice e a absolvição generosa.
Tenta reproduzir o ideal yuppie do grupo, como apregoar que sempre foi bem sucedido (até os 40 anos era jornalista apagado; até dois anos atrás, jornalista desempregado), gostar de uísque escocês e separar parte de suas cinco horas de sono para ‘fazer amor’. Aprecia quando comentários supostamente assinados por leitores (grande parte dos comentários é de ‘anônimos’, que tanto podem ser leitores quanto o próprio blogueiro) realçam sua inteligência e charme.
Gosta de ser chamado de ‘meu Rei’ e ‘tio Rei’ pelos leitores. Esbanja preconceito contra negros, mulheres, abusa de um linguajar chulo, não tem limites para caluniar ou difamar críticos da revista.
Seu blog participa do circuito de blogs que fazem eco às ‘denúncias’ lançadas pelo lobby de Daniel Dantas.
É reconhecidamente pessoa desequilibrada, com pendores homofóbicos. Tem fixação em lançar insinuações sexuais contra adversários e é especialmente agressivo com mulheres. Consegue passar, sem nenhum filtro, da agressão mais escatológica contra os ‘inimigos’ à bajulação mais rasteira das chefias.
Em qualquer publicação, independentemente do porte, seu desequilíbrio seria contido dentro de limites editoriais. Na Veja de Eurípedes-Sabino não só tem autorização para fazer o que quiser – até sugerir ‘boquetes’ ao presidente – como é estimulado a isso.
Graças à falta de discernimento de Eurípedes e Sabino e à pouca importância que ambos – mais a Abril – dedicam ao trabalho de preservação da imagem da revista, Azevedo representa uma espécie de caricatura, a parte mais ostensiva do processo de degradação editorial da revista. É um esgoto sem filtro. Todo o seu desequilíbrio é despejado diariamente no Blog e sua atuação festejada por Sabino.
Hoje em dia, junto ao mundo cada vez mais crescente dos freqüentadores da internet, a imagem de Veja tornou-se irremediavelmente ligada à de Azevedo, o ‘tio Rei’. É o exemplo mais acabado do processo de deterioração moral e editorial que tomou conta da revista.
Confira a cara da Veja:
Por Reinaldo
‘Ô Tomaiz, faiz um Bequéti aí pra mim vê se ocê é bão mesmo’
‘Um momento lindo nos aguarda: o petralhismo filtrado pela ópera (e bunda) seca de Gerald Thomas. Seca, mas molhada pelo capilé oficial. Em visita ao `Hemisfério Sul´ como diz, Thomas deveria ir ao Palácio do Planalto. Aí o Apedeuta poderia lhe dizer: `Ô Tomaiz, faiz um Bequéti aí pra mim vê se ocê é bão memo´. E ele, claro, fará. Como sempre.’
‘Os publicadores de releases, batedores de carteira e caloteiros estão submetendo a tal premiação a um ridículo estupendo. E os cachorros loucos estão à solta. As cadelas também.’
‘De uma tal Lais F., recebo o que segue. (…) Lais F? Seria a mãe intelectual de Christiane F?’
‘Entrei no site da vereadora (…) Ali, a coroa (…) aparece num desenho simpático, todo catita, em que finge ter 13 anos. Essa imagem de Lolita — que já ficou tempo demais na grelha se você tem olhos para ver — é diligentemente cultivada pela vereadora, que gosta de falar aos jovens e sentar de um jeito descontraído. No que me diz respeito, eu escondo dela as minhas crianças. Eu não tenho nada contra coroas, deixo bem claro. Muito pelo contrário. Mesmo! Desde que não miem como gatinhas.’
‘Imaginem o sujeito olhar a própria cara triste no espelho, todos os dias, e constatar: `Sou um vendido, um vagabundo, um pilantra´. Mais: `Não pago as minhas dívidas: nem as públicas nem as privadas´.’
