Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Após escândalo, Ronaldo dá entrevista ao Fantástico

Leia abaixo a seleção de segunda-feira para a seção Entre Aspas.

 

************

 

O Estado de S. Paulo


Segunda-feira, 5 de maio de 2008


ESCÂNDALO

Roberta Pennafort

 

Ronaldo: ‘Fiz uma grande besteira’

 

‘O atacante Ronaldo Fenômeno disse ontem, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, estar ‘completamente arrependido e envergonhado’ do episódio que viveu na madrugada de segunda-feira passada, em que se envolveu com três travestis. O atacante do Milan ratificou que não usou drogas e que não percebeu que as ‘garotas de programa’ não eram mulheres. Garantiu que é ‘completamente heterossexual’.

 

‘Eu fiz uma grande besteira na minha vida pessoal. Todos nós estamos sujeitos a errar. Eu cometi o grande erro de buscar esse programa’, disse, abatido, à apresentadora Patrícia Poeta. ‘Chorei muito.’ Com quinze minutos (após ser editada), a entrevista – a primeira depois da confusão, que acabou na delegacia da Barra da Tijuca – foi gravada no sábado, na casa de veraneio da mãe do ex-atacante da seleção brasileira, em Angra dos Reis, litoral sul do Rio. Ronaldo apareceu de camiseta branca, bermuda amarela e chinelos. Disse acreditar que o caso irá ‘manchar’ sua ‘vida pessoal pra sempre’. Considera, no entanto, que um dia poderá até ‘rir dessa história, fazer piada disso.’ ‘Sofri com as pessoas ‘sacaneando’, dizendo ‘cuidado com o traveco’, contou, num momento de descontração.

 

Para Ronaldo, o programa foi ‘a pior decisão’ de sua ‘vida pessoal’. ‘Eu sou um ser humano, tenho minhas fraquezas, tenho meus medos, tenho tudo que uma pessoa normal tem. De alguma forma, como Ronaldo Fenômeno – desculpe falar na terceira pessoa -, eu me aproveito dessa situação pra me aproximar mais das pessoas.’

 

‘Pensa em processar os travestis?’, perguntou a apresentadora. ‘Eu me processaria. A minha consciência está ainda pesada por este ato.’ O jogador contou que tinha brigado com a namorada, Bia Antony, naquela noite – ‘uma briga boba’. Ronaldo e os travestis foram parar na delegacia da Barra da Tijuca na manhã de segunda-feira. Ele havia assistido ao jogo entre Botafogo e Flamengo, primeira partida da final do Campeonato Carioca, no Maracanã, no domingo à tarde. Após a partida, foi a uma boate na Barra e, na saída, passou pela Avenida Sernambetiba. Garantiu que havia bebido pouco e estava lúcido.

 

IDENTIFICAÇÃO

 

Lá, resolveu contratar garotas de programa. Só ao chegar ao Motel Papillon , perto dali, é que teria percebido que se tratava de travestis, e não de mulheres.

 

A travesti Andréa Albertini (André Luiz Albertini) confirma que o jogador não percebera sua condição, mas diz que Ronaldo fez sexo com sua amiga, a também travesti Carla Tamini (Júnior Ribeiro da Silva). Ronaldo desmente: ‘Chegando ao local, eu comprovei que se tratava de travesti. Tentei concluir ali, de modo que eu pudesse voltar pra casa. Não consegui, daí começou toda a extorsão.’ Ele prossegue: ‘Foi um ato isolado, completamente estúpido da minha parte. Em nenhum momento soube que era travesti. Sou completamente heterossexual. Pouco importa o que ela fala ou deixa de falar. O importante é que meu erro criou um problema muito grande, uma repercussão mundial e graças a Deus os fatos e tudo que eu falei no meu depoimento ao delegado Carlos (Nogueira Pinto, da 16ª Delegacia Policial, da Barra da Tijuca) estão sendo investigados e comprovados.’ Ronaldo terminou a entrevista dizendo que ainda quer jogar no Flamengo, depois que o contrato com o Milan terminar.’

 

 

 

FUSÃO

O Estado de S. Paulo

Sem a Microsoft, ações do Yahoo tendem a cair

 

‘A retirada da oferta da Microsoft pelo Yahoo, no sábado, trouxe as duas empresas novamente ao ponto de partida: a primeira vai buscar novos aliados e a segunda corre o risco de afundar na bolsa hoje, deixando o caminho livre para o Google reforçar sua presença na internet.

 

A Microsoft anunciou que desistiu da proposta de aquisição do Yahoo, uma vez que não houve consenso entre as partes sobre o preço a ser pago pela companhia. As negociações fracassaram após um encontro na manhã de sábado, em Seattle, entre o presidente da Microsoft, Steven Ballmer, e o presidente e fundador do Yahoo, Jerry Yang, de acordo com uma fonte que foi informada das negociações. Na reunião, Ballmer aumentou a oferta da Microsoft para US$ 33 por ação. Porém, Yang disse que não venderia a empresa por menos de US$ 37.

