‘Jornalistas adoram denunciar injustiças. Faz parte da cultura da profissão. O problema é que esses mesmos jornalistas também odeiam ser acusados de praticar injustiças ou discriminações. Mas há exceções. Se for um correspondente estrangeiro, por exemplo, e principalmente, americano e trabalhar para o NYT , então vale tudo.
Mas se existe uma classe de jornalistas que sempre sofreu enormes injustiças e discriminações, é, sem dúvida, o segmento dos cinegrafistas de TV. Hoje, são chamados de ‘repórteres cinematográficos’. Para mim, deveriam ser simplesmente ‘jornalistas’. Mas como costumam ter origem humilde e não podem pagar pelos ‘diplomas’ são considerados jornalistas de segunda classe. Não precisam passar no mínimo quatro anos pagando caro para as fábricas de jornalistas e ninguém parece se importar muito com isso. Mas os cinegrafistas ou repórteres cinematográficos merecem o nosso apoio e respeito. Lutam pelo reconhecimento da profissão enquanto ‘jornalistas’ de verdade. Recusam-se a serem meros ‘apêndices’ na vida dos repórteres e nas decisões dos nossos editores de telejornalismo. Esta semana recebi um e-mail anônimo de um grupo de repórteres cinematográficos. Eles fazem questão de ocultar suas identidades e temem represálias (sic). Não pude deixar de pensar em situações semelhantes. Os cinegrafistas costumam gravar entrevistas com vítimas que não querem ser identificadas. Eles conhecem os riscos.
Jornalista ou ‘apertador de botão’
Comecei a minha trajetória no jornalismo com um pé na televisão e outro no cinema. Gostava de ambos. Mas desde cedo, tinha uma certeza: queria aprender a produzir imagens. Ainda penso e vejo o mundo como um profissional da imagem. Nunca me considerei um ‘apertador de botão’ ou cinegrafista. Sempre fui jornalista e fazia questão de participar de todas as etapas da produção de uma matéria para TV. Queria aprender a escrever com palavras e imagens.
Mas também tinha paixão pela educação. Gostava de ensinar. Os cinegrafistas costumam ser bons professores. São os primeiros mestres dos nossos jornalistas de TV. Os jovens de boa aparência – condição dispensável mas que parece ser obrigatória em nossos telejornais – saem das universidades, não sabem quase nada de telejornalismo. Buscam na TV, o sonho de sucesso e fama. A maioria desses jovens não teve a oportunidade aprender a prática da profissão. Eles são selecionados em processos meio nebulosos e certamente pouco transparentes. Se tornam repórteres de TV e tem que aprender as técnicas peculiares da profissão na marra.
No entanto, são os velhos cinegrafistas – profissionais humildes e experientes, que costumam ensinar os primeiros passos. Os cinegrafistas também são colegas leais. Além de ensinarem telejornalismo de verdade, também fazem questão de ocultar os erros dos neófitos. Os editores jamais percebem as inúmeras passagens que os cinegrafistas providencialmente apagam das fitas e da nossa memória. Alguns desses neófitos não eram tão jovens. Muitos profissionais da imprensa fizeram a transição para os encantos da TV graças à boa vontade de velhos cinegrafistas.
Mas o conflito entre os profissionais da palavra e os jornalistas de imagem persiste. Senti na pele, muitas vezes os efeitos de atitudes arrogantes e discriminatórias. Mas quando a discussão esquentava, fazia questão de lembrar aos recém-chegados: oh, garoto, o que você faz – segurar o microfone e perguntar como foi o jogo – eu faço. Mas o que eu faço… você não faz. A arrogância de certos jornalistas em relação aos cinegrafistas é cultural e muitas vezes beira a preconceito social ou ‘racismo’.
