Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Etienne Jacintho

‘Hoje seria dia de Raul Gil se ele estivesse na Record. Porém, o apresentador foi para a Band e estreará amanhã, das 16 às 21 horas, seu novo programa – na verdade, não há nada de novo. O mesmo banquinho, os calouros e o chapéu. A diferença é que os convidados poderão ser mais ecléticos, já que nem todos os artistas agradavam à Record. Pelo menos foi o que disse Raulzinho, o filho do apresentador, ao Estado. ‘Vou tocar Romaria, que não podia cantar na Record’, diz. Raul Gil, no entanto, não admite esse tipo de restrição. ‘Nunca fui proibido. Eu é que me proibia’, afirma. Outro veto da Record que Raulzinho tentará resgatar na Band é a criação de um selo musical para contratar e promover os calouros do programa.

A mudança de canal foi feita depois de a Record oferecer um contrato em que Raul abriria mão de 50% de seu salário. O apresentador foi sondado também pelo SBT, mas Silvio Santos achou que ele quisesse apenas valorizar seu passe. ‘Não faço isso’, defendeu-se Raul Gil.’



Daniel Castro

‘Band será sócia dos calouros de Raul Gil ‘, copyright Folha de S. Paulo, 5/11/05

‘O contrato entre a Band e Raul Gil prevê uma sociedade entre a emissora e o apresentador. A Band e a Luar, produtora e selo fonográfico de Gil, dividirão os lucros de todos os subprodutos do programa, principalmente os gerados por calouros-revelação, como CDs, DVDs e turnês.

Na Record, todos os ganhos com calouros eram de Raul Gil, o que gerou mal-estar entre a emissora e o apresentador. As relações ficaram estremecidas quando a Record percebeu que Raul Gil estava usando a TV para promover calouros e ganhando muito dinheiro com isso. A maior revelação de Raul Gil foi Robinson, que vendeu mais de 1 milhão de CDs.

Raul Gil assinou contrato com a Band no início de setembro. Terá vínculos com a emissora pelos próximos três anos. Ganhará pouco mais do que recebia na Record (cerca de R$ 600 mil, que inclui despesas com profissionais da produção). Por mês, o ‘Programa Raul Gil’, que ‘estréia’ amanhã, às 16h (até 21h), custará R$ 1 milhão. Mas a atração já entra no ar paga, com 15 ações de merchandising, contratos de um ano e uma receita mensal de R$ 1,3 milhão, que tende a crescer.

O programa na Band será idêntico ao da Record. Hoje, Raul Gil passará boa parte da tarde no ‘Sabadaço’, com calouros infantis (seu novo nicho), para tentar ofuscar estréia de ‘O Melhor do Brasil’ (15h), de Márcio Garcia, que o substitui na Record.

OUTRO CANAL

Fechado O ‘Roda Viva’ com o presidente Lula será gravado na manhã desta segunda, a partir das 10h, em Brasília. O jornalista Heródoto Barbeiro também participará da entrevista.

Tosco De um diretor da Globo sobre os últimos capítulos de ‘América’, repletos de argumentos, soluções e efeitos especiais de quinta categoria: ‘A Globo jogou o padrão Globo no lixo’.

Debate O que o ex-jurado Décio Piccinini, a ex-’Aqui Agora’ Chrystynah Rocha e o ex-’big brother’ Adriano têm a revelar sobre o suposto envio de dólares de Cuba para a campanha do PT? Nada, absolutamente. Mas esses eram os convidados do ‘Boa Noite Brasil’ (Band) de anteontem para discutir o assunto da semana.

Chute A Record, da Igreja Universal, vai ‘cutucar’ a Igreja Católica no jornalístico ‘Domingo Espetacular’ de amanhã. Sua principal reportagem será sobre a Opus Dei, ‘o braço mais radical da igreja [católica], que faz com que seus representantes façam voto de pobreza, entregando todos os seus bens’, na definição da Record.

