Saturday, 02 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Dilma contradiz Hélio Costa na TV Digital


Leia abaixo os textos de sexta-feira selecionados para a seção Entre Aspas.


************


O Estado de S. Paulo


Sexta-feira, 22 de junho de 2007


GOVERNO LULA
Gerusa Marques


Dilma nega informação de Costa sobre TV digital


‘A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, divulgou ontem uma nota para reafirmar que o governo é contra a utilização de bloqueadores nos televisores digitais, para impedir a gravação de programas de televisão, como filmes, novelas e jogos. A manifestação se deu um dia após o ministro das Comunicações, Hélio Costa, dizer que Dilma e o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, a pedido das emissoras de TV, estão favoráveis a reavaliar o assunto.


Na nota, Dilma confirma que o Comitê de Desenvolvimento da TV Digital, formado por dez ministros, irá avaliar um recurso apresentado pelos radiodifusores em sua próxima reunião, que deverá ocorrer na semana que vem. ‘Assim sendo, não há, até a análise do recurso por parte do Governo Federal, nenhuma alteração da decisão tomada’, disse. Costa anunciou na quarta-feira que o assunto foi retomado no início desta semana em almoço dele e de Dilma com diretores das emissoras de TV.


Em maio, Costa tinha criticado a possibilidade de a TV digital vir com o bloqueador. Disse que nos EUA o assunto tinha sido levado à Justiça, que acabou proibindo a restrição. E que, para coibir a pirataria, o Brasil dispunha de uma lei de direitos autorais. ‘Quem fizer pirataria tem de responder perante a Justiça’, disse Costa no mês passado, antes da reunião do comitê em que foi vetado o bloqueio.


Na quarta-feira, em entrevista coletiva, Costa emitiu uma nova opinião. Disse que o problema havia sido contornado porque o bloqueador vai permitir que alguns programas sejam gravados apenas uma vez, mas sem a possibilidade de reprodução em série. ‘Nós éramos contra porque achávamos que era inconstitucional, mas se tiver uma cláusula que supere isso, tudo bem’, disse. A nova proposta dos radiodifusores, entretanto, mantém a possibilidade de bloquear a reprodução de filmes em alta definição, deixando a cargo da empresa dona do conteúdo a decisão de liberar ou não a gravação.


Segundo o ministro, se não tiver proteção, pode haver dificuldades das emissoras para comprar filmes. O problema, segundo ele, é que, com a tecnologia digital em alta definição, a cópia é idêntica ao original, facilitando a comercialização ilegal.


O ministro informou também que grandes produtores de conteúdo têm subvencionado a produção de aparelhos com bloqueadores, o que permite, por exemplo, que o preço do conversor caia cerca de 30%. Este será um dos argumentos para convencer o comitê a permitir o bloqueio, já que garantir um conversor barato é uma das preocupações do governo. O conversor é um aparelho que recebe a imagem digital e converte o sinal para analógico, permitindo que o telespectador continue usando o televisor atual.’


MERCADO DE MÍDIA
O Estado de S. Paulo


GE e Pearson desistem de oferta pela Dow Jones


‘A General Electric e a Pearson, dona do Financial Times, informaram ontem que desistiram de fazer uma oferta conjunta pelo grupo de mídia Dow Jones, que edita o Wall Street Journal. ‘Após discussões, GE e Pearson decidiram não fazer uma oferta combinada’, informou a GE em comunicado. ‘A Pearson e a NBC Universal (controlada pela GE) continuam a discutir acordos cooperativos entre a CNBC (canal de notícias na TV) e o Financial Times.’


A Dow Jones recebeu proposta de aquisição de US$ 5 bilhões da News Corp., do magnata Rupert Murdoch. O empresário pretende concorrer com a CNBC com um canal próprio de notícias de negócios, pronto para ser lançado no fim deste ano.


Apesar de várias notícias de interessados na Dow Jones – entre elas a do bilionário Ron Burkle – nenhuma outra proposta foi feita até o momento. O mais próximo disso foi a oferta do co-fundador do MySpace, Brad Greenspan, de compra de uma fatia de 25%. REUTERS’


PARAGUAI
O Estado de S. Paulo


Briga de deputados é transmitida pela TV


‘Deputados do oficialista Partido Colorado e do opositor Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) trocaram socos e pontapés ontem, no Paraguai, após se desentenderem sobre um procedimento da votação para a presidência da Câmara . As agressões foram transmitidas ao vivo pelos canais de televisão de Assunção, a capital paraguaia.’


