Daniel Castro

‘Emissora pública conhecida pela qualidade de sua programação, a Cultura está gravando um programa que está sendo considerado internamente uma cópia do mexicano ‘Chaves’, curinga do SBT há duas décadas, tido tanto como ‘trash’ quanto ‘cult’.

A Folha apurou que, assim como o ‘Chaves’ original, o programa da Cultura traz adultos interpretando personagens infanto-juvenis e seu protagonista é um garoto pobre que mora numa vila.

O projeto vem sendo chamado provisoriamente de ‘Chico’, em referência a seu autor, o dramaturgo Chico de Assis, que foi colaborador de Walter Negrão em novelas da Tupi nos anos 70 e roteirista do infantil ‘Curumim’ (1981/85). Hugo Possolo (Parlapatões) foi convidado para dirigir.

Analy Alvarez, coordenadora do núcleo de teledramaturgia, nega que ‘Chico’ seja cópia de ‘Chaves’. ‘Não diria que lembra ‘Chaves’. A gente está fazendo testes, usando restos de cenários do ‘Senta que lá Vem Comédia’ [teleteatros]. A proposta é fazer um seriado para crianças em cima de palhaços, discutindo solidariedade, retratando a vida urbana paulista. O Chico trabalha muito essa coisa popular. Ainda é muito embrionário, não sei se será em uma vila ou em uma fazenda’, afirma.

Desde o ano passado, quando Marcos Mendonça assumiu sua direção, a TV Cultura vem flertando com uma programação mais popular e comercial.

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Tambor 1 A Justiça Federal do Rio, em liminar concedida anteontem, proibiu a Globo de exibir cenas de ‘A Lua me Disse’ que exponham a personagem Índia (Bumba) a ‘situações constrangedoras e degradantes’, sob pena de multa de R$ 500 mil. Proibiu também ‘cenas de violência e de insinuações de sexo’.

Tambor 2 A liminar obriga a Globo a exibir mensagem, no final da novela, dizendo que deixou de abordar Bumba ‘em contexto cuja tônica é fazer rir’ porque isso ‘era reforçador de imagens negativas associadas à população indígena’. A Globo vai recorrer.

Astro O Roberto Jefferson interpretado por Márvio Lúcio, o Carioca, é o novo ‘hit’ do ‘Pânico na TV’. Domingo, o programa marcou picos de 11 pontos quando o personagem estava no ar. E seus ‘musicais’ dão mais audiência do que os de artistas populares.

Acima Pelo menos no primeiro dia, funcionou a mudança de horário do ‘SBT Brasil’, agora às 19h45 e ‘ensanduichado’ por dois programas de Silvio Santos. Anteontem, o telejornal deu nove pontos no Ibope. Antes, estava com sete.

Oficial Vivianne Romanelli (‘Dia-Dia’) e Leonor Correa (‘Melhor da Tarde’) e respectivos programas na Band sairão do ar. Dia 26, a primeira cede espaço a Leão Lobo, e a segunda, a Claudete Troiano.’

‘Foi uma confraternização à mineira a primeira reunião da equipe da minissérie sobre o presidente Juscelino Kubitschek, que a Globo começa a gravar em 1º de outubro, para estrear em 3 de janeiro. O diretor Dennis Carvalho e os autores Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira convidaram os historiadores Marieta de Moraes Ferreira (da Fundação Getúlio Vargas) e Ronaldo Costa Couto (biógrafo oficial do presidente) e o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos (autor de um livro sobre a época) para contar como foram aqueles anos e quem foi JK.

Estavam lá José Wilker e Wagner Moura (que viverão JK), Marília Pêra e Débora Falabella (que serão Sarah Kubitschek), Eva Wilma e Louise Cardoso (dona Júlia, mãe de JK), José de Abreu (Carlos Lacerda) e outros. São quase 100 personagens, do nascimento do personagem (1902) até sua morte (1976).

Marieta abordou a política, as negociações e acordos que permitiram a Juscelino realizar sua obra. Costa Couto misturou fatos históricos com anedotas sobre JK e Ferreira falou da cultura e da época. Para Maria Adelaide,que era adolescente quando ele presidia o Brasil (1956- 1960), foi a primeira vez em que a classe média baixa sentiu esperança de dias melhores. ‘Era o meu caso. A gente passou a ter fé no futuro e acreditou que, finalmente ia ter acesso a bens duráveis, como carro, casa, etc.’, contou. ‘Vou colocar os fatos históricos como pano de fundo da ficção, porque a vida de ninguém dá um folhetim, embora a do Juscelino tenha enredo de romance.’

JK provocou discussões. Wagner Moura quis saber por que, se era tão amado, não fez seu sucessor. José de Abreu, que viverá Lacerda, inimigo ferrenho do presidente, defendeu. ‘Ele não quis.’ Marieta confirmou. ‘Ele preferiu ser sucedido por um opositor porque isso facilitava sua volta na eleição seguinte.’ Débora Evelyn, que será Salomé, personagem fictício, quis saber se JK era realmente honesto. Nova discussão finalizada por Costa Couto. ‘O melhor testemunho é do presidente João Figueiredo’, lembrou. ‘Ele contava que a ditadura tentou descobrir falcatruas na vida de Juscelino e nunca conseguiu.’ Pelo jeito, JK vai dar assunto para muita discussão.’

‘Cerca de cem artistas passaram o dia ontem na Rede Globo, em Jacarepaguá (RJ), ouvindo palestras e debatendo a era do presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), tema da próxima minissérie da emissora, escrita por Maria Adelaide Amaral, que estréia em janeiro de 2006.