Lebre Para divulgar maratona de ‘Prison Break’, que exibe hoje (das 18h às 22h), o canal Fox anuncia em texto à imprensa que a série é ‘líder de audiência nos EUA’. O seriado é um sucesso, mas está longe da liderança. Na semana passada, foi o 34º mais visto dos Estados Unidos, com 10,1 milhões de telespectadores.’



SBT
Daniel Castro

‘SBT elege argentina para educar ‘pestinhas’ ‘, copyright Folha de S. Paulo, 6/11/05

‘Depois de mais de quatro meses de busca, o SBT finalmente encontrou sua ‘superbabá’, a apresentadora da versão nacional do ‘reality show’ inglês ‘Supernanny’, que pretende mostrar ‘como reeducar crianças malcriadas que desrespeitam os pais’.

A escolhida por Silvio Santos é a pedagoga Cris Poli, 60, mãe de três filhos já adultos. Poli nasceu e se graduou na Argentina, mas vive no Brasil há 30 anos. Há oito, dá aulas em um colégio particular bilíngüe de Osasco (Grande SP). Ela nunca trabalhou como babá.

O SBT teve dificuldades para achar a ‘superbabá’, porque, além de ser uma expert em educação infantil, ela tinha que ter desenvoltura diante das câmeras. Poli teria tudo isso e alguma semelhança (cabelos e óculos) com Jo Frost, a ‘supernanny’ original.

Poli assinou com o SBT na última terça e começou a gravar na sexta. Toda semana, irá conviver com uma família diferente, ‘observar seus hábitos, detectar os problemas, sugerir mudanças nas rotinas e mostrar os verdadeiros motivos de maus comportamentos de crianças’. O programa só deve estrear no SBT em março.

A pedagoga diz ser contra o castigo. ‘Acredito na disciplina. A criança precisa ter regras que possa cumprir e entender que o não-cumprimento tem uma conseqüência, que é a disciplina, assim como o cumprimento também tem uma conseqüência positiva, que é uma recompensa’, afirma.

OUTRO CANAL

Tela cheia 1 Maior sucesso do cinema nacional desde a ‘retomada’ (a partir de 1994), ‘2 Filhos de Francisco’, sobre Zezé Di Camargo e Luciano, já é da Globo. Como co-produtora do filme, a emissora tem pré-contrato que lhe dá o direito de exibi-lo.

Tela cheia 2 A Globo, inclusive, pode pular ‘janelas’ _intervalos entre a exibição em cinema, em DVD/vídeo, TV paga e TV aberta. Se não houver ‘pulos’, o longa só passará na Globo em 2008. Mas a emissora tende a antecipar a exibição para, no máximo, 2007.

Níquel Dispensada pela Record, que a considerava ‘brega’, a apresentadora-boa-de-merchandising Claudete Troiano está em alta na Band. No ar há menos de dois meses, seu ‘Pra Valer’ entrou em novembro como o segundo maior faturamento da emissora. Só perde para o ‘Jornal da Band’. E bate com folga o ‘Boa Noite Brasil’, de Gilberto Barros, e a novela ‘Floribella’.

Prelo Chama-se ‘Prendam Giovanni Improtta!’ o ‘novo’ romance de Aguinaldo Silva, que será lançado no Rio no próximo dia 29. Na verdade, o livro é uma nova versão de ‘O Homem que Comprou o Rio’, de 1983, que conta a história do bicheiro Giovanni (interpretado em ‘Senhora do Destino’ por José Wilker’) e registra passagens históricas (o golpe de 64, por exemplo) e ‘relações viciosas’ entre contraventores e políticos.’



BELÍSSIMA
Laura Mattos

‘Madame Satã ‘, copyright Folha de S. Paulo, 6/11/05

‘‘Oi, minha filha, vem comigo e a gente vai conversando no caminho.’ Fernanda Montenegro, 76, entra no carro com repórter da Folha, produtor de ‘Belíssima’, motorista e assessora da Globo.

