MUDANÇA
‘A repórter especial da revista Época, Eliane Brum, anunciou sua saída da publicação na coluna desta segunda-feira (01/03). A jornalista informou que irá se dedicar a projetos independentes, como literatura e produção de documentários. Apesar de deixar o cargo de repórter, Eliane continuará escrevendo para sua coluna no site da revista, que é publicada toda segunda-feira.
‘Poderia continuar ali por mais 20 (se continuassem me querendo, claro), mas achei que estava na hora de inventar uma nova vida para mim. (…) Deixo um emprego seguro, numa revista onde respeitam o que sou e o que faço, com um bom salário e todos os benefícios, para me entregar ao vazio. Sei que tudo pode dar errado, sempre pode. Mas se der, eu invento outro jeito de seguir adiante’, declarou a jornalista em sua coluna.
Eliane começou sua carreira jornalística em 1988, como repórter do jornal Zero Hora, e trabalhou por dez anos na Época. Ela conquistou diversos prêmios de reportagem como Esso, Vladimir Herzog, Ayrton Senna, Rei de Espanha e Sociedade Interamericana de Imprensa, além de ter sido vencedora do Prêmio Comunique-se em duas edições (2006 e 2008). A jornalista é autora dos livros ‘Coluna prestes – o avesso da lenda’ (1994, Artes e Ofícios), ‘A vida que ninguém vê’ (2006, Arquipélago Editorial) e ‘O olho da rua’ (2008, Editora Globo), e do documentário ‘Uma história Severina’ (2005), do qual é co-diretora e co-roteirista, contemplado com mais de 20 prêmios nacionais e internacionais.’
INDEPENDENT
Bilionário russo compra jornal britânico por £1
‘O bilionário russo Alexander Lebedev fechou a compra do jornal britânico The Independent por apenas £1, cerca de R$ 3, o mesmo preço pago por uma edição impressa nas bancas. Por outro lado, o magnata, que é ex-espião da KGB e dono do London Evening Standard, se comprometeu a investir milhões no título durante os próximos cinco anos.
Além do diário, o bilionário assume as operações da versão dominical Independent on Sunday. Os dois, lançados em 1986 e 1990 respectivamente, nunca foram rentáveis. O pico de circulação foi em 1989, com 400 mil exemplares. Atualmente, a circulação diária é de 92 mil.
Com informações do The Times.’
PROTESTO
‘O jornalista independente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há cinco dias, está com sintomas de desidratação e precisa ser hospitalizado, informou o seu médico Ismel Iglesias, nesta segunda-feira (01/03).
‘Está muito fraco, com dor de cabeça, abdominal e nas pernas. Apresenta fortes sintomas de desidratação e taquicardia. Precisa de cuidado e de hospitalização, de hidratação’, afirmou Iglesias à Agência France Presse.
O jornalista iniciou o seu protesto na noite da última quarta-feira (24/02), um dia após a morte de Orlando Zapata, que também fez greve de fome.
Fariñas já foi preso três vezes e, segundo o seu médico, já fez outras greves de fome. ‘Vejo-o bastante fraco e expliquei que precisa ser hidratado, mas ele deseja ser hospitalizado quando sofrer um colapso ou perda de consciência, antes não’, disse Iglesias.
Além de Fariñas, outros quatro presos políticos estão há cinco dias em greve de fome: Diosdado González, Eduardo Díaz, Fidel Suárez e Nelson Molinet.
Com informações da AFP.’
FÓRUM
‘As restrições à liberdade de imprensa na América Latina foram debatidas por três jornalistas, opositores dos governos de seus países, nesta segunda-feira (01/03), no Fórum Democracia e Liberdade de Expressão, que acontece em São Paulo. Segundo os palestrantes, o Brasil deve rechaçar qualquer projeto de lei que proponha o controle social da mídia.
‘Caso contrário, todo o continente sul-americano estará perdido’, afirmou o argentino Adrián Ventura, do jornal La Nación. De acordo com o jornalista, a relação entre a imprensa e o casal Kirchner se deteriorou a partir de 2007. ‘Em crise, o governo passou a não aceitar críticas e elegeu a mídia como inimiga. E começaram os ataques ao grupo El Clarín. Quando o jornal homônimo publicou denúncias de corrupção envolvendo o governo, sua redação foi invadida no dia seguinte por 200 inspetores’, disse.
O equatoriano Carlos Vera, autor do livro Nunca Mordaza!, admite que apoiou a candidatura do presidente do seu país, Rafael Correa, mas se arrependeu.
‘Admito que fiz isso, mas principalmente para fazer oposição a Álvaro Noboa. Correa personificava a mudança que todos queriam. Quando ele dissolveu o Congresso, porém, não tinha mais como olhar na cara de meu patrão’, contou.
Vera explicou que Correa superou o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao entrar em cadeia nacional 289 vezes em 2009.
Para encerrar o debate, o venezuelano Marcel Granier, presidente da RCTV Internacional, afirmou que a situação em seu país é consequência de uma deterioração política, econômica e empresarial. ‘Cresceu a semente da ideia de que o Estado deveria resolver os problemas da humanidade, e controlar o poder político e econômico. Chávez apenas levou ao extremo essa tendência. Seus antecessores já haviam feito o mesmo’, disse, lembrando que o recordista em horas por ano em cadeia nacional continua sendo o presidente venezuelano.
‘Ao todo fez mais de 2 mil intervenções em cadeia nacional em seu mandato, com média de quatro vezes por semana, três horas por dia. Em uma única vez, foram 7h48 ininterruptas’, disse.
Com informações do G1.’
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