Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Claudia Pereira

‘Se o que você mais gosta de ver na TV é música, é música o que verá. Novidades não faltarão dentro na nova grade da TV Cultura, que passou a investir 14 horas semanais de sua programação em repertórios de música brasileira.

A grande novidade talvez fique a cargo do ClipeArte, programa apresentado pela atriz e cantora Amanda Acosta, sim, aquela que embalou crianças com o grupo Trem da Alegria nos anos 80. Ainda com um rostinho de menina, a atriz, cantora, e agora apresentadora, de 26 anos, além de simpática, mostra-se muito segura no ar e, entre um videoclipe e outro, conta casos e curiosidades que marcaram a história da MPB. O cenário, clean e modernoso, também é um atrativo à parte. ‘Além de atrair o público jovem, a proposta do programa é mostrar a diversidade da música brasileira, não só artistas conhecidos, mas também aqueles que não têm muito espaço na mídia’, explica Amanda. E completa: ‘Queremos causar um movimento de curiosidade entre esse público, situá-los sobre a história da nossa música. Por isso, a seleção é bem eclética. As pessoas poderão ver clipes que vão de Ismael Silva a Rappin Hoodd.’

Outra novidade é que os fãs do Bem Brasil terão de se adaptar com as mudanças sofridas pelo programa. E que mudanças! Depois de dez anos ocupando o palco do lago do Sesc Interlagos e com exibição ao vivo todos os domingos, passa agora a ser gravado no teatro do Sesc Pompéia, toda terça, às 21 horas, e vai ao ar aos sábados, às 17 horas (com reapresentação às terças, 1h). ‘Estávamos há muito tempo no mesmo local. A idéia inicial do programa estava se perdendo um pouco. Por exemplo, quando levávamos um artista mais conhecido do público, aquilo lotava, mas quando era alguém que tem um tempo de estrada e não está tão na mídia, não aparecia muita gente. E mesmo que levássemos cem pessoas, parecia nada frente a dimensão do Sesc Interlagos’, explica Wandi Doratiotto, apresentador do programa.

Segundo Mauro Garcia, diretor de programação da Cultura, as mudanças do Bem Brasil ocorreram por vários motivos. ‘O programa ao vivo nos aprisiona demais, o Sesc não estava mais adequado, não tínhamos como garantir público para lotar tamanho espaço, enfim, em nosso modo de ver não estávamos atingindo o resultado desejado.’

Garcia explica o porquê dessa reformulação na emissora. ‘A Cultura sempre teve tradição e muitos programas de destaques na área musical. Isso estava se perdendo, sentimos que não estávamos dando conta da diversidade que existe na música brasileira.’

Para resgatar então essa tradição, a casa, além do ClipeArte, estreou também o Repertório Popular, que resgata o acervo da emissora com apresentações de shows gravados por grandes artistas. Mas não fica só nisso, programas temáticos e depoimentos também englobam o semanal, que ocupará o horário da uma da manhã das quintas-feiras. Os programas temáticos contemplarão movimentos como a bossa nova, o tropicalismo, a jovem guarda e compositores como Candeia, Adoniram Barbosa, Ary Barroso, entre tantos outros.

Por fim, a partir do dia 24, a última estréia dessa maratona musical é o Imagem do Som, acordo da emissora com gravadoras e produtoras para que os artistas possam exibir seus trabalhos em DVD. ‘A idéia é abrir para o grande público shows que são realizados para esse fim e que têm uma platéia muito seleta. Na verdade, essa é nossa grande intenção. Abrir novos espaços na TV aberta para que a música brasileira deixe de ser apenas uma participação especial nos programas, mas que passe a ser o recheio principal’, diz Mauro Garcia.’



BANG BANG

Ubiratan Brasil

‘‘Bang Bang’ traz faroeste para a novela das sete’, copyright O Estado de S. Paulo, 17/09/05

‘Sete homens e um destino seria um título nada original para um faroeste não fosse, na verdade, a melhor forma para explicar o trabalho de criação de Bang Bang, a próxima novela das 19 horas da Globo, justamente um faroeste, que estréia dia 3 de outubro: à frente do grupo, tal qual um John Waine da escrita, o escritor Mário Prata cria as situações de cada capítulo, que é estruturado por seis colaboradores antes de voltar às suas mãos para o ponto final . O processo leva, em média, 12 horas mas já revela um avanço – no início, chegava a tomar duas longuíssimas semanas. ‘E, até a estréia, ganharemos mais tempo’, acredita Prata, que volta à rotina de escrever novelas depois de 20 anos ‘sem patrão’.

