‘A Globo vai apostar em uma estreante e em uma novata como âncoras do elenco jovem da próxima novela das sete, ‘Bang-Bang’. A emissora decidiu dar o papel de protagonista a Fernanda Lima, que nunca fez novela.
Na trama, Fernanda (Diana Bullock) será rival de Carol Castro (Mercedita), que fez uma ponta em ‘Mulheres Apaixonadas’ e um papel secundário (o de Angélica) em ‘Senhora do Destino’. As duas disputarão o amor do mocinho Ben Silver (Bruno Garcia).
Além de Fernanda e Carol, a novela de Mário Prata terá outros estreantes e novatos. Os músicos Paulo Miklos (que atuou no filme ‘O Invasor’) e Luís Melodia (‘Casa de Areia’) farão, respectivamente, um bandido e um pianista de um saloon. E Daniele Suzuki e Guilherme Berenguer trocarão ‘Malhação’ pelo horário nobre. Entre os atores experientes, estarão Mauro Mendonça, Giulia Gam e Ney Latorraca.
A novela terá a estética dos faroestes. Ben Silver será um rapaz que retorna à cidade de Albuquerque para vingar a morte do pai. É atacado por bandidos e conta com a ajuda de Diana, filha do homem que matou seu pai e por quem se apaixonará. Silver se hospedará na casa de Javier, pai da boa Mercedita.
A personagem de Fernanda Lima, Diana, será uma cowgirl. Poderosa, boa de briga e de gatilho, será precursora _a primeira mulher a freqüentar um saloon.
OUTRO CANAL
A versão De Gugu Liberato, sobre o boato de que estaria iniciando negociação com a Record: ‘Fiquei sabendo do interesse da Record pelos jornais e continuo afirmando que o futuro a Deus pertence’.
A interpretação Tanto no SBT como na Record (que nega qualquer insinuação sobre Liberato), a frase do apresentador é lida como uma ameaça velada a Silvio Santos: Se o ‘Pânico na TV’ for para o SBT, justamente no horário mais nobre do ‘Domingo Legal’ (a partir das 19h), Liberato está disposto a mudar de emissora.
Calor As negociações entre Silvio Santos e Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, dono da rádio Jovem Pan e ‘cacique’ da turma do ‘Pânico’, esquentaram muito nesta semana. Tutinha e Emílio Surita, apresentador do programa, passaram boa parte de ontem e anteontem reunidos a portas trancadas.
Ruído Ontem, ninguém na Rede TV! sabia dizer se o novo cenário do ‘Pânico’ vai mesmo estrear neste domingo. Comentava-se que os donos da emissora mandaram brecar a construção do cenário até uma definição das negociações com o SBT.
República A noite de segunda na TV promete para quem gosta de política. Praticamente no mesmo horário em que o deputado Roberto Jefferson estará no ‘Roda Viva’ (Cultura), o senador Eduardo Suplicy participa do ‘talk show’ ‘Saca-Rolha’, na Rede 21.’
TV DIGITAL
Mirelle de França
‘Governo diz ser possível Brasil desenvolver tecnologia de TV digital’, copyright O Globo 18/06/05
‘O coordenador do grupo gestor do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTV), órgão do governo responsável pela implantação do novo modelo de televisão no país, Augusto Gadelha, defendeu ontem que o Brasil tem capacidade de desenvolver sua própria tecnologia. Segundo ele, existem hoje 22 projetos em estudo – que reúnem 76 universidades e 34 empresas – que vão consumir R$ 65 milhões até fevereiro do ano que vem, quando o Ministério das Comunicações vai anunciar as regras da implantação do sistema digital no país.
– Queremos avaliar as tecnologias já existentes (ISDB, japonesa; DVB-T, européia e ATSC, americana) e contribuir com sugestões, de modo a criar um modelo próprio que atenda nossas necessidades. Temos capacidade de nos tornarmos um ator importante nesse mercado e não simplesmente absorver passivamente os padrões alheios – disse Gadelha, durante o Simpósio Internacional de TV Digital, realizado ontem no Rio.
Para o coordenador do SBTV, o Brasil pode tirar vantagem do atraso na implantação da televisão digital – que há sete anos foi introduzida na Inglaterra – uma vez que pode utilizar tecnologias que surgiram apenas recentemente.
Já o diretor da Central Globo de Engenharia, Fernando Bittencourt, acredita que o país não deve retardar mais o início das transmissões digitais. Segundo ele, o telespectador vai ganhar em qualidade e as emissoras, conseqüentemente, em audiência. Bittencourt afirmou que a Rede Globo fez um estudo no ano 2000 e avaliou que a tecnologia japonesa era a mais apropriada, por ser a mais moderna.