No jornalismo, os cinegrafistas sofrem todo o tipo de discriminação e preconceito. Eles são os ‘negros’ da nossa classe. Não gostamos de reconhecer as nossas próprias injustiças. Em alguns casos, a autonomia ou liberdade profissional dos cinegrafistas deve ser ‘vigiada’. Essa semana, ao pesquisar o tema, me deparei com esse exemplo de paternalismo e discriminação em relação ao papel do cinegrafista no telejornalismo:
As imagens são o principal na composição da matéria do repórter. Elas vão dar suporte à narrativa cronológica do acontecimento (off). Uma observação: estar atento à captação de imagens, não quer dizer que o cinegrafista deva ser ‘vigiado’ ou ‘orientado’ pelo repórter. Não se pode esquecer que ele é um profissional com talento suficiente para conduzir a captação de imagens. Além disso, o cinegrafista tem o mesmo objetivo do repórter: registrar o acontecimento e fazer com que ele chegue ao ar sem problemas.
Perceberam? É preciso recomendar aos alunos de telejornalismo que cinegrafista não deve ser vigiado ou orientado. Essas recomendações parecem muito com as recomendações que as donas de casa costumam fazer sobre suas empregadas domésticas.
A verdade é que muitos colegas se recusam a admitir que aqueles sujeitos simples, de origem humilde, carregando peso também são ‘jornalistas’. Eles não só compartilham os objetivos da reportagem como ensinam as novas gerações de jornalistas de TV os principais segredos da profissão. Para aqueles que se dispõem a ouvir e aprender, eles oferecem dicas práticas fundamentais. Mas apesar da importância dessa categoria, a injustiça contra os cinegrafistas persiste em nossas redações.
Deveríamos apoiar essa luta dos nossos profissionais de imagem pelo crédito merecido. É uma questão de direito. E também deveríamos condenar e ficar atentos as possíveis ‘represálias’. Os profissionais de imagem trabalham sempre em condições difíceis. Além dos riscos inerentes à própria profissão, sofrem sérios problemas de saúde ao utilizarem equipamentos pesados e obsoletos. Segundo o Sindicato dos jornalistas de Santa Catarina,
‘Ritmo estressante, repetitividade de tarefas, longas jornadas e condições precárias de trabalho têm produzido uma avalanche de casos de afastamento de jornalistas por causa de doenças profissionais. Na grande maioria dos casos, o diagnóstico é o mesmo: Lesões por Esforços Repetitivos (L.E.R.), adquiridas no ambiente de trabalho e provocando conseqüências para o resto da vida.’
E essa e somente uma das muitas doenças que afetam os profissionais de imagem. O problema é grave e merece a nossa atenção.
Crédito garantido? Só morto.
Além dos problemas de saúde, os cinegrafistas não contam com treinamento adequado e eficiente. Aprendem tudo fazendo. Há alguns anos, fui visitar uma escola de cinegrafistas da BBC. Na época, fiquei impressionado com as facilidades técnicas e o sistema de promoção e cargos. Os cinegrafistas ingleses eram regularmente enviados para um lugar maravilhoso no interior da Inglaterra onde eram apresentados às novas tecnologias e técnicas profissionais. Era um rito de passagem obrigatório para a promoção dentro da própria categoria e para o fortalecimento de laços corporativos.
Mas no Brasil, os cinegrafistas ainda são profissionais anônimos, que precisam ocultar seus nomes para lutar pelos seus direitos. Jornalistas de TV aparecem na frente das câmeras, se tornam estrelas e recebem salários milionários. Nossos profissionais de imagem lutam pelo reconhecimento e pela sobrevivência. Eles produzem as imagens que garantem o sucesso e o faturamento dos nossos telejornais. Infelizmente, só costumam ser lembrados quando já é tarde demais. Cinegrafista só tem certeza de reconhecimento público e crédito garantido quando morre. (ver coluna ‘A morte da imagem’)’
ENTREVISTA / ANA PAULA PADRÃO
‘Ana Paula Padrão, a top dos telejornais’, copyright O Estado de S. Paulo, 3/06/04
‘Para a jornalista Ana Paula Padrão, âncora do Jornal da Globo, os telespectadores têm uma imagem completamente distorcida dela, que se julga um ‘poço de insegurança’ e não entende por que foi eleita, em duas enquetes – no Telejornal e no Domingão do Faustão – e pelo júri do Troféu Imprensa, promovido por Silvio Santos, a melhor apresentadora de noticiários de 2003. Em entrevista ao Estado, ela conta um pouco de sua vida e de sua característica mais evidente: a curiosidade, que já a conduziu aos mais diversos destinos, incluindo um retorno ao Afeganistão, recentemente, e uma viagem à Índia, onde produziu mais uma série, ainda inédita, para o Jornal da Globo.
