Leia abaixo os textos de terça-feira selecionados para a seção Entre Aspas. ************ O Globo
Terça-feira, 18 de abril de 2006
PRÊMIO PULITZER
Reportagens sobre Katrina vencem Pulitzer
‘NOVA YORK. Os jornais ‘The Times-Picayune’, de Nova Orleans, e o ‘The Sun Herald’, de Gulfport, foram os grandes vencedores do Prêmio Pulitzer deste ano por prestação de serviços públicos em razão de suas coberturas sobre a passagem do furacão Katrina na região a despeito dos danos causados às próprias instalações dos jornais em razão da catástrofe. O ‘The Times-Picayune’ também recebeu o Pulitzer por seu furo de reportagem na cobertura sobre a tempestade.
A exemplo do que ocorreu com suas comunidades, os dois jornais foram severamente atingidos pelo Katrina. Seus prédios sofreram danos, os anunciantes desapareceram e a circulação caiu drasticamente. Nos primeiros dias que se seguiram à catástrofe, o ‘Times-Picayune’ funcionou apenas em sua versão online. O prédio do jornal foi alagado e 240 funcionários, evacuados. O ‘The Sun Herald’, por sua vez, conseguiu circular todos os dias.
O ‘Washington Post’ recebeu quatro prêmios no total, seguido pelo ‘The New York Times’, premiado em três categorias. O ‘Rocky Mountain News’, como o ‘The Times-Picayune’, recebeu dois.
– Não deixamos de publicar reportagens em nenhum dia e esse é um legado para todos nessa sala – afirmou Ricky Mathews, presidente e editor do ‘The Sun Herald’, referindo-se à cobertura da tragédia provocada pela passagem do Katrina.
Comemoração discreta em razão da tragédia
A redação do ‘Times-Picayune’ em Nova Orleans irrompeu em aplausos quando recebeu a notícia dos dois Pulitzers, mas não houve champanhe.
– Foi uma tragédia nacional – disse Peter Kovacs, gerente editorial da redação. – Não seria apropriado termos champanhe dada a natureza do evento.
O editor-chefe do jornal, Jim Amoss, acrescentou:
– Enquanto nossa cidade estava sendo destruída e nossos cidadãos morrendo, nós nos unimos como uma verdadeira equipe e cumprimos uma missão sagrada para nós.
Susan Schmidt, James V. Grimaldi e R. Jeffrey Smith, do ‘Post’, levaram o prêmio de reportagem investigativa por sua cobertura sobre o escândalo envolvendo Jack Abramoff, um lobista que trabalhava no Congresso e foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão. A denúncia das atividades de Abramoff levou a revisão da legislação sobre o lobby no Congresso.
David Finkel, também do ‘Post’ recebeu o prêmio por suas reportagens sobre a tentativa do governo americano de levar a democracia ao Iêmen. O terceiro prêmio do jornal foi para Robin Givhan, da área cultural. Dana Priest, que escreveu uma série de reportagens sobre prisões secretas e a campanha antiterrorismo do governo, também recebeu um Pulitzer.
Os escândalos da administração de George W. Bush renderam um prêmio nacional para James Risen e Eric Lichtblau, do ‘Times’. Joseph Kahn e Jim Yardley, do mesmo jornal, ganharam o prêmio na categoria internacional por sua cobertura do sistema legal da China. Nicholas D. Kristof, também do ‘Times’, foi premiado por seus artigos sobre a crise em Darfur.’
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IRAQUE: A dor da guerra leva prêmio de foto
‘A dor de uma mulher cujo marido foi morto na guerra do Iraque foi uma das imagens premiadas na categoria fotografia do prêmio Pulitzer, o mais importante do jornalismo. A foto de Todd Heisler, do ‘Rocky Mountain News’ mostra Katherine Cathey, que se recusou a afastar-se do corpo do marido e dormiu ao lado de seu caixão na noite anterior ao enterro. No laptop, ela tocou canções que a faziam se lembrar do companheiro.’
CRISE POLÍTICA
Lições da crise
‘A cobertura jornalística do escândalo do mensalão foi o maior strip-tease político da história do país. Nunca a população brasileira teve tanta informação sobre as mazelas de um governo, e em tempo real, como na atual crise. Mesmo assim não se formou uma unanimidade nacional que permitisse à oposição afastar o atual presidente, como ocorreu com o ex-presidente Fernando Collor.
As pesquisas de intenções de voto também indicam que, apesar da lambança, o cenário mais provável é o da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O cientista político João Francisco Meira, do Instituto Vox Populi, não atribui esse fenômeno à ignorância e à falta de capacidade dos eleitores. Ele vê razões objetivas para que isso esteja ocorrendo. Em primeiro lugar houve uma mudança do padrão de escolarização da população brasileira nos últimos dez anos. Mesmo os menos instruídos estão mais instruídos e recebem mais informações do que no passado. Mas os eleitores não recebem mais informações de uma forma acrítica. Eles as filtram à luz de seus interesses e experiências. João Francisco, baseado em pesquisas, diz que dos eleitores que acompanham a crise a maioria não considera que esse governo seja mais corrupto do que outros.