– Recentemente, no entanto, estamos estudando também as vantagens da tecnologia européia, que permite mais mobilidade (uso pelo celular, por exemplo) – explicou, ao ressaltar que a Globo produz vários programas com tecnologia digital desde 98.
De acordo com Bittencourt e com o presidente do Instituto de Estudos de Televisão (Ietv), responsável pelo seminário, Nelson Hoineff, até o fim do próximo ano começarão as transmissões digitais no país. As televisões analógicas, no entanto, só deverão desaparecer totalmente dentro de dez anos.’
FUTEBOL NA TV
Keila Jimenez
‘TVs disputam futebol europeu’, copyright O Estado de S. Paulo, 18/06/05
‘No País do futebol, basta rolar uma bolinha em pé de craque brasileiro para virar alvo da TV. Rede TV! e Band estão disputando para valer os direitos de exibição das próximas temporadas dos campeonatos europeus.
A Band, que já exibe o Campeonato Espanhol e o Inglês, está de olho agora no Campeonato Italiano e na Copa Uefa, importante competição de times europeus. Já a RedeTV! quer a próxima temporada do Campeonato Espanhol e pretende renovar os direitos de transmissão da Copa Uefa.
‘Tanto a Copa Uefa como o Campeonato Espanhol começam no meio deste ano e vão até a metade do ano que vem’, explica o diretor de Jornalismo da RedeTV!, José Emílio Ambrósio. ‘Quem está interessado nesses eventos já começou a se mexer.’
O ringue da disputa pelos eventos será a feira Sportel (a maior do gênero no mundo) realizada em outubro, em Mônaco. Lá, emissoras e programadores estarão comprando os direitos desses tão disputados campeonatos de futebol. E olha que eles não são baratos. O Campeonato Espanhol, por exemplo, não sai por menos de US$ 150mil para uma rede brasileira.
O motivo da demanda é simples: audiência. Band e Rede TV! bateram a casa dos dois dígitos de ibope – a média dessas emissoras gira em torno dos 2 e 3 pontos -, exibindo dribles de Ronaldinho Gaúcho no Barcelona e gols de Ronaldo no Real Madrid.
‘Apesar de esses jogos não permitirem que coloquemos merchandisings, eles acabam rendendo material para outros programas esportivos da casa e, com isso, ibope e anunciantes.’’
FSP
CONTESTADAPainel do Leitor, FSP
‘Cartas de Leitores’, copyright Folha de S. Paulo, 18/06/05
‘Masp
‘Diante das críticas de natureza pessoal a mim dirigidas no artigo do jornalista Mario Cesar Carvalho publicadas na Folha em 13/6 (pág. A2), com o título ‘A morte do Masp’, e com o objetivo de prestar esclarecimentos aos leitores desse jornal, gostaria de trazer algumas informações. Embora a intenção do artigo possa ter sido chamar a atenção para a importância da colaboração da sociedade no custeio de atividades e na manutenção de museus, foram omitidas ações relevantes realizadas no Masp. Além da adequada apresentação de seu acervo e de exposições de reconhecido interesse público, complementadas pela importante atuação do Serviço Educativo do Museu, após grande esforço na captação dos recursos necessários e durante seis anos de trabalhos ininterruptos, sem o fechamento do museu, foi implantado o projeto de revitalização do edifício-sede do Masp, constante das obras de recuperação estrutural, troca e complementação de todo o sistema de ar-condicionado, substituição total da impermeabilização, das instalações elétricas, hidráulicas e telefônicas, bem como a criação de nova e ampla reserva técnica, instalação de equipamentos de segurança, controles, automação e dos destinados ao atendimento de deficientes físicos, em especial a colocação de mais um elevador. Todas as obras integrantes do programa de revitalização foram executadas com respeito ao projeto original da mestra Lina Bardi, a quem não só homenageamos com uma mostra de parte de seus trabalhos, na comemoração póstuma dos 90 anos de seu nascimento, como também a quem estamos organizando, em parceria com o Instituto Lina Bo e P.M.Bardi, uma grande exposição, contendo a expressiva maioria de suas obras, as quais foram apresentadas em importante mostra na cidade de Veneza e cuja realização, na sede do Masp, está programada para acontecer ainda neste ano, quando da apresentação da 6ª Bienal de Arquitetura no parque Ibirapuera. Com referência aos cavaletes de vidro, seu uso foi retomado, como pode ser conferido na mostra ‘As 100 Maravilhas -Impressionismo e Referências’, em cartaz desde outubro de 2004 e já visitada por mais de 128 mil pessoas. Por oportuno, enfatizo que sempre tratei e me referi a qualquer projeto arquitetônico com respeito e seriedade. Dessa forma, pela presente formalizo convite ao articulista para agendar uma visita ao Masp, ocasião na qual, com os técnicos do museu, estarei à disposição para atualizar suas informações e prestar os esclarecimentos desejados.’ Julio Neves, arquiteto e presidente da diretoria do Masp (São Paulo, SP)
