REINO UNIDO
‘O tradicional jornal britânico ‘London Evening Standard’, criado há mais de 180 anos, será distribuído gratuitamente na capital britânica. O veículo vespertino deixará de cobrar os 50 centavos de libra pelo produto a partir do dia 12 de outubro, e sua tiragem passará de 250 mil para 600 mil exemplares.
A mudança foi anunciada ontem pelo multimilionário russo Alexander Lebedev, que se tornou sócio majoritário do título em janeiro. Em comunicado no site da publicação, Lebedev disse acreditar que outros jornais seguirão o exemplo em breve.
A Associated Newspapers, que é sócia minoritária do ‘Evening Standard’, domina o mercado britânico dos jornais gratuitos com a publicação do londrino ‘London Lite’ e do nacional ‘Metro’, o maior jornal de graça do mundo com 1,3 milhão de cópias distribuídas por todo o Reino Unido.
De acordo com o ‘Financial Times’, a especulação inicial é a de que não há mercado para dois grandes jornais gratuitos na capital britânica e que a Associated Newspapers deverá fechar o ‘London Lite’, que tira grande parte do seu conteúdo editorial da Redação do ‘Evening Standard’.
Diretores da empresa disseram ao jornal britânico ‘The Guardian’ que ainda é cedo para determinar as recentes mudanças no mercado dos jornais gratuitos de Londres e que vão continuar avaliando a situação do ‘London Lite’.
O ‘Evening Standard’ entra no mercado dos jornais gratuitos um mês depois do ‘London Paper’, criado em 2006, fechar.’
ESCÂNDALO
Apresentador dos EUA revela ‘affairs’ no ar
‘Surpreendendo seu público, o popular apresentador da TV americana David Letterman usou seu programa ‘Late Show’ da última quinta-feira para confessar que teve casos extraconjugais com algumas de suas funcionárias.
Entre piadas e desculpas, Letterman fez o relato após se ver vítima de extorsão nas últimas três semanas -segundo ele, um chantagista exigiu o pagamento de US$ 2 milhões para não revelar os casos.
Em um bloco de quase dez minutos, o apresentador contou ao público que no mesmo dia havia admitido em testemunho em um tribunal os relacionamentos. ‘Minha resposta a isso é sim, eu tive. Seria embaraçoso se os casos se tornarem públicos? Talvez -especialmente para as mulheres envolvidas’, afirmou.
Letterman se casou em março com Regina Lasko, sua namorada há mais de 20 anos e com quem tem um filho que nasceu em 2003. O casamento foi anunciado no próprio programa. ‘Evitei muito bem o casamento por cerca de 23 anos. Secretamente sentia que os homens casados me admiravam’, disse. Quando confessou os ‘affairs’, ele afirmou que precisava proteger sua família.
‘Coisas terríveis’
O caso de extorsão começou com um pacote entregue a Letterman na manhã do último dia 9. Dentro dele havia uma carta que dizia: ‘eu sei que você faz coisas terríveis, terríveis, e eu posso provar’. A carta afirmava que o mundo ao redor de Letterman entraria em colapso, que ele teria sua reputação arruinada e que sofreria danos profissionais e familiares.
Em vez de ceder à chantagem, porém, Letterman procurou seu advogado, que armou um encontro entre as partes. O apresentador então entrou em contato com a Promotoria de Manhattan e apresentou provas da tentativa de extorsão. O chantagista recebeu um cheque falso de US$ 2 milhões.
O acusado de tentar extorquir Letterman é Robert Joel Halderman, um produtor da CBS, a mesma rede que exibe o ‘Late Show’. Halderman foi preso na tarde de quinta-feira fora do estúdio da rede de TV.
Ele produz o programa ‘48 Hours Mystery’, que investiga mistérios da vida real. O produtor já recebeu várias vezes o Emmy, o maior prêmio da TV americana.
Segundo o ‘New York Times’, Halderman enfrentava problemas na vida pessoal, incluindo um divórcio com pagamento de pensão no valor de US$ 6.800 mensais.
O produtor já morou com Stephanie Birkett, uma das mulheres que integravam a equipe do programa com quem Letterman teria se envolvido. Ela trabalhou como assistente no programa.
A rede de TV CBS divulgou nota sobre o caso, dizendo que ‘o funcionário foi suspenso até o resultado das investigações’. A rede afirma ainda que Letterman tratou do assunto durante a apresentação de seu programa e os comentários dele ‘falam por si mesmos’.
