Pelo menos 29 editores, repórteres e fotógrafos iranianos foram obrigados a se exilar nos últimos 12 meses, o que representa a mais alta taxa anual de jornalistas que abandonaram um único país na última década. No mesmo período, aumentou significativamente o número de jornalistas que deixaram seus países de origem no leste da África, escapando da violência e das perseguições das quais são vítimas. As cifras estão no informe ‘An exodus from Iran, East Africa‘ (Êxodo de Jornalistas do Irã e leste da África), elaborado em 2010 pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).
Em todo o mundo, ao menos 85 jornalistas deixaram seus lares durante o último ano. O relatório do CPJ é publicado por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, 20 de junho, e expõe a situação premente daqueles jornalistas que precisam fugir ao enfrentar ataques, ameaças ou possíveis encarceramentos.
O total de jornalistas que se exilaram entre 1º de junho de 2009 e 31 de maio de 2010 é o dobro do número de profissionais exilados no período anterior de 12 meses. A cifra é próxima da maior anteriormente assinalada nesta década, entre 2007 e 2008, quando o CPJ registrou 82 jornalistas exilados.
Como parte do relatório, o CPJ lançou um vídeo que retrata do exílio do cinegrafista etíope Mohamed Abdifatah Elmi, que se viu forçado a abandonar seu país depois de passar vários meses sequestrado. O informe também descreve o exílio do jornalista mexicano Luis Horacio Nájera, que deixou seu país após receber ameaças por sua cobertura do crime organizado e corrupção local.
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O CPJ é uma organização independente sem fins lucrativos sediada em Nova York e se dedica a defender a liberdade de imprensa em todo o mundo