‘A subsidiária da América Latina do conglomerado Disney propôs à Globo a produção no Brasil de uma versão do seriado top ‘Desperate Housewives’, cuja primeira temporada nos Estados Unidos, pela ABC, foi sucesso de crítica e de público _em maio, chegou à segunda posição no ranking dos programas mais vistos.
A série original mistura humor negro com drama. No ar no Brasil no canal pago Sony, conta basicamente a vida de quatro donas-de-casa de um subúrbio elegante próximo de Nova York. É narrada pela onipresente Mary Alice Scott (Brenda Strong), que, cansada da mesmice da rotina, se suicida no primeiro episódio.
Entre as protagonistas, estão uma ex-executiva que largou tudo para ter filhos, mas que vive frustrada, e uma mãe solteira, interpretada por Teri Hatcher (uma das Lois Lane de ‘Superman’), que perdeu o ex-companheiro para uma mulher mais jovem.
As negociações entre Disney e Globo estão apenas começando. ‘Eles foram convidados, mas ainda não demonstraram interesse em produzir a versão local’, diz Fernando Barbosa, vice-presidente da Buena Vista International Television Latin America (Disney). ‘O texto seria o mesmo da versão americana, mas com sabor e elenco locais’, completa.
A Disney também negocia uma outra versão para a América Latina de língua espanhola, que deve começar a ser rodada em 2006.
OUTRO CANAL
Bossa nova 1 Figura raríssima na televisão, o músico João Gilberto, depois de longa negociação com a agência África, topou fazer um comercial institucional para a Companhia Vale do Rio Doce, que foi gravado em sigilo no Rio de Janeiro, está sendo finalizado e deve estrear na TV nas próximas semanas.
Bossa nova 2 No comercial, João Gilberto canta e toca violão num banquinho. A música termina com um trecho que diz que ‘o melhor do Brasil é o povo brasileiro’. Nas negociações, o supersticioso João Gilberto escolheu até a data de assinatura de contrato.
Entusiasmo 1 O publicitário Roberto Justus, que volta à Record no próximo dia 23 como apresentador de ‘O Aprendiz 2’, admite que gostou de ser estrela de televisão.
Entusiasmo 2 Em entrevista anteontem, Justus não escondeu que tem planos de continuar no veículo após a última temporada do ‘reality show’ (que deverá ter pelo menos mais uma terceira edição). Só não revela ainda que tipo de atração pretende fazer.
Piada Deve se chamar ‘A Força do Destino’ a versão de ‘A Pequena Órfã’ (original da TV Excelsior nos anos 60) que a Record irá produzir para substituir ‘Essas Mulheres’. Na emissora, já tem gente se divertindo com as possibilidades de títulos de eventuais paródias da novela no ‘Show do Tom’.’
Keila Jimenez
‘Globo produz nova sitcom ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 16/06/05
‘Abortada a idéia de trazer Os Normais de volta ao ar este ano, os pais da criança, Alexandre Machado e Fernanda Young, se concentram agora na produção de um novo seriado para a Globo: Minha Nada Mole Vida (título provisório). A sitcom, já em andamento, deve entrar na programação da Globo no final do ano, quando os programas da emissora entram em férias.
Além dos autores, outros dois integrantes da trupe de Os Normais fazem parte do projeto: o diretor José Alvarenga e Luiz Fernando Guimarães, que será o protagonista da história. Minha Nada Mole Vida conta as aventuras de um jornalista divorciado, Horácio, que tem de lidar com o filho pequeno, as neuras da ex-mulher, a grana apertada, as novas namoradas e várias situações engraçadas que envolvem a vida de um recém-separado.
Para complicar, o filho de Horácio, uma criança em crise existencial, estará sempre cheio de dúvidas, reclamações e momentos de mau humor.
O personagem também será uma espécie de Amaury Jr. decadente. Terá um programa em que cobre festas e eventos noturnos, repletos de celebridades instantâneas.
Assim como em Os Normais, a sitcom deve ter participações especiais toda semana e pode entrar na vaga das noites de sexta-feira, após o Globo Repórter.
Minha Nada Mole Vida chegou a ser cotado para estrear na metade do ano, em substituição à série Carandiru – Outras Histórias , mas a Globo resolveu dar mais um tempo para a produção.’
PUBLICIDADE
Carlos Franco
‘‘Mídia do Ano’ vai para Camossa, da Almap/BBDO ‘, copyright O Estado de S. Paulo, 16/06/05
‘O publicitário Paulo Camossa Jr., da Almap/BBDO, conquistou anteontem à noite o Prêmio de Mídia do Ano na oitava edição do Prêmio de Mídia Estadão, em festa no Tom Brasil, animada por hits dos anos 70 e 80, com direito a Gretchen e Kid Vinil no palco. Camossa disputou o prêmio, com votos via internet dos profissionais de mídia, com Ângelo Franzão Neto (McCann-Erickson) e Paulo César Queiroz (DM9DDB).