‘Dizer o quê? O sujeito não seria um vendido, um vagabundo, um pilantra e um caloteiro se não fosse também invejoso e mentiroso. Ele conseguiria fazer um blog de sucesso como este? Não. É um analfabeto. Mas poderia ao menos tentar. Só que é preciso trabalhar em vez de bater a carteira alheia.’
‘Alguns sugeriram que eu peça emprestada àquele lá a botinha cor-de-rosa. Xiii, acho que não vai dar. Para usar aquilo é preciso ter um passado, hehe. Vai que o Alexandre Frota olhe pra mim e diga: `Huuummm, que matéria!´. E cobre de mim aquele rodopio sensual e manemolente. Não estou preparado para emoções fortes com esta idade…’
Dos comentaristas
‘Anonymous Pyoter
Reinaldo,
Poupe o pé. Pode deixar que eu chuto a bunda desses anões e mascates. O mascate eu sei que corre, é covardão, cagão, mas eu alcanço ele.’
‘Blogger Sérgio
O Mascate tá com invejinha??? Manda ele distribuir pipoca no balcão de anúncios dele. Depois do vexame que ele se auto-infligiu nos últimos dias, todo mundo sabe que ser PIPOQUEIRO é a melhor das ‘virtudes’ dele.’
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‘Veja, indispensável para o país que queremos ser’Por Reinaldo
‘(…) , um desses vagabundos que deveriam estar lendo o blog do ladrão endividado ou do ladrão bem-sucedido, não gostou do que escrevi sobre os planos de saúde.’
Anonymous Anônimo
‘Reinaldo,
Esse que escreveu, pela fama, devia tomar cuidado para não morrer na mão de um travesti violento.’
Por Reinaldo
‘Bem, meus caros, como vocês sabem, escreve alguém que não caiu na chamada `Obamamania´. Deixei a exaltação do `corpo moreno, cheiroso e gostoso, da cor do pecado´ de Obama para Marcelo Coelho e para a desinibida Amber Lee. Acho Obama um picareta de estilo terceiro-mundista que irrompe na política americana. Mas, até aí, convenham, é questão de gosto.
(…) Que diabo se passa com o Partido Democrata americano, que tem como favoritos uma mulher e um negro com sobrenome islâmico e nenhum homem branco paraenfrentá-los? (…) Para bom entendedor: tomo o par `homem branco´ como apelo simbólico à tradição e à conservação de um modelo que, inegavelmente, deu certo e fez a maior, mais importante e mais rica democracia do mundo, que venceu, por exemplo, o embate civilizatório com o comunismo.’
‘Veja, indispensável para o país que queremos ser’
Por Reinaldo
‘O paneleiro ladrão
Ele me chamou de chapeleiro? Melhor do que ser paneleiro (ver Houaiss) de sauna. Devolva o que roubou dos cofres públicos, ladrão! Pague o que deve, caloteiro! Pare de roubar o estado, os amigos e até a própria família!
A ratazana confessou que é caloteira: `Ó, gente, peguei dinheiro público e não paguei, viu?, mas sou uma pessoa bem decente. Aí eles renegociaram, né?, e agora eu puxo o saco, fingindo fazer jornalismo, de quem não executa a minha dívida. Fora isso, sou honestíssima´.
E os calotes com dinheiro privado, ratona? Ninguém faz sumir R$ 2 milhões como ela — hoje seria bem mais, né? Coitada da ratazana de sauna!’
Dos comentaristas:
Anônimo
‘Disse tudo Reinaldo, e disse com elegancia. Há muito tempo esse escroto merecia tomar uma chamada. Vendilhão de Templo!’
Anônimo
‘Reinaldo, quando sai o livro dos `pés-na-bunda´ dos jornalistas? Quero reservar meu exemplar, deve ter cada história edificante…’
Anônimo
‘Reinaldo,
A maior ofensa que você poderá fazer, no seu livro, a um jornalista canalha será não cita-lo.’
