‘Os jornalistas aproveitam a oportunidade da Bienal, que acontece entre 12 a 22/05, no RioCentro, para apresentar em livros os talentos tão conhecidos no perecível papel jornal. Boa oportunidade, também, para prestigiar os colegas, tanto da parte de quem visita como dos que foram destacados para a cobertura do evento. A In Press Porter Novelli é a assessoria de imprensa oficial do evento. Quem ainda precisar de credenciamento e informações deve procurar Daniela Farina ou Tatiana Wolff, no (21) 3082-0080, ramais 95 ou 96, ou e-mail assessoriabienal@inpresspni.com.br.
Programação Cultural
Os cinco mediadores da programação cultural da Bienal são Silio Boccanera, Fernando Molica, Regina Zappa, Pedro Tinoco e a filóloga Raquel Valença. E são muitas as opções.
No Café Literário, um bate-papo informal com os autores:
13/5 (sexta-feira) às 16h, Armando Nogueira fala sobre Nelson Rodrigues, na sessão ‘Amigos para sempre’. Às 19h, Luís Antônio Giron, na Vanguarda Literária.
14/5 (sábado) às 12h, Diogo Mainardi e Juremir Machado estão em ‘Opinião não se discute’.
15/5 (domingo) às 18h tem Chico Caruso e João Ubaldo na sessão ‘A crônica do dia-a-dia’.
17/5 (terça-feira) às 15h, Juan Arias em Milagres Literários. Às 18h30, Artur Xexéu na sessão ‘O filme é bastardo do livro?’.
21/5 (sábado) às 14h, Arthur Dapieve em ‘O modo de escrever e a escrita’, e às 18h, Zuenir Ventura em ‘Uma história íntima’.
22/5 (domingo) às 14h, Joaquim Ferreira dos Santos e Roberto Pompeu de Toledo estão em ‘Minha cidade, minha musa’.
No Imaginário do Autor, o lounge com cenários para discutir ‘Fantasia e Transgressão’.
14/5 (sábado) às 16h, Luiz André Alzer, ‘E se pudéssemos realizar os sonhos de juventude?’.
15/5 (domingo) às 13h, Danusia Bárbara, Paladares – ‘A literatura do vinho, da gastronomia, dos sabores’.
19/5 (quinta-feira) às 19h, Lucas Figueiredo, ‘Serviços secretos’.
20/5 (sexta-feira) às 18h, Mário Sabino e Sérgio Rodrigues, ‘Contos malévolos – O mal como tema’.
21/5 (sábado) às 13h, Paulo Markun, ‘Subversão’.
No Fórum de Debates, as mesas-redondas com grandes questões e temas polêmicos:
14/5 (domingo) às 14h, Ziraldo e Thalita Rebouças, ‘Literatura infantil’. Às 15h, Cora Rónai, ‘Escritores on-line’.
15/5 (segunda-feira) às 20h, Flávio Tavares e Maurício Dias, ‘Golpes e revoluções’.
21/5 (sábado) às 14h, Luciano Trigo, ‘O livro vai acabar?’. Às 16h, Ernesto Rodrigues, ‘O esporte na literatura’.
22/5 (domingo) às 14h, Denise Assis, Joaquim de Carvalho e Percival de Souza, ‘Jornalismo investigativo’. Às 15h, Bruno Pacheco, ‘Religião se discute’. Às 18h, Rosa Amanda Strausz, Ruy Castro, Pedro Bial e Arnaldo Bloch, com ‘Líder, ídolo, personagem: da vida para a história’.
Estandes
Miguel Pereira, Renato Cordeiro e Vera Figueiredo são os organizadores de Comunicação, representação e práticas sociais, que está no estande da PUC-Rio. Luciana Savaget lança, pela Nova Fronteira (21-2537.8770), o infanto-juvenil Operação resgate de Bagdá. José Renato de Miranda apresenta ‘Marketing de Impacto no estande do Sebrae’ (21-2215.9200). O fotógrafo André Cypriano autografa ‘Rocinha’, no dia 14/5 (sábado) às 19h, no estande do Senac-Rio (21-2507.6692).
A Objetiva (21-2556.7824) leva dez jornalistas para a Bienal, e montou esta programação de autógrafos:
13/5 (sexta-feira) às 17h, Armando Nogueira, autor de ‘A ginga e o jogo’.
20/5 (sexta-feira) às 19h, Sérgio Rodrigues, de ‘O homem que matou o escritor’.
21/5 (sábado) às 14h, Paulo Markun, de ‘O sapo e o príncipe’; e às 15h, Arthur Dapieve, de ‘De cada amor tu herdarás só o cinismo’.