Ao mesmo tempo, o país perdeu referências unificadoras, como foram no passado a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), capazes em passado recente de dar um sentido majoritário à indignação nacional. Também não existem mais grandes personalidades capazes de criar unanimidades. Nem mesmo a grande mídia, especialmente a televisão, o meio com maior capacidade de influir na vontade da população, é infalível quando se trata de fazer a cabeça dos eleitores. Foi assim nas duas oportunidades em que a população foi chamada a exercitar a democracia direta: no plebiscito sobre sistema de governo, em 1993, e no referendo do desarmamento, em 2005. Nas duas ocasiões, as teses identificadas como politicamente mais corretas e que tiveram apoio da maioria da mídia, o parlamentarismo e o sim, perderam.
João Francisco também destaca a diferença de procedimento do Congresso e do Executivo. Para os eleitores, o Congresso não pune enquanto o Executivo demite. A imagem do Executivo é a de quem vê o erro e pune, enquanto o Legislativo passa a mão na cabeça dos que cometeram erros e ilegalidades.
O PFL pode entregar decisão ao PSDB
A queda-de-braço para escolher o candidato a vice-presidente na chapa tucana para presidente é tamanha que alguns pefelistas estão defendendo que o partido delegue a decisão a Geraldo Alckmin. O líder do PFL, senador José Agripino (RN), é um dos que tem simpatia pela proposta de levar dois nomes, o seu e o do senador José Jorge (PE), para que o tucano decida.
Agripino, que deu declarações a favor de Alckmin durante a batalha que este travou no PSDB contra o ex-prefeito José Serra, aposta em suas relações com o ex-governador de São Paulo para levar a melhor. Contam também a seu favor as restrições que alguns tucanos fazem a José Jorge, pelo fato dele estar no Ministério das Minas e Energia durante o apagão no último ano do governo Fernando Henrique. Aliás, a página www.novapolitica.org.br, criada para apoiar Alckmin, está fazendo uma enquete sobre qual o melhor nome para ser o vice. José Agripino é amplamente preferido: com 57% dos votos. José Jorge tem 16%, e o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PE), do PMDB, tem 9%.
Volta por cima?
O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), recebeu pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo, na qual o partido recuperou o patamar de simpatia que tinha antes da crise. O PT é o partido preferido de 23% dos entrevistados e sua rejeição é de 17%. Mesmo assim a imagem do PT não é mais a mesma. Há mais gente achando o partido igual aos outros. O apoio cresceu muito no Nordeste e caiu no Sul.
Feridas
O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), foi aconselhado a fazer um trabalho de recuperação de sua imagem junto aos militantes petistas. Sua atuação no comando da CPI é muito criticada internamente. A direção petista avalia que, sem o apoio da militância, Delcídio não será competitivo contra o favorito no pleito para o governo do Mato Grosso do Sul, o ex-prefeito André Pucinelli (PMDB).
A INDECISÃO do PMDB sobre as eleições presidenciais está atrapalhando as negociações de alianças nos estados. Muitas direções regionais do PT e do PSDB temem fechar um acordo com o PMDB e depois serem rifados no caso de lançamento de uma candidatura própria.
O SENADOR Demóstenes Torres (PFL-GO), relator do processo no Conselho de Ética contra o senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC), esclarece que não quer quebrar o sigilo bancário do investigado. Lembra que Mesquita ofereceu o próprio sigilo em sua defesa à acusação de se apropriar de parcela do salário de funcionários de seu gabinete.’
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O Estado de S. Paulo
Terça-feira, 18 de abril de 2006
PRÊMIO PULITZER
Cobertura de furacão rende prêmio Pulitzer a dois jornais
‘EFE – A cobertura do desastre provocado pelo furacão Katrina no sul dos Estados Unidos rendeu o prêmio Pulitzer aos jornais The Times-Picayune, de Nova Orleans, e The Sun Herald, de Biloxi, Mississippi. Eles venceram na categoria jornalismo de serviço público, uma das mais importantes do conceituado prêmio, concedido pela Universidade de Columbia.
No quesito jornalismo investigativo, foram premiados Susan Schmidt, James V. Grimaldi e R. Jeffrey Smith, do Washington Post, pela cobertura do escândalo do lobista republicano Jack Abramoff. Dana Priest, também do Post, ganhou por denunciar prisões secretas americanas e campanhas antiterroristas. Jim Sheeler, do Rocky Mountain News, venceu com matéria sobre o fuzileiro que ajudava famílias de soldados mortos no Iraque a suportar a perda.
