Bom, a pesquisa mostrou as contradições. Realmente são dados alarmantes em muitos aspectos. Só comento essa de que ‘jornalistas são mais parciais’, pois isso é sinal daquilo que os jornalistas professores sempre nos ensinavam: a imparcialidade era mesmo uma grande bobeira. A filosofia já tinha apontado isso desde os pré-socráticos, depois a teoria política e a semiótica demonstraram também. O duro é que são parciais, mas também devem ser obtusos e ter um horizonte-limite lamentável. Não acham?
Jussara Araújo, jornalista, professora, pesquisadora, Londrina, PR
Estudo disseca a imprensa dos EUA
Questão de tempo
Até quando? Ora, até que o déficit proveniente da negligência jornalística supere a receita. Alguma dúvida de que isso não passa de uma questão financeira? Quem se importa com o conteúdo transmitido à sociedade quando se está gerando lucro? Agora, coloco outra interrogação: até quando a concupiscência do lucro continuará a nortear os mass media? Essa já é uma questão mais subjetiva…
Quanto a ‘O futuro e o retrato da ruptura’, é como se esperava. A inocência do público ruindo e a confiança na mídia abalada. O futuro do jornalismo parece bem comprometido. Essa terra é terra de cego. Aqui, quem tem um olho é rei, mas quem tem dois é malvisto. Porém, estou certo de que, juntando-se um bocado de ‘dois olhos’ por aí, o futuro da relação mídia-público muda, inevitavelmente. O povo já está sabendo o que quer. É apenas uma questão de tempo para simplesmente não aceitar mais a mediocridade jornalística de hoje. E aí, a mídia muda ou não muda?
Felipe Blanco, estudante de Jornalismo, Salvador
O futuro e o retrato da ruptura – Luciano Martins Costa
Jornalismo à margem
Concordo em número, gênero e grau com o artigo. Vivo a mesma experiência em minha cidade e tenho um agravante: a situação política. O atual governo da cidade manipula um jornal (?) quinzenal de uma pessoa não-formada e obstrui categoricamente as notícias ou os acontecimentos do Poder Executivo. O Legislativo padece da mesma pressão. Fico à margem. Uma outra coisa que não aprendi na faculdade: aqui, todos querem anunciar na primeira página, e, para não sucumbir aos custos, todos vendem a primeira pagina. Tenho um site na internet e tento publicar um jornal virtual (www.guiaminas.com), a duras penas com a falta de anunciantes.
Jose Antonio Negri Baganha, jornalista, Ouro Fino, MG