Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Campanha de cerveja suspensa por excesso de sensualidade


Leia abaixo a seleção de terça-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Terça-feira, 2 de março de 2010


 


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Mariana Barbosa


Conar suspende campanha de cerveja com Paris Hilton


‘O Conar (Conselho Nacional de Regulamentação Publicitária) determinou a retirada de algumas peças da campanha da cerveja Devassa Bem Loura, estrelada pela socialite americana Paris Hilton. A retirada, por meio de medida liminar, é imediata e cobre peças veiculadas em televisão, rádio, mídia impressa e internet.


A campanha, assinada pela agência Mood, foi lançada durante o Carnaval, com Paris Hilton marcando presença no camarote da cervejaria Schincariol na Marquês de Sapucaí.


A liminar foi concedida na noite de sexta-feira e decorre de três processos abertos pelo Conar para investigar se a campanha fere o código de autorregulamentação publicitária no que diz respeito ao apelo sensual. O Conar acolheu denúncias da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que considerou a campanha sexista e desrespeitosa, e também de consumidores comuns. A liminar vale até o julgamento dos processos, o que deve acontecer na próxima reunião do Conar, marcada para o fim deste mês. A Schincariol já foi notificada e tem uma semana para apresentar sua defesa.


Em nota, a Schincariol afirma que a campanha ‘não ofende, em nenhum aspecto, qualquer norma ou orientação emitida pelo Conar. Apesar disso, acata a decisão e já trabalha na defesa do caso’.


A notícia gerou repercussão nos meios de publicidade dos Estados Unidos. Com ironia, o site Advertising Age questiona se ‘Paris Hilton seria sexy demais para o Brasil’.


‘Isso é sério? Que ridículo’, reagiu a própria Paris no microblog Twitter.


Essa é a ‘sexta ou sétima’ vez que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, órgão ligado à Presidência da República, aciona o Conar, informa Ana Paula Gonçalves, ouvidora da secretaria. O objetivo, diz ela, é zelar para que haja ‘respeito pela imagem da mulher’ e ‘para que a mulher não seja tratada como um produto’.


O fato de a campanha ter sido lançada no meio do Carnaval, quando a exposição de mulheres seminuas na mídia atinge seu ápice, não a torna menos nociva, acredita Ana Paula. ‘O Carnaval é uma festa. Embora tenha mulheres, há toda uma beleza, um brilho e um luxo associados à festa.’


O primeiro código de autorregulamentação da publicidade de bebidas no Brasil data de 1978, mas foi em 2003 que as regras começaram a ficar mais rígidas. Naquele ano, decidiu-se não aceitar campanhas que estimulem o consumo excessivo da bebida e que apelem para o erotismo. Em 2008, o código ficou mais rigoroso, e o termo ‘apelo erótico’ foi substituído por ‘apelo sensual’.


Para o diretor de graduação da ESPM, Luiz Fernando Garcia, a reação da sociedade contra campanhas sexistas ‘é legítima’. ‘A sociedade não aceita regras que, até ontem, eram recorrentemente utilizadas.’ Ele conta que assistiu à campanha no contexto do Carnaval e que a considerou ‘contida’. ‘Se a exposição de mulheres sensuais na mídia for um problema, deveríamos cancelar o anúncio e também a transmissão do Carnaval, da novela…’’


 


 


AMÉRICA LATINA


Fórum critica ‘controle social’ da mídia


‘As propostas de ‘controle social’ da mídia pelo governo federal foram o principal alvo das críticas dos participantes do Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, realizado ontem em São Paulo.


O evento reuniu empresários do setor de mídia, jornalistas, professores e políticos e foi organizado pelo Instituto Millenium, entidade sem fins lucrativos fundada em 2006 e que tem entre seus mantenedores os empresários Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, e João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo.


O primeiro painel contou com os jornalistas Adrián Ventura, colunista do jornal argentino ‘La Nación’, o equatoriano Carlos Vera e Marcel Granier, dono do canal de TV venezuelano RCTV, cujo pedido de renovação da concessão foi negado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez.


Os debatedores alertaram os brasileiros para o fato de as medidas de controle e censura da mídia em seus países terem começado sob o pretexto da necessidade de incrementar a responsabilidade social dos veículos de comunicação.


Em seguida, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, fez um discurso em que afirmou ter posição contrária às propostas do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, que preveem ‘controle social’ dos veículos de comunicação.


Indagado sobre a previsão do plano de retirar a concessão de veículos que não observem os princípios de direitos humanos, o ministro afirmou que ‘essa questão é puramente da alçada do Congresso. Quem decide sobre os direitos de concessões no Brasil é o Congresso, certamente acompanhado do Executivo. Não existe a menor possibilidade, pelo menos neste Congresso e no próximo que vai ser eleito, que isso venha a acontecer no Brasil’.


Em seguida, questionado sobre qual sua opinião sobre o tema, Costa disse: ‘Minha posição é rigorosamente contrária. Não participei do projeto apresentado. No caso específico de controle social da mídia, é inadmissível, primeiro para o jornalista, e segundo, para o ministro das Comunicações’.


Nos três painéis que se seguiram, os debatedores atacaram outras tentativas de impor o controle sobre a mídia, como o projeto para criação da Ancinav, para regular setor do audiovisual, e o Conselho Federal de Jornalismo, para fiscalizar a atuação das redações.