Em reportagens internacionais, o Pulitzer foi para Joseph Kahn e Jim Yardley, do New York Times, por matérias sobre o sistema judicial chinês. Nicholas D. Kristof, também do NYT, ganhou prêmio de crítica e opinião.’
TV DIGITAL
Europeus ainda não desistiram da disputa pela TV digital
‘A União Européia (UE) e a Coalizão DVB, formada por empresas que apóiam a adoção do padrão europeu de TV digital, formalizaram ontem convite ao governo brasileiro para visitar a Europa, a exemplo da viagem feita por ministros ao Japão.
Em carta encaminhada à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a União Européia se compromete a assinar com o governo um acordo para a instalação no Brasil de uma fábrica de semicondutores.
A intenção dos europeus de assinar esse acordo já fôra manifestada pelo diretor-executivo da Philips na América Latina, Walter Duran.
A Philips integra a Coalizão DVB juntamente com Nokia, ST Microlectronics, Thales, Siemens e Rhode&Schwartz. Na carta, os europeus convidam também o Brasil a participar do núcleo de desenvolvimento da segunda fase do sistema DVB.
NO PÁREO
Os europeus ainda não deram por perdida a disputa com os japoneses para a implantação da TV digital no Brasil, mesmo com a assinatura, na semana passada, de um memorando entre os governos do Brasil e do Japão. Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula não ter feito o anúncio formalmente, o compromisso assumido pela delegação brasileira com as autoridades japonesas mostra que a escolha do padrão japonês é praticamente certa.
Integraram a comitiva brasileira na viagem ao Japão os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan;e das Comunicações, Hélio Costa, que só retorna hoje a Brasília. Os ministros deverão fazer um relatório sobre a viagem ao presidente Lula.
De acordo com a carta, assinada pelo embaixador da União Européia no Brasil, João Pacheco, a comitiva brasileira seria recebida na viagem por representantes ‘de alto nível’ da Comissão Européia, de governos da União Européia e da Coalizão DVB.
‘Esse convite reflete a firme intenção da Coalizão e da União Européia de aprofundar as ofertas encaminhadas em março, respondendo ao propósito do governo de negociar as melhores contrapartidas para o Brasil no âmbito do processo decisório sobre a TV digital’, diz nota distribuída à imprensa.’
TELEVISÃO
Mais amor, menos escravos
‘Menos sofrimento de escravos e mais cenas de amor. Essa é a mudança gradativa que o remake de Sinhá Moça estaria sofrendo na Globo nos últimos dias. Fontes da emissora garantem que, preocupada com a audiência do horário – que desceu da casa dos 40 pontos para os 30 pontos – a direção da rede teria pedido aos autores da trama que adicionassem mais romance ao folhetim, que tem como seu pano de fundo a sociedade escravagista da época.
Sinhá Moça, que estreou em março com média de 35 pontos, viu, nas semanas seguintes, sua audiência cair para a casa dos 30 pontos. As cenas de maltrato aos escravos, famosas em sua primeira exibição, teriam espantando um pouco a audiência, acostumada a tramas água com açúcar que vinham loteando o horário. Por isso, o pedido então de mais romance no ar.
Edmara Barbosa, uma das filhas de Benedito Ruy Barbosa que está fazendo o remake da trama, diz que a novela, desde seu início, trata de amores e da luta dos negros por sua liberdade e que os dois assuntos têm espaço cativo com o público.
‘Mantemos a estrutura da novela, que originalmente tinha muito romance. Mas nosso trabalho de adaptação também consiste em aumentar a participação de alguns personagens’, contesta ela. ‘Na primeira versão da novela, a Cândida (Patrícia Pillar), por exemplo, era um pouco mais apática e agora influenciará mais na vida da filha.’
Edmara não revela o conteúdo das pesquisas de opinião realizadas sobre a novela, mas garantem que a maioria dos personagens está sendo muito bem-aceita pelo público, como o casal protagonista Débora Falabella e Danton Mello, Osmar Prado e Patrícia Pillar, e o vilão vivido por Humberto Martins.
‘Ele se consagrou como galã e é muito bom vê-lo como vilão’, garante ela.’
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Folha de S. Paulo
Terça-feira, 18 de abril de 2006
CRISE POLÍTICA
A nudez do rei e a nossa
‘RIO DE JANEIRO – Lendo os jornais e revistas do último fim-de-semana, pela primeira vez na vida fiquei orgulhoso de ser brasileiro, de pertencer a uma nação ética, onde, tirante os governantes, todos são vestais e unânimes em lamentar ou condenar os desmandos daqueles que mandam ou pensam que mandam.
