Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Daniel Castro

‘A Record começa na próxima semana sua mais agressiva ofensiva a atores da Globo na tentativa de contratá-los para a novela de Lauro César Muniz que planeja estrear em novembro, às 21h.


Pelo menos dois executivos da Record têm ‘carta-branca’ para fazer propostas ‘irrecusáveis’, com salários acima de R$ 100 mil. A emissora não atacará apenas atores com contratos vencidos, como fez para montar o elenco de ‘Essas Mulheres’, mas também estrelas com compromissos de longo prazo. Está disposta a pagar multas rescisórias de até 20 deles.


A Folha apurou que entre os nomes visados pela Record estão Eva Wilma, Lima Duarte (que renovou por três anos no final de 2004), Marcos Palmeira e Renata Sorrah. A rigor, nenhum nome é descartável. A meta da Record é tirar da Globo pelo menos quatro grandes destaques a curto prazo.


‘Queremos nomes fortes, famosos e de qualidade. Essa novela tem que ter impacto’, confirma Alexandre Raposo, presidente da Record. A emissora fala agora em estrear a novela de Muniz, que será gravada no Rio, junto da próxima produção das oito da Globo, ‘Belíssima’, e não mais em agosto, como estava previsto _até porque, com a saída de Herval Rossano, ficou sem diretor.


Avalia a Record que é melhor competir com uma novela que está começando e pode sofrer alguma rejeição. Muniz foi contratado em março, após 33 anos de Globo.


OUTRO CANAL


Diferença Ana Paula Padrão vai ganhar no SBT entre R$ 400 mil e R$ 500 mil mensais _e não R$ 250 mil, como se especulou inicialmente. Na Globo, ela recebia R$ 80 mil. Padrão deverá ser apresentada pela emissora à imprensa, oficialmente como contratada, até o final da semana que vem.


Desdém A Globo resolveu ignorar a provocação do SBT, que vem fazendo chamada em sua programação que reproduz um jornal que lembra ‘O Globo’, com manchetes do tipo ‘Globo perde padrão’.


Seleção Embora tenha atuado como narrador apenas durante a Olimpíada, José Luiz Datena, da Band, foi um dos mais lembrados pelo público que votou pela internet no troféu Imprensa, do SBT, na categoria locutor esportivo.


Esgotado O ‘Casseta & Planeta’ encerra na próxima terça, por ‘razões óbvias’, a série de animação ‘No Castelo de Cinderelli’. Na última tira, o jogador Ronaldo arruma as malas e se manda para a Palestina, para ‘ver se encontra um pouco de paz’.


Boa notícia Entusiasmada com a microssérie ‘Hoje É Dia de Maria’, a Globo já estuda reprisar a primeira temporada (que exibiu em janeiro) e a segunda (que mostra entre 11 e 14 de outubro próximo) nas férias escolares do início de 2006. O horário escolhido deve ser na faixa das 9h30 às 12h.’



TV CULTURA


Jotabê Medeiros


‘MP questiona contas da TV Cultura e Vera Cruz no TCE ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 20/05/05


‘O Ministério Público do Estado de São Paulo entrou e m abril com uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE), pedindo informações sobre as contas do convênio entre a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura) e a Prefeitura de São Bernardo do Campo. Segundo informação do TCE, a representação está em fase de instrução no tribunal – o pedido do MP pode ser deferido ou rejeitado.


O convênio a que se refere o promotor Antonio Celso Campos de Oliveira Farias, da Promotoria da Cidadania do Ministério Público, é o projeto de revitalização dos estúdios da Vera Cruz, que tinha um gasto previsto de R$ 15 milhões da Secretaria de Estado da Cultura.


Lançado em 1996 pelo então governador Mário Covas e seu secretário de Cultura, Marcos Mendonça, o plano previa a revitalização dos estúdios e a construção de um Centro Cultural na área, com participação da Secretaria de Estado da Cultura, da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura), do Ministério da Cultura e da Prefeitura de São Bernardo do Campo.


O Ministério Público questiona alguns gastos do convênio, um deles uma viagem aos Estados Unidos do secretário municipal de Cultura de São Bernardo e um assessor para ‘conhecer estúdios de cinema’ americanos. Para o MP, a interrupção do projeto trouxe prejuízo aos cofres públicos.


Atualmente, as obras da Vera Cruz estão paradas em São Bernardo, mas podem ser retomadas. A companhia aprovou este ano na Lei Rouanet um plano de recuperação do acervo da antiga Vera Cruz, composto de 29 filmes (curtas e longas-metragens), além de trilhas sonoras, fotos e documentários. O valor autorizado para captação pelo Ministério da Cultura foi de R$ 2,1 milhões.


A TV Cultura também obteve autorização da Lei Rouanet p ara captar R$ 3,8 m ilhões em 2005, valor que deverá ser utilizado na recuperação do acervo da emissora.’



SAIA JUSTA


Cristina Padiglione


‘A saia é justa, mas ainda falta liga ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 20/05/05


‘Ui, que saudades da Rita Lee… Um depoimento gravado pela cantora foi a melhor coisa do novo Saia Justa, que estreou anteontem no canal pago GNT. Não é que o time atual seja tão pior que aquele que lá estava até dezembro, com Fernanda Young, Marina e Marisa Orth. É que a química original já se perdera desde a saída de Rita e era preciso reescalar o time regido com tanta precisão por Mônica Waldvogel.


Encontrar a fórmula perfeita de um elenco não é simples. Em novela, quando o mocinho não dá liga com a mocinha o fracasso é certo. No futebol, a regra é clara: uma substituição mal sucedida vale demissão do técnico. E quando o cast tem apenas quatro pessoas do mesmo sexo em um cenário que, de tão fechadinho e pastel, caberia numa daquelas câmeras do CET, qualquer erro pode ser fatal.


O GNT sabe disso e testou muitas combinações até chegar ao atual Saia Justa. Mas, ainda que Mônica tenha tentado alinhavar a distância entre Luana Piovani, Betty Lago e Márcia Tiburi, faltou liga ao time. Culpa da falta de intimidade que ainda impera entre as quatro e ao exibicionismo pelo melhor bate-boca da estréia (close em Márcia e Luana).


Feitos os descontos, convém baixar a torcida. A proposta é fugir da pretensão intelectual, mas ninguém merece ouvir Luana Piovani dizendo que está ‘numa relação nova com livros’ – ‘agora gosto de ler’, endossou.


E por que alguém como ela, que já foi vítima de flashes por ter dispensado a calcinha sob um vestido justo, vê com tanta estranheza a mulherada caçadora que sai por aí de miniblusa e microssaia? O que é isso, companheira?


Márcia Tiburi faz o contraponto pós-feminista. As sacadas instantâneas que fariam o bom ritmo do programa, por enquanto, só aparecem nas direções de Betty e de Mônica – e salve Mônica.’