 

Os analistas se surpreenderam com a recusa do Yahoo de uma oferta considerada generosa, e acreditam que a cotação da companhia pode cair muito na bolsa hoje e amanhã – sua subida recente deveu-se à oferta da maior fabricante de software do mundo.

 

‘O Yahoo terá de provar ao mercado de que vale mais agora do que antes da oferta da Microsoft’, disse o analista de mercado americano Van Baker. Ele avalia que a Microsoft pode até estar contando com essa queda de preço para futuramente fazer uma oferta menor pela empresa. ‘E a Microsoft provavelmente fará outras aquisições que podem lhe dar uma posição melhor para comprar o Yahoo.’ Dentre os nomes especulados pelo mercado, estão a AOL, a ValueClick e o site de relacionamentos MySpace.

 

A gigante do software se encontra sob pressão para tomar iniciativas no mercado de internet. Apesar de contar com quase um monopólio de computadores pessoais por causa do sistema operacional Windows e dos programas do pacote Office, a empresa controla menos de 3% do mercado de buscas online.

 

Além disso, mesmo em seu mercado tradicional a empresa vê os negócios ameaçados por programas gratuitos patrocinados por publicidade, como alguns lançados pelo Google.

 

Google, Yahoo e Microsoft disputam o mercado de publicidade online, que atualmente representa US$ 40 bilhões e deve dobrar até 2010.

 

REAÇÃO

 

Na noite de sábado, a Microsoft divulgou uma nota falando da desistência e também uma carta de Ballmer para Yang, na qual o presidente da Microsoft afirma que não faria sentido seguir numa disputa lenta e lançar uma campanha de procuração para conseguir apoio para uma fusão. ‘Nossas discussões com você nos levou a concluir que, nesse ínterim, você faria coisas que tornaria o Yahoo indesejável para a Microsoft’, escreveu Ballmer.

 

Ele afirma que a Microsoft continuará a buscar sozinha seus objetivos para a internet. ‘Temos um time talentoso e um plano convincente para fazer o nosso negócio crescer por meio de serviços novos e inovadores e negócios estratégicos com outros parceiros’, afirmou o executivo. ‘Com o Yahoo teríamos acelerado essa estratégia, mas tenho certeza de que podemos continuar avançando em direção a nossos objetivos.’

 

CRONOLOGIA

 

1º de fevereiro

 

Microsoft faz uma oferta para comprar o Yahoo por US$31 por ação.

 

4 de fevereiro

 

O CEO do Yahoo, Jerry Yang, diz aos empregados que a venda para a Microsoft é uma opção possível.

 

11 de fevereiro

 

O Yahoo rejeita a oferta, alegando que o valor oferecido é baixo.

 

18 de março

 

Yahoo divulga perspectivas otimistas para os próximos dois anos, para justificar a recusa.

 

5 de abril

 

O CEO da Microsoft, Steve Ballmer, dá três semanas para o Yahoo aceitar, caso contrário, a empresa faria uma oferta hostil aos acionistas, podendo diminuir seu valor.

 

26 de abril

 

Termina o prazo dado pela Microsoft. Ambas as empresas se mantém em silêncio.

 

1º de maio

 

Ballmer afirma a seus funcionários que a Microsoft não vai aumentar a oferta ‘em nem um centavo’, e que pensa em desistir do negócio.

 

3 de maio

 

A Microsoft aumenta a oferta para US$ 33 por ação, mas Yang recusa. A Microsoft desiste do negócio e retira a oferta.’

 

 

 

PUBLICIDADE

Marili Ribeiro

Publicitários voltam ao banco escolar

 

‘Os publicitários que atuam no núcleo central desse negócio, que são os profissionais da área de criação, estão voltando ao banco escolar. Fazem isso porque o mercado global requer, cada vez mais, não só uma grande idéia, mas uma idéia que funcione em termos de resultados e que isso também se reflita no balanço da empresa.

 

Não é uma novidade restrita ao Brasil. O primeiro curso de MBA para liderança de criação, da Berlim School of Creative Leadership, na Alemanha, foi encerrado este ano. Dos 14 profissionais que se formaram, havia apenas um brasileiro, o diretor de criação da AlmapBBDO, Luiz Sanches. A nova seleção de participantes, que conta com 23 estudantes dos quatro cantos do mundo, tem mais três brasileiros: Ruy Lindenberg, vice-presidente de criação da Leo Burnett; Sergio Mugnaini, outro diretor de criação da AlmapBBDO; e Sérgio Gordilho, sócio e vice-presidente de criação da Africa.

 

Os cursos de MBA fazem parte há tempos do currículo de executivos das grandes empresas, mas não no meio publicitário. E surgem agora porque a cobrança por profissionais mais antenados se intensificou nos últimos anos, com o avanço da era digital, que proporcionou o florescimento do consumo segmentado e uma comunicação multidisciplinar.

