São muitos os avanços conquistados pelas pessoas que nasceram com algum tipo de deficiência, seja ela física, visual, auditiva ou mental, se levarmos em consideração a era do descarte pelos quais essas pessoas eram submetidas em tempos remotos. Os chamados “diferentes” não tinham direitos e nem eram considerados dignos de sobreviver.
Hoje, temos à disposição uma ferramenta de grande valor no processo de inclusão social e com acesso fácil que precisa ser explorada para popularizar a deficiência.
O olhar social para a causa dos que possuem alguma anormalidade, começa a tomar corpo e a se materializar através de leis, tratados, convenções e a própria Constituição Brasileira de 1988 estabelece direitos a essa fatia da população que a cada dia engorda as estatísticas em nosso país.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) censo de 2010, somos uma massa de 45 milhões de pessoas com deficiências que possuem necessidades iguais às de todas as pessoas consideradas normais.
Com o incremento das mídias sociais, da popularização do conhecimento, da facilidade de informações, as pessoas com necessidades especiais de qualquer natureza, ganham poder e lançam mão de possibilidades e facilidades de conhecer seus direitos, leis e políticas públicas que foram criadas visando estabelecer o processo de inclusão sem barreiras dessas pessoas, mas que de fato ainda se distancia.
A Lei Brasileira de Inclusão de junho de 2015 garante o acesso ao ensino regular, o ingresso ao mercado de trabalho, a inclusão social e condena qualquer tipo de discriminação à pessoa com deficiência. A sociedade já percebe o poder que tem o cidadão com deficiência independente do seu grau de escolaridade ou da sua condição social.
Através das mídias, somos levados a conhecer nossos direitos, deveres, novas tecnologias que contribuem para proporcionar melhor qualidade de vida, além de diminuir a distância entre as pessoas com deficiência que passam a discutir maneira de seguir em frente, conquistando espaços através das suas potencialidades.
A deficiência precisa ser discutida, estudada como pauta principal em empresas, escolas, sociedade, para que a tão sonhada inclusão possa efetivamente acontecer de forma natural, assim como cresce naturalmente o número de deficientes no mundo.
As mídias são ferramentas potentes para mostrar à sociedade a face invisível do deficiente que busca um espaço, uma oportunidade, uma possibilidade. Mostrar exemplos de pessoas que, independente do grau de deficiência conseguem executar tarefas que aos olhos das pessoas ditas normais, parecem impossível de ser realizada, provoca a desmistificação da deficiência e faz com que a sociedade veja a diversidade humana como uma situação de plena normalidade.
**
Renato D’Ávila Moura é jornalista, Pós-Graduado em Comunicação, Marketing e Web Jornalismo. Atuou na TV Sergipe, SEJESP, entre outros.