TELEVISÃO
Leila Reis


Globo dramatiza morte e vida do sertanejo Leandro


‘Vai ao ar hoje, pela Globo, mais um especial da série Por Toda Minha Vida, que começou homenageando Elis Regina. Desta vez, o diretor Ricardo Waddington volta-se para o cantor Leandro, que fazia dupla com o irmão Leonardo e morreu em 1998. A seguir, entrevista exclusiva de Waddington ao Estado.


Qual o critério para escolher os personagens homenageados nos docudramas que você dirige?


Por Toda Minha Vida surgiu da intenção de homenagear figuras da MPB dos diversos gêneros, e levar ao público o que eu e minha equipe achamos ser música de qualidade.


Você considera a música de Leandro de qualidade?


Dentro do sertanejo Leandro e Leonardo é uma dupla importante, que levou um gênero regional para o País inteiro, assim como fez o Gonzagão. Quis explorar a qualidade dentro do gênero, não podemos ser preconceituosos, eles venderam 4 milhões de CDs, existem muitos brasileiros que gostam.


O que você quer mostrar em Por Toda Minha Vida?


Personagens importantes no universo da MPB. Tenho uma filha de 20 anos que não sabe quem é Nara Leão, não sabe da riqueza dos personagens que participaram da carreira dela e que influenciaram todos os talentos que vieram. Colocar no ar as histórias riquíssimas que foram a vida desses artistas.


Qual o personagem que você mais queria retratar na série, mas ainda não conseguiu? Por quê?


Cássia Eller, mas estamos negociando com a família. É sempre delicado traçar a biografia de alguém porque envolve filhos, a família, e nem sempre as pessoas estão dispostas a abrir a intimidade. Mas faço esta série com a maior delicadeza. Meu compromisso com a família do homenageado é de ter um olhar respeitoso sobre a vida e a obra dele.


E a polêmica sobre o não aprofundamento sobre as causas da morte de Elis Regina?


Foi uma falsa polêmica gerada pela mídia. João Jardim (diretor do episódio) foi mal interpretado, a falta de experiência dele fez com que ele fosse enredado. Tanto é que não houve problemas, que ele vai dirigir os programas de Clara Nunes e de Nara Leão. Não há censura externa, o que prevalece é o meu bom senso como diretor responsável.


Qual o grande problema que você teve de administrar para juntar informação e teledramaturgia?


O programa é feito de depoimentos, arquivo e dramaturgia. A dramaturgia entra quando os depoimentos e arquivos não são suficientes para ilustrar bem determinada fase da trajetória do artista. E depois nos dá a chance de fazer uma cena, afinal, somos todos filhos de Deus.


Você não acha que falta boa música na TV brasileira?


Falta sim, deve haver um lugar na TV para mostrar não só a música comercial que toca no rádio, a que vende. O público merece ter acesso à música de qualidade.


Por que a TV Globo não investe mais em musicais?


Estratégia de programação. Agora tem o Som Brasil e Por Toda Minha Vida.


Por que os musicais da Globo vão ao ar tão tarde?


Não tenho a menor idéia. Mas sou da opinião que antes tarde do que nunca. Se não há espaço na grade em horário nobre, tudo bem. A Globo é a única com coragem de colocar dinheiro em um programa que vai ao ar em um horário que não tem retorno comercial.


Há espaço para o trabalho autoral na televisão?


Claro, prova é o trabalho do Luiz Fernando Carvalho.


Por que só Luiz Fernando Carvalho faz o que quer na Globo?


Ele faz o que encomendam para ele depois de apresentar um projeto. Eu apresentei o Por Toda Minha Vida. Mas a Globo é a única emissora que abre espaço para experimentação, confia no seu profissional. A Pedra do Reino é parte da série Quadrante, com histórias interpretadas por profissionais de várias regiões. E em horário nobre, o público teve a oportunidade de entrar em contato com o mundo mitológico de Ariano Suassuna. Quem mais faz isso?


O que gostaria de ter feito na TV?


Adoro o veículo e acho que o folhetim de todos os dias é o produto mais sensacional. Adoro fazer novela. Outra narrativa que eu gostaria de experimentar é o cinema. Vou dirigir o filme Malhação, que será produzido pelo meu irmão (Andrucha Waddington), com roteiro de Sérgio Goldenberg e Jorge Moura. Depois vou dirigir Lucinha McCartney, baseado no livro de Rubem Fonseca. Antes, porém, vou dirigir uma novela das 8.’