O tema da autorregulamentação do setor também tomou parte desses debates, e a experiência do Conar (conselho de autorregulamentação do setor de publicidade) foi citada como uma experiência bem sucedida na área de comunicação.


A última mesa de discussão contou com a participação do diretor de Redação da Folha, Otavio Frias Filho, e dos deputados Antonio Palocci (PT-SP) e Miro Teixeira (PDT-RJ).


Frias chamou a atenção para a importância da imprensa no ‘sistema de freios e contrapesos’ pelo qual regimes democráticos buscam conter tendências autoritárias dos governos.


A exemplo do ministro Hélio Costa, Palocci disse não concordar com a proposta do plano de direitos humanos de criar um sistema para fiscalizar se os meios de comunicação respeitam os princípios de direitos humanos.


Ao final do evento, Palocci afirmou não acreditar que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, vá implantar medidas de ‘controle social’ caso seja eleita em outubro -tal receio foi colocado por vários dos participantes do evento.’


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Lula com Bachelet


‘BBC Brasil e Reuters Brasil entraram com a notícia no final da tarde, ‘Lula viaja ao Chile’, mudando sua programação. ‘Vou porque a coisa é mais grave do que a gente sabia até ontem’, declarou Lula no Uruguai. ‘O que o Brasil puder fazer, pelo Chile, vamos fazer.’ A partir daí, foi manchete do Valor Online, de portais -e a chegada do avião presidencial a Santiago, junto com o secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, foi transmitida ao vivo pela Globo News, com o sinal da TV Chile. Foi destaque também nos sites chilenos, como ‘El Mercurio’.


CLINTON COM KIRCHNER


A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, que viajaria ontem para o Chile, adiou por um dia e foi para Buenos Aires, encontrar a presidente Cristina Kirchner. Segundo o ‘Financial Times’, ‘diplomatas americanos argumentaram que, se eles podiam deixar Cristina um pouco mais feliz com encontro em seu próprio terreno, não havia nada contra’. No destaque da AP, a ‘parada’ serviria para a secretária oferecer ‘ajuda’ para solucionar o conflito da Argentina com o Reino Unido, em torno da prospecção de petróleo nas Malvinas.


‘DESAPONTADOS’


O ‘New York Times’, em sua cobertura da viagem de Hillary, destacou a ‘reunião crítica’ com Lula, amanhã, e uma declaração do secretário assistente Arturo Valenzuela, dizendo que o Brasil devem ‘pressionar os iranianos’ e mais: ‘Se vocês não fizerem isso, então nós ficaremos desapontados’.


INTERESSES


Por outro lado, no site da instituição conservadora Heritage, um especialista cobrou de Hillary, na viagem, a defesa de interesses dos EUA quanto ao comércio e à democracia -e ‘falar sério sobre o Irã com o essencial presidente do Brasil’. A Fox News foi na mesma linha, em tom mais crítico.


O PAPEL DA CHINA


Na manchete do ‘China Daily’, o ministro do exterior dá longa entrevista para o enunciado ‘China está fazendo tudo o que pode nos temas globais’. Cita o programa nuclear do Irã e a disputa na Península Coreana. Afirma que o país hoje tem ‘condições para tornar a ordem internacional mais igualitária e razoável’, mas ‘há países que realmente querem que a China tenha papel maior; e há países que superestimam a força da China, exageram sua capacidade de influenciar’.


E DA EUROPA


A ministra do exterior da União Europeia, Catherine Ashton, em entrevista à nova ‘Time’, prioriza dar ‘uma face para a Europa no mundo’ e ‘uma maior operacionalidade em sua vizinhança’. E, ‘terceiro, ser um interlocutor-chave com países como China, Rússia, Índia e Brasil’


NOVA GERAÇÃO


A revista da Americas Society, de Nova York, dá capa para as ‘Vozes da Nova Geração’ nas Américas. Do Brasil, destaca Paulo Rogério, do Instituto Mídia Étnica, de Salvador, que ‘trabalha por integração racial na mídia’. Ele defende o ‘potencial de mudança da mídia social’


TEMPO DO MUNDO


Notícia nos sites de mídia, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está lançando duas revistas, ‘Boletim de Economia e Política Internacional’ (acima) e ‘Tempo do Mundo’, esta bilíngue e focada em economia política ‘a partir de uma perspectiva Sul-Sul’’


 


 


TECNOLOGIA


Sony vê falha no PS3 e pede que usuário desligue jogo por 24 h


‘A Sony fez um alerta ontem sobre uma falha no PlayStation 3, com exceção do modelo Slim (o mais recente lançado pela empresa japonesa), e pediu que os usuários não usem o aparelho por 24 horas.


‘Nós recomendamos que vocês não usem o sistema PS3, à medida que fazer isso resulta em erros em algumas funcionalidades, como gravar os troféus obtidos e não conseguir restaurar alguns dados’, afirmou, no seu blog, a companhia.


A empresa japonesa disse que o problema pode estar ligado a falhas na função de relógio do sistema.


Os jogadores que tentavam entrar na rede on-line PlayStation Network eram imediatamente desconectados. Quando tentavam usar um jogo off-line, apareciam mensagens de erros e eles eram obrigados a desistir.


O PlayStation 3 é peça fundamental da estratégia da Sony para o comércio de eletrônicos, já que ele ajuda a promover o Blu-ray, formato que é o sucessor do DVD.