Bang Bang é mais um desafio em sua carreira, semelhante a Estúpido Cupido, última novela em preto e branco da sete da noite na Globo que, em 1976, contava a divertida rotina de uma fictícia cidade do interior de São Paulo, nos anos 60, onde uma garota sonhava em ser miss. ‘Naquela época, cada capítulo tinha 20 páginas; hoje, são, no mínimo, 40’, comenta Prata, novamente envolvido com um projeto inovador.

A novela deverá seguir a receita do sucesso dos folhetins das 19 horas, ou seja, uma trama envolvendo mocinha, mocinho e vilão. Para isso, Prata criou novamente uma cidade fictícia, Albuquerque, com os tradicionais ingredientes do western: rua principal, saloon, cadeia. Na história, Gógol (Marco Ricca) e Rush (Cosme dos Santos) encontram o novo xerife de Albuquerque morto e decidem assumir sua identidade, buscando um futuro na pequena cidade do Velho Oeste, cujas cenas foram rodadas no deserto chileno de Atacama.

Também a caminho de Albuquerque está Ben Silver, papel de Bruno Garcia, que traz, na lembrança, uma chacina de 20 anos atrás. Por isso, é grande seu desejo de vingança contra àquele que teria destruído sua família: Paul Bullock (Mauro Mendonça), o pai da bela e forte Diana (Fernanda Lima). Ben pega uma carona com a moça e Jeff (Guilherme Fontes). O destino dos três se cruzará em Albuquerque, para onde os rumores da chegada do progresso levam novos moradores.

‘Uma das minhas inspirações foi Matar ou Morrer, clássico de Fred Zinnemann’, conta Prata, que imaginou um início violento para a novela: justamente a chacina que liquidou com a família de Ben Silver. ‘Como achei um pouco violento demais, decidimos que as cenas serão mostradas na forma de desenho animado, o que será uma das novidades da novela.’

A idéia de Bang Bang surgiu há muito tempo. Em 1985, Prata trabalhou com o diretor Luiz Fernando Carvalho na novela Helena, exibida pela falecida Manchete. A parceria deu tão certo (a influência cinematográfica de Carvalho conferiu uma nova moldura para as cenas escritas por Prata) que decidiram realizar um novo trabalho juntos. ‘Seria um faroeste, pois sempre tive paixão por esse gênero’, conta o escritor, que chegou a rascunhar cinco páginas, logo engavetadas.

Passados tantos anos, Carvalho retomou a idéia por conta de uma aposta que a Globo pretende fazer em sua faixa das 19 horas, exibindo uma novela com traços inovadores. Com o sucesso de Hoje é Dia de Maria, no entanto, Carvalho envolveu-se com o projeto de continuação da microssérie e passou o bastão de Bang Bang para o diretor Ricardo Waddington. A decisão foi acertada. ‘Ele logo resolveu um dos meus problemas, sugerindo a fusão de duas personagens em apenas uma’, conta Prata, que passou todo o período inicial de criação em um spa, em Sorocaba. Não que ele precisasse perder alguns quilos sobressalentes – Prata é um magro de carteirinha. Mas foi lá, sob horários rigorosos para se alimentar, que ele conseguiu administrar seu tempo de trabalho. E foi lá também que assumiu a tarefa, como em Estúpido Cupido, de divertir o público e esquentar a audiência antes da dura realidade do Jornal Nacional.’



MTV

Keila Jimenez

‘MTV faz novo ‘Namoro na TV’ gay’, copyright O Estado de S. Paulo, 17/09/05

‘A MTV prepara duas edições gays de seu novo ‘Namoro na TV’, o Beija Sapo, programa comandado por Daniella Cicarelli às quartas-feiras, às 22 horas.

Já está em produção na emissora uma edição só com lésbicas e outra só com homossexuais masculinos. A atração tem como objetivo encontrar um príncipe (ou princesa) para um pretendente em potencial.