Nunca atingimos a um grau de consenso, de unanimidade cívica e moral como agora. Há mesmo uma disputa entre os formadores de opinião, e seus respectivos informados, para saber quem mais se escandaliza, quem mais vitupera a corrupção, quem mais clama contra os abusos do poder e as suas deficiências.
Não se trata de vozes clamando no deserto. Pelo contrário, todos clamam e berram por todos os veículos da mídia, incluindo a internet, os blogs, os sites que poluem a telinha. Mais uma vez: excetuando os governantes e seus áulicos, todos estão enojados, vomitando pelas goelas o bródio indigesto que está sendo servido em nossa vida pública.
Trata-se, sem duvida, daquela ‘ira bona’ de que falava São Tomás de Aquino. Ira que se espraia em todas as camadas da sociedade. O leitor que abre o jornal ou a revista quer ver sangue, deleita-se com o pus que tresanda do organismo nacional, com mensalões, futricas pré-eleitorais, orçamentos macetados, vestidos doados à mulher de um ex-governador, aviões da Varig que voam sem a gente entender como, mocinhas de vida airada freqüentando a casa de lobistas, ministros que nem o presidente da República conhece. Faço parte, modestamente, e com algum constrangimento, da turma do mata e esfola. Tenho de ganhar a vida que na realidade já perdi. Se não o fizesse, acho que estaria passando fome.
Muito repetida aquela frase de que toda a unanimidade é burra. Há consenso na constatação de que o Rei está nu. Mas muita gente também está nua e pensa que está vestida.’
CASO PALOCCI
Ex-assessor de Palocci depõe na Polícia e acaba indiciado
‘A Polícia Federal indiciou ontem o jornalista Marcelo Netto por prática do crime de quebra de sigilo bancário. Assessor de imprensa do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda), o jornalista foi ouvido ontem pela Polícia Federal e negou envolvimento na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.
O crime está previsto no artigo 10 da lei complementar 105/2001, com previsão de pena de um a quatro anos de prisão e multa.
Marcelo Netto assumiu o cargo no Ministério da Fazenda no início do governo Lula. Deixou o posto dias depois de Palocci, quando ambos tiveram seus nomes envolvidos na quebra do sigilo do caseiro, operação feita na sede da Caixa Econômica Federal, em Brasília, em 16 de março.
Ouvido ontem pela PF, o jornalista disse só ter tomado conhecimento da violação depois que a movimentação bancária do caseiro se tornou pública. Na noite de 17 de março, o blog da revista ‘Época’ divulgou o conteúdo dos extratos bancários do caseiro obtidos por meio de ato ilegal.
A convicção do delegado Rodrigo Carneiro Gomes é a de que Marcelo Netto está, sim, envolvido no episódio. Ele participou de reuniões na casa de Palocci nos dias 16 e 17 de março. Além disso, a PF afirma que ele conhece e troca telefonemas com jornalistas da ‘Época’ que assinam a reportagem que tornou pública a movimentação bancária do caseiro. A PF pediu ontem à Justiça a quebra do sigilo telefônico do ex-assessor de Palocci. O período de análise se limita aos dias 16 e 17 de março.
Para o advogado Eduardo Toledo, que defende Marcelo Netto, o indiciamento não tem amparo fático nem jurídico: ‘Mas não vou antecipar um eventual debate jurídico dessa questão antes da conclusão do inquérito e da manifestação do Ministério Público’.
Tecnicamente, é do Ministério Público a última palavra, antes da decisão judicial, sobre quem deve ser acusado ou não de conduta criminosa, bem como a definição de tal conduta. O advogado Toledo afirma que seu cliente esteve em reuniões na casa de Palocci nos dias 16 e 17 de março, como em diversas outras ocasiões, sempre ‘para despachar assuntos institucionais referentes às suas funções no Ministério da Fazenda’.
Quanto ao dia 16 de março, conforme o advogado, era necessário definir se Palocci iria fazer alguma declaração oficial ou dar entrevista diante das declarações do caseiro à CPI dos Bingos. Na ocasião, Francenildo reafirmou que Palocci esteve entre ‘dez ou 20 vezes’ numa casa alugada por ex-assessores no Lago Sul de Brasília, na qual haveria festas e negociatas.
O depoimento de Marcelo Netto durou mais de três horas. Ele entrou e saiu do prédio da PF sem dar entrevista -só seu advogado falou. Ouvido no dia 5 de abril na PF, Palocci confirmou ter recebido em mãos os dados bancários do caseiro, mas isentou seu ex-assessor, afirmando não ter repassado a ele cópia dos extratos.’
Marta Salomon
Na Justiça, caseiro pede indenização de R$ 17,5 milhões à Caixa por violação
‘Supera a quarta parte do maior prêmio já pago pelas loterias no país o valor da indenização pedida à Caixa Econômica Federal pelo caseiro Francenildo dos Santos Costa pela violação de seu sigilo bancário. A ação de danos morais protocolada ontem na Justiça Federal em Brasília cobra do banco R$ 17,5 milhões.
