VENEZUELA
‘O empresário Alberto Ravell, diretor-geral da TV oposicionista Globovisión, anunciou ontem (11/02) sua saída do cargo. Ravell não revelou os motivos de sua renúncia, mas a imprensa local diz que teria sido causada por divergências com seu sócio, o banqueiro Nelson Mezerhane, do Banco Federal, apontado como suposto defensor de uma linha menos dura contra o presidente venezuelano Hugo Chávez.
O empresário revelou no Twitter que não havia renunciado, mas que haviam exigido sua renúncia. Apesar disso, Ravell continuará com sua participação societária na empresa. A emissora também afirmou que não será vendida e que mantém seu quadro de acionistas.
A Globovisión afirmou em comunicados que o canal ‘não se compra nem se vende’ e que não mudará a sua linha editorial. A emissora é conhecida por criticar o governo de Chávez, que a classifica de praticar ‘terrorismo midiático’.
Em abril de 2002, a Globovisión apoiou um golpe de Estado frustrado contra o presidente da Venezuela. Desde então, apenas o canal assumiu uma postura contrária ao governo, enquanto a Venevisión e a Televen passaram a ter uma linha mais favorável a Chávez. Já a RCTV perdeu a concessão de sinal aberto, em 2007, e de transmissão por cabo, no mês passado.
As informações são da Folha de S.Paulo.’
CANUDO
Sindicato defende filiação de jornalistas sem diploma que exerçam a profissão
‘O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo anunciou, em nota oficial, que pretende filiar jornalistas sem diploma, mas que exerçam a profissão. A proposta deverá ser discutida com a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).
A entidade defende que, diante do fim da exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão, os sindicatos devem assumir uma posição unitária sobre o assunto. ‘Encarar esse problema é uma responsabilidade que todo dirigente deve assumir e uma posição unitária nacionalmente construída deve ser o objetivo (… ) Assim, é preciso discutir seriamente a questão da sindicalização sob as novas regras e responder aos novos desafios que a decisão do STF impôs ao movimento sindical dos jornalistas’, diz o texto.
O presidente do Sindicato, José Augusto Camargo, enfatizou que a nota é apenas uma proposta, que deverá ser discutida. ‘Essa é uma posição da diretoria do sindicato, não está em vigor. Ainda vamos discutir com a Fenaj, que orientou os sindicatos a debaterem propostas’. A reunião com a Fenaj deve acontecer no próximo mês, nela a entidade avaliará as sugestões.
O sindicato defendeu a regulamentação da profissão e a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que reestabelece a obrigatoriedade do diploma superior de jornalismo, mas enfatiza que a entidade deve lutar pela categoria e pelas condições de trabalho de toda classe.
‘Outro ponto central em nossa reflexão é a compreensão de que a função básica de um sindicato é a defesa das condições de trabalho de uma categoria profissional diante da exploração patronal’.
O sindicato afirma que ‘qualquer posição adotada não pode negligenciar a necessidade da manter a dignidade da profissão e impedir que indivíduos procurem obter vantagens da condição de ‘jornalista’.
A entidade defende que, de acordo com seu Estatuto, a categoria deve ser organizada. ‘Concluímos que cabe ao Sindicato organizar toda a categoria profissional tal como ela é neste momento, trabalhando pela filiação de todos os profissionais, diplomados ou não-diplomados, que efetivamente exerçam a profissão de jornalista, unificando a categoria em defesa dos direitos, contra a precarização e o abuso das empresas’.
A nota diz que o sindicato luta para reconquistar a formação específica, mas que o momento é de união da categoria.’Chegou a hora de superar a divisão e construir, juntos, o futuro quando, em razão da luta, reconquistaremos formação específica, nova Lei de Imprensa e novos órgãos reguladores, sepultando definitivamente a precarização da profissão.’
MEMÓRIA
‘O jornalista Pedro França Pinto, que atuou por muitos anos como editor de Variedades do Jornal da Tarde, foi encontrado morto em seu apartamento, na manhã desta sexta-feira, por sua empregada. O corpo do jornalista foi levado ao IML e ainda não se sabe a causa da morte.
No próximo mês, Pedro França completaria 60 anos. O jornalista estudou Direito na PUC e Letras na USP. Seu início de carreira foi marcado pela cobertura do clube Palmeiras para a editoria de Esportes do JT, em 1974.
Pedro França também ocupou os cargos de editor dos cadernos de Internacional e Geral. Mais tarde, o jornalista trabalhou por 12 anos como editor de Variedades do JT, de 1976 até 1988. Depois de um período afastado da profissão, por decisão própria, o jornalista passou a viver em Santa Catarina.
Em 1995 voltou ao jornalismo, para trabalhar no grupo O Estado de S. Paulo como redator, passando pela Agência Estado, Portal estadao.com.br e Caderno 2, de onde saiu em 2007.
As informações são do jornal O Estadão de S.Paulo.’
BRASÍLIA
‘O ex-secretário de comunicação do Governo do Distrito Federal Weligton Moraes se entregou à Polícia Federal nesta sexta-feira (12/02). O jornalista chegou à Superintendência Regional da PF em Brasília pouco antes das 14h. Moraes é apontado como um dos envolvidos no esquema de suborno ao jornalista Edson Santos, o Sombra, para prejudicar as investigações da Operação Caixa de Pandora.
Além de Moraes, já estão presos o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, o ex-diretor de comercialização da Companhia Energética de Brasília (CEB), Haroaldo Brasil de Carvalho, o ex-secretário do GDF, Rodrigo Arantes Carvalho, e o membro do conselho do Metrô DF Antônio Bento. Todos por acusação de tentativa de suborno a Sombra.
O ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM) também teve a prisão preventiva decretada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Naves tem até o fim do dia para se entregar. Caso não procure a PF, será considerado foragido.
As informações são do Correio Braziliense.’
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