No programa, um(a) garoto(a) – a princesa ou príncipe – escolhe entre três pretendentes, tendo à disposição algumas dicas sobre os participantes. Eles não podem aparecer até o final. Aprovando ou não a beleza do eleito (a), o ‘encalhado’ tem de beijá-lo assim mesmo no final.

A emissora musical já recebeu algumas inscrições, mas deve começar a divulgar as tais edições assim que tiver uma data definida para elas.

Vale lembrar que a MTV foi a primeira emissora brasileira a fazer um ‘namoro na TV’ gay. Em 2001, realizou uma edição do gênero com o Fica Comigo, programa de namoro comandado pela até então VJ da casa Fernanda Lima. A edição terminou com um beijo na boca entre dois queridos (nome dado aos participantes), conseguiu 3 pontos de média de ibope, 6 de pico – a média da MTV normalmente é 1 – e muita polêmica.

Além de um Beija Sapo gay, a emissora deve realizar uma edição da atração com um famoso – um ídolo teen que esteja disposto a encontrar uma namorada, ou a fazer uma graça com suas fãs. Nenhuma dessas edições tem data de exibição prevista ainda.’



ANA PAULA NO SBT

Antonio Brasil

‘Telejornal da Ana Paula Padrão subiu no telhado?’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 16/09/05

‘Após tantos anos de promessas e decepções o público e a crítica aguardavam ansiosos pela tão anunciada ‘guerra dos telejornais’. Uma luta sem tréguas pela liderança de audiência. No entanto, em pouco mais de um mês, as manchetes já anunciam alguns revezes e, talvez, as primeiras vítimas.

‘Novela despenca e SBT perde o 13% a noite’, ‘SBT Brasil ganha novo horário’ ou ‘SBT Brasil muda de horário em busca de qualificação de público’.

É gente, mesmo de longe, dá para perceber que a coisa está feia no Brasil. O pior é que, para alguns, o culpado (pasmem) é o … público.

Porém, nada se compara à manchete de O Globo: ‘Chegada de Ana Paula derruba ibopes do SBT’. A matéria prossegue com um misto de satisfação e ironia: ‘A audiência do SBT entre às 17h e às 20h é hoje alguns pontos mais baixos do que era antes da estréia do ‘SBT Brasil’, dia 15 de agosto. A média obtida na faixa nas duas semanas anteriores à estréia de Ana Paula Padrão foi de nove pontos. Nas duas semanas que se seguiram ao dia 15, a média passou para sete pontos’.

Trata-se de mais um bom exemplo de jornalismo de ‘interesses’. Não é à toa que, em certos países, não se permite que uma rede nacional de TV controle jornais e rádios. E como foi mesmo que o ex-deputado Roberto Jefferson descreveu o jornalismo de O Globo no Congresso Brasileiro nesta última quarta-feira? Segundo o noticiário da Folha, ‘seu primeiro ataque foi contra o jornal ‘O Globo’, que acusou de ‘amoral’. Ah, mas deixa isso pra lá.

Império agradece

No entanto, a manchete mais preocupante até que parecia meio positiva: ‘SBT ‘comemora’ permanência na vice-liderança… uma vitória na briga com a Record.’

Como assim? Os executivos do SBT estão felizes porque ‘ainda’ não foram para o terceiro lugar. E pensar que na guerra dos telejornais o SBT deveria ser um dos maiores contendores. Essa mesma atitude de resignação com a vice-liderança, por enquanto, me faz lembrar certos grandes clubes do futebol brasileiros do passado. Clubes como o meu ex-glorioso Flamengo. Torce, luta e reza todos os dias para não ir para Segundona. Resignado, há muitos anos, desistiu de lutar pela liderança e sequer pela vice-liderança. Todos esquecem que no Brasil ‘vice’ no campeonato mundial de futebol, por exemplo, é considerado ‘derrota’. E, talvez, os torcedores brasileiros estejam certos. Os dirigentes do SBT, talvez, não percebam que a melhor maneira de se perder uma guerra ou um campeonato é se contentar com uma derrota ou vice-liderança. É se contentar com pouco.

Mais adiante, o noticiário tenta explicar o sentido dessas comemorações: ‘o SBT Brasil empatou sábado no Ibope, em cinco pontos, com o Jornal da Band, ancorado por Otávio Ceschi, substituto do titular Carlos Nascimento. No horário, a Record marcou dez pontos, e a Globo, 35’.