 

‘O que está acontecendo não é diferente do que já ocorreu em outras áreas do negócio’, diz Lindenberg. ‘A atualização se faz necessária porque tudo agora gira muito mais rápido no negócio. Tudo mudou e as fórmulas conhecidas não funcionam mais. Entender mais do negócio do cliente torna as idéias ainda mais eficientes.’

 

Para Sanches,freqüentar o curso lhe deu mais maturidade para lidar com a equipe no dia-a-dia. ‘A criação é uma atividade muito estimulada a se desenvolver individualmente, mas isso pode acabar comprometendo o trabalho final’, diz. ‘Deixar de lado a preocupação com a excelência do seu trabalho e olhar para o ambiente criativo tem sido uma nova conquista para mim pós-MBA.’

 

CARÊNCIAS

 

A publicidade, embora poucos gostem de admitir, já teve mais relevância nas decisões das cúpulas empresariais. Houve época em que os profissionais da área freqüentavam as reuniões estratégicas das companhias. Esse período foi seguido, na década de 80, por uma fase em que atividade ganhou ares pop, com publicitários virando celebridades na mídia. E, se por um lado a visibilidade atraía clientes que gostam de conviver com famosos, por outro, também causou um afastamento do centro de poder decisório.

 

A demanda por novos canais de comunicação voltou a colocar a atividade no foco central dos negócios. O novo modelo de atuação requer também profissionais com novo perfil.

 

Júlio Ribeiro, presidente da agência Talent e um dos decanos da publicidade brasileira, reconhece que a sociedade, de um modo geral, está assustada, particularmente no terreno empresarial. ‘As regras em que se adquiriu o cadastro e a capacitação profissional não valem mais. Você tem respostas. Mas mudaram as perguntas. Todo executivo hoje precisa de uma complementação de suas competências mais intensamente do que precisava antes’, diz.

 

Ribeiro acredita que hoje a propaganda é importante na medida em que sabe como suprir carências. ‘Estamos na sociedade do pós-consumo. Tudo o que vendemos as pessoas já têm. As pessoas só compram porque precisam da experiência de compra. Num mundo assim, você precisa dirigir a sua aptidão em direção às carências. O papel do publicitário é,assim, muito mais solucionar problemas do que puramente fazer propaganda inovadora.’

 

Ribeiro reconhece que ‘houve uma época de estrelismo na publicidade, onde o importante era o publicitário aparecer para ficar famoso’. ‘Isso dava status para o cliente: ser cliente de alguém célebre. Mas sempre houve profissionais sérios. Hoje, os grandes grupos de comunicação global são grupos de muitos bilhões de dólares. Os números são muito grandes para se permitir a superficialidade do estrelismo pelo estrelismo’, diz.’

 

 

 

TELEVISÃO

Cristina Padiglione

Globo estufa balanço

 

‘Entre as 792 cenas que a Globo classificou como ‘merchandising social’ em telenovelas, em 2007, estão até itens que sustentam o argumento da história. O melhor exemplo é a menção de incentivo a atividades físicas em Malhação. Os dados são do Relatório de Ações Sociais 2007 da rede, que acaba de sair.

 

É louvável a iniciativa de inserir na dramaturgia cenas sobre uso de preservativo, doação de sangue e órgãos, preservação ambiental, inclusão social, leitura, bulimia, combate ao racismo, à dependência química, etc., etc. A eficiência de tais mensagens é incontestavelmente superior à de qualquer campanha nos intervalos.

 

O diacho é que es sa soma é estufada por ocasiões que nada mais são do que a base do enredo. O relatório cita a ‘crítica ao culto exagerado à beleza física’ como mensagem sócioeducativa na novela Sete Pecados. Ora, se a vaidade é um dos sete pecados estampados no título, qual é a benevolência?

 

Já no balanço referente à publicidade social, algo reservado aos intervalos, a Globo contou mais de 346 mil inserções gratuitas (que lhe renderiam R$ 245 milhões) para campanhas sociais e culturais de terceiros.’

 

 

 

 

 

************

 

Folha de S. Paulo


Segunda-feira, 5 de maio de 2008

 

TODA MÍDIA

Nelson de Sá

Finalmente, mas…

 

‘Desta vez, a ‘Economist’ de Michael Reid evitou avançar sobre o fechamento para tratar do ‘grau de investimento’. Registrou no blog Free Exchange um dia depois, postando que ‘finalmente’ o Brasil obteve a nota ‘tão ansiada’. Diz que a previsão é que ‘siga crescendo acima de 4% ao ano’. Depois, a consultoria ligada à revista, a EIU (Economist Intelligence Unit), divulgou a análise ‘Atingindo a nota’, ressaltando que ‘persistem fraquezas’ e informando que mantém sua própria nota do país fora do ‘grau de investimento’.