São 9h da última terça, e ela já gravou três cenas num avião em Cumbica, na Grande SP. Acordada desde as 4h, segue às pressas a outro aeroporto, o de Congonhas, onde finalmente embarca para o Rio. ‘Sim, minha filha, a rotina é violenta’ quando se aceita ser vilã de novela das oito da Globo. ‘Gravações de segunda a sábado e às vezes no domingo.’

Será assim até janeiro, quando terminam as cenas com sua personagem, a maldosa empresária Bia Falcão, assassinada após aterrorizar o elenco por aproximadamente um terço da história. Foi o combinado com o autor Sílvio de Abreu: 70 capítulos, ‘sem prorrogação, e ele é um homem de palavra’. ‘A saúde já não agüenta.’

Difícil de acreditar. Após ‘Belíssima’, que estréia amanhã, a atriz tem planos de atuar novamente numa produção de Walter Salles (‘Central do Brasil’) e de participar de um filme nos EUA. ‘Estão me mandando o script para eu avaliar. Já tive convites antes, mas é sempre uma chicana, iraniana, espanhola. Para eles é tudo igual.’

Entre os dois aeroportos, a garoa paulistana cairá e o trânsito se complicará o suficiente para Fernanda falar à Folha sobre ‘Belíssima’, TV, o baixo desempenho de bilheteria de ‘Casa de Areia’ (estrelado por ela e pela filha, Fernanda Torres), as chances de ‘2 Filhos de Francisco’ no Oscar e a derrota do ‘sim’ no referendo, defendido por ela na campanha.

Folha – Paulo Autran declarou recentemente à Folha que nunca mais faria TV. ‘Enjoei’, disse. Já a sra. encara uma protagonista das oito. Pretende deixar a TV um dia?

Fernanda Montenegro – Não sou protagonista. Os protagonistas são Glória Pires e Tony Ramos. Estou na grande coadjuvância. Não penso em deixar a TV, desde que consiga fazer outras coisas e desde que me interesse pelo projeto. ‘Hoje É Dia de Maria’ me interessa profundamente. É um trabalho sério, busca e encontra uma linguagem. Não me arrependo de nenhuma novela que fiz, mas dificilmente faria uma inteira de novo. A saúde já não agüenta. Mas cada um escolhe a vida ou o meio de expressão. Paulo Autran é sinônimo de teatro no Brasil, e respeito que não queira mais TV.

Folha – ‘Belíssima’ critica a ditadura da beleza. Como é isso na TV?

Fernanda – Não é na TV, mas na vida contemporânea. É uma coisa avassaladora, vai pela publicidade alterando o querer do ser humano. A humanidade está se deixando levar pelo comércio da beleza, que no fundo não é beleza, é investimento industrial que até deturpa o sentido real da beleza.

Folha – Sílvio de Abreu diz que a beleza é o poder que faz suas próprias leis. Essas leis interferiram em sua carreira ao longo dos anos?

Fernanda – Tenho a felicidade de nunca ter sido bonita ou ter me achado bonita. Não me sinto destituída, mas não fiz minha vida pelo caminho desse tipo de beleza. Se precisar, posso fingir. Estreei numa peça em que tinha de ser uma bela avassaladora que destruía uma família. Haviam me dado o papel da feia, mas pedi o da bonita. Fiz sucesso. Todos achavam que eu realmente era de uma beleza estonteante [risos].

Folha – Qual é a receita?

Fernanda – Não sei [risos]. Acho que é uma questão de crença interior. Ora sou um monstro, ora uma mulher deslumbrante. Você se coloca e vai em frente.