Perceberam?

Em termos de telejornalismo, o SBT não parece disputar sequer a vice-liderança. Com média entre cinco ou oito pontos no Ibope contra outros cinco ou 10 dos competidores diretos e mais de 30, repito, mais de 30 do principal adversário, a Globo, em verdade, não se discute uma ‘vice-liderança’. Existe, sim, uma derrota. E, pra variar, a principal vítima dessa guerra é o público brasileiro. Continua refém de um único telejornal, a versão televisiva da Voz do Brasil.

Creio que esse tem sido um dos maiores problemas não só dos nossos telejornais, mas, principalmente, de nossas redes de TV. Seus executivos ‘comemoram’ e se satisfazem com a derrota, com as sobras. Aqui entre nós, disputar a vice-liderança, para mim, é sinônimo de falta de ousadia. É assumir a própria ‘mediocridade’. E olha que ‘medíocre’ é uma posição de meio.

E não é à toa que as outras redes de TV brasileiras ‘perdem’ sempre. Desprezam o público que anseia por ‘novidades’ de verdade e os princípios básicos de uma luta moderna, uma luta de guerrilha contra um poder hegemônico. Insistem em enfrentar a Globo utilizando sempre as mesmas estratégias criadas pela própria Globo e que sempre garantiram o seu poder. O império, simplesmente, ignora a competição, mantém o modelo e… agradece.

Telejornalismo de guerrilha

Em termos comparativos, seria como se os Vietcongs durante a guerra do Vietnã ou os insurgentes no Iraque tentassem enfrentar o poder militar americano de peito aberto, em uma grande batalha. Seria uma derrota rápida, previsível e inevitável. Não muito diferente do que assistimos hoje na guerra dos telejornais.

A única chance dos pequenos telejornais é recorrer às transgressões. Produzir um jornal mais ágil, com muitas matérias novas, inesperadas, produzidas por gente jovem, sem estrelas globais e sem os vícios do passado. Assim como a Bíblia descreve a luta do pequeno Davi contra o todo-poderoso Golias, esses novos telejornais deveriam buscar uma pequena ‘funda’ carregada de pedras para derrotar seus inimigos. Ou seja, enquanto essas TVs e seus telejornais não começarem a buscar suas próprias idéias e ‘transgressões’, perderão sempre. A fórmula de importar estratégias e cooptar estrelas do lado ‘inimigo’ não vai dar certo nunca. Além disso, TV ou o telejornal que se satisfaz com a vice-liderança está sempre condenado a morrer na praia ou se tornar vítima de novas prioridades econômicas.

Querem um exemplo? Em outro artigo, Luiz Gonzaga Mineiro, diretor nacional de jornalismo do SBT, tenta explicar os investimentos no jornalismo: ‘Apenas em contratação de pessoal, o SBT investiu nos últimos meses cerca de R$ 1,5 milhão, aumentando seus quadros do jornalismo em 112 pessoas. Na parte de equipamentos, a emissora não revela os gastos.’

Por que uma rede de TV revela com alarde os investimentos na contratação de ‘pessoas’ e faz questão de manter em segredo os gastos com equipamentos? Confesso que não entendi. Seriam esses gastos com ‘equipamentos’, por acaso, muito maiores, absurdamente maiores do que os ‘investimentos’ em ‘pessoas’? E por que o segredo? Seria mais um exemplo daquela nossa velha paixão pelos ‘espelhinhos’ tecnológicos ou digitais? Perguntar não ofende.

Com estratégias como essa, como sempre, o ‘império’ prossegue na sua trajetória de liderança absoluta. Nem tanto pelos seus próprios méritos. Mas pela incapacidade dos seus competidores de criarem soluções próprias.

Globo e BNDES

Telejornalismo em um país como o Brasil é um assunto muito sério. Tem valor estratégico para o futuro do país e da nossa democracia. Infelizmente, um único telejornal é a principal e muitas vezes a única fonte de informação da maior parte dos brasileiros. Continua sendo sempre uma grande ameaça. Mudanças no telejornalismo não deveriam ser produto de Rodas da Fortuna ou ‘Baús da felicidade’. Insisto. Exige experimentação e pesquisa. Em outros tempos, o modelo de telejornalismo com um único telejornal elegeu e derrubou presidente. Este poder, por enquanto, está meio ‘adormecido’. Sem competidores e com a aprovação de todos os governos, a qualquer momento, tende a despertar.

