Friday, 27 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Daniel Castro


‘Ex-VJ da MTV, a modelo Fernanda Lima, 27, pode estrear como atriz de novelas da Globo, em ‘Bang-Bang’, próxima produção das 19h, já como protagonista. ‘Estamos fazendo testes para ela ser a mocinha da história’, revela o autor da trama, Mário Prata.


Lima foi contratada pela Globo no ano passado para cobrir a licença-maternidade de Angélica no ‘Vídeo Game’. A atuação como apresentadora empolgou a emissora, que já a escalou para as eliminatórias de ‘Fama’. Mas, como ela já fez cinema (participou de ‘A Dona da História’, em 2004), a Globo decidiu apostar também em sua carreira de atriz.


Se levar o papel, Fernanda Lima será a mocinha de uma trama à la Romeu e Julieta no primeiro faroeste da telenovela brasileira.


‘Bang-Bang’ será ambientada na fictícia Albuquerque, cidade como a dos filmes do Velho Oeste, com saloons, bandidos e índios.


A trama central gira em torno da rivalidade entre duas famílias. A mocinha é filha do patriarca dos Bullock (Mauro Mendonça), que mata o pai do mocinho (não escalado ainda), quando ele ainda é menino. O mocinho vai embora de Albuquerque e retorna para vingar a morte do pai. Chegando à cidade, sua diligência é atacada. A mocinha aparece em outra diligência e luta contra os bandidos. Os dois se apaixonam fulminantemente, mas só depois o mocinho descobrirá que se envolveu em um amor proibido.


OUTRO CANAL


Novidade 1 A Globosat transmitirá a Copa de 2006 em três canais. Além dos já existentes SporTV e SporTV 2, lançará o SporTV Copa, que exibirá todos os jogos (alguns não ao vivo) no formato widescreen, similar ao da tela de cinema, na proporção 16×9. Será o mais próximo do que a Copa de 2006 chegará, no Brasil, do que já pode oferecer, em outros países, a TV digital.


Novidade 2 Aos assinantes da Sky e da Net Digital com home theater e televisor de tela horizontal, o SporTV Copa chegará com som Dolby Surround. ‘Dá para ver o campo todo e ter a sensação de que se está no estádio’, diz Pedro Garcia, diretor do SporTV.


Loro Ana Maria Braga grava amanhã uma superparticipação em ‘A Turma do Didi’. Ela será entrevistada por Renato Aragão, fará esquetes com o elenco do humorístico infantil e até cantará.


Foco O SBT já não olha mais para a Globo, líder no Ibope. Nos relatórios internos de audiência, depois dos dados do SBT aparecem os da Record, que o ameaça, em muitos horários, na disputa pela vice-liderança. A Globo só surge na terceira coluna.


Rumos Também ex-VJs da MTV, Cuca Lazarotto e Sabrina Parlatore estréiam na TV Cultura, respectivamente, dias 20 e 25 próximos. A primeira vai dividir a apresentação do ‘Metrópolis’ com Cunha Júnior. A segunda vai ancorar o ‘Vitrine’.’



 


BAIXARIA NA TV


Daniel Castro


‘Ministério é omisso com TV, diz procurador’, copyright Folha de S. Paulo, 14/06/05


‘O procurador-regional dos direitos do cidadão em São Paulo, Sérgio Suiama, vai entrar com uma ação por improbidade administrativa contra o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Sérgio Diniz.


Em resposta à solicitação de informações, Diniz informou a Suiama em ofício datado de 30 de maio que, nos últimos cinco anos, o Ministério das Comunicações instaurou apenas quatro processos de investigação de denúncias de violações de direitos fundamentais do cidadão pelas TVs.


Os processos abertos pelo ministério foram todos provocados por ações do Ministério Público Federal: a exibição, em 2001, no ‘Programa do Ratinho’ (SBT), de uma criança sendo torturada; o caso Gugu/PCC, em 2003; e a ‘demonização’ dos cultos afro-brasileiros por pastores da Igreja Universal nas redes Record e Mulher (dois processos, em 2005).


‘O ministério tem obrigação legal de fiscalizar o conteúdo das TVs. Como só fez quatro investigações em cinco anos, ou a TV brasileira é um primor ou o ministério é omisso’, diz Suiama.


A assessoria de imprensa do Ministério das Comunicações tem dados diferentes dos informados por Diniz. Afirma que, desde a posse do atual ministro, Eunicio Oliveira, foram abertos 1.528 processos de fiscalização de conteúdo das TVs. Mas não detalhou que conteúdos seriam esses.


OUTRO CANAL


Território Assim como o ‘Jornal Nacional’, o telejornal de Ana Paula Padrão no SBT terá equipes próprias de reportagem em três capitais _além de São Paulo, Rio e Brasília. Serão repórteres exclusivos do telejornal, vinculados diretamente ao SBT, e não às afiliadas, em Manaus, Porto Alegre e Recife ou Fortaleza.