‘E eu acho pouco’, observou o advogado do caseiro, Wlício Chaveiro Nascimento. Ao calcular o valor da indenização pedida pelo cliente, Nascimento disse ter levado em conta o patrimônio da estatal e a suposta intenção de autoridades envolvidas no episódio, além do que classificou de ‘caráter educativo’ da ação, destinada a inibir futuras violações de sigilo pela instituição.
‘A condenação não só deve repercutir no patrimônio do ofensor como desencorajá-lo a praticar, no futuro, condutas semelhantes’, alega o texto da ação. ‘A indenização por certo não causará a ruína da ré, um banco que faturou mais de R$ 2 bilhões no exercício de 2005 e gastou milhões de reais em publicidade com a sua imagem’, completa o documento protocolado ontem.
O caseiro, que recebia dois salários mínimos como empregado na casa alugada por ex-assessores de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto, pede o equivalente a 50 mil salários mínimos de indenização da Caixa. O valor da ‘punição exemplar’ sugerida equivale a 27% do maior prêmio da Mega Sena, de R$ 64,9 milhões, pago em outubro de 1999.
Revista
Outra ação por danos morais, também protocolada ontem pelo advogado de Francenildo, pede o equivalente a 12 mil salários mínimos -ou R$ 4,2 milhões- à revista ‘Época’, que divulgou informações do extrato do caseiro.
O departamento jurídico da Caixa disse que só se manifestaria sobre o pedido de indenização quando tomasse conhecimento formal da ação movida pelo caseiro. A direção da revista ‘Época’ não se manifestou sobre a ação.
Em investigação interna concluída recentemente, a estatal descartou punir os funcionários envolvidos na violação por não considerar ilegal a ordem dada pelo ex-presidente do banco Jorge Mattoso para acessar os dados da conta do caseiro. Mas Mattoso já foi indiciado, junto com Palocci, pela quebra do sigilo bancário.
O advogado de Francenildo lista agravantes, como a suposta intenção de desacreditar o testemunho do caseiro contrário ao então ministro da Fazenda. Segundo o texto, ‘o desejo implícito’ na violação era ‘achincalhar, amedrontar, bem como induzir a opinião pública à falsa interpretação de que o autor mantinha créditos oriundos de propina de políticos da oposição’.
Outro agravante: a divulgação de depósitos de R$ 25 mil na conta poupança de Francenildo expôs sua condição de filho de uma relação extraconjugal de um empresário do Piauí.’
PSDB vs. CUT
TSE suspende jornal da CUT que ataca PSDB
‘O ministro Marcelo Ribeiro, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), concedeu ontem liminar ao PSDB na qual suspende a distribuição da edição março/abril do ‘Jornal CUT [Central Única dos Trabalhadores] São Paulo’. Sob o mote de um balanço dos 12 anos do partido à frente do governo do Estado, critica o pré-candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, e faz uma comparação entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva.
A medida, porém, deve ser inócua. A tiragem de 1,5 milhão de exemplares já foi praticamente toda distribuída em um único dia. A CUT de São Paulo disse que irá acatar a medida do TSE, mas que também recorrerá.
‘Fico preocupado com a ação do PSDB, que quer censurar o nosso material’, disse o presidente regional da entidade, Edílson de Paula. ‘Esta prática revela o uso ilegal de recursos do trabalhador por um braço do PT com fins eleitoreiros’, afirmou o presidente do PSDB de São Paulo, Sidney Beraldo.
‘Sai Alckmin, fica a violência, a miséria, o desemprego, as filas nos hospitais, a superlotação nas salas de aula e 65 CPIs engavetadas’ é o título do jornal da CUT. O periódico, de quatro páginas, foi impresso na gráfica do Sindicato dos Metalúrgicos a um custo ‘de R$ 70 a R$ 80 mil’, segundo Edilson de Paula.
Ainda na capa, há outras duas chamadas. ‘Vermelho: dívida do Estado chega a R$ 139 bi’ e ‘Negócios secretos: a outra face do PSDB’. A CUT e a Força Sindical, as maiores centrais sindicais do país, recebem recursos federais para qualificação profissional e atendimento a desempregados. O presidente Lula foi um dos fundadores da CUT.
Edílson de Paula disse à Folha que o jornal foi distribuído nas estações de trens, metrôs, portas de fábricas e nas sedes de sindicatos filiados à central no dia 31 de março, data em que Alckmin deixou o governo para poder concorrer à Presidência,
Normalmente, o jornal da entidade, de circulação mensal, tem uma tiragem de 30 mil exemplares. Porém, como tinha o objetivo ser distribuído como forma de manifestação contra problemas do Estado, a tiragem aumentou para 1,5 milhão, como declarou o presidente da CUT São Paulo.