Folha – Ia justamente perguntar se a sra. se considera bonita, mas…

Fernanda – Hoje me considero bonita. Não de uma beleza catalogada, mas acho que sou um ser bonito, não vou ser cruel comigo. Vivi com outros referenciais em torno de mim, de mulheres deslumbrantes. Mas hoje, me olhando, eu me acho muito bem. Não digo muuuito bonita, imeeeensamente bonita. É preciso que você bote esses ‘achos’ todos na entrevista. Mas dou pro gasto bem.

Folha – Na novela, será dona de uma fábrica de lingerie. É do tipo que investe em calcinha e sutiã?

Fernanda – Não chego a fazer loucuras. Mas tenho as minhas particularidades muito bem defendidas [risos]. Sou libriana, gosto do que é bonito, sensível. Por que a lingerie estaria fora disso?

Folha – Que cidade é mais chique: Rio de Janeiro ou São Paulo?

Fernanda – Cada uma tem a sua temperatura, até atmosférica. Em São Paulo, a gente se veste; no Rio, a gente se despe. Isso se completa.

Folha – Sílvio de Abreu diz que Bia Falcão será uma vilã pérfida. É sua personagem mais ‘sangue ruim’?

Fernanda – Não, interpretei uma peste, a Chica Newman, de ‘Brilhante’ [81], do Gilberto Braga. Não consigo achar minha personagem [de ‘Belíssima’] má. Está havendo uma dicotomia entre o autor e a atriz [risos]. Tem a conversa do Hamlet que diz: ‘Sou cruel porque sou justo’. Na cabeça dela, ela é justa. O estrepe [André/Marcello Antony] que tenta se casar com a neta [Júlia/Glória Pires] é um estróina. Ela tem absoluta convicção de que é um gigolô barato. E acho que é mesmo. O irmão [Argerimo/Pedro Paulo Rangel] não trabalha, toma conta da mansão e vê DVD. O neto [Pedro/Henri Castelli] se mandou para a Grécia, casou-se com uma menininha de rua vagabundinha [Vitória/Cláudia Abreu]. Todos vivem à custa da velha.

Folha – Sua Bia Falcão desbancará Odete Roitman, de Beatriz Segall?

Fernanda – Não, aquela é inalcançável, o protótipo da peste televisiva. Por mais que alguém queira chegar lá, não vai conseguir. Minha vilã não vai por aí. É uma matriarca com uma visão de mundo muito realista. Vai boicotar as pessoas, mas aquelas que estão em volta e não merecem atenção, devem ser destruídas.

Folha – A sra. é advogada dela!

Fernanda – Sou plena advogada de defesa. E tem mais: ela chora a morte da filha o tempo todo. Só por isso, já tem 50% de perdão.

Folha – Como avalia a televisão brasileira de hoje, que exibe ‘Hoje É Dia de Maria’ e João Kléber?

Fernanda – Olha, é a vida [risos]. Você vai do hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, que é um protótipo de atendimento médico, ao INPS, com as pessoas morrendo na fila. Então esse é o Brasil.

Folha – Das tramas em que atuou nos anos 50, de Nelson Rodrigues, a ‘Belíssima’, o que mudou?

Fernanda – A novela industrializou-se, assim como o aço, a Embraer. Há pontos negativos e positivos. Queiramos ou não, é um produto de exportação cultural do Brasil. Umas coisas são maravilhosas, outras, horrendas. Cada um procure o canal que queira.

Folha – Por que ‘Casa de Areia’ teve público tão abaixo do esperado e ‘2 Filhos’ foi um fenômeno?

Fernanda – Ah, minha filha, isso não sei dizer. ‘Casa de Areia’ está fazendo uma carreira internacional esplendorosa e me deu muito prazer, me juntou com a minha filha. O brasileiro resolveu que todo filme tem de fazer 1 milhão, 10 milhões de espectadores. Woody Allen faz 90 mil no Brasil. Poucos são os que chegam a 1 milhão. Quando um brasileiro faz milhões, temos de dar graças a Deus, seja qual for. ‘2 Filhos’ é muito bem feito. Isso não quer dizer que ‘Casa de Areia’ ou qualquer outro que tenha uma linguagem um pouco mais ambiciosa do ponto de vista formal não se justifique.

