Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Concessões a rádios triplicam em ano eleitoral


Leia abaixo a seleção de segunda-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Segunda-feira, 16 de agosto de 2010


 


CONCESSÕES


Breno Costa


Concessões dadas a rádios triplicam em ano eleitoral


Em ano eleitoral, o governo federal quase triplicou o número de renovações ou novas autorizações para o funcionamento de rádios em todo o país. A maioria delas (57%) beneficia veículos ligados a políticos ou a igrejas.


Segundo levantamento feito pela Folha em decretos conjuntos da Presidência e do Ministério das Comunicações, assinados neste ano, 183 rádios comerciais ou educativas foram beneficiadas pelo governo, em 162 municípios.


Dessas, 76 são ligadas a políticos. Outras 28 estão sob controle, ainda que indireto, de entidades religiosas -evangélicas e católicas.


A maioria das autorizações (72,8%) é para rádios localizadas nas regiões Sul e Sudeste, onde a candidata a presidente Dilma Rousseff (PT) tem seu mais fraco desempenho nas pesquisas.


Do total de decretos, 74 deles foram assinados a partir de 26 de julho, já com a campanha eleitoral oficialmente em andamento. A maioria estava havia anos aguardando uma decisão.


A concentração de decretos publicados nessas últimas três semanas já é maior do que os números verificados nos anos anteriores. Durante todo o ano de 2009, foram 68 autorizações. Entre 2006 e 2008, foram 62.


Antes do período eleitoral, os últimos decretos haviam sido assinados em março, último mês da gestão de Hélio Costa (PMDB) no Ministério das Comunicações.


Antes de deixar o ministério, ele assinou decretos beneficiando, entre outras, rádios do empresário Fernando Sarney e do senador Lobão Filho (PMDB-MA) -filhos, respectivamente, do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA).


Também está na lista a Rádio Princesa do Vale, de Itaobim (MG), que tem como sócio, segundo dados do sistema de controle da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o ex-deputado federal Romeu Queiroz, réu no processo do mensalão, quando ainda era do PTB. Hoje é candidato a deputado estadual pelo PSB, em Minas.


Já no período eleitoral foram beneficiadas 33 rádios ligadas a políticos, como Antônio Bulhões (PRB-SP), Wilson Braga (PMDB-PB), Moacir Micheletto (PMDB-PR) e Pedro Fernandes Ribeiro (PTB-MA), todos deputados federais da base aliada.


Também teve a concessão renovada a Rede Centro-Oeste de Rádio e Televisão, que tem como sócio Antônio João (PTB-MS), suplente do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e coordenador da campanha do petista à reeleição.


O Ministério das Comunicações credita o ‘boom’ de regularizações e novas concessões à criação de um grupo de trabalho, no fim de 2008, para desafogar os processos pendentes no órgão.


Algumas das concessões agora regularizadas já estavam vencidas desde a década de 1990. O ministério, contudo, não explicou o porquê da concentração de decretos em período eleitoral.


 


 


Não há relação com eleições, diz governo federal


O Ministério das Comunicações atribui o aumento no número de renovações e novas autorizações para funcionamento de rádios no interior do Brasil a uma mudança em sua organização interna.


No segundo semestre de 2008 foi criado um grupo de trabalho para dar vazão a cerca de 2.500 processos de renovação e pedidos de novas concessões de radiodifusão que, segundo a assessoria de imprensa do órgão, estavam represados na burocracia do ministério.


Na época, a pasta era chefiada por Hélio Costa (PMDB). Hoje o ministro é José Artur Filardi Leite, que já era o secretário-executivo.


No entanto, apesar de questionado pela reportagem, por e-mail e por telefone, desde a semana passada, o ministério não explicou a razão de as renovações e concessões terem se concentrado justamente em ano eleitoral -e mais especificamente em meio à campanha.


Negando motivações eleitorais na legalização de dezenas de rádios pelo interior do país, a pasta afirma que, inclusive, a tendência é que haja a assinatura de uma série de novos decretos neste ano.


‘Como o grupo de trabalho foi criado no final de 2008, e vem se estruturando melhor e ganhando mais força, a expectativa é que esse número cresça ainda mais considerando que o trabalho tende a ficar cada vez mais ágil’, diz a assessoria. (BC)


 


 


ELEIÇÕES 2010


Na TV, candidatos apostam em histórias da ‘vida real’


Responsáveis por mais de 70% do total do tempo de TV, os dois principais candidatos à Presidência, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), investiram pesado na gravação dos programas do horário eleitoral gratuito, que tem início amanhã.


