Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Elio Gaspari

‘Lula está diante de uma bela decisão de política pública, daquelas que só os presidentes podem tomar. Trata-se de definir a ossatura do programa PC Conectado, que pretende colocar 1 (ou 2) milhões de computadores nas mãos dos brasileiros de baixa renda.

As primeiras máquinas deveriam estar na rua desde dezembro passado. Depois falou-se em março. Felizmente, junho chegou e o governo não tomou uma decisão que, por megalomaníaca, pode virar um mico.

O programa prevê a fabricação e a venda de modelos de mesa por até R$ 1.400 (US$ 580). Seriam fabricados no Brasil. O preço camarada seria resultado de uma convergência do velho e bom dinheiro do BNDES com renúncia fiscal e subsídios da Viúva.

Toda vez que o governo fala em comprar 1 milhão de qualquer coisa, a patuléia deve botar a mão na carteira.

Essa cautela justifica-se porque o Media Lab do Massachusetts Institute of Technology avisa que está desenvolvendo um laptop de US$ 100. Por enquanto, não existe sequer um protótipo dessa máquina. É possível que o primeiro PC esteja montado dentro de um ano. Esse projeto revolucionário é obra de Nicholas Negroponte, um dos maiores teóricos do mundo da computação. Ele sustenta que as populações de baixa renda devem ter laptops, para que as crianças possam ir para a escola com eles. Em dois anos de uso, o computador custará menos que os livros didáticos que substituirá.

A máquina de US$ 100 depende de encomendas maciças para ficar em pé. O Media Lab conseguiu um processador de US$ 10, uma bateria de US$ 5 e acha que barateia o custo do monitor de US$ 150 para US$ 30. Rodará softwares livres. Estima-se que o governo chinês entre no negócio comprando (e fabricando) 3 milhões de computadores.

Soltar um megaprograma de financiamento de PCs que custarão R$ 1.400, quando a máquina de R$ 240 talvez esteja logo adiante pode ser uma leviandade. Travar o PC Conectado à espera do laptop do MIT pode ser uma imprudência. Um modelo de R$ 530, desenvolvido por cientistas indianos, vai mal das pernas.

Quem sabe, seja o caso de baixar a bola do espalhafato publicitário, usando-se o tamanho do mercado (e das encomendas) brasileiras, como uma alavanca para experimentar diversas possibilidades. Afinal, em matéria de informática, toda vez que o governo brasileiro pensou grande, pensou errado, torrou o dinheiro do povo, engordou donos de cartórios industriais e atrasou a vida do país.’



João Ubaldo Ribeiro

‘Que elites, cara pálida?’, copyright O Estado de S. Paulo, 5/06/05

‘Hoje eu não ia falar do governo. Tem gente, acho que a maioria, que não acredita, mas a verdade é que não gosto de ficar falando mal do governo, como, aliás, já disse em outras ocasiões. Não só me lembra meu votinho de otário, dado a um partido que acreditava diferente dos demais, como é chato pegar no pé dos homens o tempo todo, ainda mais em nosso querido Brasil, onde nos acostumamos a que tudo tenha por trás armação ou mutreta. Já me acusaram de envolvimento com não sei quantos esquemas, que nem consigo entender direito, tamanha a complicação. O ouro de Moscou, do qual peguei muito para penhorar na Caixa Econômica lá na Bahia (vinha em saquinhos com cifrões impressos, como nas histórias em quadrinhos, se bem me lembro), infelizmente não mais complementa meu modesto orçamento de agente das forças do Mal e das ideologias exóticas. Os dólares manchados de sangue provenientes de Wall Street tampouco têm pintado. Enfim, é uma situação bastante apertada para nós, os que enganam o povo por dinheiro e poder.