A Sony já vendeu mais de 28 milhões de PS3 em todo o mundo, ficando atrás do Wii, da Nintendo, com 67 milhões de unidades comercializadas, e do XBox 360, da Microsoft, com 39 milhões.’


 


 


MÍDIA NOS EUA


Janaina Lage


Americano usa mais de 1 veículo para se informar, diz pesquisa


‘Pesquisa divulgada ontem pelo Pew Research Center mostra que a maior parte dos americanos (59%) obtém informações em mais de um veículo, como internet, TVs, jornais e rádio. Segundo o estudo, obter informação é um importante ato social.


Poder conversar com os outros sobre o que acontece no mundo é a justificativa de 72% dos entrevistados para acompanhar o noticiário. Na avaliação de 69%, estar em dia com as notícias é também uma obrigação social e cívica.


A pesquisa diz que a relação do consumidor com o noticiário muda de forma dramática e irreversível. ‘As organizações tradicionais de notícias ainda são muito importantes para os consumidores, mas a tecnologia mexeu em todos os aspectos do relacionamento entre os produtores de informação e as pessoas que consomem informação.’ As mudanças incluem ferramentas de participação direta e de disseminação de informações.


Os resultados mostram que 33% dos que têm celular usam o aparelho para acompanhar o noticiário. Além disso, 37% dos usuários de internet comentam as notícias ou espalham informações usando redes sociais, como Facebook e Twitter.


Segundo a pesquisa, 56% dos americanos seguem o noticiário ‘o tempo todo ou a maior parte do tempo’. Os mais instruídos, com melhores condições financeiras e mais velhos são mais propensos a acompanhar o noticiário por mais tempo.


As TVs locais e nacionais lideram a preferência, seguidas por internet, rádio e jornais. Os resultados indicam que 61% dos entrevistados em um dia normal procuram informações na web, 50% disseram que leem um jornal local e 17% buscam informações em um diário nacional.’


 


 


TELEVISÃO


Tereza Novaes


Um novo jogo


‘Lia, Cláudia ou Marcelo Dourado? Quem deve deixar o ‘Big Brother Brasil’ hoje será o assunto do dia em várias rodas reais e virtuais.


Ame ou odeie o programa, ele se tornou o mais bem-sucedido exemplo de como a relação do espectador com a TV e a internet está em transformação.


Convergência de mídias, interação e mobilização pela web, antes conceitos muito debatidos e pouco observados, são algumas das palavras de ordem dessa virada.


O recorde de votação, 77 milhões de votos, na semana passada, veio acompanhado de uma frenética disputa de duas torcidas: a do lutador Marcelo Dourado e a da jornalista Angélica, a Morango.


O frenesi entre os dois ‘times’ fez a lista de ‘trendig topics’ (os assuntos mais comentados do Twitter) ser invadida por termos relacionados ao programa. Durante a exibição da eliminação, o ‘TTs’ brasileiros eram ocupados em sete posições pelo BBB; refinando a busca para a cidade de São Paulo, eram dez, ou seja, todos os tópicos eram sobre o reality.


O Twitter, que desde agosto do ano passado desenhava uma curva de queda no Brasil, voltou a crescer em janeiro. Saltou de 7,8 milhões de visitantes em dezembro para 9 milhões no mês passado.


‘Especialmente em grandes eventos, como a posse do [presidente dos EUA] Obama, as pessoas querem cada vez mais assistir ao que acontece na tela em conjunto, comentando com outras pessoas em tempo real’, diz Ronaldo Lemos, colunista de internet do Folhateen.


‘E o Twitter se mostrou uma ferramenta muito boa para isso. Vai ser interessante, por exemplo, ver se essa prática vai pegar também nas eleições, se temas de interesse público terão esse poder de mobilização.’


A página mais acessada do serviço de microblog em janeiro foi justamente a de Tessália Serighelli, participante eliminada há quatro semanas. No mês anterior, a página do jornalista William Bonner havia sido a campeã.


Enquanto isso, a audiência da eliminação da terça-feira passada na TV chegou a 34 pontos, a melhor da atual edição, mas distante dos 50 pontos alcançados pela primeira.


A TV pode ter perdido pontos na contabilidade da audiência, mas continua influente em outras mídias. É o que diz Luiz Calanzans, analista do Ibope especializado em internet.


‘As pessoas não vão deixar de ver televisão. Em nenhum lugar do mundo a internet está ‘roubando’ a TV. Uma coisa realimenta outra e elas crescem juntas’, observa.


Da mesma forma como nos EUA, onde o fenômeno de interação pela internet foi observado no Super Bowl, a final do futebol norte-americano, que levou um executivo da rede CBS a dizer que ‘a internet é nossa amiga, não inimiga’, em texto do ‘NYT’, publicado no domingo passado na Ilustrada.


‘O fenômeno do Big Brother é muito interessante. A relação entre internet e mídias tradicionais acabou sendo diferente do que muita gente imaginou’, diz Lemos.


‘O caso do ‘Big Brother’ (e de Susan Boyle, Olimpíadas de Inverno e Super Bowl etc.) mostra que a mídia tradicional ainda tem um poder extraordinário de gerar assuntos de interesse geral, que acabam sendo repercutidos na internet.’


A demanda por informações sobre o ‘BBB’ movimenta a internet de forma significativa e vai além do site oficial, que superou, segundo medição do Ibope, os 7,9 milhões de visitantes únicos em janeiro.