O noticiário recente revela números e decisões importantes para entender os revezes na guerra dos telejornais: ‘A TV Globo, maior rede de televisão do País, registrou lucro líquido de R$ 135,7 milhões no primeiro semestre, aumento de 808% em relação ao contabilizado em igual período do ano passado. A empresa informou que as autoridades brasileiras aprovaram a proposta do grupo de unir as operações da TV Globo com as da Globopar, empresa holding, com a TV Globo incorporando a holding… A empresa estava em default desde dezembro de 2002. A dívida bruta de curto prazo em junho totalizava R$ 4,756 bilhões (reescalonada em julho), além de outros R$ 2,064 bilhões de longo prazo, totalizando R$ 6,83 bilhões.’

Quanto dinheiro! Mas os números com decisões governamentais favoráveis são muito bem-vindos! Hoje, com as contas no azul e as dívidas sob controle, o império pode voltar a ter uma participação mais efetiva na vida política brasileira. E depois não entendemos as dificuldades das demais redes de TV brasileiras para competir, sobreviver ou produzir telejornais alternativos.

Mas, o mesmo polêmico ex-deputado Roberto Jefferson faz o alerta. Segundo o noticiário do JB online, ‘No início de sua defesa em plenário, atacou a TV Globo por ter tomado um empréstimo R$ 2,2 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o Governo Fernando Henrique Cardoso’. É, pode ser. O homem-bomba de Brasília não perde mesmo a oportunidade para mais uma denúncia. Afinal, tantas outras, mesmo parecendo inverossímeis, acabaram sendo comprovadas pela imprensa. No entanto, no mesmo JB, ‘Referindo-se aos jornalistas, Jefferson disse que ‘quanto mais panfletária a manchete, maior o cheque no banco oficial’. Então é melhor não se aprofundar muito nesse assunto. Voltemos à guerra dos telejornais.

O substituto da Ana Paula

Mas, pelo jeito e por enquanto, vai tudo bem no SBT. Segundo a matéria do Estadão, Ana Paula não estaria preocupada com a audiência: ‘Silvio me perguntou por que eu queria mudar se a audiência estava boa. Não há preocupação com a audiência, e sim com sua qualificação. Para o produto se consolidar, precisa de perenidade’. Ainda segundo a matéria, ‘O SBT, que vinha em tendência de alta, foi a única rede que perdeu ibope em agosto. Além da novela, perderam público as sessões de filmes de terças e quintas, ‘Family Feud’ e ‘Roda a Roda’. No horário que passou a ser ocupado pelo ‘SBT Brasil’, a queda foi de dez para oito pontos. O SBT não comentou os números.’ Porém, Ana Paula fez questão de demonstrar otimismo: ‘o clima na emissora é de total satisfação, tanto com a audiência média do jornalístico que estreou há um mês, quanto pelo seu desempenho comercial.’

Ana Paula, no entanto, reconhece o problema – ‘o canal padece da má fama de mudar a grade segundo a veneta do patrão. Não vou estranhar as notícias amanhã dizendo que as mudanças de horário começaram’.

Mas outras mudanças podem estar a caminho. O mesmo SBT que muda tudo o tempo todo anuncia ‘a contratação do jornalista Guilherme Menezes, para substituir Ana Paula nas férias e na bancada, aos sábados.’ Ah, bem! Nas férias e na bancada, aos sábados.

Para evitar ‘especulações’ … comunicado assinado por Guilherme Stoliar, superintendente da emissora, garante que ‘a retomada do jornalismo na grade tem mostrado a decisão editorial mais acertada da empresa nos últimos anos’.

Ou seja, o presidente do time, quero dizer, o ‘superintendente’ do SBT faz questão de dizer que o telejornal da Ana Paula Padrão continua ‘prestigiado’.

Pode ser. Tudo é possível na TV do Silvio Santos. Mas, também pode ser que a ex-estrela do jornalismo da Globo tenha, simplesmente… subido no telhado!’