‘Mensalão’
‘Não têm nenhuma procedência as ilações do texto ‘Mulher de diretor da Secom atua com Valério’ (Brasil, 16/ 6). Minha mulher, Telma dos Reis Menezes da Silva, é profissional do mercado publicitário há mais de dez anos. Não tem fundamento a insinuação tendenciosa de que ela seria ‘defensora em Brasília de interesses’ do senhor Marcos Valério. Registro que não conheço pessoalmente nem mantive nenhum tipo de relação profissional com os sócios que dirigem a Multiaction em Brasília. Telma da Silva não é funcionária da referida empresa, mas, sim, prestadora de serviços através de um contrato assinado entre a Multiaction Entretenimentos Ltda. e a Astral, da qual é proprietária. A Secom, por sua vez, não tem nenhuma participação na escolha dos prestadores de serviços para órgãos do governo ou empresas públicas, sendo infundada qualquer insinuação de favorecimento. Registre-se ainda que nenhuma das três empresas de publicidade que prestam serviços à Secom fez qualquer contratação com a Multiaction.’ Marco Antonio da Silva, diretor de Eventos da Secretaria de Comunicação de Governo (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Rubens Valente – Ao contrário do que diz o missivista, a Secom teve participação efetiva na escolha de empresa da área de publicidade em pelo menos um caso, o dos Correios, cuja licitação foi vencida por empresa do publicitário Marcos Valério e por outras duas. A Secom tinha 2 dos 5 membros daquela comissão de licitação e chegou a determinar alterações no edital de concorrência.
Banestado
‘A imprensa pode estar sendo usada por adversários políticos que encontram terreno fértil para ‘plantações’ de todo tipo. A reportagem ‘Mentor omitiu Banco Rural em texto da CPI’ (Brasil, 16/6), de Andréa Michael é um exemplo do que digo. Sei disso por outro jornal da importância e da equivalência da Folha, que também me procurou e me informou que a origem da denúncia era simplesmente o meu maior opositor dentro da CPI. Quem acompanhou o caso sabe bem a quem me refiro. A CPI do Banestado investigou o Banco Rural na sua atividade em Foz do Iguaçu, e eu, como relator, apresentei as conclusões -pedi autorização especial e tive o pedido indeferido pelo Banco Central. Todas as demais investigações que a CPI realizou e não pôde concluir foram encaminhadas ao Ministério Público Federal. Não ‘pincei’ nenhuma investigação. Aliás, no caso do Banco Rural, citado em duas situações por mim em meu parecer, o voto em separado do senador Antero Paes de Barros, que pretendia substituir meu relatório, não cita o banco. Para dar um verniz de verdade à reportagem, usou-se como base de sustentação a entrevista da secretária de um publicitário em Minas Gerais que, depois, foi integralmente desmentida pela própria secretária. A respeito dessas primeiras declarações sobre as relações do senhor Marcos Valério com o Partido dos Trabalhadores, tenho a informar que conheci o senhor Marcos Valério por intermédio do PT em virtude de nossas atribuições. Eu como deputado federal e ele como profissional de marketing. Intensificou-se a relação quando fazia, com outros profissionais jornalistas, pesquisadores, analistas, advogados etc., a montagem de estratégia de campanha eleitoral para 2004 para alguns municípios de São Paulo. Nossa relação não era freqüente nem posso considerá-lo como sendo de minhas relações pessoais. Sou amigo de Delúbio Soares há anos, mas nunca viajei com ele em nenhuma oportunidade. Nem Delúbio, nem muito menos Marcos Valério ou José Augusto Dumont, ex-presidente do Banco Rural, tiveram minha companhia em qualquer viagem. Ao que eu saiba, nunca viajei em avião do Banco Rural. Reafirmo que o meu relatório final não poupa ninguém e não protege ninguém. O relatório tem 1.500 páginas (texto e documentos), mas a Folha não me deu a chance de falar a respeito do assunto. Investiguei milhares de pessoas e empresas e não tenho como lembrar do teor de tudo. Foi isso o que declarei, e não aquilo que concluiu a jornalista -que eu teria omitido o Banco Rural do relatório.’ José Mentor, deputado federal PT-SP (São Paulo, SP)
Resposta da jornalista Andréa Michael – Em seu relatório na CPI, o missivista nada conclui, nada acusa nem esclarece a respeito do Banco Rural e de seus dirigentes, daí o termo ‘omitir’. Sobre a proximidade de Mentor com o ex-presidente do banco José Augusto Dumont, a ex-secretária do publicitário Marcos Valério, Fernanda Karina, disse à revista ‘IstoÉ’ que o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, ‘estava sempre com ele e também com o José Mentor’.’