O número foi inédito e 25% superior ao do mesmo período do ano passado.


Uma menção a Marlon Brando no programa, feita há duas semanas, fez com que a procura pelo ator, morto em 2004, aumentasse 50% no Google.


Na Folha Online, a notícia sobre a morte do ator se tornou uma das cinco reportagens mais lidas, minutos após o comentário ter sido feito na TV.’


 


 


Bastidor explica sucesso do ‘BBB’


‘O interesse em massa pelo ‘Big Brother’ é um fenômeno pouco compreendido.


José Guilherme Magnani, professor de antropologia da USP (Universidade de São Paulo), acredita que a chave para entender o fenômeno está na abertura dos bastidores da ‘celebrização’ de gente comum.


‘É um fenômeno criado pela mídia, do culto pela celebridade, de pessoas que se tornam celebridades. É a passagem entre dois mundos. Isso aliado ao ‘eu também poderia ser uma delas’, analisa Magnani.


A atração das pessoas por notícias sobre os participantes fica clara com enorme procura sobre o ‘Big Brother’ em fontes ‘não oficiais’. Blogs de gente comum se consolidam e são ponto de encontro de fãs.


‘Na internet, as pessoas se mobilizam para cuidar da prova do líder, por exemplo’, cita Susan Mello, que mantém o blog ‘De Cara para a Lua’ como um hobby. A média de acessos é de 45 mil pessoas por dia.


A mobilização em torno do programa chegou ao ponto de um comerciante oferecer R$ 50 mil em dinheiro, por meio de um blog, para quem ajudasse a eliminar o participante Marcelo Dourado do programa.


‘O que está acontecendo é que quase acidentalmente o ‘Big Brother’ acaba ensinando para muita gente o beabá do uso da rede como mídia’, observa Ronaldo Lemos, colunista de internet do Folhateen.


‘Ele ensina a usar ferramentas de mobilização on-line, como o Twitter, e como falar com outras pessoas de forma eficaz, a produzir mensagens de efeito viral e até princípios básicos de crítica’, afirma Lemos.


‘Resta saber se essas lições aprendidas e exercitadas vão depois ser utilizadas para outros assuntos, inclusive de interesse público. Acho que as eleições vão ser um teste importante’, lembra Lemos.


Susan já planeja direcionar o ‘De Cara para a Lua’ para a cobertura da eleição presidencial.


Os blogueiros agregaram um novo serviço à cobertura, o ‘live blogging’. São comentários simultâneos durante o programa na TV aberta. Funciona como uma mesa-redonda em que vários ‘especialistas’ postam mensagens curtas sobre o que rola na televisão.


Já os sites piratas que exibem em ‘streaming’, transmitido ao vivo, o conteúdo do pay-per-view abrem possibilidade de diálogo entre os espectadores, há uma janela de vídeo e outra de bate-papo. A Globo já se pronunciou contra os piratas e briga para tirá-los do ar.


No site oficial do programa, os assinantes têm direito a assistir em tempo real sete câmeras. O diálogo entre os espectadores da atração existe através de um ‘microblog’.


Segundo Ana Bueno, responsável pelo site do ‘BBB’, há uma ‘leve moderação’.


‘O filtro é só para preservar o público, há várias mensagens criticando o programa’, diz.


‘Já deixamos de ser multimídias, somos mais moderninhos, podemos ser considerados o primeiro produto transmídia do Brasil’, afirma J.B. Oliveira, o Boninho, responsável pelo ‘BBB’. O diretor, que se tornou ‘twitteiro’ voraz, não está pecando por falta de modéstia.’


 


 


Sara Uhelski


Paredão deve reconfigurar as alianças


‘Divididos entre uma casa luxuosa e um puxadinho -construção que reúne, em um só cômodo, camas, cozinha e um banheiro- os dez confinados que restam na disputa pelo prêmio de R$ 1,5 milhão no ‘Big Brother’ oscilam entre momentos de união e batalha ferrenha.


O paredão que se formou no domingo colocou em xeque a então união entre Lia, Cadu, Anamara, Fernanda, Sergio e Marcelo Dourado (aquele que foi acusado de ser homofóbico). O grupo permanece imune às eliminações, que nas últimas quatro semanas eliminaram só integrantes do lado oposto.


Um motim começou assim que Dourado foi para o paredão com quatro votos dos outros integrantes.


Após a votação, Dourado chamou Anamara, que votou nele apesar de promessas contrárias, de cínica e hipócrita, completando que ela ‘colocou a corda no pescoço’. Ao ouvir as acusações, a participante disse que votará em Dourado de novo.


Além de Dourado, que já foi indicado três vezes, Lia e Cláudia também estão no paredão de hoje, que deve marcar novos rumos para o jogo.’


 


 


Andréa Michael


Auditoria diz que controles do Ibope estão fora de padrão


‘Auditoria da Ernst & Young no sistema de medição de audiência das emissoras de TV revelou que, em 18,75% de 80 domicílios avaliados, controles remotos dos equipamentos de aferição de público estavam fora dos padrões de referência.


A audiência é medida com exclusividade pelo Ibope. Os controles têm botões que registram os moradores diante da TV e os ausentes.


Na auditoria de 2009, a que a coluna teve acesso, técnicos apontaram que havia controles com baterias fracas, com falta de nome de integrante do lar no aparelho ou com nome de quem já não morava mais lá, além de falta de filme protetor.