Start Álvaro Garnero e Caroline Bittencourt (aquela que foi expulsa do ‘casamento’ de Daniella Cicarelli) gravam neste final de semana as primeiras reportagens do ‘Top Report’, ‘programa para ricos’ que estréia na Rede TV! em 2 de julho. As gravações serão em Campos do Jordão e Indaiatuba, no interior de São Paulo.


Sobe Começou bem no Ibope a série ‘Carandiru – Outras Histórias’. O episódio de estréia, na última sexta, deu média de 29 pontos. No horário, em abril e maio, a Globo marcou 22 pontos.


Coladinho 1 O ‘Pânico na TV’ não chegou a incomodar o ‘Domingo Legal’ (SBT) anteontem. Sua média foi de oito pontos _dois a menos do que no dia 5. Gugu Liberato marcou 15.


Coladinho 2 Quem encostou no ‘Domingo Legal’ foi o ‘Domingo Espetacular’. O ‘Fantástico’ da Record marcou 12 pontos com vídeo em que o ex-jogador Edinho, filho de Pelé, supostamente confessa ligações com o crime. Mas, mesmo assim, o ‘Domingo Espetacular’ apenas empatou com o SBT, e durante só um minuto.’



 


TV PAGA


Caryn James


‘Perdedores conquistam sucesso em novas produções’, copyright Folha de S. Paulo / The New York Times, 14/06/05


‘Será que os Estados Unidos estão, enfim, preparados para abraçar o perdedor que existe lá dentro? De Benjamin Franklin a Horatio Alger, chegando a ‘American Idol’ e ‘O Aprendiz’, a história de sucesso em formato da lama à fama tem sido um mito essencial na cultura do país.


Mas agora a mais audaciosa heroína da TV é Lisa Kudrow no papel de uma atriz em busca desesperada pelo estrelato perdido em ‘The Comeback’ (o retorno), novo seriado da HBO. O programa ecoa, sem que obtenha qualidade semelhante, à tragicomédia da série britânica ‘The Office’, sobre um irritante executivo de médio escalão que não tem para onde ir a não ser para baixo.


Um dos sucessos mais surpreendentes entre os filmes cult do ano passado foi ‘Napoleon Dynamite’, a história de um bundão na escola secundária que ignora completamente a sua condição de perdedor. E uma variante do tema aplicado à meia-idade está nas telas agora em ‘Second Best’, um filme independente estrelado por Joe Pantoliano como um sujeito que se anima tanto com o fracasso que publica um boletim para perdedores, colando exemplares nos postes da cidade e operando um site.


Na companhia de ‘Fat Actress’, série estrelada por Kirstie Alley, e da versão norte-americana de ‘The Office’, esses trabalhos criaram um momento em que ser um perdedor parece elegante e em que se admitem heróis sem a menor chance de vencer.


Quando essa elegância dos perdedores funciona, como no caso de ‘The Comeback’ e do ‘The Office’ original, os personagens não são patéticos, mas pungentes e dignos de afeição, pessoas que se esforçam perpetuamente para conquistar nosso respeito. Esses heróis oferecem alguma folga à imagem de perfeição que pode parecer como um ataque da mídia às pessoas comuns.


Como aponta Scott A. Sandage em seu livro ‘Born Losers: A History of Failure in America’ (nascidos perdedores: uma história do fracasso nos Estados Unidos), o significado da palavra ‘fracasso’ evoluiu desde o começo do século 19, quando ela se referia apenas a perdas em uma empreitada comercial. Gradualmente, ser um perdedor passou a sugerir igualmente uma falha de caráter, a falta do ímpeto de aperfeiçoamento que o prestígio recente da condição de perdedor desmistifica.


O perdedor atingiu a glória, em termos humorísticos, com o personagem do vagabundo criado por Charlie Chaplin. Mas, além de atacar a idéia de que os fracassados merecem os problemas que sofrem, as comédias atuais parecem se voltar também contra a idéia de que fama equivale a sucesso; quase todos os fracassados recentes das telas exibem ambições no ramo do entretenimento.


Em ‘The Comeback’, Kudrow (Valerie) perde o posto de ‘gostosa’ em um novo seriado e é escalada para viver a vizinha feiosa. Mas a atriz continua a se comportar como a diva que acredita ser. O desempenho elegantemente balanceado de Kudrow traz uma teimosia que não é gerida pelo ego, mas por uma afirmação de que Valerie importa pelo menos tanto quanto as novas estrelinhas burraldas do pedaço. O defeito trágico dela é a sua incapacidade de se distanciar de seu sucesso no mundo do entretenimento.