As equipes percorreram o país com e sem os candidatos. Imagens positivas e negativas da realidade do país transbordarão na TV. Personagens irão levar emoção às telas, com casos da ‘vida real’. Quase todas as gravações foram feitas em segredo.


Já os presidenciáveis Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) sofrem com o tempo menor de exposição e precisaram investir em outras estratégias, como animações.


 


 


Augusto Fonseca e Marcelo Simões


‘Baianidade’ e estratégia fazem o marketing petista


A dupla que comanda o marketing da campanha do senador Aloizio Mercadante ao Palácio dos Bandeirantes chegou ao PT de São Paulo pelas mãos do marqueteiro de Dilma Rousseff. Indicados por João Santana, os jornalistas Augusto Fonseca e Marcelo Simões -um carioca, outro baiano- foram contratados pelo PT paulista em busca de integração entre as campanhas estadual e nacional.


Fonseca, que trabalhou nas campanhas de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1994, à Presidência, e de Marta Suplicy (PT), em 2000, à prefeitura paulistana, foi procurado em março pelo PT. Não fechou negócio pois até abril estava cuidando da pré-campanha de Ciro Gomes (PSB), descartado pelo partido em prol de Dilma.


Quando retomou as negociações com o PT, encontrou na equipe Simões -que fez a campanha de Mercadante ao governo, em 2006, quando o petista foi derrotado no primeiro turno por José Serra (PSDB).


Para o PT paulista, os estilos dos dois se complementam. Decidiu-se que trabalhariam juntos, por pelo menos R$ 10 milhões.


Fonseca, o homem da estratégia, é aficionado por pesquisas qualitativas. Estressado assumido, tem dois filhos e certa resistência à imprensa.


Simões cuida da criação. ‘Ele tem aquela baianidade, sabe? E um texto excelente’, crava Mercadante.


O desafio da dupla é reverter a ampla vantagem de Geraldo Alckmin, que no último Datafolha atingiu 54% das intenções de voto, contra 16% do petista. O terceiro colocado, Celso Russomanno, tem 11% da preferência dos eleitores.


Os petistas apostam suas fichas nos programas do horário eleitoral, a partir de amanhã.


 


 


Debate Folha/UOL reúne amanhã 3 candidatos


A Folha e o UOL, o maior jornal e o maior portal de notícias do país, promovem amanhã o primeiro debate on-line entre candidatos ao governo de São Paulo.


Com transmissão em áudio e vídeo ao vivo pela internet, o evento terá a participação apenas dos principais candidatos: Geraldo Alckmin (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Celso Russomanno (PP), todos com mais de 10% das intenções de voto de acordo com a última pesquisa Datafolha.


Assim, o debate Folha/ UOL permitirá mais embates diretos de propostas das principais campanhas.


O debate na Rede Bandeirantes, realizado na semana passada, contava com seis participantes.


O mesmo modelo será utilizado no dia seguinte, quarta-feira, quando Folha e UOL promovem o primeiro debate on-line entre candidatos a presidente no Brasil.


O evento contará com a participação dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).


Os dois debates serão realizados no Tuca (teatro da PUC-SP), em São Paulo, a partir das 10h30 da manhã, com mediação do jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha e do UOL.


LEGISLAÇÃO


A legislação impõe restrições à realização de debates em emissoras de rádio e TV.


No caso da internet, a liberdade é plena. Como meios de comunicação não podem formular perguntas ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral, a Folha e o UOL fizeram pedido de esclarecimento por meio de consulta formal apresentada pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).


O TSE liberou a web para realizar debates eleitorais, sem exigir número mínimo de candidatos convidados.


 


 


TELEVISÃO


Audrey Furlaneto


Sem debate, SBT entrevista políticos na bancada do jornal


O SBT demorou e não conseguiu agenda dos candidatos à Presidência para organizar um debate no primeiro turno. Para esquentar a cobertura das eleições, optou por organizar, aos moldes do ‘Jornal Nacional’, entrevistas na bancada do jornal.


Entre 31 de agosto e 2 de setembro, vai exibir entrevistas de 14 minutos com todos os candidatos (ao contrário do jornal global) divididas em dois blocos no ‘SBT Brasil’, com Carlos Nascimento, como âncora, e Karin Bravo.


O projeto é de Luiz Gonzaga Mineiro, diretor nacional de jornalismo do canal, que assumiu o cargo há dois meses. Segundo ele, o SBT foi a primeira emissora a organizar um debate após o regime militar e, reza a lenda, que Silvio Santos, tenso, assistiu a tudo da sala de edição.


Apesar da tradição, o último debate que o SBT exibiu foi em 2006, com Lula e Geraldo Alckmin. Neste ano, no entanto, a negociação demorou, e o canal não conseguiu agenda com os candidatos.