O promotor do distrito de Manhattan, Robert Morgenthau, disse que Nova York não vai tolerar coerção ou extorsão, seja a vítima rica ou pobre, famosa ou anônima. O produtor foi acusado formalmente na tarde de ontem, alegou ser inocente e a fiança foi definida pela Justiça em US$ 200 mil.
O escândalo foi revelado em um momento que o programa de Letterman tem registrado picos de audiência. Na última semana o programa alcançou 5,04 milhões de espectadores, quase 30% a mais do que na mesma semana do ano passado. O resultado deu a ele a maior margem em relação ao programa rival ‘Tonight Show’, da NBC, em mais de 15 anos. Os convidados dos últimos dias incluem o presidente dos EUA, Barack Obama, o ex-presidente Bill Clinton e a cantora Madonna.’
POLÊMICA
Livro nos EUA revive crise das charges de Maomé
‘O livro de uma dinamarquesa radicada nos EUA está revivendo a polêmica das charges que retratavam o profeta Maomé, publicadas há quatro anos no jornal dinamarquês ‘Jyllands-Posten’ e estopim de protestos e debates sobre liberdade de expressão por todo o mundo.
‘The Cartoons that Shook the World’ será lançado neste mês, mas sem as 12 polêmicas charges veiculadas na imprensa dinamarquesa. A editora do livro, Yale University Press, decidiu não reimprimir os desenhos com medo de incitar mais violência. ‘Entre [publicar os cartuns] e ter sangue nas mãos, não tive dúvidas’, disse ao ‘New York Times’ o diretor da Yale Press, John Donatich.
À Folha Jytte Klausen, autora do livro, se disse ‘muito insatisfeita’ com a decisão. ‘Não sou ativista, e o propósito dos desenhos era mostrar como muçulmanos e não muçulmanos os interpretaram’, afirmou, argumentando que não queria mostrar os cartuns por si só, mas a página do jornal em que foram publicados.
Donatich alegou razões de segurança, e não censura, após consultar diplomatas e especialistas em islã e terrorismo.
Cinco meses após sua publicação, em 30 de setembro de 2005, as gravuras desencadearam protestos no mundo muçulmano, boicotes a produtos dinamarqueses e até queixas sobre a escolha do ex-premiê Anders Fogh Rasmussen à chefia da Otan, a aliança militar ocidental. Kurt Westergaard, autor de uma das charges -que mostrava Maomé com um turbante em forma de bomba-, foi ameaçado de morte.
Jytte Klausen, professora de política na Universidade Brandeis (EUA), avalia em seu livro que a reação às charges foi mais um conflito político do que um desentendimento cultural, orquestrado para influenciar eleições tanto na Dinamarca como no mundo muçulmano. Para ela, extremistas usaram os desenhos para desestabilizar governos -caso do Taleban, que, com as imagens, reforçou seu argumento de que o Ocidente desrespeita o islã.
As charges serviram ‘para mobilizar [pessoas] em meio a tensões prévias entre Ocidente e islã’, disse ela. ‘A maioria das pessoas nem sequer chegou a ver os desenhos, só a cobertura da mídia e as reações extremistas. Mais um motivo pelo qual eu queria mostrar as gravuras.’
O chargista Kurt Westergaard também discorda da decisão da Yale. ‘Eles deveriam publicá-las. É um erro no longo prazo. Mas entendo seu medo’, disse à Folha. Westergaard afirma que se conformou em passar o resto da vida sob escolta policial para se proteger de extremistas. ‘Nosso Estado deu tudo aos imigrantes. O que exigimos em troca é que aceitem nossa tradição democrática e de liberdade de expressão.’’
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Cartunista diz que faria tudo outra vez
‘Kurt Westergaard, 74, autor das polêmicas charges sobre o islã, diz que retornou ao trabalho e à rotina, mas sob extensa vigilância. Ele falou à Folha por telefone, da Dinamarca.
FOLHA – Quatro anos após a publicação das charges, a sua vida voltou ao normal?
KURT WESTERGAARD – Minha casa virou uma fortaleza, constantemente sob vigilância policial, vou escoltado ao trabalho. Mas você se acostuma. São ao mesmo tempo símbolos do medo e da segurança. Tenho que conviver com isso. Houve ameaças, mas não as considero tão perigosas. Quem realmente quiser me fazer algo não vai ameaçar antes.