Shaonny Takaiama


Johnny Saad reassume a Abra


‘Presidente da Bandeirantes, João Carlos Saad reassume a diretoria da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), entidade dissidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Seu foco, a curto e médio prazo, é a implantação da TV digital no País, mas Johnny promete botar lenha nas discussões sobre a produção de conteúdo para empresas nacionais. Vai cobrar do governo mais rigor em relação a empresas com mais de 30% de capital estrangeiro para que elas não produzam conteúdo audiovisua


Entre-linhas


Paraíso Tropical perderá dois personagens em breve. Isidoro (Othon Bastos) morrerá em um desastre de carro e Evaldo(Flávio Bauraqui), o designer de jóias, será vítima de um homicídio sem intenção.


A MTV apresenta hoje, às 19h30, o especial Beija Sapo, que chega à sua 100.ª edição. A idéia é promover cem beijos em um único programa.


O ator Jason Alexander, o eterno George Costanza de Seinfeld, faz participação especial hoje em Everybody Hates Chris. No canal Sony, às 22 horas.’


MEMÓRIA / BUSSUNDA
Shaonny Takaiama


Melhores momentos de Bussunda saem em DVD


‘No domingo, dia 17, fez um ano da morte do casseta Bussunda. Para lembrar a data, a Globo Marcas acaba de lançar uma caixa com dois DVDs do Casseta & Planeta Urgente. No primeiro, O Melhor de 2006, há uma seleção dos melhores quadros do ano passado. Entre os destaques, as sátiras das eleições 2006, da Copa do Mundo, e alguns momentos esparsos da atração.


É bom prestar mais atenção na seleção em que aparecem os convidados especiais, como Glória Pires, impagável em seus ‘Momentos de glória de Glória’; Tony Ramos como diretor da ONG Pêlo Brasil, que auxilia catadores de pêlos em cooperativas que fabricam de tapetes a casacos com os pêlos alheios; Cláudia Raia como adversária da Mulher Silicone (Maria Paula); e a banda Skank satirizando a si própria como Spank, Skrok e Spant.


Vale lembrar que 2006 não foi um ano tão pródigo na carreira dos humoristas e, por isso mesmo, a caixa será mais apreciada por aqueles fãs extremos. É uma overdose de Casseta & Planeta para ser vista em doses homeopáticas.


No segundo DVD, Ó o Cara aí, há uma reunião das melhores apresentações de Bussunda no programa. O jogador Diego Maradona, o presidente Lula, o Marrentinho do Tabajara Futebol Clube e a Helena de olhares lânguidos da novela Laços de Família são algumas das personas tão bem incorporadas por ele. É bastante perceptível que os melhores momentos do programa foram aqueles com a presença de Bussunda.’


************


Folha de S. Paulo


Sexta-feira, 22 de junho de 2007


RENANGATE
Nelson Motta


Novela ao vivo


‘AMSTERDAM – Descobrir se a mesada da amante do senador era paga por um lobista amigo virou apenas um detalhe. Sórdido, é verdade, mas foi só o ponto de partida para uma novela patética e, às vezes, hilariante, que estou acompanhando ao vivo pela TV Senado, em meu laptop sem fio, nas praças e cafés deste mundo tão distante.


De longe, tudo fica mais claro; os personagens, mais definidos; a trama, mais reveladora. É uma produção mambembe, os atores são canastrões, os figurinos são horrorosos, dos cabelos nem se fala. Receio que a sorridente holandesa que toma café ao lado me pergunte o que há de tão interessante e engraçado na minha tela para me manter tão atento e provocar tantas gargalhadas e palavrões. Mas ela pergunta.


Seria difícil explicar que aquelas figuras são a elite política do meu país, e que me revoltam, divertem e envergonham na mesma intensidade nessa novela ao vivo. Mas tentei.


Arregalou os olhos quando lhe mostrei o presidente da Comissão de Ética, o intrépido Sibá, eleito sem um voto, representante dos povos da floresta. Europeu adora essas coisas de floresta.


Vendo o sergipano Almeida, feroz e ameaçador, ela achou logo que era um vilão. Tentei explicar a tropa de choque do presidente acuado, identificando seus combatentes.


É uma tropa chocante, as imagens não mentem, nem seria preciso dar as biografias dos personagens. Ela fica fascinada com a cabeleira do suplente Salgado e mais ainda quando informo que se trata de um educador -é formado em educação física e doutor em educação à distância. Ela ri e me chama de mentiroso.