Como tudo no SBT depende do aval de Silvio Santos, a cobertura de eleições passa pelo desejo dele de investir em jornalismo, diz Mineiro.


‘Ele está empolgado com notícia, quer investir, trocar equipamentos. A legislação tange a linha de censura, mas com inteligência ainda é possível fazer reportagem’, avalia o diretor.


Tempos mornos 1 Subiu no telhado a reunião de autores de TV com o Ministério da Justiça para debater classificação indicativa. Segundo Marcílio Moraes, presidente da Associação de Roteiristas, os autores que têm obras no ar, como ele próprio, não conseguem agenda para o encontro.


Tempos mornos 2 Moraes foi procurado pelo secretário de Justiça, Pedro Abramovay, depois de dizer à coluna Outro Canal que considerava censura a classificação.


TV salva O mercado publicitário de TV nos EUA aumentou o faturamento neste ano. Ainda sem números fechados, a avaliação é do CEO da CBS Corp., Leslie Moonves, e do CEO da Viacom, Philippe Daumant. Para eles, embora se tema volta à recessão, a publicidade segue forte na TV.


Fofo news A linha fofa e descontraída do ‘Jornal Hoje’, com apresentadores mais informais na bancada, não perde força nem em reportagem sobre… crescimento do consórcio no Brasil.


Rir pra não… Na sexta, Sandra Annenberg anunciou: ‘Vamos agora falar de consórcio’. E Evaristo Costa interrompeu rindo: ‘Haha! Aliás, ultimamente tem consórcio pra tudo, né, Sandra? Pra festa, pra cirurgia plástica, pra viagem e até pra casamento. Haha!’. Só parou de rir quando a matéria entrou no ar cobrindo o áudio do estúdio.


Cartola comenta O PFC, canal do sistema pay per-view da Globosat, terá programa só para dirigentes de futebol. A ideia é que respondam a dúvidas dos torcedores e comentem projetos dos clubes.


 


 


Ivan Finotti


Travesti Katylene ganha quadro de gozação semanal na MTV


‘Difícil me descrever em um parágrafo. Mesmo sem vagina, sou mulher completa. Cresci nas ruas de Xerém, baixada fluminense, e em meio a giletadas, apedrejamentos e muita mágoa, descobri minha verdadeira paixão: ESCREVER. Atualmente, resido no aconchegante bairro de M’Boi Mirim e aguardo ansiosa a expansão do metrô de São Paulo.’


Esta é Katylene Beezmarcky, a personagem travesti criada pelo DJ e blogueiro Daniel Carvalho, 23. E que, após muito sucesso e fama na web (www.katylene.com), estreia um programete semanal de 15 minutos na madrugada de hoje, na MTV.


A matéria-prima é a do blog: chochar (falar mal de) celebridades, com muito humor. Mas nada de jornalismo; o mote é a comédia.


Por exemplo, o programa vai colocar entrevistas ou trechos de filmes e inventar completamente as legendas, fazendo as estrelas de Hollywood falarem as bobagens mais comprometedoras.


Vai buscar também as piadas prontas que pululam na internet e tirar sarro dos artistas brasileiros.


Katylene não será interpretada por ninguém. Uma animação tosca aproveita o rosto que estampa sua página e faz sua boca e dedinhos se mexerem, enquanto destila seu veneno. Puro luxo!


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


Escolhida


Associated Press e Reuters fecharam a semana despachando o Datafolha com a liderança de oito pontos da ‘sucessora escolhida a dedo por Lula’, descrição de ambas. No Top 10 da semana no Twitter, segundo o Mashable, ‘Política brasileira’ apareceu em oitavo. No detalhamento, ‘Dilma Rousseff é uma economista e política brasileira que disputa a Presidência’.


A Reuters acrescentou que nem ela nem José Serra ‘são vistos como rompendo com as políticas majoritariamente amigas-do-mercado’. Já na Bloomberg, ‘risco dos títulos do Brasil deve passar’ o dos títulos do México, segundo o Morgan Stanley. Citando o banco, a agência destaca que ‘crescem as especulações de deterioração fiscal durante um governo Dilma’.


NAS MÃOS DOS CHILENOS


No título da Bloomberg, ‘Lan, do Chile, compra empresa aérea brasileira para criar gigante regional’. E da Dow Jones, no site do ‘Wall Street Jornal’, ‘Ações da TAM voam com notícia de compra pela Lan’. Antes, no site da ‘Exame’, ‘Latam, criada pela fusão da Lan com a TAM, estará nas mãos dos chilenos’. Em resumo, ‘quem vai mandar nas operações é a família Cueta, dona da Lan’.