 

NA VIZINHA

 

A ‘Economist’ priorizou a Argentina, em contraste com ‘o vizinho’ Brasil e sua ‘inundação de investimento’. Antes a argentina ‘Apertura’ já se perguntava ‘Por que o Brasil ganha?’ e previa uma ‘segunda onda’ de invasão

 

A CORRIDA BRIC

 

No fim de semana, o indiano ‘Economic Times’ entrevistou Jim O’Neill, o criador do acrônimo Bric, e registrou dele que a Índia estaria ‘muito para trás’ dos outros no grupo, segundo novo relatório do Godman Sachs. E logo em educação, área tão prezada por lá.

 

Rússia e Brasil tiveram ‘os maiores avanços em 2007’.

 

ARROZ E A CHINA

 

Enquanto a Associated Press despachava especial de domingo sobre a China que ‘cultiva o mundo para se alimentar’, sobre o Brasil e outros, o ‘Jornal da Band’ dava manchete para ‘Rio Grande do Sul comemora safra recorde de arroz, mas consumidor reclama do preço’.

 

OS DESASTRES ITV

 

BBC, ITV, Sky News, CNN, jornais ingleses, agências da AP à chinesa Xinhua: o fim de semana no exterior, sobre o Brasil, foi de mapas para os desastres, do avião na Bahia ao barco no rio Amazonas

 

‘APOLOGIA’

 

A Justiça proibiu, o ‘Jornal Nacional’ ameaçou com a repressão à ‘marcha pela maconha’ até na escalada, apelando a cenas da Grécia, mas nos portais, do Terra ao agregador Google Notícias, o domingo foi de enunciados sobre a ‘apologia à maconha’

 

‘VOCÊ TEVE RELAÇÃO?’

 

O caso Ronaldo tomou o lugar do caso Isabella, de vez, e foi parar em reportagem ontem no ‘New York Times’, com referências à ‘tolerância’ do Rio e ao ‘padrão macho’ vigente no futebol daqui.

 

E o ‘Fantástico’ entrou com ‘exclusiva’, depois da defesa de Ronaldo pelo ‘JN’. Descreveu-o como ‘envergonhado’ e fez perguntas como ‘Você teve relação com os travestis?’.

 

GOOGLE + YAHOO

 

O site do ‘NYT’ trazia em manchete ontem que, após a desistência da Microsoft, o Yahoo vê uma ‘parceria’ com o Google como ‘vital’. Já o ‘WSJ’, que estava com a Microsoft no esforço de compra, trata a parceria por ‘suicídio’.

 

BRICS X MICROSOFT

 

Enquanto a Microsoft desistia do Yahoo, o Slashdot destacava por que o ‘código aberto’ Linux é tão popular no Brasil ‘e outros Brics’. O problema, afirma, são os ‘preços punitivos’ que a Microsoft cobra por seu Windows.’

 

 

 

FUSÃO

Financial Times

Desistência da Microsoft pressionará Yahoo!

 

‘A desistência da Microsoft em adquirir o Yahoo!, anunciada no sábado à noite, deve desencadear nova rodada de negociações entre os principais atores da internet, que buscam ganhar ‘musculatura’ no crescente e lucrativo segmento de publicidade on-line, disseram analistas e investidores.

 

Para analistas, o Yahoo! deve agora levar adiante as negociações iniciadas nas últimas semanas com Google e AOL.

 

Essas negociações, que envolvem terceirizar algumas de suas ferramentas de buscas para o Google ou adquirir a AOL, foram planejadas como uma forma de evitar o negócio com a Microsoft, mas analistas dizem que podem ser um caminho viável para o Yahoo!.

 

No caso do Google, poderia ajudar o Yahoo! a melhorar seus resultados a curto prazo, enquanto tenta provar que sua recuperação a longo prazo pode funcionar efetivamente.

 

Mas ambas as transações apresentam obstáculos. Uma parceria com o Google poderia ser restringida pelas autoridades regulatórias, dado o domínio exercido pela maior empresa de buscas na internet. Com a AOL, haveria sobreposição de negócios e tecnologia.

 

Quem mais pode se beneficiar com o fracasso da fusão é a AOL. Embora tenha perdido espaço nos últimos anos, a empresa, além do Yahoo!, pode ser cortejada pela Microsoft, pois elas devem buscar uma aliada para concorrer com o Google em publicidade on-line.

 

A direção do Yahoo!, que rejeitou nova oferta -melhorada em cerca de US$ 5 bilhões- da Microsoft, também será pressionada, ainda mais diante da perspectiva de queda no valor das ações da companhia com o fracasso da transação.

 

Os papéis da companhia, que encerraram na sexta-feira negociados perto de US$ 29, podem recuar até para US$ 20 nos próximos dias sem a fusão com a Microsoft, dizem analistas. Caberá à direção do Yahoo! aplacar a ira dos acionistas.