Como não posso seguir ‘Paraíso Tropical’ daqui, vou me contentando com a novela da TV Senado: apesar da canastrice do elenco, a trama é eletrizante.


É a cara do Brasil.’


Carlos Heitor Cony


Da crônica e do soneto


‘PIOR DO que a falta de assunto é o assunto demais. Fica tudo embolado na cabeça dos cronistas, e todos acabam escrevendo sobre as mesmas coisas, quase que com as mesmas palavras, a mesma exaltação ou, conforme o caso, a mesma indignação. A oferta é abundante e, para o meu gosto pessoal, divertida.


Como perder a oportunidade de falar sobre o Vavá, o irmão do presidente que fazia tráfico de influência pela módica importância de ‘dois pau’ -moeda paralela aos bois que o Renan Calheiros vendeu para pagar o leite da filha de uma gestante.


E tem o relatório do Cafeteira que estudou no banheiro a complexa papelada que o presidente do Senado apresentou à Comissão de Ética. Nem todos os assuntos têm a grossura dos citados, há sutilezas na vida pública que escapam à vã filosofia dos comentaristas políticos, como a operação abafa que neutraliza a Operação Navalha, que agora não sei se substituiu ou foi substituída pela Operação Furacão -são tantas as operações que tudo fica na mesma.


E ainda sobrou o conselho que a ministra do Turismo deu às vítimas do apagão aéreo que passam horas para embarcar -quando conseguem embarcar e não precisam voltar para casa, como aconteceu com o Moacyr Scliar, em Porto Alegre, que viaja muito pelo país, fazendo palestras e dando erudita presença nas sessões da ABL.


Creio que poderia mandar imprimir um cartão de visita com a seguinte identificação: ‘O único que não escreveu sobre o relaxe e goze da Marta Suplicy’.


Embora com atraso, não pude escapar da vala comum e aqui estou eu falando sobre o assunto que todos falaram, não se perde uma oportunidade dessas. Bem verdade que para mim a frase ministerial não faz muito sentido, confundo tensão com tesão de maneira que não preciso relaxar para gozar.


O chato nisso tudo é que os jornais ficam monótonos, a maioria dos textos concentra-se em um ou dois temas -o resto fica dedicado às balas perdidas e às novas descobertas para a cura do câncer.


Lembro um episódio de minha fase escolar, no seminário onde estudei, o mesmo em que estudou o Bentinho do ‘Dom Casmurro’.


Havia um curso de métrica, os alunos aprendiam a diferenciar um decassílabo de um alexandrino, a buscar rimas complicadas, muito usadas pelos parnasianos (‘saudade’ podia rimar com ‘há de’), com muito esforço aprendia-se alguma coisa, mas o problema era o assunto.


A minha turma era grande, 28 não-poetas obrigados a poetar para fazer a média necessária no final do ano. Verdade que nos deram tempo para buscar inspiração, no pressuposto de que todos saberíamos fazer um soneto lapidar como os de Olavo Bilac.


A questão era o que hoje chamamos de ‘conteúdo’. O que botar dentro dos 14 versos fatais?


Não podíamos dedicar versos à amada, recurso para o qual os adolescentes costumam apelar em transe igual. Em tese, éramos proibidos de ter amadas.


Podíamos substituir a amada por Jesus Cristo, mas desconfiamos uns dos outros, todos recorreriam ao mesmo tema, que de saída oferecia uma porção de rimas: salvador, amor, penhor, senhor, protetor.


A fortuna ajuda aos audazes -e todos precisávamos de audácia para cometer um soneto, por mais abominável que fosse. Deu-se que naqueles dias morrera o cardeal Sebastião Leme, em cheiro de santidade como convém aos cardeais. Ele sempre nos visitava, quando o fazia era feriado. Sempre que ia a Roma, na volta trazia-nos uma bênção especial do papa reinante.


Não houve combinação prévia, mas tirante um aluno de Campos que já havia feito um extenso poema ao Cristo Redentor, no dia da prova apareceram 27 sonetos que começavam com as sentidas palavras: ‘Morreu o cardeal!’. É pena que nenhum deles tenha sobrevivido e parado nas antologias.


Agora, quando abro os jornais e leio em diagonal os textos oferecidos, lembro sempre os 27 sonetos dedicados à morte do cardeal. Uns pelos outros, eram todos mais ou menos iguais.