O blog do ex-ministro José Dirceu já posta que ‘é hora de governo, Anac e Congresso tomarem consciência de que o setor se consolida e o Brasil não pode deixar de ter empresas brasileiras operando em nosso espaço e no mundo’.


Petrobras excede No enunciado da longa reportagem no ‘Financial Times’ e também por agências, ‘Lucros da Petrobras excedem as expectativas’, ajudados por uma ‘produção recorde de petróleo e gás’.


‘As três grandes’ Na manchete do Valor Online durante o fim de semana, ‘Exclusivo: Odebrecht, Camargo e A. Gutierrez vão construir Belo Monte’. Juntam-se a OAS, Queiroz Galvão e outros sete.


O 10º PARCEIRO DA CHINA


O jornal estatal chinês ‘Global Times’, com eco por outros, noticiou que o Brasil ‘ultrapassou Cingapura e a Rússia para se tornar o 10º parceiro comercial da China’. O comércio bilateral cresceu 54,6% no primeiro semestre. Na sequência, o ‘GT’ deu entrevista com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, destacando que ele ‘espera elevar o comércio com a China’, por exemplo, exportando carne de porco e importando peixe. E publicou um artigo saudando a ‘diversidade’ no comércio externo chinês.


‘NYT’ vs. China O ‘New York Times’ deu longo relato apontando ‘tensões’ num projeto chinês no Peru que ‘sugerem que a entrada da China na América Latina -como a dos EUA e de outras potências que precederam- não é sem riscos’. No Brasil, sublinha o jornal, a reação vem das indústrias.


Bem na crise Jornais indianos destacaram no fim de semana que um relatório do Congresso americano elogiou o desempenho de ‘Brasil, Índia e China durante a crise, principalmente pela força inerente das suas economias’. Mais precisamente, ‘o Brasil é um dos países que se saíram melhor’.


DIONÍSIO, A DIFERENÇA


Sob o enunciado ‘Irmãos americanos’, a ‘Economist’ relacionou paralelos históricos, demográficos etc. para argumentar que ‘o Brasil é na verdade os Estados Unidos, só que disfarçados sob um chapéu de frutas ao estilo de Carmem Miranda’ (acima).


Diz que ‘a lista de dissimilaridades’ também é longa, mas se concentra na herança colonial. A Inglaterra deu aos EUA língua, sistema legal, elite política, classe média comercial, liberalismo político e o impulso puritano. Portugal deu língua e catolicismo: ‘O Brasil desenvolveu sozinho o resto. E o fez com algo que faz falta nos EUA: um espírito dionisíaco, um sentido feliz de que o conflito todo vai terminar -ou pelo menos ser suspenso- em um samba.’


 


 


INTERNET


Ronaldo Lemos


Google vai para o lado negro da força


NA SEMANA passada, o Google deu uma demonstração de que seu slogan ‘Don’t be evil’ (não seja mau) está ultrapassado.


Para quem gostava de fazer marketing se contrapondo a outras empresas supostamente ‘malignas’ (como a Apple e a Microsoft), o Google deu uma boa pisada na bola.


O caso tem a ver com a briga com provedores de internet. A empresa defendia que todo o conteúdo da internet fosse tratado da mesma maneira. Os provedores, por sua vez, defendiam o direito de ‘reduzir’ a velocidade de alguns sites que gerassem muitos acessos.


Um site como o YouTube, por exemplo, teria de pagar a mais para os vídeos continuarem a ser transmitidos rapidamente. Isso acabaria com um dos princípios da internet: a ‘neutralidade da rede’, em que todos são tratados igualmente.


Depois de anos de batalha ao lado dos consumidores, o Google mudou. Fez um comunicado conjunto com a Verizon, seu antigo desafeto, segundo o qual concorda em pagar mais pelo uso da internet sem fio.


Isso é preocupante. Primeiro porque cria duas internets: uma velha e outra nova, sem neutralidade.


Segundo porque dá ao Google e a outras empresas estabelecidas uma vantagem enorme. Empresas menores vão ter dificuldade de pagar mais caro.


Com isso, seus serviços podem ficar mais lentos. Quem perde é o consumidor.


Além disso, dificulta a vida de novos empresários que querem desenvolver serviços como 3D pela web, vídeo ou mesmo jogos on-line. Essas atividades vão acabar concentradas na mão dos grandes, prejudicando a inovação, inclusive no Brasil.


Moral da história: o Google, que se posicionava do lado do interesse público, mudou de lado para aumentar o lucro. É assim que funciona o capitalismo.


O problema é que a boa vontade de governos e da sociedade com a empresa vai para o saco.


É bom contratar um novo departamento de marketing para mudar de slogan.


 


 


 


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