 

Nos momentos finais de negociação entre os executivos das duas empresas, no último sábado, a Microsoft chegou a oferecer US$ 33 por ação pelo Yahoo!, acima da oferta inicial de US$ 31, apresentada no início de fevereiro e equivalente a cerca de US$ 44,6 bilhões.

 

Mas, desde o início, Jerry Yang, presidente do Yahoo!, considerou que a proposta não era condizente com o valor verdadeiro da empresa.

 

Segundo fontes que tiveram acesso às conversas entre Yang e Steve Ballmer, executivo-chefe da Microsoft, no sábado em Seattle, o homem-forte e co-fundador do Yahoo! impôs uma contraproposta de US$ 37 por ação.

 

Em comunicado divulgado no sábado, Ballmer afirmou que, após cuidadosa avaliação, eles chegaram à conclusão de que os termos demandados pelo Yahoo! ‘não faziam sentido para nós e que, portanto, era do melhor interesse dos acionistas e dos empregados retirar a oferta pelo concorrente’.

 

Em carta enviada a Yang, tornada pública, Ballmer descartou ainda uma proposta hostil diretamente aos acionistas (ou seja, à revelia dos controladores) do Yahoo!, como chegou a ser aventado pelo próprio executivo em meio às negociações nas últimas semanas.

 

Com agências internacionais’

 

 

 

TELEVISÃO

Daniel Castro

Governo acata dicas da Record sobre futebol

 

‘O parecer da Secretaria de Direito Econômico (SDE) sugerindo mudanças na comercialização dos direitos de transmissão pela TV do Campeonato Brasileiro levou em consideração sugestões feitas pela Record, rival da Globo, principal prejudicada pela decisão.

 

A SDE sugeriu ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que ainda irá julgar a questão, a imposição de um modelo que obrigue os clubes a negociarem dois pacotes para a TV aberta: um, mais atrativo, com jogos às quartas e aos domingos, e um segundo com partidas às quintas e aos sábados. Isso não acaba com a exclusividade da Globo, que poderá comprar os dois pacotes, desde que os exiba ou repasse os direitos para outra rede.

 

Essa regra foi sugerida pela Record, no ano passado, em um questionário da SDE. As respostas da Record fazem parte do processo que considerou lesivo à concorrência o atual modelo de ‘monopólio’ da Globo. A Record já havia proposto dois pacotes de jogos na negociação pelo Paulista de 2007.

 

Outra sugestão da Record acatada pela SDE foi o fim da cláusula de preferência. Se o Cade tornar a recomendação lei, a Record poderá comprar torneios, desde que pague mais. Hoje, a Globo pode cobrir oferta da concorrente.

 

A Globo só se manifestará após analisar o relatório. A Record considera o parecer uma vitória do telespectador.

 

ESCOLINHA

 

Carolina Dieckmann, Kayky Brito e Rodrigo Wilbert estão tendo aulas de surfe, pagas pela Globo. Eles interpretarão surfistas na próxima novela das sete da emissora, ‘Três Irmãs’.

 

FÓRMULA

 

O reality show ‘O Aprendiz’ segue a trilha de sucesso comercial de ‘Big Brother Brasil’. Assim como o programa da Globo, o da Record teve quase todas as provas disputadas pelos participantes vendidas para ações de merchandising.

 

ARIGATÔ

 

Serginho Groisman virou garoto-propaganda no Japão. Protagoniza campanha do Bradesco, assinada pela Y&R (de Roberto Justus), dirigida a brasileiros que remetem dinheiro para suas famílias no Brasil, no ar no Japão desde ontem.

 

RANKING

 

Apesar de ainda ser ‘traço’ no Ibope, a Record News foi líder na Grande São Paulo, em março e abril, entre as emissoras UHF, na faixa das 7h à 0h, superando MTV, Mix TV e Play TV. Em abril, foi vista por 16.500 pessoas por minuto.

 

AVANÇO

 

O serviço de TV paga da Telefônica já tem 281,6 mil assinantes, todos no Estado de SP. Neste mês, a operadora lança futebol em pay-per-view (o mesmo da Globo), gravador digital de até 160 horas e serviço para condomínios que permite uma única antena por edifício.

 

PARCERIA

 

Autor de novelas da Record, Lauro César Muniz está escrevendo o roteiro de um filme sobre Getúlio Vargas, a ser produzido por Daniel Filho, da Globo.’

 

 

 

Cristina Fibe

 

Inglês ensina a sobreviver no deserto

 

‘‘À Prova de Tudo’ é, em primeiro lugar, um programa a que não se deve assistir depois do jantar. A idéia desta série do Discovery Channel, que chega ao seu segundo ano, é dar dicas de sobrevivência em ambientes inóspitos; no título original, ‘Man vs. Wild’, o ‘homem’ e o ‘selvagem’ brigam.