O desafio na criação de heróis perdedores é manter o envolvimento dos telespectadores e tornar palatável os fracassos um tanto repelentes dos personagens. E é nesse ponto que o humor eleva ou condena uma produção.


Em ‘The Comeback’, a idiotice do mundo dos seriados cômicos é exposta em detalhes devastadores. Em ambas as versões de ‘The Office’, as inanidades do local de trabalho são capturadas de maneira mordaz, no tédio mortal dos funcionários e em sua descrença inerte diante da atitude sempre otimista do chefe.


O perdedor simpático é incorporado em sua melhor forma por Bill Murray como o ator decadente em ‘Encontros e Desencontros’, de Sofia Coppola, e o oceanógrafo de uma série de documentários televisivos (sim, até o oceanógrafo é um astro da mídia) em ‘A Vida Marinha com Steve Zissou’, de Wes Anderson.


A inteligência do roteiro, a tolice de Zissou com seu boné vermelho da equipe Zissou e o impecável equilíbrio entre comédia e tristeza oferecido por Murray é que seguram o filme. Se essa maestria não está presente, o perdedor é apenas um fanfarrão desagradável.


Em ‘Second Best’, Pantoliano interpreta um ex-executivo do setor editorial que se cerca de muitos amigos perdedores e um bem-sucedido, um produtor de Hollywood em visita (mais mídia).


Mas os epigramas dos perdedores não são tão sarcásticos ou sábios quando o filme pretende -’o maior dos perdedores põe tudo para fora’ captura o nível de texto-, e assim a premissa do filme é mais interessante do que o resultado final. E a versão fictícia de Kirstie Alley para ela mesma em ‘Fat Actress’ era resmungona e estridente demais para funcionar bem durante toda a série.


O pior e o melhor


A maneira mais astuciosa de transformar um perdedor em personagem de sucesso de audiência ou bilheteria é percorrer a mais perigosa das cordas bambas e permitir que os telespectadores tenham o pior e o melhor no mesmo pacote.


‘Napoleon Dynamite’ e ‘American Idol’ prosperaram ao apresentar personagens com os quais as audiências podem se identificar ou tomar como alvo de zombaria. (E a escolha pode ser um segredinho pessoal de cada um.)


Muitos telespectadores são viciados na fase de testes iniciais de ‘American Idol’, quando os piores se apresentam. William Hung chegou a encontrar espaço para sua falta incomparável de talento em um CD. Os rejeitados de ‘American Idol’ e ‘Napoleon’, excessivamente confiante e socialmente desajustado, formam um padrão: perdedores que insistem em ser o que são.


A mensagem reconfortante é que perder pode ter sua graça. Mas existe outra mensagem. Alley reverteu a decadência de sua carreira ao interpretar uma perdedora e, não importa o que aconteça com ‘The Comeback’, Kudrow ainda tem o sucesso de ‘Friends’. O perdedor como herói pode ser reconfortante, mas não esqueçamos que se trata de ficção.


Tradução Luiz Roberto Mendes Gonçalves’



 


Etienne Jacintho


‘Senha revelará trailer de ‘Lost’ ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 15/06/05


‘‘Eles sobreviveram na sorte. Eles sobreviveram no instinto. Mas, do outro lado da ilha, eles descobrirão que não são os sobreviventes. Eles pensam que são.’ Essa é a chamada para a segunda temporada de Lost, que estréia ainda este ano nos Estados Unidos. Aqui, o canal AXN apresenta, na próxima segunda-feira, às 21 horas, o 17º episódio da série. A primeira temporada tem 24 capítulos – o desfecho é dividido em duas partes.


Porém, os fãs de Lost podem assistir ao trailer da segunda temporada da série na internet. Calma! Para conseguir acessar a página é necessário ficar atento ao episódio Numbers, que está previsto para ir ao ar no dia 27 deste mês. Isso porque a senha de acesso ao trailer estará neste episódio: são os números que Hurley jogou na loteria. O site (www.oceanic-air.com/seatingchart.htm) é uma brincadeira com a companhia Ocean Air. Além de assistir ao trailer, o internauta também pode ter informações de cada um dos passageiros.


FINAL


Se você não quiser saber o final de Lost, não leia o texto a seguir. No início do episódio Exodus, a Danielle Rousseau reaparece e alerta: ‘Eles estão vindo. Vocês têm três opções – correr, se esconder ou morrer.’ Com a ajuda da francesa, Jack lidera uma equipe de defesa. Enquanto isso, Michael, Walt e Jin escapam da ilha em uma embarcação. Arzt morre. Quando quase tudo está perdido, os sobreviventes avistam um barco. Um resgate? Não exatamente… Sawyer é atingido por um tiro, Walt desaparece e a equipe de defesa encontra algo que jamais poderia imaginar…’