Estado – Você já foi para a Índia, Afeganistão, foi correspondente em diferentes países… Por que você viaja tanto?
Ana Paula Padrão – (risos) Eu gosto de conhecer gente e tenho enorme curiosidade em saber como um lugar funciona, o que faz as pessoas rirem, o que faz elas chorarem. A minha grande curiosidade com o mundo é com as pessoas. Saber como uma mesma situação econômica, por exemplo, faz com que povos diferentes reajam de formas completamente diferentes. Eu sou curiosa, elaboro teses sobre os lugares…
Você fez isso durante suas férias, na Itália?
Mesmo quando estou a turismo eu elaboro teses. Por isso, gosto de ficar em um só lugar. Você fica sabendo a história do verdureiro, do jornaleiro. Isso eu faço acima da minha profissão. Provavelmente eu virei jornalista por causa disso e provavelmente acabei conhecendo muito do mundo porque minha personalidade me conduziu.
Existe alguma cobertura que gostaria de ter feito e não teve a oportunidade?
Gostaria de estar em Nova York no 11 de setembro. Embora tenha me causado uma imensa tristeza, gostaria de ter visto de perto a reação dos americanos, de ter sentido o cheiro.
Você ganhou a enquete do Telejornal e do Domingão do Faustão como a melhor apresentadora de 2003. A que atribui esse sucesso entre o público?
Eu me faço essa pergunta todos os dias e não consigo entender (risos). Fui até a minha adolescência uma menina muito tímida. Tudo o que eu fiz na minha vida foi para vencer a timidez, me sentir mais segura. Quem não me conhece tende a achar que sou afetada e excessivamente autoconfiante, enquanto eu sou um poço de insegurança.
Você acha que a beleza a favoreceu na carreira?
Acho que eu tenho uma carinha que não compromete. Sou fotogênica. TV não depende de beleza, mas de algo harmonioso. Há rostos na TV que são tão impressionantemente belos que você só presta atenção na beleza.
É difícil ver jornalistas mais velhas na TV. Há cobrança pela beleza para as mulheres na área?
Acho que sim, mas acredito que isso não é tão grave como era antigamente. Você vê na TV americana mulheres de 60, 70 anos respeitadas e que ganham muito bem. Você acha que alguém vai deixar de acreditar no que eu digo porque eu tenho 10, 20 anos a mais? Acho que não. Não é a beleza que eu transmito, é notícia.
Depois de fazer uma série de matérias sobre a revolução feminina, você acha que está mais para ‘Amélia’ ou para ‘Mulher Marie Claire’?
Tento o equilíbrio. Já fui muito só trabalho, mas nunca fui só casa. Ainda sou muito desequilibrada, mas acho que essa é a grande angústia das mulheres da minha idade. Para conquistar o que ela queria, a mulher abriu mão de muitas coisas e agora quer o equilíbrio.’
AMÉRICA
‘Novela das 21h será ambientada em Miami’, copyright Folha de S. Paulo, 7/06/04
‘‘América’, a novela que substituirá ‘Senhora do Destino’, que entra no lugar de ‘Celebridade’ no próximo dia 28, será ambientada em Miami, nos Estados Unidos. Com estréia prevista para janeiro, a trama, de Glória Perez, terá como temas a imigração para os EUA e os rodeios.