 

No primeiro episódio da segunda temporada, que estréia amanhã, às 22h, o apresentador, Bear Grylls, se joga (literalmente, pulando do helicóptero e rolando na areia) no deserto do Saara, na região do Marrocos, ‘com ferramentas básicas’ e uma equipe de gravação orientada a não ajudá-lo, a menos que haja ‘altíssimo risco’.

 

Logo no início, sem maiores avisos, Bear (cujo nome significa ‘urso’ ou ‘tolerar’) mastiga um inseto, que lhe dará ‘um pouco de proteína’.

 

Mas o que leva um inglês de 33 anos a largar o conforto europeu para arriscar a própria vida, matar um camelo e arrancar-lhe a pele e as vísceras, comer cobras venenosas etc.? Supostamente, o favor de ensinar aos espectadores técnicas de sobrevivência no limite, aprendidas quando era soldado da Força Aérea Britânica. Para quem resistir a esse episódio, nos próximos ele irá à selva do Panamá -onde ao menos transmite alguns conhecimentos dos índios- e às geleiras da Patagônia.

 

À PROVA DE TUDO – 2ª TEMP.

 

Quando: estréia amanhã, às 22h

 

Onde: no Discovery Channel’

 

 

 

INTERNET

Raquel Cozer

‘Living Legends’ é novo meio para atrair público

 

‘Do alto de seus 82 anos, a rainha Elizabeth 2ª dificilmente saberia que iniciativas como a sua, de criar um ‘canal real’ dentro do YouTube (www. youtube.com) para falar aos súditos britânicos, ajudam o site de vídeos a pensar como dialogar com o público.

 

Canais virtuais como o Royal Channel inspiraram o site, por exemplo, a bolar o recém-lançado ‘Living Legends’ (www. youtube.com/livinglegends), programa no qual políticos e artistas se propõem a responder às perguntas mais capciosas dos internautas.

 

Assim Chris di Cesare, diretor mundial de marketing e comunidade do YouTube, explica as experimentações do ‘laboratório’ que é a página desde sua criação, em fevereiro de 2005, por três funcionários de um serviço de pagamentos on-line.

 

‘O YouTube, existindo há apenas três anos, está olhando para essa espécie de comunidade [os usuários] como algo central para o seu crescimento’, diz Cesare, 43, à Folha, por telefone, da sede da empresa em San Bruno, na Califórnia.

 

Sem modelos prévios para seguir, o site de compartilhamento de vídeos precisa continuamente testar fórmulas para envolver o público e, claro, faturar. Não há dúvidas de que seja o maior fenômeno da internet nos últimos anos, mas, recentemente, Eric Schmidt, CEO do Google (empresa que comprou o site em 2006), admitiu à rede de TV americana CNBC: ‘Não acho que tenhamos descoberto a solução sobre como fazer dinheiro [com o YouTube]’.

 

Jagger e Richards

 

Assim como os recentes concursos YouTube Awards e Project Direct, o ‘Living Legends’ (lendas vivas) faz parte do esforço para estimular a produção por parte do usuário, que alimenta de vídeos a página.

 

Desde o começo de abril, Mick Jagger e Keith Richards incitam os internautas a enviar suas ‘perguntas apimentadas’ (os vídeo-respostas dos dois Rolling Stones, previstos para o começo de maio, ainda não estavam disponíveis no sábado).

 

‘É uma situação em que todos ganham. Os artistas inspiram a comunidade [o termo é usado 14 vezes na entrevista] e ouvem o que ela tem a dizer. Há ainda respostas alternativas. Alguns usuários passaram a publicar vídeos com covers dos Stones’, exemplifica.

 

O programa, avalia Cesare, abre um espaço de interação com artistas de uma maneira como o público não está acostumado. (Interação e ousadia, em alguns casos. Uma internauta, usando microtop e microssaia, questiona: ‘Quando Brian Jones foi convidado a sair dos Stones, o argumento foi que ele usava drogas demais. Quanta droga é preciso usar para ser chutado dos Stones?’.)

 

Das ‘centenas de vídeos’ recebidos, apenas dez terão resposta. É concorrido para o internauta, mas igualmente difícil para um artista caber nos severos critérios de uma ‘lenda viva’. O grupo Smashing Pumpkins, por exemplo, que no YouTube dos Estados Unidos teve um programa de perguntas e respostas similar a esse, desta vez ficaria de fora.

 

‘Uma lenda viva precisa ter apelo no mundo todo. E ser um líder em seu meio, seja na música, seja na política, seja no cinema’, explica. O próximo a participar, para manter o padrão, é o cineasta Steven Spielberg.

 

Parcerias

 

Desde meados do ano passado, o YouTube passou a sinalizar aos internautas com uma ‘recompensa’ (maior que a eventual fama) por conteúdo colocado no site. A empresa criou um programa de parceria no qual os usuários mais prolíficos e com vídeos mais populares podem embolsar parcelas de ganhos com anúncios ligados a suas produções.

