Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Carlos Chaparro

‘O XIS DA QUESTÃO – Que habilidades e atitudes as tendências do mercado profissional vão impor aos jornalistas, ou deles exigir, no futuro próximo? Para o debate, há três idéias, uma delas a de que dos jornalistas se exigirá cada vez mais, a capacidade de escrever e/ou falar para todas e por todas as mídias.

1. Tema para todos

Por mais agradáveis que sejam, em qualquer profissão, as recordações dos ‘bons tempos’, o saudosismo oferece sempre o risco de propor ou impor velhos valores à leitura de realidades novas. Assim é também no jornalismo. Considerando, porém, que nesta bela profissão, como em tantas outras, os jovens brotam de todos os lados (são mais de 100 os cursos de jornalismo no Brasil…), para incrementar sonhos legítimos e ocupar espaços a que têm direito, talvez seja oportuno deixar de lado a saudade, para tentar vislumbrar o jornalismo que vem por aí.

É o que proponho. E nós (eu e os que habitualmente acrescentam comentários à coluna), que há três semanas andamos, aqui, mais ou menos envolvidos pelas boas lembranças das antigas reportagens literárias, bem que poderíamos sacudir a poeira do passado, para entrar numa discussão que acredito esteja na hora de os veteranos também fazerem: que habilidades e atitudes as tendências do mercado profissional vão impor aos jornalistas, ou deles exigir, no futuro próximo?

A pergunta pode não ser nova. Mas o tema jamais foi tão atual e importante. Trata-se de uma discussão que interessa tanto aos profissionais em início de carreira quanto aos milhares de garotas e garotos que anualmente optam pelo jornalismo, ao entrarem na universidade. Mas não só. Ao contrário do que alguns pensam, o assunto interessa igualmente, e cada vez mais, aos profissionais tarimbados, há anos com o pé na estrada, porque também eles terão de se adequar aos novos formatos e papéis que a sociedade atribui ao jornalismo, dentro dos processos humanos de viver, agir e interagir.

Aviso desde já que não sou estudioso do assunto. Penso, até, que as artes da predição não devem ser coisas do jornalismo nem dos jornalistas. Mas tantas vezes aquela pergunta me tem sido colocada, em debates sobre jornalismo, que acabei organizando algumas idéias em torno do tema. E aqui trago essas idéias, na expectativa de que sejam enriquecidas pelo debate.

Vamos lá, então.

2. Três grandes tendências

Limito a três, as idéias preliminares para a discussão.

Em primeiro lugar, parece-me evidente que dos jornalistas já se exige, e se exigirá cada vez mais, a capacidade de escrever e/ou falar para todas e por todas as mídias – rádio, jornal, revista, TV, Internet etc.. E como, na minha avaliação, será necessário saber combinar formas de dizer e difundir, do jornalista se exigirá, além da competência de ‘saber dizer’ e ‘saber o que dizer’, a competência de ‘saber difundir o dizer’, para que os públicos interessados sejam alcançados no tempo certo, pela mídia certa. São as três grandes competências que já se exigem das boas assessorias de imprensa.

Na essência, a linguagem não muda. Em qualquer das mídias, o jornalismo terá ser claro, preciso, conciso e veraz, nas ações de relatar, interpretar e comentar fatos, falas e ações humanas. Para fazer isso, o jornalismo se expressa por meio de cinco espécies de texto, amadurecidas pela tradição – a notícia, a reportagem, o artigo, a entrevista e a crônica. Eventualmente, quando a criatividade está afiada e pode ser exercida, é possível fazer combinações e fusões estilísticas interessantes, mas que não alteram os formatos básicos do ‘dizer jornalístico’.

As circunstâncias de tempo e espaço do processo interlocutório que mudam. Para não entrar em chatices teóricas, diria que o que mudam são as expectativas dos destinatários. Por isso, cada vez mais se exigirá, do jornalista, sensibilidade e conhecimento (teórico e técnico) para lidar com esse ingrediente (as expectativas dos destinatários), fundamental para o sucesso das ações jornalísticas.