De acordo com a sinopse entregue por Glória Perez, no mês passado, vários personagens centrais se dividirão entre Miami e o Rio.
A protagonista da história, Sol, será uma imigrante ilegal. Moça do subúrbio do Rio, tentará a sorte mais de uma vez nos EUA. Passará por todas as dificuldades da clandestinidade: será denunciada, presa e deportada duas vezes.
Também trocarão o Brasil pelos Estados Unidos uma família de classe média -chefiada por um médico, que tentará ganhar dinheiro para montar seu consultório no Rio- e uma família rica, cujo patriarca manda a mulher e os filhos morar em Miami para fugir da violência no Rio.
Além desses personagens, a novela terá vários outros já instalados em Miami. A Globo irá gravar muito material na cidade americana, mas a maior parte será produzida mesmo no Rio, nos estúdios da emissora, como ocorreu com Marrocos em ‘O Clone’.
Nos EUA, a mocinha Sol reencontrará o protagonista da trama, o peão de boiadeiro Tião, por quem se apaixonara antes no interior do Brasil. Ele faz parte do circuito internacional de rodeios.
OUTRO CANAL
Espaçoso 1
A Band vem tentando convencer Gilberto Barros a deixar de apresentar o ‘Boa Noite, Brasil’ todos os dias, para abrir espaço a projetos de Marlene Mattos. Mas ele tem se mostrado irredutível. Seu contrato prevê um programa diário e outro semanal.
Espaçoso 2
Barros está gravando programas que serão exibidos em julho, quando terá férias. Na semana passada, a Band tentou persuadi-lo a reduzir o ‘Boa Noite, Brasil’ a duas edições semanais em julho. Assim, teria menos trabalho agora. Mas ele não topou.
Tribunal
A Globo vai lançar um DVD do ‘Linha Direta – Justiça’. Estarão no disco reconstituições de quatro crimes famosos. O DVD será rico em extras. Só do caso Angela Diniz, haverá 40 minutos de material inédito, com gravações originais de julgamentos.
Movimentação 1
Contratado pelo SBT, o roteirista Doc Comparato é aparentemente um ‘estranho no ninho’ na emissora, cuja marca são os textos mexicanos. Comparato escreveu minisséries na Globo e é respeitado no exterior.
Movimentação 2
O próprio Comparato revela surpresa com seu novo emprego. Vislumbra um ‘movimento’ de ‘transformação’ no SBT. Afirma que será consultor. Inicialmente, irá avaliar o acervo de textos da TV. ‘Quero tomar pé, para depois dar sugestões’, diz.’
TV CULTURA EM CRISE
‘Dossiê aponta causas da crise na TV Cultura’, copyright O Estado de S. Paulo, 7/06/04
‘A TV Cultura vive uma nova crise institucional, às vésperas da entrada de um novo presidente. Relatório financeiro preparado pela ex-diretora superintendente da emissora, Julieda Puig Paes Pereira, entregue no dia 25 a conselheiros da Fundação Padre Anchieta (ocasião em que ela pediu demissão), contradiz declarações da atual gestão da TV e aponta indícios de irregularidades na instituição.
‘A crise da Cultura não é uma crise de receitas, como comumente se diz, mas uma crise de despesas’, afirma o texto do relatório, obtido com exclusividade pelo Estado. Segundo o documento, a emissora teria tido um prejuízo de R$ 50 milhões no exercício de 2003 – oficialmente, a direção da TV diz que as finanças da fundação estão equilibradas.
O prejuízo foi detectado após a diretora superintendente ter feito um ajuste de R$ 51 milhões no balanço do ano passado, ‘explicitando passivos até então ignorados’, segundo afirma Julieda no documento. A afirmação dá a entender que os balanços da emissora vinham sendo maquiados para ocultar prejuízos consecutivos.
