‘A revista ‘Life’ voltará ao mercado no próximo mês de outubro, com periodicidade semanal e inserida em mais de 50 jornais americanos, anunciou hoje, quarta-feira, a editora Time Inc.
A prestigiada revista, famosa por seu legado fotográfico e outros sucessos, sairá às sexta-feira nas publicações do grupo Tribune, que inclui os jornais ‘Chicago Tribune’, ‘Los Angeles Times’ e ‘Newsday’.
Também será inserida em jornais do grupo Knight Ridder, que inclui o ‘Philadelphia Inquirer’, o ‘The Miami Herald’ e o ‘San José Mercury News’, entre outros.
Na área de Nova York e Nova Jérsei, a revista também estará inserida no jornal nova-iorquino ‘Daily News’ e no ‘The Record’, que circula no condado de Bergen.
A editora prevê que a circulação total da revista será de aproximadamente 12 milhões de exemplares.
Ann Moore, presidente e diretora executiva da Time, disse que está satisfeita com a volta da ‘Life’ ao mercado, ‘uma marca bem estabelecida e de confiança’. Afirmou também o relançamento marcará uma volta do contato com antigos leitores e a conquista de novos.
O grupo Time informou em comunicado que esta será a quinta publicação semanal da empresa, e que terá a maior circulação de todas elas.
Andrew Blau, vinculado à Time há quase duas décadas, ocupará a presidência da ‘Life’ e Peter Bauer, até agora presidente da ‘People’, será o diretor da nova publicação.
Bauer disse que a revista ‘chegará a 26 milhões de leitores nas sextas-feiras’.
A ‘Life’ saiu pela primeira vez no mercado em 1936, como um semanário, e deixou de ser publicada em 1972.
Seis anos depois, reapareceu como revista mensal e, durante a guerra do Golfo Pérsico (1991), retomou brevemente a periodicidade semanal.
Em 2000, interrompeu de novo sua circulação. No entanto, desde então surgiram alguns números especiais e séries de livros com a marca ‘Life’.’
INTERNET NA TV
Folha de S. Paulo‘Internet dá mais um passo rumo às TVs’, copyright Folha de S. Paulo, 10/06/04
‘Anunciada há vários anos, a integração total entre internet e o aparelho de TV está finalmente decolando. A TiVo, que oferece um serviço de gravação digital da programação da TV nos EUA, anunciou ontem que começou a conectar seus aparelhos com a rede mundial de computadores.
A nova tecnologia da TiVo (www.tivo.com) vai permitir que as pessoas façam o download de filmes e músicas da internet para os seus DVRs (gravadores de vídeo digital) -esses equipamentos são como videocassetes, mas ao invés de gravar os programas em fitas VHS, o fazem em hard disks (discos de memória usados em computadores).
‘Esse é o quarto serviço de vídeo eletrônico. É uma alternativa ao cabo, à TV por satélite e à televisão aberta’, afirma Tom Wolzien, analista da Bernstein Investment Research. Segundo Wolzien, os três serviços tradicionais são como ‘leões de chácara, mas esse [novo serviço] é uma maneira de os provedores de conteúdo passarem por cima deles’.
No novo mundo das televisões conectadas à internet, os espectadores não mais terão que se preocupar com o horário de transmissão de um programa. Tampouco terão que ir até a locadora buscar e devolver um filme.
Os DVRs vendidos pela TiVo nos EUA já oferecem algumas boas vantagens em relação aos videocassetes: mesmo no caso de transmissões ao vivo, o espectador tem a possibilidade de pausar, fazer replays e câmeras lentas. O modelo mais simples custa US$ 129 e tem capacidade para armazenar 40 horas de programação.
Além disso, ele facilita bastante a operação (basta escolher, por exemplo, ‘Seinfeld’, ou ‘culinária’, que o aparelho se encarrega de descobrir dias e horários e grava todos os episódios da série ou todos os programas sobre comida que passarem na TV). A desvantagem: é preciso pagar uma mensalidade de US$ 13.
A outra notícia ruim é que a TiVo ainda não está oferecendo a possibilidade de baixar filmes pela internet. Por enquanto, os assinantes do serviço têm somente a opção de conectar o DVR aos computadores de sua casa, ouvindo músicas ou vendo na tela da TV as fotos que têm armazenadas no PC. Também pode, usando a internet, programar uma gravação no DVR à distância.
No ano passado, a TiVo, que tem 1,6 milhão de assinantes nos EUA, comprou a Strangeberry, uma pequena firma do vale do Silício que criou uma nova tecnologia para a transmissão de vídeo pela internet. A TiVo está desenvolvendo essa tecnologia e planeja integrá-la ao seu sistema em 2005. Outras empresas, como Netflix, RealNetworks e Blockbuster, também estão explorando a possibilidade de oferecer longa-metragens via internet.