Dentro da mesma tendência, a da exigência de aptidões polivalentes para atender a expectativas diferenciadas de destinatários, outra vertente cresce, de forma vertiginosa, no mercado profissional dos jornalistas: o das publicações ‘feitas sob medida’ para públicos específicos. São preponderantemente revistas, as já chamadas ‘revistas customizadas’, expressão derivada do Inglês ‘custom publishing’, ou ‘publicações feitas sob encomenda’. Expostas de forma exuberante em bancas e livrarias, formam já um acervo impressionante de títulos e temas, vinculados a empresas, ongs, marcas e ramos de negócio. E porque faz parte da vertente a exigência crescente de bons textos, essas revistas já garantem remuneração regular a um número elevado de jornalistas que sabem escrever.

A expansão surpreendente das ‘revistas customizadas’ se explica, em boa parte, pelo fato de serem ‘uma solução’ para questões importantes do marketing moderno, que prioriza a gestão da marcas sob uma visão nova, trabalhando mais os conceitos de valor do que as propriedades do produto.

Essa mistura com o marketing é sem dúvida incômoda para o jornalismo e para os jornalistas. Mas ela está aí como realidade irreversível do mercado de trabalho. E há que ser discutida, até por me parecer tratar-se de uma tendência que crescerá para outras mídias, em especial a televisão, incluindo a aberta. A Rede Record, por exemplo, já acertou a abertura de espaço para um programa semanal do Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura.

Finalmente, deixo, para a discussão, a idéia de que o jornalismo se tornará cada vez mais uma atividade liberal, prestadora de serviços, inserida na lógica da terceirização que caracteriza a tendência do próprio capitalismo. Basta olhar as configurações que as relações de trabalho vêm adquirindo no mercado profissional para entender que o já popular ‘PJ’ (pessoa jurídica), que tanto assusta os Sindicatos de Jornalistas, fala por uma tendência também irreversível.

Para encerrar, chamo a atenção para a linha de coerência que amarra as três idéias. Elas se complementam em dinâmicas recíprocas de causa-conseqüência.

Vamos ao debate?’



LÍNGUA PORTUGUESA
Deonísio da Silva

‘Os Nomes de Lula’, copyright Jornal do Brasil, 30/05/05

‘O presidente Lula está dando conta do recado? Não daquele que lhe foi dado nas urnas, matéria de colunistas políticos, mas de mensagens embutidas nos quatro nomes que perfazem sua aura onomástica: um sobrenome (Silva), dois nomes (Luiz Inácio) e um apelido (Lula).

Apesar de os integrantes do atual governo falarem muito em democracia, algumas coisas não podem e nem devem ser democráticas. O povo não tem condições de fazer certas escolhas. E às vezes está intrinsecamente impedido de fazê-las.

A escolha do nome é um desses casos. Ninguém escolheu o nome que tem. Ele nos foi imposto, em geral por nossos pais, segundo algumas razões. É verdade que podemos alterá-lo, no cartório ou na vida.

Ao contrário do que gostam de apregoar os advogados – o que está nos autos, está no mundo; o que não está nos autos, não está no mundo – o que não está nos cartórios, está no mundo e principalmente na vida das pessoas.

Mas o que nos diz a etimologia para a origem dos nomes do presidente? Luiz, escrito também Luís, veio do francês ‘Louis’, mas sua origem é o composto germânico ‘hlod’ (glória) e ‘wig’ (luta), como está mais claro na variante Ludovico, aportuguesamento do alemão ‘Ludwig’. O nome tornou-se muito popular depois que foi canonizado o rei francês Louis IX, que na idade do presidente Lula já estava morto. O presidente será sexagenário este ano e a oposição está interessadíssima em beneficiá-lo com nova Lei dos Sexagenários, desta vez alforriando-o da presidência da República.