22/5 (domingo) às 15h, Roberto Pompeu de Toledo, de ‘A capital da solidão’; às 19h, Rosa Amanda Strausz (‘Teresa’), Ruy Castro (‘Amestrando orgasmos’) e Pedro Bial (‘Crônicas de repórter’).
A Record (21-2585.2047) chega com dezenas de títulos novos, distribuídos entre os selos Record, Nova Era e Civilização Brasileira. As jornalistas aparecem na coletânea organizada por Luiz Ruffato, ‘Mais 30 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira’. Mario Sabino retorna com ‘O Antinarciso’. O livro-reportagem está representado por Lucas Figueiredo, com ‘Ministério do Silêncio’. Luís Antônio Giron autografa ‘Até nunca mais por enquanto’, no dia 13/5 (sexta-feira) às 20h30.
O Globo mostra suas estrelas, no estande, com a série 20 minutos de prosa:
13/5 (sexta-feira) às 17h João Ximenes e às 19h Chico Caruso.
14/5 (sábado) às 19h Heloísa Marra e Patrícia Veiga.
15/5 (domingo) às 19h Luiz Fernando Veríssimo.
20/5 (sexta-feira) às 17h o fotógrafo Gustavo Stephan e às 19h Tom Leão e Carlos Albuquerque.
21/5 (sábado) às 17h Luiz André Alzer e Mariana Claudino e às 19h30 Arnaldo Bloch.
22/5 (domingo) às 16h Arthur Dapieve e Zuenir Ventura e às 17h, Joaquim Ferreira dos Santos.
Na programação infantil diária, oficinas com Cláudio Duarte. Em auditórios, fora do estande, o Ciclo de debates O Globo traz, dia 22/5 (domingo) às 12h, ‘O futuro da crônica nos jornais’ com Artur Xexéo, Joaquim Ferreira dos Santos e Cora Rónai. Às 14h, ‘Confete de gerações: influências e estilos na escrita’, com Zuenir Ventura, Arthur Dapieve e Mauro Ventura. Às 18h, ‘Mulheres, amor e sexo’, com Arnaldo Jabor, Martha Mendonça e Isabel de Luca.’
MERCADO DE TRABALHO
‘Não se pode elogiar’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 9/05/05
‘Bastou um tom otimista e motivos para se acreditar num processo relativamente duradouro de recuperação do mercado de trabalho no jornalismo para termos uma recaída. Não se pode mesmo elogiar (leia ‘Ventos começam a soprar a favor’). Que praga! O acidente de percurso foi provocado pela operação brasileira da AOL, vinculada à American Online Latin America (AOLA), que, em vias de fechar ou ser vendida, demitiu cerca de 15% de seu efetivo de mão-de-obra, para, junto com outros cortes de despesas, chegar a uma economia mensal de 40% de seus custos.
Foram 15 demissões na área de conteúdo e outras 65 no call center, vendas e marketing, num primeiro ajuste nas contas. Como o futuro da empresa é uma incógnita, sua direção decidiu reduzir todas as operações ao mínimo necessário em praticamente todas as áreas. Fruto da associação da AOL com o megaempresário Gustavo Cisneros, a AOLA não encontrou, na América Latina, um modelo rentável de negócio, tanto que, desde 1998, quando iniciou as operações, já acumulou um prejuízo total de U$ 928 milhões.
Um ex-dirigente da organização disse a este Jornalistas&Cia – Cenários que em meados do ano passado era para a Telemar ter comprado a operação da AOL no Brasil, mas o negócio fez água quando estava tudo já acertado porque Gustavo Cisneros voltou atrás e quis valorizar mais a venda. A Telemar acabou desistindo da aquisição e deu no que deu, porque depois disso nenhum outro comprador chegou a números do interesse dos investidores. Vale lembrar que a AOL Brasil fez um substancial investimento no sentido de se produzir um conteúdo jornalístico de qualidade na Internet. Chegamos a enfocar o projeto várias vezes aqui mesmo neste espaço. Reportagens investigativas, furos e matérias exclusivas marcaram o projeto editorial implementado em 2003 por João Wady Cury, que pela primeira vez segmentou o conteúdo de um portal conforme os gostos de cada público. A saída de Cury em novembro de 2004 já indicava nuvens carregadas no horizonte. Os cortes da semana passada confirmaram os prognósticos.
Deixaram a empresa os editores Renato Delmanto (delmantorenato@gmail.com), que comandava o núcleo AOL Executivo, Roberta Pereira (Multimídia), Ana Santa Cruz (Notícias) e Vivian Pacheco (Fotografia); o editor-assistente Gustavo Mansur; os repórteres contratados Vanya Fernandes, Alice Salvo Sosnowski e Thiago Cardim; o fechador Edmundo Clairefont (do núcleo que fechava as homes); os repórteres colaboradores Douglas Portari e Amanda Maia, além de toda a equipe de design (finalista do One Show e ganhadora do Leão de Prata em Cannes), dirigida por Eco Moliterno, e que tinha no time Wilson Bekesas, Alexandre Prado e Marcelo Nishio.