Folha – Como veterana do Oscar, acredita que ‘2 Filhos’ tenha chances de ser indicado e de vencer?

Fernanda – Não sei. Todo prêmio é um acidente. Depende de tanta coisa, é um jogo violento de poder, e filmes estrangeiros entram como picolé após o almoço. Se vier para ‘2 Filhos’, ótimo.

Folha – Como a sra., que fez campanha pelo ‘sim’ na televisão, avalia a derrota no referendo?

Fernanda – Isso não era pra valer, mas uma distração para o momento atual. Nada vai mudar. O ‘sim’ é mais uma posição humanista. Mas humanismo hoje é palavrão. Espero que não ponham a culpa da derrota nos artistas. Mas tudo bem se quiserem colocar. Fica fácil para todo mundo, né?’



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‘Nova novela é folhetim puro ‘, copyright Folha de S. Paulo, 6/11/05

‘Nada a ver com ‘América’. ‘Belíssima’, de Sílvio de Abreu, é folhetim puro. Tem a vilã de Fernanda Montenegro (Bia Falcão), a mocinha de Glória Pires (Júlia), seu romance com o galã plebeu de Marcello Antony (André) etc.

A história, em São Paulo, gira em torno da fábrica de lingerie Belíssima, construída pela belíssima Stella, que não aparece na novela. Ela e o marido morrem num acidente de avião. Os filhos, Júlia e Pedro (Henri Castelli), são criados pela avó Bia Falcão.

Ela martiriza Júlia por não ter a beleza da mãe. Reprimida, a mocinha apaixona-se por um operário da fábrica, André. A avó fará de tudo para boicotar a relação.

É contra também a união de Pedro e Vitória (Cláudia Abreu), ex-menina de rua. Eles moram na Grécia, onde conhecem Nikos (Tony Ramos). Ele fala português porque sonha encontrar no Brasil seu filho, Cemil (Leonardo Pacheco), já que a ex-mulher, Katina (Irene Ravache), fugiu com outro quando estava grávida (sim, nessa novela há explicação para um estrangeiro falar português). Quem roubou o coração de Katina foi o turco Murat (Lima Duarte), com quem Bia Falcão também teve um affair. E por aí segue a trama com seus núcleos e ligações perigosas. Quer entender? Melhor ver.’



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‘Gays iniciam campanha contra ‘Belíssima’’, copyright Folha de S. Paulo, 7/11/05

‘Em protesto contra o fato de ‘América’ não ter exibido o prometido beijo gay no último capítulo, na sexta-feira, grupos da comunidade homossexual preparam uma campanha via internet de boicote à novela ‘Belíssima’, que estréia hoje na Globo.

A intenção é prejudicar a audiência da emissora, que, de acordo com a autora Glória Perez, foi a responsável pelo corte da cena. Ela havia declarado publicamente que o beijo iria ao ar.

‘Não é nada contra Sílvio de Abreu [autor da trama], mas contra a Globo. Queremos prejudicar a emissora por ter agido com preconceito’, afirma Márcio Caetano, diretor do grupo Arco-Íris, organizador da Parada do Orgulho GLBT do Rio de Janeiro.

O plano dos militantes inclui também uma tentativa de fazer com que os gays deixem de comprar os produtos anunciados nos intervalos da novela e em merchandisings inseridos na trama.

A reação à não-exibição do beijo em ‘América’ deverá incluir também um ‘beijaço’, em Brasília, durante o Encontro Brasileiro de Gays, Lésbicas e Transgêneros, que acontece de amanhã a sexta. É cogitada ainda uma manifestação em frente à sede da Globo, no Rio.