Se a transmissão de programação pela internet vai se transformar, num futuro próximo, em uma séria ameaça às emissoras tradicionais ainda é um tema de debate entre executivos do ramo. De qualquer modo, eles também pretendem lucrar com a nova tecnologia. ‘Acreditamos firmemente que a internet é o futuro’, diz Steve Burke, presidente da Comcast Cable, a maior operadora americana de TV por cabo. Com ‘The New York Times’’
INTERNET & HISTÓRIA
‘FGV põe na rede seus arquivos da História’, copyright O Estado de S. Paulo, 13/06/04
‘A História do Brasil passou a chegar de graça e com alta qualidade a brasileiros de todos os quadrantes, idades e níveis culturais desde que o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da Fundação Getúlio Vargas, criou em seu site o espaço ‘Navegando na História’. Com a novidade, o CPDOC, conhecido como referência para pesquisadores, escritores e cientistas políticos, agora está se tornando obrigatório também para professores e estudantes de nível médio e usuários interessados em um relato mais simples da História.
O espaço ‘Navegando na História’ oferece dossiês sobre momentos políticos importantes da História do País: depois da ‘Era Vargas’, relatando o primeiro período de Getúlio, e da Era JK, o dossiê ‘A trajetória política de Jango’está agora à disposição dos interessados. A principal característica desse espaço é a oferta de textos curtos, em estilo direto, de fácil acesso a usuários de nível médio, de maneira a oferecer descrições e análises sobre a História brasileira em linguagem mais popular.
Nível Médio – O CPDOC, detentor do mais importante acervo de memória política do País, resolveu criar uma variante dos relatos históricos depois de perceber que pessoas de nível médio se interessavam pelas informações disponíveis, mas relatavam dificuldades no manejo e na compreensão das informações. ‘A nossa intenção é colocar à disposição de todo o público, de forma acessível a cada grupo, o amplo material historiográfico do CPDOC’, explica a professora Marieta de Moraes Ferreira, diretora do Centro.
Ela destaca que o CPDOC não se preocupa em veicular novidades históricas sobre as eras e personagens ali focados. O conceito central é traduzir o conhecimento alcançado em várias pesquisas acadêmicas patrocinadas pela FGV e pelo próprio CPDOC.
Betinho – O resultado é nítido: em abril, o site teve 350 mil acessos. Este ano, por exemplo, o Centro está trabalhando na organização e classificação dos arquivos pessoais do sociólogo Betinho e do jurista Evandro Lins e Silva, que mais à frente estarão à disposição do público.
Diz a professora Marieta que a abordagem direta utilizada no espaço ‘Navegando na História’ busca formas de atingir o grande público ‘com versões mais simplificadas dos fenômenos históricos, mas sem comprometer um conteúdo de qualidade’. O formato garantiu o acesso maciço do grande público, salienta a professora, facilitando as consultas mediante dossiês temáticos facilmente desdobrados na página.
A grande novidade, recentemente incorporada, é o dossiê ‘A trajetória política de Jango’, retratando o curto e tormentoso governo de João Goulart, que precedeu o golpe militar de 1964. Quatro tópicos atraem o interesse imediato de professores e estudantes de nível médio – artigos explicando o período, desde os primeiros passos na política, ainda no Rio Grande do Sul, e a amizade familiar que faria dele herdeiro político de Getúlio Vargas, até o exílio no Uruguai e a morte na Argentina.
Professores e estudantes terão acesso a esclarecedor material sobre um político acostumado ao segundo plano de uma grande liderança – foi porta-voz de Getúlio e vice-presidente de JK e de Jânio -, e que caminhou para o desastre político no único momento em que ocupou o primeiro plano. Podem conhecer também as composições dos ministérios de Jango – os parlamentaristas de Tancredo Neves, Brochado da Rocha e Hermes Lima, e o presidencialista dissolvido em 1964.
Biografias – Estão disponíveis também biografias das principais figuras políticas do governo Jango. Esses textos explicam que o general Albino Silva foi chefe do Gabinete Militar, que o lendário diplomata João Augusto de Araújo Castro foi chanceler, mas não compareceu ao comício das reformas, que o almirante Paulo Mário da Cunha Rodrigues assumiu o Ministério da Marinha quatro dias antes do golpe e que o último ministro da Saúde de Jango foi o médico Wilson Fadul, um dos poucos ainda vivos hoje.
Por fim, o quarto tópico sobre o governo Jango é um bom arquivo fotográfico.
Em agosto, o espaço vai ganhar mais um item – será o dossiê da Era Vargas 2, retratando a última fase de Getúlio, desde a eleição, em 1950, até o suicídio, em 1954 – evento que completará 50 anos no dia 24 de agosto. Para os leitores mais exigentes, o portal do CPDOC oferece material mais aprofundado sobre a História do Brasil no século 20. Todas as consultas mais avançadas só podem ser feitas mediante cadastramento gratuito do internauta (já existem 35 mil cadastrados). A reprodução de textos e fotos por professores é livremente permitida, mas escritores e imprensa devem solicitar autorização para publicá-las. O endereço do CPDOC é: www.cpdoc.fgv.br.’