Thursday, 14 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Cidade Biz

‘Se a eleição presidencial de 2000 nos EUA foi a da Internet, a de 2004 se converteu na dos ‘blogs’, uma mistura de jornalismo e diário íntimo eletrônico que gerou milhões de viciados entre os americanos. O poder destas páginas ficou várias vezes claro durante a atual campanha presidencial nos Estados Unidos. Porém, dois exemplos resumem sua influência.

Segundo informa a EFE, durante um dos debates televisivos, o presidente George W. Bush se viu obrigado a refutar os comentários postados nas páginas sobre os planos dos republicanos para retomar o serviço militar obrigatório e cobrir as crescentes necessidades de pessoal ao conflito no Iraque. Embora os democratas não tenham acusado oficialmente os republicanos de estar planejando esta mudança, vários sites e blogs liberais difundiram as supostas intenções do governo Bush, multiplicando um rumor que chegou aos meios tradicionais de comunicação.

Outro exemplo é o dos já famosos documentos difundidos pela rede de televisão CBS que serviam para provar o suposto favor que Bush recebeu da Guarda Nacional há mais de 30 anos, quando cumpriu seu serviço militar, e evitou ser enviado à guerra do Vietnã.

Poucos minutos depois de o prestigiado jornalista Dan Rather exibir os documentos em seu programa, vários blogs de afinidade republicana levantavam dúvidas sobre sua autenticidade, criando uma onda que terminou com o reconhecimento público da CBS de que os papéis não eram autênticos.

Se para os analistas a importância real dos bloggers – os escritores de blogs – tinha passado despercebida, tanto o Partido Democrata como o Republicano se apressaram em reconhecer seu novo status entre os meios de comunicação e, agora, as campanhas de seus candidatos contam com seus próprios blogs. E, o que é mais importante, durante as convenções que os dois partidos realizaram nos últimos meses, pela primeira vez creditaram como jornalistas várias dezenas de bloggers.

Mas os blogs políticos também sofrem críticas porque, como mais de um analista afirmou, o problema desta forma de comunicação é que a maioria dos leitores são partidários convencidos de uma determinada posição, fomentando as visões partidaristas e unilaterais.’



O Estado de S. Paulo

‘‘The Economist’ apóia Kerry, com coração pesado’, copyright O Estado de S. Paulo, 29/10/2004

‘A revista britânica The Economist, uma das publicações mais influentes do mundo, manifestou ontem, em editorial, apoio à candidatura de John Kerry, na eleição presidencial do dia 2. Mas observou que a decisão penosa. ‘Três anos após o ataque terrorista devastador nos EUA, num período que teve duas guerras, leis econômicas e políticas radicais, o leitor poderia pensar que a campanha presidencial seria um tema particularmente elevado e nobre’, escreveu a revista. ‘Se pensou isso, estava enganado.’

The Economist diz que George Bush nunca pareceu estar à altura do cargo e acrescenta que Kerry ‘parece ter chegado a uma conclusão sobre alguma coisa apenas uma vez, e isso foi há 30 anos’. Mas, ‘após pesar tudo, nosso instinto está voltado para a mudança em vez da continuidade: Kerry, não Bush’.

PESQUISAS

Bush ampliou ontem em 1 ponto porcentual a diferença que mantinha de Kerry na pesquisa nacional diária de tendência Reuters/Zogby. Bush manteve os 48% do dia anterior e Kerry caiu 1 ponto, para 46%.

Em Estados-chave como Flórida, Ohio e Pensilvânia, onde o resultado deve definir a escolha do novo presidente, as pesquisas seguem registrando empate técnico.’



THE TIMES MUDA
O Estado de S. Paulo

‘‘The Times’ muda formato após 216 anos’, copyright O Estado de S. Paulo, 31/10/2004

‘O jornal ‘The Times’ será rodado em formato tablóide após 216 anos de existência. Há quase um ano o diário britânico, que agora pertence ao grupo Murdoch, seguiu o exemplo de outros jornais e passou a publicar suas edições tanto no tamanho tradicional quanto no tablóide e, segundo seu diretor Robert Thomson, a resposta dos leitores ao tamanho compacto foi excelente. A publicação, que atualmente tem uma tiragem de 660.906 exemplares, teve um aumento nas vendas de até 32% com o novo formato.’