Mas isso não vinha impedindo que eu recebesse cartas anônimas que começavam quase sempre com a frase ‘se você ainda não está inteiramente corrompido’. Vai ver, o autor chegou à conclusão de que já sou caso perdido e desistiu. Ou então, nunca se sabe, foi silenciado pela CIA, pelo Mossad, pela Al Qaeda ou pelo comitê municipal do PSDB de Itaparica, organizações poderosas que – não sou eu quem vai revelar, é claro, até porque não sei, esta vida de agente secreto é muito estranha – com certeza estão por trás do que escrevo, principalmente do que digo nas entrelinhas, pois, apesar de minhas negativas, é patente que continuo a escrever muito nas entrelinhas. Por exemplo, embora eu tenha escrito enfaticamente que não admito a idéia de ‘fora, Lula’, assim como não admitia o ‘fora, FH’, me garantiram no boteco que, nas entrelinhas, eu estava afirmando o oposto. Desmenti, mas não creio ter obtido muito sucesso e fiquei até com medo de ser processado por ‘crime entrelinhal’, delito inexistente, mas nada que uma medidazinha provisória não resolva e que, talvez, muito talvez, talvezíssimo, só de brincadeirinha mesmo, pode ter ocorrido, num momento de descontração, ao ministro Gushiken, autor da inesquecível comparação entre o presidente Lula e o imperador do Japão, que nos ofereceu como justificativa para medidas contra a imprensa.

Agora há diversas novidades, das quais os pouparei, contando apenas duas, as mais interessantes. A primeira é a que me parece mais surpreendente, não só para mim como para os abnegados que acompanham esta coluna. Sabe esse pugilo de bravos(as) que eu até cheguei, de certa forma, a lançar a candidatura do dr. Fernando Henrique à Academia Brasileira de Letras, ressalvando que na minha vaga, ou seja, depois que eu já estiver residindo no São João Batista e, em conseqüência, ficar lamentavelmente impossibilitado de comparecer às sessões, a não ser que venham a ser espíritas. Pois agora não passo de porta-voz do dr. Fernando Henrique, é o que estou lhes dizendo. Ainda não sei quanto estou levando nessa, nem que cargo ele me está reservando, nem mesmo o que ele quer que eu portavozeie. Mas existe a convicção entre alguns missivistas de que eu realmente sou porta-voz dele. Quem te viu, quem te vê, nunca pensei, esta vida é um espanto atrás do outro.

A outra novidade é mais difundida e jeitosinha. Trata-se de como eu, um rapaz (licença poética, licença poética) de boa vontade e bons propósitos, mas muito mal-informado e bobão, estou sendo engabelado pelo complô dos jornalões, de grandes interesses financeiros e de entidades arcanas de que compreendo muito pouco ou nada, para desestabilizar o governo. Estou, em suma, fazendo o jogo alheio sem saber. Destino chato, este meu. Já não bastava a época dos comunistas da minha juventude, em que eu dedicava quase todo meu tempo a ser inocente útil? Lá vou eu novamente, repetindo a sina e botando o pescoço para fora (segundo alguns, até arriscando-o, espero que apenas metaforicamente) para beneficiar inimigos do povo?

É, pode ser, nunca fui muito bom de política mesmo e minha única eleição foi para a Secretaria de Cultura do centro acadêmico da faculdade, isso porque Glauber Rocha, então colega de turma, inventou que tinha de ser eu e me elegeram. Fui professor de ciência política, mas devo continuar a prova viva do que disse Shaw sobre como quem sabe faz e quem não sabe ensina. Com certeza há algum complô mesmo. Muita gente do governo tem se queixado e li no jornal que o dr. Mercadante e o dr. Dirceu reclamaram que as elites estão querendo desestabilizar o governo. Tomei um susto. Não com o que eles disseram, porque quem é presidido pelo orador Luiz Inácio Lula da Silva não tem medo de discurso nenhum, pode vir de lá até americano, que a gente traça. Foi com esse negócio das elites. Então as elites estão querendo desestabilizar esse governo reformista e realizador, presidido por um operário (sic)? A vastidão de minha ignorância espraiou-se imisericordiosa, à minha frente. Eu pensava que elite é um nome que se dá a quem está por cima – e como eu disse, ensinei ciência política e tinha até reputação razoável como professor, há testemunhas. Mas não deve ser, ou eles não diriam. É uma situação horrível. Os banqueiros, elite financeira, não agüentam mais os prejuízos e querem desestabilizar o governo. Os por cima da carne-seca, também elite, não agüentam mais tantas benesses a nossa custa e querem desestabilizar o governo. Quem está no poder, ou seja o governo, certamente elite, pelo menos no meu tempo, quer desestabilizar o governo. Portanto, ao falar mal do governo, estou é servindo de instrumento para ele. Claro que, além de tudo, vou ficar maluco de vez. Como diz o colega Ancelmo, é grave a crise.’