A equipe que permanece trabalhando fica na expectativa de que alguns dos cenários de venda se concretizem. Os trabalhos de reportagem e atualização seguem normalmente, mesmo com a equipe reduzida, sob o comando de Ricardo Lombardi.
Consolo
Alguns consolos minoram um pouco o baixo astral dessas demissões na AOL. Um deles é que o corte ocorreu num momento em que o mercado está visivelmente melhor do que um ou dois anos atrás. Ou seja, a recolocação, embora difícil, é menos problemática do que no período negro da crise. Um segundo aspecto é a abertura de postos de trabalho em vários veículos, além de lançamentos de publicações especializadas que, bem ou mal, dão trabalho – se não com carteira assinada ao menos como colaboração. Temos aí vários títulos chegando ao mercado, através de empresas como Escala Educacional, Ponto de Vista Editorial e Momento Editorial, isso tudo sem contar o aquecimento por que passa o mercado de assessoria de imprensa no Brasil.’
60 ANOS DE 2ª GUERRA
‘Reflexões no ‘Dia da Vitória’’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 10/05/05
‘1. Num belo lugar em Pistóia, Itália, mais de 400 mortos brasileiros na II Guerra Mundial aguardam a eternidade. Antes de morrerem, passaram pelo vexame de ver suas roupas incineradas logo na chegada, porque os aliados americanos, com toda a razão, acharam que não eram adequadas para enfrentar o inverno europeu. Os cigarros que levavam do Brasil foram também queimados porque os americanos os consideraram mata-ratos indignos de soldados.
Agora, 60 anos depois, seus conterrâneos de hoje, na imprensa, não se lembraram deles condignamente no ‘Dia da Vitória’. E, em Brasília, pelo jeito pouca gente sabe que nós também ganhamos uma guerra. Nem o governo achou que a grande festa promovida pelos russos merecia uma réplica nacional mais significativa em nosso país. A memória brasileira parece tão volátil como a economia.
Se eu estiver sendo injusto com algum jornal, rádio ou televisão, por favor comentem. Terei o maior prazer em registrar qualquer injustiça minha.
2. Em 9 de novembro de 1943, a 21 dias de completar 13 anos, arranjei meu primeiro emprego – servente extranumerário diarista, mais corretamente office-boy, faxineiro e distribuidor de cafezinho numa repartição pública. A indicação fora feita por meu professor de Corografia do Brasil, entusiasmado por eu saber de cór todo o litoral do Ceará. Salário: equivalente a 2,3 salários mínimos.
Esta semana arranjei estágios para ótimos alunos meus em final de curso, também em repartições públicas. Vão ganhar 1,4 salários mínimos e todos me disseram ‘muito obrigado, professor’, com mais entusiasmo do que devo ter exibido no meu agradecimento em 1943.
3. A venda de jornais nos Estados Unidos caiu 1,9% entre setembro de 2004 e março de 2005. O New York Times, a partir da próxima semana, fará mudanças no desenho e no conteúdo de suas páginas de negócios. Os dirigentes deram, como sempre, promissoras explicações, mas um analista do setor resumiu o motivo do mexe-mexe: ‘O aumento de anúncios tem sido muito decepcionante’.
4. No Rio houve um interessante encontro, no dia 2 de maio – o IV Encontro Regional sobre Liberdade de Imprensa’. Estavam lá Unesco, Associação Nacional de Jornais e outras entidades. A Associação Brasileira de Imprensa – ABI – a entidade que, durante nossos 20 anos de ditadura militar, enfrentou as violências contra os direitos humanos e a liberdade de imprensa, não foi convidada. Os tempos são outros.
5. Adolfo Bloch, Victor Civita, Roberto Marinho e Júlio Mesquita deveriam sempre ser lembrados nesses encontros. Nunca trabalhei no Estadão, mas foi graças aos outros três que consegui me manter na profissão durante toda a ditadura.
Roberto Civita recebeu no dia 4 de maio um daqueles prêmios dados a empresários. Quero dar outro, também publicamente: Roberto foi me visitar no presídio do Hipódromo, em São Paulo, enquanto eu cumpria sentença de seis meses por editar e distribuir o jornal clandestino ‘Notícias Censuradas’. E nunca se mostrou assustado com o fato de que a repressão me apanhara na direção de um grupo de revistas da Abril.’