As auditorias são anuais e os relatórios, encaminhados à comissão Abap-Redes, que reúne representantes da Associação Brasileira das Agências de Propaganda e das emissoras.


No relatório de 2008, em 12,50% dos domicílios auditados os controles também estavam fora dos padrões.


A auditoria abrange São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador.


Procurado, o Ibope não respondeu se as indicações feitas pelos auditores poderiam influenciar a medição da audiência. Disse que ‘a fonte para os questionamentos’ deveria ser a Abap-Redes. Em nota à coluna, a Abap informou que as auditorias ‘são assuntos de ordem interna dos interessados’.


A Ernst & Young informou que não se pronunciaria.


TENDÊNCIAS


O canal Boomerang começa neste mês a recrutar aspirantes a estilista para o segundo ‘Temporada de Moda Capricho’. As gravações do programa, em que candidatas concorrem a um estágio na revista para adolescentes, começam em julho. Estreia em setembro.


ASCENSORISTA


Será em um elevador cenográfico o ‘Vai e Vem’, programa de variedades de Preta Gil no GNT que estreia no dia 26. Na semana passada, ela gravou com Marcelo D2 em uma boate carioca o quadro ‘Barraca da Preta’, que já fazia para o site do canal e está na atração.


EM CASA


A direção do ‘Vai e Vem’ será de Thiago Workman, marido de Carolina Dieckmann, uma das melhores amigas de Preta.


MESTRE DE OBRAS


De volta das férias, Silvio Santos perdeu para Gugu em sua estreia no último domingo. Gugu deu casa e enxoval completo a uma mãe de trigêmeos e conseguiu média de 11 pontos para a Record (1,7 milhão de domicílio ligados no programa na Grande SP) contra dez pontos do seu antigo patrão e dono do SBT. Líder, a Globo teve 25 pontos.


MÁGICA


No capítulo de sábado à noite de ‘Tempos Modernos’, Leal (Antônio Fagundes) e Hélia (Eliane Giardini) tomavam café da manhã de roupão. Chegaram até a trocar farpas com Zeca (Thiago Rodrigues). Algumas cenas depois, reapareceram vestidos para sair, mas ainda à mesa, como antes.


com CLARICE CARDOSO’


 


 


Lúcia Valentim Rodrigues


‘Law & Order’ da Inglaterra se arrasta ao copiar tramas do original


‘A série ‘Law & Order’, que mistura investigação criminal e drama judicial, tem seu toque de Midas. Em cartaz há 20 anos nos EUA, teve outros dois filhotes -’Special Victims Unit’ e ‘Criminal Intent’- com boa audiência, que os mantêm em cartaz por 11 e nove temporadas. Também já foi adaptada para Rússia e França. Amanhã, o canal A&E nos dá a conhecer a versão britânica do formato. ‘Law & Order: Reino Unido’ recria episódios do original.


Boa parte dos 45 minutos de cada trama fica por conta da tentativa de solucionar um crime. A outra parte desenrola o julgamento do acusado. Enquanto isso, os policiais se mantém no caso para descobrir provas irrefutáveis. Tem um interesse de ver símbolos londrinos, com o Big Ben, retratados no programa, além de ter sido filmado no interior da Corte Criminal Central do Reino Unido. Mas parece que para por aí.


Perde muito do ritmo original, embora copie as deixas. O encaminhamento da investigação se arrasta, e ninguém parece vibrar com a descoberta de uma pista que leve ao suspeito. No episódio de estreia, uma mãe é acusada de matar seu bebê por negligência. Mas que bem fará colocá-la na cadeia? Ela é apenas uma pobre coitada. Vamos atrás de um empresário ganancioso que é moralmente mais defensável. Já a correção ética dos policiais fica intacta ao fazer chantagem emocional com a tia da vítima. É de chorar.’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Terça-feira, 2 de março de 2010


 


PUBLICIDADE


Conar tira do ar anúncio da Devassa


‘O comercial com a socialite americana Paris Hilton está realmente dando o que falar. Parte da campanha criada pela agência Mood para a cerveja Devassa Bem Loura, lançada durante o carnaval pelo Grupo Schincariol, foi suspensa por determinação do Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar).


A liminar que tira o anúncio do ar, além de algumas peças de publicidade de circulação, atende ao pedido do relator do processo, que não teve seu nome divulgado. O processo foi aberto com a queixa feita por um consumidor, que se sentiu atingido pela ‘sensualidade da propaganda’. Fora essa denúncia, há mais outros três pedidos contra a campanha da Devassa, sendo que o último deles foi encaminhado ao Conar na última sexta-feira pela Cervejaria Petrópolis.


O recurso da empresa será discutido na reunião do Conselho de Ética e a atual sustação do anúncio pode ser suspensa pelos conselheiros. A discussão em torno da propaganda tem agitado as mídias sociais, como o Twitter, e também blogs, além de o filme no portal do YouTube já ter atingido mais de 420 mil acessos.


Já devidamente notificada dos três primeiros processos, a empresa enviou comunicado à imprensa em que diz: ‘Entendemos que o filme estrelado pela modelo Paris Hilton não ofende, em nenhum aspecto, a qualquer norma ou orientação emitida pelo Conar. Apesar disso, a Schincariol acata a decisão e já trabalha na defesa do caso.’ Os advogados da empresa terão até a próxima semana para elaborar a defesa.’