‘O jornal não tem caráter político-partidário’, defende Edílson de Paula. ‘Apenas divulgamos o que a imprensa vem noticiando há tempo.’ Ele afirmou que a entidade costuma fazer um balanço dos governos em época de eleições e que tem por hábito criticar e informar o trabalhador sobre fatos que lhe digam respeito.
No entanto, o mensalão e a cassação dos deputados envolvidos com o esquema do publicitário Marcos Valério de Souza não mereceram tanto destaque da central. O presidente da CUT de São Paulo disse que a entidade se manifestou ‘pela apuração dos fatos’, mas não pediu a cassação de ninguém. Até agora, oito deputados se livraram da perda do mandato em plenário, entre eles três petistas. Só três foram cassados. Quatro renunciaram e outros quatro ainda serão julgados.
Textos
No texto ‘Alckmin deixa Estado mais pobre e endividado’, a CUT usa dados até 2002 para ‘demonstrar’ que o Estado de São Paulo ‘ficou mais pobre’. Acontece que Alckmin tomou posse como governador eleito em 2003, mesmo ano que Lula. Em quase todas as reportagens, o informativo procura vincular Fernando Henrique Cardoso a Geraldo Alckmin, como o PT pretende fazer durante a campanha eleitoral.
O periódico questiona as privatizações realizadas durante o governo do tucano e afirma que o governo federal ‘não vendeu nenhuma empresa’ nos três anos em que Lula está no poder.’
TODA MÍDIA
Uma homenagem
‘A certa altura, a apresentadora Fátima Bernardes descrevia o fechamento de uma estrada, ontem por sem-terra, como ‘uma homenagem aos 19 mortos no massacre de Eldorado do Carajás’.
Mas o dia não foi assim tão fácil para os sem-terra, na cobertura eletrônica. A começar da Globo, que destacou ‘denúncias graves contra o MST’ num acampamento gaúcho.
De acordo com um sem-terra que ‘foi ameaçado de morte porque não queria participar de uma invasão’, no acampamento ‘há violência sexual, além de drogas’. Dele:
– As crianças lá de dez anos para cima eu duvido que sejam inteiras, conforme nasceram. Ali dentro rola maconha.
Surge ‘o delegado responsável pelo inquérito’:
– O depoimento vem confirmar indícios que a polícia já tinha, a respeito de vários fatos que estavam ocorrendo dentro do acampamento.
O SBT foi na mesma linha. E outras emissoras mantiveram o tom costumeiro, como na escalada da Record:
– Ocupações, saques e estradas fechadas em todo o país.
Para contraste, a mesma Globo ouviu o coronel Mário Pantoja, condenado pelo massacre, mas em liberdade ‘até o fim do processo’. Dele:
– A ordem para desobstruir a rodovia partiu do governador Almir Gabriel e foi recebida através do comandante Fabiano Lopes. Por que pararam só em mim? Por que não foram até Lopes? Por que não foram até o secretário de Segurança? Por que não foram até o governador Almir Gabriel? Querem dizer que eu sou o culpado por tudo o que aconteceu? Não.
Para contraste maior, porém, só a cobertura dos sites ligados aos movimentos sociais. Sintomaticamente, todos se autodenominam ‘agências’.
Na Agência Carta Maior, a manchete era ‘Protestos em todo o Brasil marcam os dez anos do massacre’.
Na católica Adital, Agência de Informação Frei Tito para a América Latina, ‘Dez anos de impunidade’. Na Agência Brasil de Fato, ‘Carajás, dez anos de impunidade’.
A mais próxima do MST, a Agência Notícias do Planalto, fez a mais ampla cobertura -com podcasts de Frei Betto a d. Tomás Balduíno, de João Pedro Stedile ao ‘latifundiário Jorge Mutran Neto’, mais foto de Sebastião Salgado.
E crítica de sobra, em títulos como ‘Para MST, governo Lula faz contra-reforma agrária’. Ou ainda, ‘para Stedile, o modelo em prática é conseqüência do benefício que o país concede ao agronegócio’.
Início da noite e outro coordenador do MST, João Paulo Rodrigues, dizia à Folha Online que, ‘se o governo não aumentar o ritmo, a tendência é intensificar a luta no segundo semestre’, pré-eleitoral:
– O governo Lula é amigo do MST, mas infelizmente avançou pouco no assentamento de novas famílias e na diminuição da violência no campo.
Aqui e ali, no 17 de abril da TV, também cenas épicas dos sem-terra em meio aos ‘bloqueios’ e ‘até saques’ repisados nas manchetes
Atores
Estreou ontem, sob louvores de toda a blogosfera, de Mário Kertész e Ricardo Noblat até o coletivo Insanus, a revista online Terra Magazine, com entrevista de Tasso Jereissati, blog de Bob Fernandes etc.