Camossa conquistou ainda, desta vez em parceria com os colegas da Almap/BBDO Zuleide Rampazzo, Daniele Valle e Wagner Dobner, o prêmio de case de Mídia Impressa do Ano, relatando a estratégia da Volkswagen para o Touareg.
Já Francisco Rosa e Silvio Calissis, da DM9DDB, conquistaram o prêmio de case de mídia mix, com trabalho sobre a promoção do Palm para o Natal.
Luiz Fábio Freitas, José Rubens da Silva, Jairo Soares e Flávio de Pauw, da Y&R, conquistaram o prêmio de mídia eletrônica com o case ‘Playboy – Big Brother’. Em Mídia Digital, o prêmio foi para Alessandra Gambuzzi, Fábio Saad Cândido, Fabiana Manfredii e Heloisa Lima, da DM9DDB, com o trabalho ‘24 horas de Sucesso na Internet’. Da mesma agência de publicidade, Valdir Vieira da Silva, Patrícia Muratori e Mônica Carvalho, com o trabalho ‘Cheiro de Pipoca’, sobre a inovação do Estadão em anúncios com aromas, conquistaram o prêmio Destaque Estadão.
Nas categorias de monografia, os premiados foram Luciene Craveiro Pereira da Silva (VIV Editorial), José Maria Granado e Fernanda Ferreira de Abreu (Ad Business/Artplan Comunicação), Fábio Mariano Borges, Ana Cláudia Fernandes, Maria Cecília e Mariane Tesh D’Avila (InSearch – Tendências e Estudos de Mercado) e Davi Monteiro, Marcos Berger e Sílvia Ramazzotti (J. W. Thompson).
O troféu Eficiência de Mídia foi entregue à Almap/BBDO e à DM9DDB. Já o Fato de Mídia do Ano ficou com o desenvolvimento do segmento de TV a cabo e foi entregue à Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).
A emoção ficou por conta da homenagem a Personalidades de Mídia, com a entrega de um troféu in memoriam a Hellio Abud, além de dois outros a José Francisco Queiroz (diretor do Banco Panamericano) e Maria do Carmo Casales Kosma (consultora).’
TV / CHINA
Gilberto Scofield Jr.
‘TV chinesa quer mais desenhos nacionais’, copyright O Globo, 16/06/05
‘O governo da China quer estabelecer um limite para a exibição de desenhos animados estrangeiros nas suas redes de TV tão logo as produções nacionais ganhem mais qualidade e escala, afirmou Fu Tiezhen, presidente do Comitê para Desenhos Animados e História em Quadrinhos Chineses do Conselho de Estado da China, o órgão executor do governo do país. A idéia é obrigar redes de TV estatais a exibirem três desenhos chineses a cada dois estrangeiros, uma proporção bem diferente da atual, que mostra o predomínio dos americanos e dos japoneses no estilo mangá.
A preocupação chinesa é o que se chama por aqui de ‘resgate de valores éticos nas crianças e desenvolvimento, nos jovens, de uma cultura mais chinesa’. A decisão iniciou um debate sobre todos os aspectos relacionados a ela, que esbarra num dos compromissos firmados pela China ao entrar na Organização Mundial do Comércio, em 2001: não oferecer às empresas chinesas benefícios que não sejam oferecidos também às companhias estrangeiras.
– Precisamos encorajar a produção de desenhos animados chineses – disse Fu Tiezhen à agência de notícias estatal Xinhua. – Desde a década de 80, muitos desenhos americanos e japoneses foram importados a preços baixíssimos ou até mesmo de graça, o que me parece um tipo de dumping .
Muitos chineses saudosistas de uma época em que o país vivia um comunismo de devoção impregnado de nacionalismo apóiam a decisão.
– A indústria do desenho chinesa deve se desenvolver num ambiente de mercado, mas, enquanto a produção estrangeira for tão forte, é preciso que o governo estimule a indústria nacional – diz Fu.
Todas as produtoras de desenhos são estatais
Na China, todas as produtoras de desenho animado são estatais, lideradas pela gigante Shanghai Animated Fild Studio (SAFS), que produz hoje os dois desenhos chineses de maior sucesso da TV do país: ‘Music Up’, sobre uma banda de colégio em busca do sucesso, e ‘Blue Cat’, uma perseguição entre gato e rato.
A decisão do governo esbarra no gosto infantil e juvenil dos chineses pós-abertura econômica. Recente pesquisa com 540 jovens entre 4 e 17 anos feita pela China Mainland Marketing Research Company mostrou que, entre os dez desenhos de maior sucesso entre os jovens chineses, seis são japoneses, dois são americanos e apenas dois, chineses. A produção chinesa é pequena para a demanda dos canais de TV. Segundo o governo, em 2002, foram produzidas 220 horas de desenhos na China, contra uma demanda das TVs de 4.116 horas.’