 


 


GOVERNO


Daniel Bramatti, Roldão Arruda


Plano de direitos humanos não terá controle da mídia, afirma Costa


‘O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse ontem que o governo não trabalha com a hipótese de promover o chamado controle social sobre a mídia, um dos tópicos abordados no Plano Nacional de Direitos Humanos. ‘Em nenhum momento isso foi discutido dentro do governo federal. Consideramos essa questão absolutamente intocável’, disse Costa, um dos participantes do fórum Democracia e Liberdade de Expressão, que reuniu ontem, em São Paulo, jornalistas, empresários, intelectuais e políticos.


O ministro se referiu ao tema ao falar sobre a necessidade de uma nova legislação sobre as telecomunicações no País. Ao ser indagado especificamente sobre o plano de direitos humanos, disse ser contrário ao controle social, mas ressalvou que a questão tem de ser analisada pelo Congresso. O plano governamental, divulgado no início do ano, sugere a apresentação de projeto de lei que estabeleça penas para órgãos de imprensa que desrespeitarem os direitos humanos.


‘Propor a criação de marco legal regulamentando o artigo 221 da Constituição, estabelecendo o respeito aos direitos humanos nos serviços de radiodifusão concedidos, permitidos ou autorizados, como condição para sua outorga e renovação, prevendo penalidades administrativas como advertência, multa, suspensão da programação e cassação, de acordo com a gravidade das violações praticadas’, diz o texto.


No evento de ontem, promovido pelo Instituto Millenium, o primeiro a se referir ao plano foi o empresário Roberto Civita, presidente do Grupo Abril. Para ele, o projeto traz ‘ameaças veladas’ à liberdade de expressão. ‘No Brasil, é no mínimo estranho que, justamente no momento em que vivemos uma democracia plena, se esteja falando em um maior controle dos meios de comunicação’, disse.


Alguns dos painelistas manifestaram preocupação com a possibilidade de haver investidas contra a liberdade de imprensa caso a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, vença as eleições presidenciais deste ano. ‘O PT mantém relações ambivalentes com a democracia’, disse o sociólogo Demétrio Magnoli, um dos convidados. ‘O partido celebra a Venezuela de Hugo Chávez, aplaude o regime castrista e soltou nota oficial de apoio ao fechamento da RCTV’, acrescentou, em referência à emissora de televisão cuja licença de operação não foi renovada pelo governo venezuelano em 2007.


Para Magnoli, ao mesmo tempo em que o governo Luiz Inácio Lula da Silva aderiu aos princípios da economia de mercado, o PT, como contraponto, retomou em seus documentos internos a ideia de que é preciso haver um partido dirigente da sociedade e reforçou críticas à democracia burguesa, um processo que o sociólogo qualificou como restauração stalinista.


DEPENDÊNCIA


Tanto o sociólogo como Denis Rosenfield, outro painelista, destacaram que, se vencer a eleição, Dilma não terá a mesma independência do presidente Lula em relação a seu partido. ‘O risco é que enfrentemos no próximo período um governo do PT, mas não de Lula. Ou seja, de alguém que dependa fundamentalmente do PT em sua sustentação política e que não tenha a autonomia bonapartista de Lula em relação PT, para usar a definição de um sociólogo do próprio PT, André Singer’, disse Magnoli.


Ao se referir à censura ao Estado, Rosenfield, que é professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, qualificou o episódio como um escândalo. Ele se mostrou surpreso com a demora da Justiça em dar uma palavra final sobre o caso. Carlos Alberto Di Franco, colunista do Estado e representante no Brasil da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, disse que a censura ao jornal foi a mais explícita agressão à liberdade de imprensa.


Sidnei Basile, jornalista e vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Abril, fez um relato sobre os fatos que levaram os representantes das principais empresas de comunicação a se retirarem da comissão organizadora da Conferência Nacional da Comunicação (Confecom), convocada pelo governo no ano passado.


No painel de encerramento do encontro, o diretor de Redação do jornal Folha de S. Paulo, Otávio Frias Filho, também condenou a censura ao Estado.


Ao se referir aos debates anteriores e às comparações feitas entre a conjuntura brasileira e a de países vizinhos, como Venezuela e Bolívia, Frias observou que a democracia brasileira está mais consolidada que nos países mencionados.


Ressalvou, porém, que a história mostra que governos que desfrutam de altos índices de popularidade são mais tentados a investir contra o Congresso e a calar a imprensa. ‘Estamos convivendo com um governo que tem altos índices de popularidade’, assinalou em seguida, referindo-se ao momento político do País. ‘Tendo a atribuir certos arranques autoritários do atual governo, especialmente em relação à liberdade de imprensa, à sensação de poder e força que essa popularidade confere.’


No mesmo painel, o deputado e ex-ministro Antonio Palocci (PT-SP), também enfatizou a consolidação da democracia e das instituições. ‘O Brasil tem caminhado num ambiente democrático’, afirmou.’


 


 


Profissionais da América Latina relatam ‘cerco’


‘Enquanto participantes brasileiros discutiram ameaças à liberdade de imprensa, três convidados internacionais do fórum relataram exemplos concretos de cerceamento promovidos por seus governos.


O empresário venezuelano Marcel Granier, da RCTV, emissora tirada do ar quando o governo se negou a renovar sua concessão, disse que o presidente Hugo Chávez ‘elevou à máxima potência’ uma tendência autoritária e restritiva à imprensa que já existia em gestões anteriores.