FOLHA – Se pudesse voltar no tempo, faria as charges?
WESTERGAARD – Sim. É a vantagem de já ser um homem velho (risos).
FOLHA – O sr. proibiu um político dinamarquês de direita de usar suas charges num documentário crítico ao islã.
WESTERGAARD – Vez ou outra abusam dos meus desenhos pelo mundo afora. Muito está fora do meu controle. Houve oportunismo, até mesmo de forças no Oriente Médio interessadas em manter esse debate aceso.
FOLHA – Como reagiram os muçulmanos em sua cidade?
WESTERGAARD – Com alguns, houve discussões que muitas vezes terminavam com eles me mandando ao inferno. Mas já tive surpresas. Um episódio interessante ocorreu há algumas semanas, quando fui abordado por um muçulmano grande e forte. Pensei no pior. Mas tudo o que ele me pediu foi para tirar uma foto comigo. Então posamos lado a lado para tirar a foto.’
LIVRO
O papel contra-ataca
‘Editoras e gráficas brasileiras apostam na edição e impressão de livros sob encomenda; nova tecnologia permitiu melhorar o acabamento e diminuir custos, o que pode tirar do limbo milhares de títulos atualmente esgotados
Enquanto todos aguardam a ‘revolução do digital’, que pode esvaziar as prateleiras e mudar o conceito de leitura, uma outra transformação está em curso no mundo editorial, e no sentido inverso. É a aposta na impressão sob encomenda (‘on demand’), que está mobilizando editoras e gráficas e pode tirar do limbo milhares de títulos fora de catálogo.
O grupo Ediouro, um dos maiores do país, é um dos principais apostadores. Lançou a editora Sinergia para resgatar títulos esgotados do próprio grupo e de outras editoras também. Em dois meses de atividade, incluiu 110 títulos e vendeu 1.000 exemplares.
‘Para todos os livros tem um comprador’, diz Alberto Schprejer, editor da Sinergia. ‘Isso tem a ver com a teoria da ‘cauda longa’ [do livro homônimo de Chris Anderson]. Segundo essa estratégia de negócios, a meta é vender poucas unidades de muitos e variados itens.
Antiga parceira da Ediouro, a gráfica paulista Bandeirantes, uma das pioneiras na área, também está apostando de forma pesada no segmento.
‘Foram quase 15 anos para fazer a maturação’, diz Enrique Reyna, gerente de contas da empresa, que atende editoras como Ática, Scipione, Global, Annablume, Elsevier e Pearson. Ele diz que a chave para a transformação foi a evolução da qualidade gráfica -atualmente igual à da impressão tradicional- e a queda dos custos. ‘Nos Estados Unidos e na Europa a tendência é que as tiragens caiam. Algumas editoras e gráficas já têm o foco apenas na impressão digital.’
A Bandeirantes lança na segunda um serviço batizado de BandBook, em que o usuário poderá comprar os títulos diretamente do portal da empresa. O títulos ainda se limitam àqueles já negociados com as editoras conveniadas, mas a gráfica pretende fechar acordo com um grande número de editoras. Pretende absorver a gestão do livro desde a comercialização e impressão até a entrega ao leitor.
Uma das editoras que mais promete se beneficiar da tecnologia é a universitária Unesp. Ela foi uma das pioneiras. Em 1995 chegou a ter impressora própria, mas desistiu oito anos depois. Voltou ao sistema há três anos.
‘Pelos avanços técnicos o cenário mudou’, diz Jézio Hernane Bomfim Gutierre, diretor-executivo da editora. ‘Estamos notando há algum tempo. Com catálogo grande, com mais de 1.000 títulos, você tem uma faixa de 20% a 30% de livros que ficam esgotados. Não temos recursos para reimprimir. Esse sistema é uma maneira de viabilizar e manter todo o catálogo vivo.’ Segundo ele, em menos de um ano ‘todo o catálogo de 1.200 títulos será vivo’.
Outra editora pioneira no setor foi a gaúcha L&PM, que introduziu a impressão sob demanda em 1996 e a manteve por três anos. ‘Nós trabalhamos muito nisso, introduzimos ganhos tecnológicos’, diz o editor Ivan Pinheiro Machado.
