G1 (da AFP), 14/2 Jornalista e cinegrafista da BBC são atacados em protestos no Iêmen Abdullah Ghorab afirma ter sido agredido por homens do partido do governo. Confrontos entre oposicionistas e governistas feriram ao menos 17 no país. Um jornalista da BBC e o cinegrafista foram atacados de forma deliberada no Iêmen nesta segunda-feira por partidários do governo quando documentavam os violentos protestos contra o presidente Ali Abdullah Saleh, informou a rede de televisão. Ao menos 17 pessoas ficaram feridas nos confrontos Abdullah Ghorab, o correspondente da BBC em árabe no Iêmen, foi deixado ferido e com o nariz sangrando no incidente na capital, Sanaa. O cinegrafista Mohammed Omrar foi espancado e teve o telefone celular e relógio tomados, informou a BBC em um comunicado. Abdullah Ghorab é fotografado por telefone celular após tratar de suas feridas nesta segunda-feira (14) em Sanaa (Foto: AFP)Abdullah Ghorab é fotografado por telefone celular após tratar de suas feridas nesta segunda-feira (14) em Sanaa (Foto: AFP) Após realizar o ataque, os homens jogaram Ghorab na direção do carro de Hafez Meiyad, um funcionário iemenita conhecido por ser próximo do presidente, que criticou o repórter por manchar a reputação do país, disse o comunicado. O jornalista contou à France Presse que foi espancado por ‘homens do partido do governo’. O ataque, próximo à Universidade de Sanaa, só chegou ao fim quando a polícia interveio e os homens foram embora, disse a rede de televisão. Ghorab precisou de atendimento médico após o ocorrido. A BBC afirmou que reclamará para as autoridades iemenitas sobre o ‘ataque deliberado’. ‘A BBC condena este ataque contra nossos jornalistas que estão fazendo o melhor em circunstâncias muito difíceis para reportar a situação do Iêmen’, disse Peter Horrocks, diretor da BBC Global News. Portal Imprensa, 15/2 Relatório fala sobre abusos cometidos contra jornalistas na América Latina Hoje (15), em São Paulo, foi divulgado pelo Comitê de Proteção a Jornalistas (CPJ) o relatório Ataques à Imprensa em 2010, sobre os riscos da profissão e ameaças à liberdade de expressão na América Latina. O relatório foi apresentado por Carlos Lauria, jornalista argentino que vive em Nova York. O evento foi organizado conjuntamente pela CPJ e pela Associação de Jornalismo Investigativo (Abraji). Em um dos capítulos expostos há um aprofundamento na censura imposta ao jornal O Estado de S. Paulo, impedido de falar a respeito da operação Boi Barrica. O relatório da AL faz parte de um relatório global que contém mais de 400 páginas e no qual consta as dificuldades enfrentadas por jornalistas em países como México, Argentina, Honduras e Brasil. Lauria diz, para O Estado de S. Paulo, que estes países vivem ‘momentos difíceis’ quando se trata de imprensa. Há também no relatório críticas à OEA e à Unesco, que de acordo com o documento tem atuação fraca no combate aos abusos praticados contra jornalistas na América, como a obstrução da informação devido a interesses políticos. Algumas das informações que o relatório divulga,além da análise de casos específicos, são: 5 jornalistas foram mortos desde Janeiro deste ano 145 estão presos sem informação sobre o desfecho do caso 60% dos mortos desde 1992 apuravam fatos relacionados à política