O jornalista Adrian Ventura, do La Nación, lamentou a aprovação de lei sobre os meios de comunicação na Argentina ‘com vários dispositivos contrários à liberdade’. O equatoriano Carlos Vera disse que o presidente Rafael Correa convocou em 2009 mais cadeias de rádio e TV que Chávez. Segundo ele, é um dos instrumentos usados para intimidar e limitar a imprensa.’


 


 


ASSINATURA


Andrei Netto


GVT entra este ano na TV paga


‘O mercado brasileiro de TV por assinatura contará em 2010 com um novo concorrente. Pouco mais de três meses depois de anunciar a aquisição da Global Village Telecom (GVT), o grupo francês de telecomunicações e produção de conteúdo digital Vivendi anunciou ao Estado que lançará nos próximos meses o primeiro pacote de TV da companhia, que até aqui se concentrava nos serviços de telefonia fixa e internet banda larga. Além de novos produtos, a multinacional planeja investir pesado na expansão da rede de fibra óptica pelo Brasil, aumentando o número de Estados em que opera.


A revelação foi feita pelo diretor-presidente do grupo, Jean-Bernard Lévy, em Paris, ao término de uma entrevista coletiva na qual foram divulgados os resultados operacionais do conglomerado de mídia em 2009. Falando sobre as estratégicas da companhia no Brasil, Lévy informou que a GVT terá duas frentes de investimentos para 2010. ‘Nossas prioridades para a GVT neste ano são duas: lançar novos produtos e expandir o alcance da rede’, antecipou. Questionado sobre quais novos serviços previa, o executivo foi direto. ‘No que concerne a novos produtos, lançaremos o pacote de TV por assinatura da GVT, baseado em canais locais. Queremos completar a oferta de produtos.’


Lévy, entretanto, evitou entrar em detalhes sobre datas, pacotes e seus preços. Questionado se a Vivendi pretendia implantar na GVT o mesmo modelo de serviços via internet ADSL, usado pelo grupo na França ? por intermédio de outra subsidiária, a SFR ?, ele foi evasivo. ‘Talvez. Mas não quero antecipar nada.’


Na França, o pacote contempla internet de alta velocidade, com até 20 megabits de velocidade, telefone via ADSL, com ligações gratuitas para números fixos de 90 países, e TV em alta definição (HD). O pacote básico, que inclui 140 canais, além de outros 150 em opção, custa 29,90 por mês, preço também praticado pela concorrência.


No Brasil, a GVT já oferece serviços de telefonia fixa e internet por ADSL e, em acordo operacional, propõe TV por assinatura Sky com desconto. A criação de uma marca própria de TV por assinatura pela Vivendi-GVT no Brasil, porém, era uma questão de tempo. Isso porque a GVT usa no País as mesmas tecnologias que a SFR na França ? internet por ADSL e telefonia por VoiP (voz sobre protocolo de internet).


Além disso, a companhia tem know how no setor na Europa. A Vivendi é proprietária do grupo Canal+, especializado em TV paga, e conta com uma base de 10,2 milhões assinantes ? dentre 63 milhões de franceses. Entre os destaques da programação estão a emissora generalista Canal+, o canal de informação I-Télé e os canais de esporte (Canal+ Sport) e de filmes (CinéCinéma), todos em pay-per-view.


Como TV e internet estão conectadas, o pacote também oferece programas e filmes sob encomenda, um dos segmentos de mídia que mais cresce na Europa. Parte do conteúdo dos pacotes de TV é fornecido pelos estúdios americanos de cinema Universal, também propriedade do grupo Vivendi.


EXPANSÃO DA REDE


A segunda prioridade da Vivendi em 2010 é a ampliação da área de atuação no Brasil. O grupo vai investir este ano 250 milhões na operação brasileira. Hoje, de acordo com informações da própria empresa, a GVT está presente em 87 cidades das regiões Sul, Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. No início de suas operações, em 2000, a empresa estava em 24 cidades. Segundo Jean-Bernard Lévy, a expansão contínua é um dos desafios da companhia. ‘A GVT nasceu na região Sul e vem se expandindo. Nosso objetivo é aumentar a rede e o número de Estados atendidos. Queremos chegar logo a São Paulo, por exemplo.’ Mas, indagado se esse desembarque se daria neste ano, Lévy descartou. ‘Não, não acontecerá em 2010.’


O executivo também confirmou que a empresa deverá lançar na próxima semana uma oferta pública para a compra dos 14,3% de ações da GVT que permanecem nas mãos de acionistas minoritários. A proposta da Vivendi é adquirir 100% das ações e, a seguir, retirar a companhia da bolsa de valores.


Satisfeito com as perspectivas de crescimento da filial brasileira para 2010, de no mínimo 26%, Lévy afirma que a compra dos títulos da GVT pode não saciar o apetite da companhia por novas incorporações em países emergentes. ‘Observamos permanentemente e outras aquisições nos países emergentes podem vir a fazer sentido’, assegurou.’


 


 


TECNOLOGIA


Pane impede utilização do Playstation, da Sony


‘A fabricante de equipamentos eletrônicos japonesa Sony pediu ontem que os proprietários de modelos antigos de seu console de videogame PlayStation 3 (PS3) não os utilizem, enquanto repara um problema detectado no domingo em vários países. ‘Esperamos resolver esse problema nas próximas 24 horas. Enquanto isso, se você tem um modelo que não é o novo PS3 mais fino (lançado em 2009), aconselhamos a não usarem seu sistema’, indicou o diretor de comunicação da Sony, Patrick Seybold, em uma mensagem divulgada no blog destinado aos usuários norte-americanos do console.