A repercussão foi por conta de longa entrevista do ministro Eros Grau, do Supremo, com coisas como:
– Todos, sem exceção, membros do Judiciário, Legislativo, Executivo, são impressionados excessivamente pela mídia. Não no sentido de que ela faça pressão, mas o sujeito quer também aparecer.
E ‘isso em todos os palcos, todos os atores’.
Emotividade
Sobrou para o ‘palco’, no fim da entrevista:
– Nesta coisa de a imprensa atuar com certa emotividade -e eu estou medindo muito as palavras- e com o intuito de partidarização, ela deixa de cumprir seu papel fundamental para a democracia.
Erosão
A BBC Brasil destacou dossiê do ‘International Herald Tribune’ sobre a ‘erosão dos direitos civis’ na Europa.
Em entrevista, Gareth Peirce, advogada do brasileiro Jean Charles de Menezes, confundido com terrorista e assassinado em Londres, vaticinou:
– Algo fundamental está acontecendo. Os países têm tentado se esquivar de obrigações relacionadas a detenções arbitrárias e tortura.
Cardeal
Juan Arias, correspondente do ‘El País’ e célebre vaticanista, escreveu ontem sobre ‘um ano’ de papa Bento 16. Arias, sobre tema ainda não encarado pelos otimistas católicos brasileiros em seus sites:
– Alguns otimistas pensaram que, como papa, ele reservaria surpresas. Não o fez… Manteve a linha de rigor de quando era o cardeal Ratzinger.’
PETROBRÁS / PUBLICIDADE
Campanha sobre auto-suficiência em petróleo começa hoje na TV
‘O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fazer um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão no sábado para tirar dividendos eleitorais da auto-suficiência em petróleo a ser atingida na sexta-feira.
A campanha publicitária da Petrobras para promover a auto-suficiência, orçada em R$ 37 milhões, começa a ser veiculada hoje na TV. No dia 21 de abril acontecerá a comemoração: a inauguração da plataforma P-51, com a presença do presidente.
Lula deve fazer seu pronunciamento no dia seguinte, 22 de abril, data do Descobrimento. O presidente ressaltará a importância de ser auto-suficiente e a conquista que a Petrobras alcançou durante sua gestão. No ano da reeleição, será uma bandeira a ser usada no marketing da campanha.
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que não vê ‘problema’ no uso político da campanha da auto-suficiência da Petrobras. ‘Se alguém quiser usar [o governo], não é nosso problema. Vamos fazer uma campanha pela brasilidade e pela importância disso para o Brasil’, afirmou.
Sobre a presença de Lula na inauguração da P-50, a plataforma que irá assegurar a auto-suficiência, Gabrielli é lacônico: ‘Ele é o presidente do país. O governo é o maior acionista da Petrobras. Não vejo problema nisso.’
O objetivo da campanha no rádio e na TV, diz, é mostrar a importância do feito e do petróleo na vida do cidadão comum. ‘Vamos fazer uma campanha sobre orgulho de ter atingido a auto-suficiência.’ O objetivo central da campanha publicitária é explicar como um feito de tal importância para o país não resultará em benefício imediato para o bolso do consumidor de combustíveis.
As peças publicitárias, desenvolvidas em conjunto por duplas de criação das agências Duda Mendonça, F-Nazca e Quê, terão que mostrar didaticamente a aparente contradição entre não mais ser dependente de importações e continuar pagando por preços referenciados no mercado externo. Inicialmente prevista para março, a veiculação dos anúncios começará semana antes do início da operação da P-50.’
TV DIGITAL
Acordo com japoneses avançou, diz Amorim
‘A comitiva de ministros que foram ao Japão na semana passada negociar a definição do padrão de TV digital a ser adotado pelo Brasil deu ‘celeridade’ ao processo de escolha, que será baseado em ‘trocas concretas’, disse ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Segundo ele, um grupo de especialistas da Toshiba virá ao Brasil em 15 dias para iniciar estudos de viabilidade de investimentos em fábricas de semicondutores no país.
‘O Ministério das Relações Exteriores entrou na discussão para dar uma visão de Estado às negociações. O governo trabalha com um sentido de urgência para engajar o governo japonês’, disse Amorim. No entanto, disse ele, não foram definidos prazos nem para as indústrias japonesas concluírem seus estudos nem para o governo brasileiro definir qual tecnologia será adotada.
Em março, a Folha publicou que o governo já se decidiu pelo padrão japonês. Falta o anúncio oficial.