Foi a fama de piedoso a principal responsável pela divulgação do nome do rei em Portugal. E recebeu ajuda de outro parente, igualmente santo, Luís de Anjou, bispo de Toulouse.

Já de Inácio, a origem é controversa. Veio do latim ‘Egnatiu’, escrito ‘Egnátios’ e ‘Ignátios’, em grego. Tornou-se nome popular por influência de nomes de santos, como Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus. O segundo nome do presidente Lula é, pois, um mistério etimológico.

Lula, com a variante Lulu, é hipocorístico (apelido) muito comum para Luís, e seus significados não podem ser diferentes daqueles amarrados à raiz do nome.

E, por fim, Silva, veio do latim ‘silva’, selva, bosque, mato, floresta, metáfora de lugar onde se luta arduamente pela vida, às vezes com a ajuda de cachorros. ‘Estar no mato sem cachorro’ é expressão que designa grande dificuldade.

Getúlio Vargas, cujo destino trágico foi lembrado pelo ministro Aldo Rebelo como agouro da oposição para o presidente Lula, perguntou a um fazendeiro como ia o seu governo e ouviu em resposta uma metáfora: ‘o caçador é bom, mas a cachorrada…’

A etimologia comprova que o apelido, o primeiro e o terceiro nome do presidente significam luta gloriosa, mas o segundo é um mistério. E a situação indica que talvez precise substituir alguns cachorros, se quiser chegar a um final feliz na caçada que empreendeu. Os cachorros e outros animais, como os cabritos que nomeou para cuidarem de alguns gramados no Planalto.’



BIENAL DO RIO
Zuenir Ventura

‘Por um bom vício’, copyright No Mínimo (www.nominimo.com.br), 24/05/05

‘Ao se encerrar no domingo passado a XII Bienal Internacional do Livro, que em onze dias levou ao Riocentro 630 mil pessoas, me pergunto como se explica que um evento como esse tenha atraído tanta gente numa cidade que lê pouco – calcula-se que no Rio, a exemplo do que deve se passar em todo o país, quatro de dez pessoas leiam apenas um livro por ano. Outra surpresa é que o número de jovens entre 15 e 24 anos pulou esse ano de 30% para 45% do total de visitantes. Não se diz que jovem não gosta de pegar em livro?

Estive lá nos últimos dois dias e, mais uma vez, fiquei impressionado com o evento, que a inconstância do tempo não conseguiu atrapalhar: nem o sol e o calor de sábado (só nesse dia, um recorde de 80 mil visitantes), nem a chuva de domingo, que transformou um dos estacionamentos em lamaçal. Nem a distância: apesar do nome, o Riocentro fica a quase 40 quilômetros do centro da cidade. Muita gente torce o nariz para eventos culturais como a Bienal. Alguns alegam que as pessoas vão lá para fazer programa e não para comprar. Os números desmentem. Esse ano foram vendidos 2,3 milhões de exemplares (contra 1,6 milhão de dois anos atrás), num total de R$ 41,5 milhões, contra R$ 36 milhões de 2003.

Aliás, os números são ilustrados pelo espetáculo de bandos de crianças e adolescentes brincando com livros – pegando, folheando e mesmo lendo – e adultos saindo com sacolas cheias, como se estivessem numa grande feira ou num enorme supermercado. Sei que isso não agrada, por exemplo, aos iniciados, que acham que bienal é para quem não gosta de ler; leitor que é leitor ‘tem’ a sua livraria particular e o seu livreiro ‘personalizado’, que conhece o seu gosto, que sabe o que você já tem ou ainda não tem. Também não agrada aos que cobram de cada acontecimento e cada gesto a solução para as mazelas do país. ‘Bienal não ajuda a diminuir o analfabetismo.’ ‘Bienal não resolve o problema da falta de leitura.’