Daí que ofereço graciosamente o tema do assunto único que combina espantosamente com o pensamento único. A austera figura do senador Cafeteira lendo a papelada do Renan Calheiros no banheiro pode não dar bons sonetos, mas dá crônica adequada aos tempos que atravessamos.’


MERCADO DE MÍDIA
Folha de S. Paulo


Mídia: Pearson e GE desistem de compra de ‘WSJ’


‘A General Electric e o grupo Pearson, que publica o ‘Financial Times’, anunciaram ontem que desistiram de fazer oferta conjunta pela Dow Jones, dona, entre outras empresas, do ‘Wall Street Journal’.’


TELEVISÃO
Daniel Castro


Operação da Polícia Federal chega a novela


‘Próxima novela das 22h da Record, ‘Caminhos do Coração’ vai incorporar à teledramaturgia nacional a onda de operações espetaculares protagonizada pela Polícia Federal nos últimos anos. A trama terá um núcleo de agentes da PF. Seu protagonista, Leonardo Vieira, será um deles.


Logo nas primeiras cenas, ‘Caminhos do Coração’, que estréia em agosto, reproduzirá uma megaoperação. Batizada de ‘Operação Cúpula’, terá explosão de carro e apresentará o mocinho usando cabos para descer de helicóptero no topo de um prédio, onde resgatará o livro-caixa de uma quadrilha internacional de tráfico.


‘Escolhi colocar o herói da história como policial federal por causa do noticiário recente. Não foi por acaso. Com certeza, haverá diversas missões durante a novela. Como se trata de obra aberta, as megaoperações poderão ser inspiradas pela realidade’, adianta o autor da trama, Tiago Santiago.


O ponto inicial de ‘Caminhos do Coração’ serão experiências genéticas que resultarão em crianças mutantes, com superpoderes, uma coisa meio ‘Heroes’. Marcelo Montenegro, o policial federal de Leonardo Vieira, será pai de uma delas, Tatiana, de 9 anos, que será telecinética (moverá objetos à distância) e incendiária.


‘Ao investigar porque sua filha é assim, Marcelo começa a desvendar o segredo dos mutantes’, conta Santiago.


METANOVELA Mariana Ximenes pediu para deixar o elenco de ‘Duas Caras’, próxima novela das oito da Globo. Inicialmente, ela não queria interpretar a mocinha. Deram a ela, então, o papel de antagonista. Mas o que ela quer mesmo é ficar longe da TV.


PECADO O site Kibe Loco descobriu que a abertura de ‘Sete Pecados’ é quase uma cópia de uma animação que introduz o site de uma loja da Suécia, por sua vez inspirada em ‘Matrix’. A Globo admite a ‘inspiração’.


SOBE Mesmo com corte de quase 40% na publicidade do governo federal, o departamento comercial da Record, liderado por Walter Zagari, fechará o semestre com um crescimento de 25%, atingindo R$ 585 milhões.


QUASE 1 A Record montou um estúdio de 450 m2 no Centro Internacional de Televisão do Pan, onde trabalharão 300 profissionais. A emissora, que investiu R$ 20 milhões nos jogos, anuncia que seu estúdio é ‘o maior entre todas as redes que vão transmitir o evento’.


QUASE 2 É verdade, mas a Globo, maior concorrente da Record, não montou estúdio no local _usará os seus próprios.


CONVENÇÃO Devidamente fantasiados, fãs do seriado ‘Chaves’ se reúnem neste sábado em uma casa de shows de São Paulo com 1.000 lugares. Será a terceira edição do encontro, em que são exibidos ‘episódios clássicos’. Informações em www.eventochaves3.cjb.net


Débora Bergamasco


Fátima Bernardes volta ao JN após ‘queda de pressão’


‘A queda de pressão que resultou na saída repentina de Fátima Bernardes do ‘Jornal Nacional’ na terça-feira tem ‘importância zero’, diz William Bonner, editor-chefe do jornal e marido de Fátima. Bonner disse que tudo já voltou ao normal. ‘Ontem ela já estava trabalhando normalmente. Hoje, idem. Importância zero.’


Na terça-feira, Fátima Bernardes apresentou apenas o primeiro bloco do ‘Jornal Nacional’. Quando começou a segunda parte do telejornal, a apresentadora, de acordo com a Globo, se sentiu mal e saiu.


A Globo afirma que Fátima foi atendida no ambulatório da emissora. Mediu a pressão, que estava baixa, e foi para casa.


O jornal não foi encerrado por William Bonner, como de costume. Quem se despediu do público foi Heraldo Pereira, que estava ao vivo de Brasília.’


************