Outros dados do levantamento mostram que a receita da TV Cultura subiu 25% nos últimos três anos, em comparação com o período de maior crise, entre 1995 e 1997. O principal motivo foi o incremento de publicidade. Ainda assim, a audiência caiu 40% e o total de horas inéditas na programação caiu 41%. A ex-diretora superintendente afirma que conseguiu recolocar 35% dos profissionais da emissora demitidos durante o período da mais grave crise, além de elevar a produtividade em 61%.
Também o patrimônio líquido, que registrava anualmente um saldo negativo de R$ 5 milhões, tornou-se superavitário, com R$ 10 milhões positivos. Ainda assim, a emissora continuou sem fazer investimentos significativos em programação, e teve de pedir ajuda ao governo estadual para fazer reparos de emergência na estrutura de uma caixa d’água da sede da emissora, que ameaçava desabar.
O presidente da fundação, Jorge da Cunha Lima, recebeu o balanço elaborado por sua diretora superintendente no mesmo dia que os outros 44 conselheiros da instituição, mas não o comentou. Em seguida, viajou para Barcelona, onde tinha um compromisso oficial, e voltaria hoje ao País, segundo informou a Assessoria de Imprensa da TV Cultura.
Julieda Paes também viajou, segundo informações obtidas pela reportagem, logo após a entrega do relatório e de um dossiê apontando a causa dos problemas na fundação. O deputado Ênio Tatto (PT-SP) disse ontem que pretende convidar Julieda para uma audiência pública no dia 14, para ouvir sua versão dos fatos e procurar saber qual é o conteúdo do dossiê que entregou para a direção da fundação e ao presidente do Conselho, Antonio Carlos Caruso Ronca.
Segundo Tatto, a Assembléia Legislativa tentou obter uma cópia do documento, mas o conselho da fundação ‘simplesmente não retornou’ o pedido. A existência de um ‘dossiê secreto’ causa certa apreensão entre conselheiros e funcionários, além de especulações sobre o seu conteúdo.
Jorge da Cunha Lima deixa a TV Cultura no dia 12, para ser substituído pelo presidente eleito da fundação, Marcos Mendonça. Ele assumirá um cargo recém-criado na instituição, o de presidente remunerado do Conselho, e consta que negociou a permanência de alguns de seus principais auxiliares na nova gestão – o que aumentou o descontentamento da então diretora superintendente, Julieda Puig.
As novas funções de Cunha Lima só foram ratificadas após reformas no Estatuto da fundação, mudanças que são consideradas ‘casuísticas’ e ‘pouco democráticas’ pelos funcionários. O representante dos funcionários, Maurício Monteiro, votou contra, mas foi voto vencido.
Houve também uma tentativa de viabilizar uma candidatura alternativa, já que Marcos Mendonça é considerado homem muito ligado ao governo estadual, o que pode pôr em risco a independência da emissora – principalmente em ano eleitoral. Lançou-se o nome do sociólogo Laurindo Leal Filho, professor da USP e estudioso dos problemas da TV pública no Brasil e no mundo. Mas não se conseguiu o número mínimo de conselheiros (pelo menos cinco) para efetivar a candidatura, que foi frustrada.
Com a mudança no estatuto da Fundação Padre Anchieta, foram ampliadas as competências do Conselho Curador e de seu presidente. Os termos da proposta de mudança, segundo informou na época nota da emissora, foram apresentados pelo presidente do Conselho, Antonio Carlos Caruso Ronca. Além da remuneração do presidente do Conselho, ele representará a TV Cultura perante organismos internacionais e nacionais no setor de comunicação social.
Concorrência – O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu na semana passada um edital da TV Cultura para a contratação de serviços de advocacia, atendendo a representação da empresa Dellape Baptista e Biazzo Simon Advogados Associados. O TCE entendeu que o edital da TV Cultura era restritivo (só aceitava propostas de escritórios de advocacia de São Paulo) e negou parcialmente os termos da concorrência.’