Se o equipamento for utilizado, advertiu o executivo, os jogadores se expõem a ‘erros em algumas funções, como o registro dos troféus obtidos, com a impossibilidade de recuperar alguns dados’. Uma mensagem semelhante estava disponível no blog destinado aos usuários europeus do PS3.


Centenas de usuários de consoles PlayStation 3 protestavam nesta segunda-feira no blog oficial da fabricante contra o problema que os impede de jogar desde domingo. Segundo a Sony, o problema é causado por um defeito no relógio interno do console.


BUG


Entre os problemas detectados, de acordo com a empresa, a data do console volta para o dia 1º de janeiro de 2000, e por isso os jogadores não podem se conectar aos jogos pela internet ou iniciar alguns jogos, e os ‘troféus’ ganhos anteriormente são apagados.


A Sony não informou quantos usuários foram afetados pelo problema, que aparece exatamente quando as vendas do Playstation estão se recuperando. De acordo com a empresa de pesquisas NPD, 276,9 mil unidades do console foram vendidas nos Estados Unidos em janeiro, mais de 200 mil acima das vendas de janeiro de 2009. Em dezembro, as vendas do console atingiram 1,4 milhão de unidades no país.


O erro que faz com que o relógio do Playstation volte a janeiro de 2000 lembra o problema que ficou conhecido como ‘bug do milênio’. Na passagem dos anos 1999 para 2000, a configuração de alguns programas de computadores fez com que as máquinas tivessem problemas, ao interpretar 00 como o ano 1900, ao invés de 2000.


Outro problema enfrentado pelos usuários do Playstation 3 inclui uma mensagem de erro indicando que a pessoa foi desconectada de seus jogos pela internet.’


 


 


FUTEBOL


Maradona agradece à imprensa pelas críticas


‘Para o técnico Diego Maradona, a imprensa só fortalece a seleção argentina ao prever uma má atuação da equipe na Copa do Mundo. ‘Em 1986 chegamos ao Mundial como azarões e terminamos em primeiro’, comparou. Maradona ainda não disse qual time jogará o amistoso contra a Alemanha, amanhã. Mas adiantou que já definiu 80% da escalação para a Copa.’


 


 


TELEVISÃO


Keila Jimenez


Reforço nos infantis


‘Conversas com produtores internacionais, marcas interessadas em bancar formatos de responsabilidade social: a Cultura pretende implantar, ainda no primeiro semestre, dois novos projetos infantis, de produção própria e original. Notícia boa depois da dispensa do elenco de Cocoricó.


As atração ainda estão em análise, em segredo, mas já são frutos da volta de Beth Carmona ao canal, como consultora de programação infantil. A especialista acaba de voltar cheia de ideias da feira de animação Kidscreen, em Nova York.


‘A Cultura busca adaptar-se a essa nova tendência de projetos infantis de multiplataforma’, fala Beth Carmona. ‘Comemorei também a presença na feira da tendência de misturas de técnicas, como as já experimentadas em Charlie e Lola e Pinky Dinky Doo’, continua ‘Estamos em contato com um produtor inglês que tem um formato nessa linha, para aplicação e adaptação no Brasil.’


Também está em análise na emissora a retomada das gravações de novos episódios do Cocoricó, assim como uma nova parceria com a Sesame Works, do Vila Sésamo, mas não só na linha pré-escolar.


Agora vai


Demorou, mas finalmente a doce Rose(Camila Pitanga) vai acertar as contas com a megera e bem vestida Verônica (Paola Oliveira) em Cama de Gato, da Globo. A ex-faxineira não se conforma em ver a vilã ameaçar sua filha e sequestrar seu amado Gustavo (Marcos Palmeira). A cena vai ao ar na quinta-feira.’


 


 


Entrelinhas


‘Depois do truqueiro César, de Caminho das Índias, Antônio Calloni viverá um médico generoso na nova novela das 6, Entre Dois Amores. Como seu personagem será especialista em reprodução assistida, Calloni está acompanhando a rotina do Centro de Fertilidade do Barra D’Or, no Rio.


A Record está fazendo escola com a Globo na hora de levar a fama explorada até o osso ao ostracismo total os participantes de seus reality shows. Por anda a turma de A Fazenda 1? E o órfão de plantão Carlinhos?


A casa de Marcos (José Mayer) em Viver a Vida, mais parece o BBB 10, tamanha a produção das ‘reuniõezinhas’ promovidas à baira daquele piscina.


O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, já gravou seu depoimento para o especial que a Cultura está produzindo em homenagem aos 100 anos de nascimento de seu avô, Tancredo Neves. O especial irá ao ar amanhã, às 23 horas.


O SBT comemora os 9 pontos de média alcançados pelo Domingo Legal, anteontem, sobre 8 registrados pela Record no horário. O programa que trocou Gugu Liberato por Celso Portiolli fechou fevereiro com média de 8 pontos, ante 7 da Record no horário.


E o Pânico mantém a boa forma. Anteontem, bateu nos 8,4 pontos de média, dando à RedeTV! 14% de participação entre o total de TVs ligadas.’


 


 


 


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