Além de Amorim, integraram a comitiva os ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e das Comunicações, Hélio Costa. Amorim e o chanceler japonês, Taro Aso, assinaram um memorando que estabelece compromissos, caso o padrão japonês, conhecido como ISDB, seja adotado. ‘O memorando mostra o engajamento efetivo do governo japonês, mas não se trata de uma decisão definitiva. Tudo será negociado’, disse Amorim.
De acordo com o documento assinado em Tóquio, o Japão se compromete a ajudar o Brasil a definir um plano estratégico para o setor e a apoiar as empresas japonesas que queiram instalar fábricas. Na avaliação de Amorim, essa sinalização vai facilitar as decisões das empresas. ‘Em todo mundo, as indústrias olham o que os governos estão fazendo para tomar suas decisões de negócios.’ Tradicionalmente, os conglomerados japoneses tomam suas decisões de investimentos em conformidade com a estratégia da política industrial do governo.
O memorando também prevê que, uma vez adotado o sistema japonês, as inovações brasileiras serão absorvidas e o Brasil não terá que pagar royalties pelo uso da tecnologia japonesa. Também está previsto que o JBIC (Japan Bank for International Cooperation) ofereça linha de crédito para as emissoras brasileiras migrarem para a nova tecnologia digital.
Padrão europeu
A União Européia convidou, novamente, os ministros brasileiros envolvidos no processo de decisão do sistema de TV digital para visitar a Europa e ‘discutir pessoalmente as ofertas européias relacionadas a essa decisão’.
De acordo com nota divulgada ontem pela assessoria de imprensa da ‘Coalizão DVB’ (grupo de empresas que defende o padrão europeu), o convite ‘reflete a firme intenção do grupo e da UE de aprofundar as ofertas encaminhadas em março, respondendo ao propósito do governo de negociar as melhores contrapartidas para o Brasil no âmbito do processo decisório sobre a TV digital.’
TELEVISÃO
Globo vai ao teatro para contratar atores
‘Os produtores de elenco da Globo nunca foram ao teatro como agora. Com a escassez de atores disponíveis em seu ‘banco de talentos’ por causa da concorrência com a Record, a Globo está tendo de procurar ‘novos’ profissionais nos palcos, em um movimento inimaginável anos atrás, quando era hegemônica no segmento.
Para escalar a próxima novela das seis, que começa a ser gravada em julho para estrear em setembro, os produtores de elenco estão viajando para várias capitais. ‘Vamos ter de pegar gente do teatro’, confirma Walther Negrão, autor da produção, ainda sem título, levemente inspirada no clássico ‘Os Miseráveis’, de Victor Hugo. A trama será ambientada na Bahia pós-abolição da escravidão, entre 1920 e 1930, e terá como pano de fundo a cultura do algodão e a indústria têxtil _com um movimento operário tecelão.
Segundo Negrão, todo o time de comediantes da novela deverá vir dos palcos. Da Companhia Baiana de Patifaria (de ‘A Bofetada’), a Globo quer o ator Frank Menezes. O elenco de ‘Terça Insana’, espetáculo apresentado em São Paulo, também está na mira.
Negrão afirma que o único nome confirmado até agora para sua novela é o de Murilo Rosa, que será o protagonista João Julião. Ele rouba um remédio e vai preso. Nove anos depois, foge e se torna um homem poderoso. Maria Fernanda Cândido poderá interpretar a vilã da trama.
OUTRO CANAL
Ressurreição Está marcado para o próximo dia 29 o retorno de Fernanda Montenegro à novela ‘Belíssima’. Ao sair de um restaurante no Rio, Júlia (Glória Pires) vê a avó vilã entrando em um carro, mas ficará na dúvida se foi mesmo Bia Falcão a pessoa que viu. Certo mesmo é que Fernanda Montenegro voltará a gravar.
Golpe Júlia irá ao Rio para se encontrar com a ex-mulher de André (Marcello Antony), que ele abandonou ao ser procurado pelo pai, Seu Quiqui (Serafim Gonzalez), para dar um golpe em São Paulo. A mulher mostrará fotos e documentos que mostram que o casamento de André com Júlia foi um golpe do baú premeditado.
DNA Outro mistério de ‘Belíssima’ _quem é o pai de Érica (Letícia Birkheuer)_ começa a ser desenovelado. Alberto (Alexandre Borges) descobrirá que Cyro Laurenza, o italiano que quer levar Giovana (Paola Oliveira) para Milão, é homônimo do primeiro marido de Júlia. E Érica vai dar justamente em cima dele.
Promessa O ‘reality show’ ‘Ídolos’, do SBT, já começa a preocupar a Globo. Na última quinta-feira, o programa ficou na liderança no Ibope da Grande São Paulo durante 22 minutos.
Turbo O ‘Domingo Espetacular’, com reportagem sobre o furto ao Banco Central em Fortaleza, bateu de novo seu recorde de audiência. O programa da Record marcou anteontem 11 pontos.’
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