Fred Melo Paiva

‘E a internet salvou sua alma’, copyright O Estado de S. Paulo, 5/06/05

‘Suplicy é um gagá bundão. Político sem opinião? E ainda fica querendo tirar o dele da reta, dando uma de honesto. Seus eleitores lembrarão disso, senador (com s minúsculo).*

‘Logo que começou a coleta de assinaturas para a instalação da CPI dos Correios, o movimento de opinião pública para que assinássemos seu requerimento foi muito forte. Nós, deputados e senadores, pudemos sentir a indignação de todos. Hoje, com a internet, recebemos muitas mensagens. Aquilo mexia comigo.

‘Na sexta-feira retrasada, falei com os meus alunos da Fundação Getulio Vargas que estava vivendo um grande dilema e gostaria de contar a eles. Então relatei quais eram os argumentos do PT para que não assinássemos o requerimento da CPI dos Correios. Expliquei também quais eram os meus argumentos. No final, quem recomendava que eu não assinasse o pedido? Zero.

É uma pena ver o Suplicy se acovardar. É de perder as esperanças. O problema do senador é o enorme peso que ele carrega em sua cabeça.

‘Na terça-feira à noite, enviei uma carta ao presidente Lula, que estava na Coréia. Querido presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Considero que assinar o requerimento de CPI constitui a melhor maneira de ajudar o seu governo e o nosso partido. (…) Sei que minha voz é minoritária na direção do PT,que apoiou por maioria a orientação de que não deveríamos assinar. (…) Percebo que jamais a direção esteve tão distante da vontade popular e de tantas pessoas que nos deram a maior força em toda a nossa trajetória desde 1980. (…) De ontem para hoje, recebi 63 e-mails com mensagens qualificadas recomendando que eu deveria assinar e apenas 4 para não assinar. Enquete na minha home page do Senado até agora indica 75,76% para assinar, 16,16% para não assinar e 8,08% não sabe.

Lamentável!!! Ainda vai escrever para o filósofo do ABC se aconselhando. O melhor que o senador pode fazer por ele mesmo é se trancafiar num monastério.

Esperteza. O senador Suplicy assinou carta ao presidente Lula, mas não teve coragem de assinar o requerimento da CPI. Está ficando de miolo mole.

‘Na mesma noite em que mandei a carta ao Lula, fui à Embaixada da China, onde tinha um jantar. Lá estavam uns 11 ou 12 senadores. Ocorreu ali um diálogo muito animado do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) descrevendo, com bom humor, como funcionavam o PT e as suas tendências. Falava ele das dificuldades do governo, que assumia compromissos com alguns senadores, mas demorava muito em cumprir esses compromissos – tais como designar pessoas, seja para aquela empresa ou para aquele ministério, e assim por diante. O detalhamento da conversa foi de tal ordem que a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) virou-se para o Cristovam Buarque (PT-DF) e disse: ‘E nós não sabemos dessas coisas…’ Esse episódio mexeu comigo.