Por Reinaldo
‘Eu não tenho tempo de sentir dó de mim nem de ninguém. Desde os 18 anos, ganho bem mais do que preciso para pagar as contas. É verdade: eu moro muito bem, como muito bem, vivo muito bem. Eu bebo uísque 12 anos desde quando era de esquerda: 12, 15, 18, 21. Até 60. Lula também. E durmo só cinco horas por noite — incluo aí o tempo em que faço amor (logo, menos de cinco…).’
Dos comentaristas:
COP
‘Reinaldo,
Essa petralhada tenta medir os outros segundo suas próprias medidas. Dar `porrada´ em LULA e na esquerdalha em geral, além de um imperativo moral, dá um grande prazer ! Isso não tem preço. Hehehehe’
jorge luiz disse…
‘Reinaldão,
Quem sou eu pra dar conselho pro meu rei, mas por favor não se nivele a esse meliante.
Vou te dizer uma coisa: nunca saberia da existência desse pulha se não fõsse você ficar falando tanto nele.
Não percebe que faz o jogo do escroque? Me admira você! Deixa o inominável lá, chafurdando no ridículo dele, fazendo linkinho com o ibest, ensinando seus `eleitores´ a votar e a multiplicar os votos.
Continue sendo referência e brindando seus leitores com sua inteligência, sagacidade e principalmente indignação com a mediocridade, incompetência e roubalheira da tropa petralha.’
Cláudio disse…
Quem é o paneleiro aí (gay) Reinaldo?? Conta…..fala o nome dele.
Anônimo disse…
‘Olha aí moçada, o Blog é do Reinaldo Azevedo.
Se ele quiser chamar alguém de viado, de vagabundo e ladrão é problema DELE.
Quem quiser entrar no site do Bandolin ou da Pantera cor de rosa, que entre, mas não use o Reinaldo como desculpa.
E parem com esse papo do `politicamente correto´.
Senta o dedo nesses porras Reinaldão.’
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‘Veja, indispensável para o país que queremos ser’Por Reinaldo
‘E Lancelotti fez a barba…
Vejo nas fotos que o padre Júlio Lancelotti fez a barba para se encontrar com Lula. Aquela aparência de mártir serviu para o período em que estava sendo `perseguido´. Perseguido por sua própria biografia, naturalmente. No abraço com Lula, o padre está com a cara lisa, lustrosa mesmo. Parece mogno com verniz.’
Dos comentaristas:
‘Anonymous Mário
Caro Reinaldo,
O abraço dos safados! Com certeza usou a loção após barba adequada para o seu tipo de pele (e carater): óleo de peroba.’
Anonymous Anônimo
‘O padre Lancelotti pode tirar a barba, pode lavar a cara, pode ser recebido e abraçado até pelo Santo Papa. Enquanto não ficar explicado, e bem explicadinho, com que dinheiro vestia o seu fofo, estará de cara suja. E a alma imunda. Mas isso ele terá de prestar contas para Alguém incorruptível.’
Anonymous Peru Pachola y su orquestra típica
‘O Lancelotti fez a barba para não espetar e machucar o saco dos dimenores que ele agasalha e protege.’
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‘Veja, indispensável para o país que queremos ser’Por Reinaldo
‘Se é mesmo de coração, então logo os anões, mascates e tocadores de tuba mudam de opinião de novo. O amigo do `Beto´ corre o risco de se desintegrar, coitado! Já não sabe mais o que dizer a respeito do caso. A ratazana da sauna espera ansiosamente um sinal para poder dar uma opinião lucrativa. Tem saudade dos tempos em que se achava poderoso o bastante para achacar até um secretário de estado, razão por que caiu em desgraça e levou o bilhete azul no focinho.
Vocês acham mesmo que alguém da VEJA, pouco importa o cargo, enviaria um comentário para o blog de Luis Nassifu?’