 

Os participantes chegam ‘à casa dos milhares’, segundo o Google, e mais de US$ 1 milhão já teria sido distribuído. No Brasil, as parcerias começam em breve (leia ao lado).

 

‘Pegue algo como o LonelyGirl15 [série on-line que surgiu como um diário de adolescente e virou hit absoluto, mesmo após a descoberta de que aquela menina sofrida era uma atriz profissional]. Esse é o tipo de parceria interessante. O conteúdo que eles criaram ajudou a trazer audiência para o YouTube como um todo’, diz.

 

Concorrência

 

Dividido entre parcerias com redes como a britânica BBC (que disponibiliza seu conteúdo on-line) e encontros pouco amistosos nos tribunais com gigantes do entretenimento como a Viacom (dona da MTV, da Nickelodeon e da Paramount, que pede a retirada de vídeos do ar), o site não tem nenhum concorrente que o ameace. Uma pesquisa nos EUA mostrou que um terço do total de acessos a vídeos on-line no país é direcionada ao YouTube -só em fevereiro, a página teve 3,5 bilhões de visualizações de vídeos.

 

Por isso, o Hulu.com, site que a NBC Universal e a News Corp (proprietária da Fox) estão pondo no ar, não preocupa. ‘Nosso público não busca longa-metragens nem programas completos de TV, mas sim vídeos curtos que o entretenha. Clipes ou vídeos de usuários são o nosso foco’, diz Cesare.’

 

 

 

***

 

Brasileiros com vídeos mais famosos vão ganhar por isso

 

‘Os internautas brasileiros que mais têm conteúdo acessado no YouTube devem começar, nos próximos meses, a vislumbrar um retorno financeiro por vídeos postados no site.

 

‘Há pessoas que ficaram famosas no YouTube. Temos critérios para saber quando vale a pena a parceria para receita compartilhada [parcela de ganhos por anúncio] e já fizemos alguns contatos que terão resultados muito em breve’, diz a diretora de marketing do Google no Brasil, Patrícia Pflaeging.

 

O sistema será similar ao já usado em canais como o americano LonelyGirl15, em que o anúncio aparece ao lado do vídeo quando alguém clica nele.

 

A versão nacional do site (br.youtube.com) foi lançada em junho de 2007, junto com versões de mais oito países. Foi a resposta do YouTube ao fato de o Brasil ser ‘um dos países top’ em acessos (como em quase tudo o que diz respeito à página, números não são divulgados). ‘Queremos pôr o país no radar global, estimular o conteúdo local em parcerias com empresas, artistas e usuários.’

 

A participação brasileira acontece espontaneamente -caso de ‘Laços’, que venceu o concurso internacional de curtas Project Direct-, mas é também estimulada, com a criação de canais, por exemplo.

 

Alguns canais de empresas, como o da Globo, entraram no ar junto com a versão nacional. Com artistas, a primeira grande parceria foi lançada em janeiro, com Gilberto Gil (www.youtube.com/gilbertogil).

 

‘O Gil tem relação genuína com a rede, então foi orgânico. Sem pedirmos nada, pôs músicas inéditas no site e pediu na Europa para o público mandar vídeos de shows’, diz Pflaeging. O canal do Capital Inicial será o próximo.’

 

 

 

BIOGRAFIA

Silas Martí

Livro detalha relações de Clark Gable com homens

 

‘O Clark Gable descrito como ‘jovem, vigoroso e brutalmente masculino’ pelo ‘New York Times’, quando em cartaz num teatro da cidade, ouviu um baita desaforo ao se separar da primeira mulher: ‘É bom você ser o melhor ator que puder, porque jamais será um homem’.

 

Acontece que Dillon era uma lésbica 20 anos mais velha do que o astro que se tornou a imagem da virilidade em Hollywood, depois de ‘…E o Vento Levou’ (1939). Era um casamento de fachada.

 

E Gable -o Rhett Butler que fez a cabeça de Scarlett O’Hara e de todas que acompanharam sua saga-, bem menos viril, teria subido a escada da fama pagando com o próprio corpo; ou seja, indo para a cama com poderosos de Hollywood para chegar aonde queria.

 

A história está em ‘Clark Gable – Tormented Star’ (astro atormentado), do britânico David Bret, livro recém-lançado nos EUA e já criticado ferozmente pelo ‘New York Times’. É mais uma das dezenas de biografias sobre o ator, mas a primeira a narrar detalhes de sua vida sexual -com homens.

 

‘Gay for pay’

 

‘Ele era másculo, mas gostava de ser o passivo em relações com outros homens’, afirmou Bret em entrevista à Folha, por telefone, de Londres. ‘Era um oportunista, na verdade, o que chamo de ‘gay for pay’. Transava com todo mundo que pudesse interessar para sua carreira.’