‘Na manhã do dia seguinte, tivemos a reunião da nossa bancada no Senado. Seis de nós considerávamos que era importante assinar o requerimento da CPI mesmo contrariando a decisão do Diretório Nacional. Mas éramos minoria – 6 contra 7. Nessa reunião, o Aloizio Mercadante avaliou que, dada a nossa convicção, quem sabe pudéssemos então deixar um documento assinado a favor da CPI para que o líder o entregasse poucos instantes antes da meia-noite – mas ele só o faria no caso de já ser impossível impedir a CPI. Ou seja, não sendo bem-sucedida a retirada de assinaturas na Câmara, que pretendia baixar para menos de 171 os nomes dos que apoiavam a sua instalação. No final da reunião, o presidente Lula telefonou da Coréia para o Mercadante. Ele conversou com o presidente por cerca de 15 minutos. Relatou o que tínhamos debatido, ouviu algumas ponderações.

É tudo farinha do mesmo saco!!! Ohhh, picaretagem!!!

‘No meio da tarde, o senador Paulo Paim (PT-RS), muito preocupado com o dilema que estávamos vivendo, ponderou: quem sabe pudéssemos levar adiante aquela proposta do Mercadante? Nós seis queríamos muito assinar a CPI. Seria uma saída honrosa. Então consultamos os outros e resolvemos preparar o documento. Eu mesmo tomei a iniciativa de pedir ao meu gabinete para prepará-lo. Colhi as assinaturas de Paulo Paim, Cristovam Buarque, Serys Slhessarenko, Flávio Arns (PT-PR), Ana Júlia Carepa (PT-PA). Fiquei responsável por entregá-las perto do final da sessão. Quando decidimos por esse caminho, avisamos por telefone o Aloizio Mercadante e o (líder do PT no Senado) Delcídio Amaral. Era por volta de 5 da tarde. O Delcídio chegou a me alertar: ‘Mas será que não ficará mal para vocês assinar um documento só para a hipótese de ficar inevitável a realização da CPI?’ Essa ponderação mexeu comigo – e contribuiu para a decisão que eu iria tomar logo mais.

‘O debate sobre o tema continuou quente a tarde toda, com repercussões muito fortes. No blog do jornalista Ricardo Noblat, a notícia de que iríamos respeitar a decisão do PT vinha acompanhada de 40 comentários. Todos eram altamente destrutivos à minha pessoa. Aquilo me machucou muito.

Quer dizer então que se o partido pedir para o Suplicy pular num buraco ele pula? E a dignidade? E a história, senador? Seu conceito como homem público não merece ser enlameado para defender o Roberto Collor Jefferson e seus picaretas, e nem os caprichos do Zé Waldomiro Dirceu.

O senador me parece bonzinho, sem personalidade, e me parece um bobão. Está faltando a garra de um Matarazzo nas veias.

‘Por volta de 6h30 da tarde, o senador Pedro Simon subiu à tribuna. Relembrou como era forte o PMDB nos tempos de MDB e mesmo de PMDB. Era uma ocasião em que o povo considerava muito o partido de Ulisses Guimarães, de Teotônio Vilela e tantos outros. Mas, aos poucos, o PMDB foi contemporizando e aceitando procedimentos que fizeram com que diminuísse muito sua credibilidade. Com seu discurso, Simon transmitiu a nós, senadores do PT que estavam lá, um conselho de amigo: ‘Não deixem ocorrer com o PT o que aconteceu com o PMDB’. Aquilo me tocou.

‘O senador Pedro Simon era o penúltimo orador. Eu era o último. Quando ele foi falando aquilo, eu fui raciocinando e cheguei à conclusão. Num aparte, disse a ele que iria falar em seguida e tomar uma decisão. Fui até o Paulo Paim e entreguei a ele o documento que estava comigo: ‘Olha, Paulo, fica com você, porque vou tomar a decisão agora de assinar o requerimento’. Ele então se sentou ao lado do Cristovam Buarque. Eu subi à tribuna e falei olhando para eles – como que os instando a tomar igual posição.