Glória Perez afirmou sábado à Folha que a cena havia sido escrita por ela e gravada e que o corte foi feito pela ‘alta direção’ da Globo. Ela disse que teve de insistir para que pelo menos uma parte da cena (a aproximação entre Júnior/Bruno Gagliasso e Zeca/Erom Cordeiro) fosse ao ar.

Glória também colocou uma mensagem em sua página do site de relacionamentos Orkut desmentindo a emissora e se dizendo ‘frustrada’ com a decisão da casa.

Luís Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação, nega o corte. ‘Não houve cena cortada. No capítulo que foi entregue, não tinha essa gravação’, disse o diretor anteontem.

No último capítulo, a reconciliação entre Islene (Paula Burlamaqui) e Feitosa (Aílton Graça) teve beijo ‘caliente’, que mostrou a língua. E o cantor Daniel, em participação especial, terminou no quarto com três ‘breteiras’.’



Daniel Castro

‘Globo vai vender São Paulo em ‘Belíssima’’, copyright Folha de S. Paulo, 7/11/05

‘A Globo vai transformar São Paulo em uma grande vitrine. A cidade é o maior atrativo de merchandising do plano comercial de ‘Belíssima’, que estréia hoje.

‘São Paulo é o principal cenário de ‘Belíssima’. Como grande metrópole, a cidade abriga pessoas de várias etnias, faixas etárias e classes sociais. A história de Sílvio de Abreu reproduz essa característica da maior cidade brasileira em seus personagens e na sua cenografia, o que abre incontáveis oportunidades para ações de merchandising, com produtos dos mais variados setores’, anuncia o plano, enviado a agências de publicidade na última quinta.

O plano de merchandising não é muito detalhado _até porque é possível vender de tudo em São Paulo. Divide os personagens em ricos, de classe média e jovens, que podem fazer merchandising, respectivamente, de produtos sofisticados, comuns e das ‘últimas novidades e tendências’.

A novela, que trará uma crítica à ‘ditadura da beleza’, poderá ser um grande outdoor de produtos de vestuário, estética e fitness, em cenários como uma academia de ginástica e uma agência de modelos. Produtos automotivos terão espaço na borracharia de Pascoal (Reynaldo Gianecchini).

O merchandising é hoje fundamental para as novelas das oito da Globo. Uma produção bem-sucedida pode ser totalmente paga só com merchandising, faturando mais de R$ 40 milhões.

OUTRO CANAL

Urgente A Record decidiu transformar o ‘SP Record’, que iria ao ar somente aos sábados (desde o último), em telejornal diário. Ocupará a faixa das 18h40 às 19h15, no lugar do ‘Tudo a Ver’ local. Terá helicóptero e repórteres ao vivo em vários pontos de São Paulo.

Abertura Diretor de elenco do SBT, Fernando Rancoletta irá fazer, pela primeira vez, testes com atores com mais de 50 anos para montar o time de ‘Cristal’, próxima novela da emissora. Convidará atores que atuam no teatro, mas que são inéditos na TV. Diz que nunca fez testes com veteranos porque temia deixá-los constrangidos.

Picareta Cecil Thiré aparecerá no especial de final de ano da Globo ‘Correndo Atrás’, dirigido por José Lavigne (mesmo diretor do ‘Casseta & Planeta’). Será Varejão, um suspeito dono de uma rede de lojas de R$ 1,99, pai de Deise, interpretada por Danielle Winits.

Recuo Pressionado pelo Ministério Público Federal, que entrou com ação pedindo a cassação da Rede TV! por suposto desrespeito aos direitos humanos, João Kléber avisa que eliminou do ‘Tarde Quente’ todas as pegadinhas que humilham homossexuais.

Infidelidade Letícia Birkheuer, modelo que foi à festa de ‘Belíssima’ em um Audi, promovendo o veículo, traiu a Volvo _que lhe empresta um carro para se locomover em São Paulo.’