De fato, ela não veio para substituir as livrarias, ainda bem, e nem para resolver questões sócio-culturais e econômicas. Bienal é festa. O que ela faz é promover a aproximação lúdica, alegre, prazerosa das pessoas, principalmente crianças e jovens, com os livros e seus autores. Se esse contato físico vai virar dependência química, não se sabe, mas não há dúvida que ele estimula o hábito, que com o tempo, quem sabe, pode aumentar entre os jovens o número de viciados em leitura. Não importa que comecem lendo até o pior porque aos poucos vão aprimorando o gosto e podem chegar ao melhor.

Outro dia recebi e-mail de um leitor reivindicando para a Feira do Livro de Porto Alegre a condição de mais democrática, porque não cobra ingresso, é livre, inteiramente aberta ao público e, além disso, é a mais antiga do país: já completou 50 anos. Como já estive lá algumas vezes, conheço e concordo com ele; as feiras são mesmo mais democráticas do que as bienais, cuja entrada é paga. Acostumado a assistir à triste discussão para saber que cidade é mais violenta do que a outra, acho saudável que se passe a ‘brigar’ pelo livro. Taí uma olimpíada da qual deviam participar todas as cidades brasileiras.’



A DIMENSÃO… & TRINCHEIRA…

Luiz Ruffato

‘Desprezo pelos caminhos banais da opinião’, copyright O Globo, 28/05/05

‘A dimensão da noite, de João Luiz Lafetá. Organização de Antonio Arnoni Prado. Editora 34, 576 pgs. R$ 52 Trincheira, palco e letras, de Antonio Arnoni Prado. Editora Cosacnaify, 350 pgs. R$ 49,50

Orientando de Antonio Candido no mestrado e doutorado, João Luiz Lafetá (1946-1996) foi um intelectual de ‘qualidades raras e originais’, conforme palavras de seu mestre, no breve e comovido prefácio à coletânea de ensaios ‘A dimensão da noite’, organizada por Antonio Arnoni Prado. Autor do clássico ‘1930: a crítica e o modernismo’, Lafetá é excelente exemplo do acadêmico que transpõe os muros da universidade e leva o rigor da crítica para a militância jornalística. Especialista em Mário de Andrade (há três longos artigos e uma resenha sobre o ‘papa do Modernismo’ nesse volume), exerceu, em sua breve vida, papel cada vez mais incomum entre os intelectuais brasileiros: o julgamento das obras de seus contemporâneos.

Compadrismo, invejismo e deslumbrismo nos jornais

O que há hoje, em geral, nas páginas dos suplementos culturais dos grandes jornais, é ou o compadrismo – ‘eu falo bem de você para você falar bem de mim’ -, ou o deslumbrismo – ‘eu falo bem porque está todo mundo falando bem, então não sou eu quem vai destoar’ -, ou o invejismo – ‘está todo mundo falando bem, então vou falar mal, porque senão ele acaba ocupando o meu lugar’ – ou o macunaísmo – ‘não falo de ninguém porque não há absolutamente nada de interessante no cenário atual da literatura brasileira’. Lafetá desprezava esses caminhos. Não só legou leituras originalíssimas de autores do cânone – basta ler suas intervenções sobre Cyro dos Anjos, Visconde de Taunay e José de Alencar – como teve coragem de enfrentar livros que mal haviam saído do prelo.

O próprio Lafetá, em entrevista também enfeixada nesse volume, já era indagado, em 1978, sobre a intervenção da Academia na discussão dos autores contemporâneos: ‘o crítico deve opinar também sobre o que está sendo produzido agora’, pensava. E emendava, com razão: ‘O que há, na verdade, é que as próprias condições da vida universitária impedem que haja uma produção crítica mais constante, regular e metódica, que atinja o grande público’. Parece que, de lá para cá, as condições objetivas pioraram e o espaço dedicado à cultura – também bastante reduzido nos jornais – foi sendo ocupado pelo diletantismo. O resenhismo crítico acabou ilhado nas páginas de revistas universitárias.