O que era para ser uma aula, no entanto, virou palco de questionamento, indignação e surpresa em relação às denúncias de corrupção que atingem o atual governo, em comparação com a política dos anos 50.

Quando chegaram ao work- shop, todos receberam um adesivo com os inscritos ‘JK -Procura-se Outro’ e foram incentivados pelo diretor da série, Dennis Carvalho, a colocá-lo em seus carros.

Hugo Carvana, que vivenciou o período, acha que a série é esclarecedora. ‘Tomara que esta minissérie estimule o público a acreditar que somos mais bonitos do que a classe política. Tenho me recusado a falar sobre o assunto porque a minha reclamação pode servir à direita, que está se aproveitando da crise’, disse o ator. ‘Evidentemente, estou profundamente decepcionado com o Lula, apesar de não ser petista.’’

‘As CPIs dos Correios, Mensalão e Bingos foram para os canais de notícia de junho a agosto um fenômeno de audiência parecido com o que ‘Big Brother Brasil’ tem sido para o Multishow no primeiro trimestre de cada ano.

Segundo um levantamento inédito feito pela Globosat com dados do Ibope, os canais Globo News, Band News e TV Senado, as ‘emissoras das CPIs’, tiveram um alcance médio diário de 2,044 milhões de pessoas de junho a agosto. Alcance é o total de telespectadores que sintonizam um canal durante pelo menos um minuto.

A quinta edição de ‘BBB’ teve um alcance diário de 893 mil pessoas. O alcance de ‘BBB’ é ‘espantoso’, segundo os analistas da Globosat, porque se trata de um programa de apenas 20 minutos (transmissões ao vivo após os programas da Globo). Atrai muita gente em pouco tempo.

Mas o desempenho das CPIs é ainda mais ‘espantoso’ porque, apesar de não terem um formato elaborado, conseguiram prender o telespectador, em média, durante 50 minutos por dia, o equivalente a 39% de todo o tempo que ele dedicou à TV paga.

Na Globo News, o depoimento de Roberto Jefferson em 30 de junho foi o campeão de alcance, com 1,160 milhão de telespectadores, que dedicaram em média 1 hora e 30 minutos à transmissão.

Na média mensal, as ‘emissoras das CPIs’ atingiram 8 milhões de pessoas diferentes.

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Fora do ar 1 O SBT tirou do ar o ‘talk show’ ‘Fora do Ar’, que deu seis pontos em agosto. O programa de Hebe Camargo, Adriane Galisteu, Jorge Kajuru e Cacá Rosset já não irá ao ar amanhã (em seu lugar, às 23h30, entra a série ‘Milagres: Entre o Céu e o Inferno’).

Fora do ar 2 Oficialmente, a justificativa para a extinção do programa é o fim do contrato de Kajuru e Rosset (que vencem dia 30). Na última quinta, no entanto, era grande o desconforto na cúpula do SBT por causa dos comentários que Kajuru fizera sobre a prisão de Paulo Maluf, para ele a ‘notícia mais linda’ de sua vida.

Versão Para poder cantar a música ‘Festa’, hit de Ivete Sangalo, no ‘Programa Raul Gil do último sábado, uma caloura teve de trocar o trecho ‘Batuque de candomblé’ por ‘Batuque com muito axé’. A Record diz que a responsabilidade pela mudança na letra é da produtora independente de Raul Gil. Informa que no mesmo programa Roberta Miranda’ cantou música que fala de Oxóssi (orixá) e que não há nenhum problema à palavra candomblé.

Feito Fausto Silva deu mole para Gugu Liberato. Gravada há mais de duas semanas, a segunda parte do ‘Domingão do Faustão’ (18h às 20h30) de anteontem deu média de 20 pontos, contra 23 do ‘Domingo Legal’ _que descobriu um novo fenômeno passageiro de audiência, a banda Calypso.’

‘A 57ª edição do Emmy, o ‘Oscar da televisão’, premiou anteontem, em Los Angeles (EUA), a despedida de ‘Everybody Loves Raymond’, em algumas das principais categorias da cerimônia -melhor série cômica, ator e atriz coadjuvantes.

Já a recente ‘Lost’, que acompanha a vida de sobreviventes de um desastre de avião em uma ilha deserta, foi eleita a melhor série dramática. A produção vai ao ar, no Brasil, pelo canal pago AXN e recebeu também o prêmio de melhor direção em série dramática.

Transmitida no Brasil pelo canal pago Sony, ‘Raymond’, que após nove anos de sucesso teve sua última temporada exibida neste ano nos EUA, desbancou a favorita ‘Desperate Housewives’, que tinha 15 indicações (levou melhor atriz e diretor de comédias). As atrizes Halle Berry e Charlize Theron, que concorriam ao Emmy e também eram favoritas em suas categorias, não levaram nenhum prêmio.

Outro destaque na cerimônia, recebendo o mesmo número de estatuetas (três) de ‘Raymond’, foi o telefilme da HBO ‘A Vida e Morte de Peter Sellers’, que venceu nas categorias melhor ator (Geoffrey Rush), direção e roteiro de minissérie ou filme. Dessa forma, a HBO foi a rede de TV que mais recebeu prêmios no Emmy, vencedora em sete categorias. Em seguida, estão a ABC (seis categorias) e CBS (cinco). O canal Sony exibe a reprise da premiação neste domingo, a partir das 20h, com legendas em português.’