A L&PM é a editora mais bem-sucedida no segmento de livro de bolso do país. Machado diz que a impressão de baixas tiragens permitiu a diversificação e a experimentação, importantes para o desenvolvimento do segmento. ‘Se não fosse essa máquina não teríamos feito a nossa coleção de bolso’, diz. Mas ele se mostra cético. Segundo ele, a impressão sob encomenda ‘é uma utopia. Não dá para revogar a lei da economia de escala’.
É a mesma opinião de Sérgio Machado, presidente da Record, a maior editora do país, que acaba de anunciar investimentos de R$ 10 milhões. O objetivo é dobrar a capacidade de impressão, para 10 milhões de exemplares por ano.
Para isso, a editora apostou tanto nas altas tiragens como na impressão digital -a mesma que permite edições unitárias. ‘Para pequenas tiragens o digital é a melhor solução’, diz. Mas, em baixas tiragens, a Record pretende investir em títulos com 600 ou 800 exemplares, e não partir para a edição sob encomenda. Para Machado, essa impressão vai beneficiar sobretudo as editoras universitárias e jurídicas e os títulos sob domínio público. ‘A questão é de modelo de negócio’, diz.
Para ele, o que impede o Brasil de avançar na impressão sob demanda é uma questão legal. ‘Desde a Lei de Direitos Autorais [nº 9.610/98], os autores passaram a migrar para contrato por tempo determinado, o que não ocorre nos EUA. No nosso modelo trabalhamos cinco anos, daí precisamos recomprar o livro.’
Se no Brasil a impressão sob encomenda ainda está se esboçando, nos EUA está em franca expansão. Segundo a revista ‘Publishers Weekely’, o número de títulos lançados pelo sistema nos EUA superou em 2008 pela primeira vez a cifra de títulos da impressão tradicional.’
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Editor faz livro artesanal com tecnologia digital
‘O editor Vanderley Mendonça, criador do selo Demônio Negro, ilustra bem as possibilidades do novo modelo de impressão digital. ‘A gente chama de ‘on demand’, é uma mescla entre artesanal e os sistemas de impressão modernos’, diz.
Ele acaba de lançar uma edição de ‘O Guesa’, de Sousândrade (1833-1902), em parceria com a editora Annablume. Os caracteres e a diagramação das páginas são semelhantes à composição tipográfica utilizada no século 19. Mendonça acrescenta uma capa dura com tecido alemão impresso em prensa de tipos móveis.
‘Somos da área de tecnologia gráfica, usamos recursos que permitem que nosso tipo de publicação não fique igual a dos outros. O miolo é todo digital, o que permite usar uma gama de papel muito grande. Usamos essas possibilidades e damos um acabamento mais artístico e menos convencional.’
Além disso, existe a questão econômica. ‘Poesia não tem como fazer 10 mil, 5.000, 3.000 exemplares. A impressão ‘on demand’ veio para isso’, diz.
‘As tecnologias novas barateiam, mas ainda não têm o nível de qualidade dos sistemas antigos’, diz. ‘A impressão digital não é melhor que a off set. As tintas não resistem a certas intempéries. Mas as [impressoras] mais modernas encadernam e costuram. Já uma impressão tipográfica antiga dura 500 anos, mais do que o off set.’
Para Mendonça, a impressão sob encomenda também permite a economia de papel, já que os estoques diminuem. ‘No Canadá e na Alemanha, economizar papel é uma política social. A questão ecológica é muito importante. E os alemães, como criadores das artes gráficas modernas, usam um acabamento mais sofisticado’. ‘No Canadá não existe mais o sistema convencional’, afirma.
O selo Demônio Negro ainda pretende lançar ‘ReDuchamp’, de Augusto de Campos, ‘99 Poemas’, do catalão Joan Brossa, e ‘Pedra de Sol’, de Octavio Paz.’
TELEVISÃO
‘Aline’ tenta parecer moderna, mas se perde em meio a clichês
‘Será que a rede de TV mais tradicional do país, a poderosa TV Globo, consegue ser moderna? Bem, o seriado ‘Aline’, que estreou na última quinta-feira, mostra duas coisas:
1) Eles estão tentando.
2) Eles ainda não conseguiram. Na tentativa de alcançar a modernidade perdida, a rede pegou alguns ingredientes óbvios: uma personagem bacana, a Aline, do Adão Iturrusgarai, quadrinista da Folha, um cenário ‘descolado’, misturou isso com animação, uma trilha sonora ‘do rock’ e um figurino ‘de brechó’. Se ficou moderno?