Assina!!! Eduardo, eu amo você, viu?

Bravo senador Eduardo, vamos em frente. Assinou!!!!!

‘Quando desci da tribuna, fui até o Paulo Paim e o Cristovam Buarque. Recomendei que fizessem o mesmo. Mas eles avaliaram que, não estando presentes os outros três que assinaram o documento, ficaria difícil. Estavam sentidos comigo. Em seguida, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e o senador Delcídio Amaral me telefonaram. Lamentaram muito a minha decisão. Ficaram aborrecidos.

Ê, Cristovam, roeu a corda, véio! Nunca mais terá meu voto.

Quem nasceu pra Zé Dirceu nunca chega a Suplicy!

‘Na última terça-feira, na reunião da bancada, praticamente todos os senadores expressaram o seu descontentamento comigo. De uma maneira sincera, leal, amiga, respeitosa. Procurei fazer ver a eles que era a atitude mais condizente com o que havia me feito entrar para o PT.

‘Em 1979, o governo tinha persuadido mais da metade do MDB, do qual eu fazia parte, a passar para o seu lado na Assembléia Legislativa de São Paulo. Eu, tendo sabido dos métodos utilizados para tal, resolvi que era importante dizer isso publicamente. Diversos dirigentes do MDB, como Ulisses Guimarães, Franco Montoro e Fernando Henrique Cardoso, pediram que eu não o fizesse, para que não se quebrasse a unidade do partido. Foi então que fiz uma visita à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, cujo presidente era o Lula. Contei a eles sobre os fatos de que eu tinha tomado conhecimento. Disse que o pessoal do MDB estava recomendando que eu não falasse disso na tribuna, e que estava ali para saber o que eles achavam. Eles me responderam: ‘Eduardo, nós o ajudamos a ser deputado estadual exatamente para que contasse as coisas como elas são’. Fui para a Assembléia e falei. Depois eles me convidaram para fundar o PT.

‘A minha decisão em ser membro do PT é uma decisão de vida. Até mesmo se o partido vier dizer para mim que não sou candidato ao Senado em 2006, não vou deixar de ser do PT. Diferentemente de 2002, em 2006 vou apoiar o Lula desde o início. Não serei pré-candidato à Presidência. Para o próximo dia 26, estou convidando a todos para uma plenária de avaliação dos meus atos. Na ocasião, quero que respondam à seguinte pergunta: deve o PT lançar-me candidato ao Senado em 2006?

Agora eu tenho em quem votar. Suplicy presidente!

A deputada Erundina e 12 deputados do PT assinaram o requerimento da CPI na primeira hora. E não tiveram a exposição que teve o senador. Talvez porque não foram teatrais e chorões, igual foi o senador. Eu estaria aplaudindo se Suplicy tivesse assinado na primeira hora.

Realmente o Suplicy é um adorável porra-louca. Não votei nem votaria nele, mas admiro a sua coerência.

O senador acha que a tribuna do Senado é palco de calouros. Melhor espaço é o do Raul Gil. Retorno à minha leitura, que tenho muito mais a ganhar.

*Os trechos em itálico são comentários de internautas do blog do jornalista Ricardo

Noblat e e-mails recebidos pelo senador Eduardo Suplicy’



Lauro Jardim

‘Para maiores 1’, copyright Veja, 8/06/05

‘A fúria controladora do governo chegou ao jornalismo de TV. Está tramitando no Conselho de Comunicação Social do Senado uma proposta de José Elias Romão, do Ministério da Justiça, para a classificação etária dos programas jornalísticos ao vivo – assim como se faz com novelas.

Para maiores 2

Imagina-se que a justificativa seja conter os abjetos programas policiais dos fins de tarde – ainda assim, é um precedente que costuma ser perigoso. Ou será que o governo está preocupado com a possibilidade de que as crianças assistam na TV às estripulias de Roberto Jefferson e quer proibi-las para menores de 18 anos?’