‘Anonymous Anônimo
Aí Reinaldão, ‘Nassifudeu’ foi foda… kkkkkkkkkkkk’
Anonymous Anônimo
‘Petralha nojento às 1:17 PM. Ele aparece de novo às 1:27 PM. O canalha se chama Ary. O cara é tão burro que não entende um trocadilho. Nassifu. Castração nele, prá latir fino. E canil.’
Por Reinaldo
‘Sai com essa língua pra lá, baranga.
Quatro ONGs na Amazônia? E nada de um boto cor-de-rosa dar jeito nesse furor? Parodiando Gonçalves Dias, `rejeitada dos homens na guerra, rejeitada dos botos na paz´???
Ui, é a namorada do boto!? Consulado estrangeiro dando respaldo a mais de 15 países? Seria uma suruba diplomática? E escreve `réles´? Tadinha da moça. Essa função diplomática simplesmente inexiste. Claro que há moças versadas em várias línguas para divertir estrangeiros. No Brasil e no mundo. A mais famosa do momento é a impagável Bebel, muito mais interessante, diga-se, do que Camila Pitanga’.
(Nota: a personagem era uma prostituta)
‘Um bandidinho – na verdade, bandido de médio porte – que foi demitido de um jornal por receber, por fora, dinheiro de empreiteira; que contrai empréstimos e não paga; que é famoso no mercado por dar `carteiradas´, bem, esse mascate de convicções não tem autoridade moral, profissional e ética para julgar meus motivos’.
Dos comentaristas:
Paulo Boccato disse…
‘UAU ! A DONA É QUASE UMA ONU AMBULANTE !..É QUE CU RRICUULM !!!’
CARLOS-DF disse…
‘(…), MEU AMOR. DEIXE DE BESTEIRA. VÁ GANHAR SEU DINHEIRO. COM TANTOS PREDICADOS, VOCÊ NÃO DEVERIA PERDER SEU TEMPO ENTRANDO NO BLOG DO NASSIF PARA MANDAR RECADO PRO REINALDO AZEVEDO. VOCÊ ESTÁ PERDENDO SEU TEMPO E DINHEIRO COM ISSO… DEVERIA APROVEITAR TODA SUA EXPERIÊNCIA E ABRIR UM BORDEL NA INGLATERRA COM O NOME BRASÍLIA, COMO FEZ Jeany Mary Corner, produtora das festas mas comentadas de Brasília…’
Anônimo disse…
‘Caro Reinaldo, A Pistoleira (…), com certeza tem um empreguinho Publico que esqueceu de dizer, e as 4 ONDs deve receber dinheirinho nossos.
Ela conhece o mundo todo e em todos idiomas, só não conhece o Brasil e seus amigos.
Senhora Doutora `Pistolera´ porque não deixa de tomar os remedinho e volta para a realidade, sai dessa `balada-boa´, vão acabar com os poucos neuronios que sobraram.’
Jose Antonio — Campinas
‘Quanto ao Senhor `Nassifoi´, experimenta PEIDAR NAGUA PARA FAZER BOLINHA, VAI SE SENTIR FFELIZ, COM O BRINQUEDINHO E DEIXAR DE FALAR E ESCREVER ASNEIRA’
Por Reinaldo
‘Mas (…) (Nota: um senhor com mais de 70 anos) é do tipo que julga ter uma reputação; ele acredita na sua própria pantomima. O seu traseiro, simbolicamente falando, é gordo, polpudo, e merece ter estampada a sola do sapato.’
Sobre a série da Veja
‘Se um meliante moral, agindo a soldo, cria uma cadeia de difamação contra este ou aquele veículos, contra esta ou aquela pessoas, tem de responder pelos seus atos segundo os rigores do estado democrático e de direito, que protege a honra e a dignidade pessoais e a reputação de empresas.’
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‘Veja, indispensável para o país que queremos ser’******
Jornalista