Por enquanto, não. Aline, a das histórias em quadrinho, tem dois namorados, Pedro e Otto, e é principalmente isso que faz da moça uma libertária (ou uma ‘moderna’). Na TV, o caso de amor a três é apenas sugerido de leve.
Eles moram juntos e, no meio dos diálogos, o fato de Pedro e Otto serem os dois namorados da protagonista é falado apenas por alto.
Na hora em que eles podiam dormir juntos na cama (e o caso ficar explícito), isso é escamoteado, já que a personagem passou um creme no rosto e, por isso, os meninos preferem nem chegar perto dela.
O que apareceu mesmo no primeiro capítulo do seriado foi uma trama (sem graça) envolvendo três jovens de 20 e poucos anos, de São Paulo, que moram em um prédio legal (o famoso Copan), têm internet sem fio, gostam de rock e não trabalham direito nem estudam.
Até que uma hora a grana acaba e eles precisam se virar para continuar bancando seus luxos de classe média.
Clichês ‘moderninhos’
Claro, Aline tem um emprego em uma loja de discos e um psicanalista. Aí, sobram clichês. ‘Toda’ garota moderna trabalha em loja de discos. E o psicanalista, bem, ele é um tarado que não ouve o que Aline fala em uma das sessões porque ela não pagou a consulta.
Porque, como se sabe, ‘todo’ psicanalista é ‘mão de vaca’. Aline é simpática até. Mas quem conhece a personagem das tirinhas percebe que, por enquanto, na TV, ela perde boa parte da personalidade.
Tudo bem, ela se joga em um chafariz porque gosta de fazer uma coisa ‘bem louca’ quando está deprimida e é fofa. Mas a graça do seriado (que teoricamente é de humor) ainda não existe. Se ela vai aparecer nos próximos episódios, ainda vamos ter que esperar. O mesmo vale para a ‘modernidade’. Não basta apenas colocar trilha sonora do CSS (o Cansei de Ser Sexy, a banda brasileira que faz sucesso na cena indie daqui e de fora) para fazer com que alguma coisa seja moderna.
Roteiro cafona
Engraçado é que Aline é exibido após a série ‘A Grande Família’, onde a trama é ‘careta’: uma família de classe média de subúrbio tentando levar a vida. Mas a personagem Nenê (Marieta Severo), a mãe de classe média de subúrbio, e a manicure Matilde (Andréa Beltrão), uma mulher solteira que tem vários casos, até com o filho da amiga Nenê, são muito mais engraçadas, inteligentes e, porque não dizer, modernas do que o programa que mostra os paulistanos de 20 e poucos anos de elite.
E nisso, sem querer, Aline acaba acertando. Ser moderno não tem nada a ver com idade. Nem com trilha sonora.
ALINE
Quando: às quintas, depois de ‘A Grande Família’
Onde: na TV Globo
Classificação: não informada
Avaliação: regular’
Shakira vai participar de ‘Ugly Betty’
‘O site da revista ‘People’ informou nesta semana que a cantora colombiana Shakira fará uma participação especial na série ‘Ugly Betty’ -versão americana para o sucesso ‘Betty, a Feia’.
De acordo com o criador do programa, Silvio Horta, a cantora auxiliará a equipe da revista ‘Mode’ -onde grande parte dos personagens da série transita- a voltar ao trabalho durante ensaio fotográfico nas Bahamas.
Horta disse ainda que por diversas vezes havia pensado em convidar Shakira para atuar na série, já que ela é um grande ícone da comunidade latina -que Betty também representa. O episódio será gravado em Nova York e deve ir ao ar em novembro nos Estados Unidos.’
Ator da série protagonizará nova comédia
‘O ator Matt LeBlanc, mais conhecido por seu personagem Joey Tribbiani, da série ‘Friends’, vai voltar à TV em uma nova comédia no ano que vem.
O canal americano Showtime confirmou que o ator participará da série ‘Episodes’, sobre um casal de produtores que adaptam uma comédia de sucesso da TV britânica para uma versão mais boba, voltada ao público dos Estados Unidos. Depois de continuar interpretando o personagem cômico Joey Tribbiani na série ‘Joey’, que não obteve sucesso, LeBlanc agora será ele mesmo no seriado.
No domingo passado, o jornal ‘Daily Mail’ anunciou que todo o elenco de ‘Friends’ teria aceitado participar de um filme, o que não foi confirmado.’
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