Num artigo de 1983, por exemplo, encontramos Lafetá enfrentando três romancistas mineiros pouco conhecidos ainda hoje: Oswaldo França Junior, Rui Mourão e Ivan Ângelo. Sobre França Junior, escreveu: ‘estranho o fato de ele não ser ainda um nome tão conhecido nacionalmente como deveria ser. Pois seus livros estão entre os melhores que se escrevem hoje no país’. Sobre ‘A festa’, de Ivan Ângelo: ‘combina de modo muito harmônico os aspectos mais atraentes do ‘velho’ romance e do romance mais contemporâneo (aí está uma originalidade, diria o leitor crítico)’.

Podemos continuar citando: o longo e basilar estudo ‘Traduzir-se’, sobre a poesia de Ferreira Gullar; o fundamental ‘Rubem Fonseca, do lirismo à violência’; os estudos, no calor da hora, sobre Sérgio Sant’Anna, João Antônio, Moacyr Scliar, Ignácio de Loyola Brandão, Márcio Souza, Antônio Torres, João Almino, Flávio Aguiar, Dalton Trevisan e até sobre o então recém-lançado ‘Coivara da memória’, de Francisco Dantas – a todos analisa, promovendo uma reflexão singular, num texto claro, objetivo e adogmático. Enfim, essa é a generosa lição que nos dá Lafetá, ‘crítico cheio de hipóteses e de intuições que nunca se cansa de interrogar e de discutir’, como bem define Antonio Arnoni Prado.

Essas palavras poderiam ser aplicadas ao próprio Prado que, com Lafetá, guarda muitas semelhanças, além do fato de ter sido formado por Antonio Candido. Afora a questão do enfrentamento sério da literatura contemporânea, outro aspecto ausente das discussões nos suplementos literários é o da contextualização da literatura – sua interposição na História do país. De uma hora para outra, parece que a realização artística passou a inaugurar-se no momento de sua produção. E aqui recorremos à reunião de estudos de Prado, ‘Trincheiras, palco e letras’, sobre a literatura brasileira do começo do século XX.

Prado escolheu não os grandes autores, mas os renegados ou secundários – e não para guindá-los a um lugar que não lhes pertence, mas para entender melhor o momento histórico e cultural. Assim, Prado consegue mostrar como essas relações são bem mais profundas do que imaginamos. Interessantíssimas, por exemplo, as conexões que estabelece entre os ideários do grupo formado em torno de Elísio de Carvalho na revista ‘América Brasileira’, que se desdobrariam no nacionalismo conservador de parte do modernismo, particularmente os alinhados ao Movimento Verde-Amarelo. Ou ‘o falso olhar civilizado’ que os decadentistas – como Mário Pederneiras ou Théo Filho ou João do Rio – lançam sobre a realidade.

Espaço para discutir escritores até hoje malvistos

Prado, com rara felicidade, resgata a indissociável coabitação entre cultura e política. Nos seis textos da segunda parte, ‘Cena libertária’, discute obras de autores que nem constam dos manuais mais abrangentes de história da literatura, escritores que assumiram as diretrizes do anarquismo, contrapondo-se à alienação dos dândis decadentistas e ao conservadorismo dos nacionalistas exaltados, como aos ‘pequenos-burgueses e sem a menor conseqüência’ – os primeiros modernistas.

Em ‘Trincheiras’, há lugar ainda para discutir os até hoje malvistos Augusto dos Anjos e Lima Barreto. E, na última parte, Prado delineia ‘retratos de fim-de-século’, não do fin-de-siècle tratado nas quatro primeiras partes, mas fim do século XX, com textos primorosos sobre Sérgio Buarque de Holanda, Antonio Candido, Alexandre Eulálio, Décio de Almeida Prado e… Lafetá… E assim voltamos ao começo deste texto…

LUIZ RUFFATO é escritor, autor de ‘Mamma, son tanto felice’ e ‘O mundo inimigo’’