 

Gable não foi o único astro de Hollywood a esconder relações homossexuais numa época em que ser gay era considerado doença. O mesmo fizeram Cary Grant e Gary Cooper, entre outros. Até Humphrey Bogart, astro de ‘Casablanca’, pode ter estado entre entre os simpatizantes demais.

 

Mas Bret, autor que já biografou Joan Crawford, Rudolph Valentino e outros personagens de ‘sexualidade ambígua’, ancora sua narrativa na promiscuidade do ator.

 

‘O que me intriga e incomoda é o fato de ele manter relações com vários homens e, quando não precisava mais deles, dizia que eram gays’, conta Bret, que, mais do que outros biógrafos, ressalta os pontos menos atraentes de Gable: o mau hálito, os dentes estragados, o jeito destrambelhado e a voz efeminada -sua primeira mulher o aconselhou que vivesse gritando para transformar o timbre delicado na rouquidão sedutora que o marcou.

 

Filho de um rude trabalhador em campos de petróleo, Gable foi alvo da ira do pai, que o chamou de ‘bicha’ quando ele quis estudar música e teatro. Seu biógrafo, Bret, foi adotado por um minerador de carvão que também reprovava sua inclinação para as artes.

 

Biógrafo e biografado

 

‘Ele teve uma infância muito parecida com a minha, era considerado estranho pelo resto da família’, diz Bret, que afirmou ser gay, reconhecendo que isso sempre orientou sua pesquisa.

 

Mas, se a vida do autor pode ter enviesado o olhar sobre Gable, ele garante não faltar indícios que sustentem a imagem que pinta em seu livro. Ao contrário da versão oficial de que George Cukor, cotado para dirigir ‘…E o Vento Levou’, teria cedido o posto a Victor Fleming a pedido do estúdio, Bret afirma que Gable pressionou para desbancar Cukor por medo que este revelasse um ‘affair’ que teve com William Haines, então amante do diretor.

 

Gable, aliás, usou o prestígio de Haines, uma das maiores estrelas da época, para conseguir papéis de destaque, segundo o livro. Nos bastidores, teriam tido encontros sexuais freqüentes, inclusive num banheiro de hotel, o luxuoso Beverly Wilshire, em Los Angeles.

 

‘As mulheres não precisavam ser bonitas para atraí-lo, bastava uma conta bancária saudável. Já os homens tinham de ser fortes e influentes’, diz Bret. Pelas suas contas, aos 27, Gable já se relacionara com três homens, duas lésbicas e duas ninfomaníacas mais velhas.

 

Pauline Fredericks, que encarou inveja e más línguas ao se deixar ver com Gable, chegou a presenteá-lo com um carro e aparatos para prolongar ereções, enquanto Ria Langham, sua segunda mulher, pagava parte de seu salário.

 

Único consenso entre biógrafos é que Gable só foi feliz no amor uma única vez, e com uma mulher, a atriz Carole Lombard, que morreu num trágico acidente aéreo em 1942.

 

CLARK GABLE – TORMENTED STAR

 

Autor: David Bret

 

Editora: Carroll & Graf

 

Quanto: US$ 26 (R$ 43, em média), mais taxas, na Amazon.com; 287 págs.’

 

 

 

***

 

Estúdios acobertavam ‘escândalos’

 

‘Para conter o vazamento das histórias que ameaçavam a imagem do galã -e a vida homossexual de Clark Gable tinha um potencial tão escandaloso quanto sua fama- os estúdios erguiam uma indústria paralela de ficção.

 

No caso de Gable, reforçavam o estereótipo de masculinidade abusando de cenas em que aparecia com os pêlos do peito à mostra. Insistiram inclusive que ele se alistasse no Exército e inventaram uma falsa paternidade: o ator teria engravidado uma mulher na Inglaterra sem nunca deixar o país.

 

Um publicitário chegou a obrigar Gable a sustentar o pai, com quem havia rompido relações, apenas para mostrar que viera do convívio rural na infância sua predileção pela caça, a pescaria e a vida em contato com a natureza, valores de robustez.

 

Em seu contrato com a MGM, uma cláusula dizia que, como artista da casa, ele não poderia se envolver em atos ofensivos ou que pudessem expor o estúdio ao ridículo.

 

‘Os atores conseguiam tudo o que queriam, mas os estúdios os sugavam até o fim’, lembra Bret, descrevendo uma época de verdades fabricadas.

 

Como o segundo casamento de Gable, com Ria Langham, aconteceu antes de seu primeiro divórcio e não tinha validade legal, a MGM bancou uma nova cerimônia apenas para a imprensa.

 

Mas era só fantasia, numa época em que era comum figurantes morrerem nas filmagens e estúdios acobertarem assassinatos e suicídios. ‘Ninguém estava a salvo.’’

 

 

 

 

 

************