CHARGES NO BRASIL
Glauco ilustra crise do PT em ‘Política Zero’
‘De seu início como chargista político -nesta Folha, em 1979- até hoje, o
paranaense Glauco Vilas Boas viu seis presidentes comandarem o país. Do general
João Baptista Figueiredo a Luiz Inácio Lula da Silva, todos viraram personagens
de charges do criador do ‘Geraldão’.
Mas Lula é o primeiro a merecer um livro próprio. ‘Política Zero’, que a
Devir Livraria está lançando em parceria com a Jacaranda, reúne 64 charges
políticas sobre o atual governo publicadas na página 2 da Folha. A ênfase,
inevitavelmente, está na crise do ‘mensalão’ e em seus efeitos.
‘O discurso ético do PT criou uma expectativa quanto à presidência do Lula,
mas isso acabou nesse escândalo’, diz Glauco, acrescentando que, expectativas à
parte, faz pouca diferença que governante está no poder. ‘Nessa área que
cobrimos não importa quem sobe ao poder, a charge vai ser sempre de
oposição.’
E se o escândalo o decepciona como cidadão, é quase um presente para o
chargista político. ‘Toda crise gera um material farto para o cartunista, todo
mundo acompanha, a população fica ligada no assunto. Quando tudo corre normal é
que falta pauta’, explica.
A atenção que os leitores dão ao noticiário é fundamental para o sucesso da
charge. Com a idéia resumida em um ou dois quadros, muitas vezes sem qualquer
texto, o significado e a ironia do desenho só podem ser apreendidos quando o
assunto abordado é familiar para o leitor. Isso explica não só as legendas que
acompanham cada charge do livro, mas também o fato de ele se resumir ao governo
Lula.
‘É difícil editar um livro de política porque o pessoal se perde, os temas
ficam frios. Por isso resolvi fazer um apanhado dessa crise, porque foi algo de
que toda a população participou. Além disso, eu gosto da fase do meu trabalho no
governo Lula, eu faço com carinho’, diz o autor.
Glauco encerra o raciocínio sobre suas motivações com uma leve provocação. ‘O
Angeli [cartunista da Folha] e o Chico [Caruso, cartunista de ‘O Globo’] fizeram
coletâneas com charges do FHC, e eu achei que ninguém estava com coragem de
fazer a do Lula, então eu resolvi encarar.’
Política Zero
Autor: Glauco Editoras: Devir/Jacaranda Quanto: R$ 18,50 (64
págs.)’
TELEVISÃO
SBT compra direito de quadro do ‘Faustão’
‘Maior audiência do ‘Domingão do Faustão’ depois das ‘videocassetadas’, o
quadro ‘Dança dos Famosos’ terá uma versão no SBT no formato de programa.
Na bagagem de sua última viagem aos EUA, no mês passado, Silvio Santos trouxe
um contrato em que sua emissora adquiriu os direitos de produção no Brasil de
‘Dancing with the Stars’, formato original da britânica BBC.
Ainda não há confirmação de quando o SBT irá produzir o programa. Mas a
atração deve entrar no ar após o ‘reality show’ ‘Ídolos’, que estréia em março.
Deverá ser exibida aos domingos, com apresentação de Silvio Santos.
No original britânico, ‘Dançando com as Estrelas’ reúne oito celebridades que
formam pares com oito profissionais de dança. A cada semana, os famosos dançam
um ritmo diferente e são submetidos à avaliação de um corpo de jurados e dos
telespectadores, via votação. Um casal é eliminado por programa até sair o
vencedor.
O quadro do ‘Domingão’ é praticamente a mesma coisa _só não há votação pelo
público. A Globo, no entanto, não comprou os direitos de ‘Dança dos Famosos’ de
nenhum fornecedor. A rede afirma que o quadro foi desenvolvido por sua equipe de
criação a partir da análise de várias versões estrangeiras de sucesso.
O SBT, por sua vez, diz que não tomará nenhuma medida judicial para impedir a
veiculação do quadro pela Globo.
OUTRO CANAL
Externa A Record procura uma fazenda no Pantanal para gravar lá boa parte de
‘Bicho do Mato’, novela que substituirá ‘Prova de Amor’. A idéia é construir na
fazenda várias casas, que servirão também de estúdios. A locação tem de ser
próxima de alguma cidade média ou grande, para poder hospedar elenco e técnicos.
Interna Outra parte de ‘Bicho do Mato’ será gravada no Rio, em dois estúdios
que devem ser inaugurados em abril.
Reformulado A Globo teve que mostrar aos herdeiros de Monteiro Lobato fotos
de todo o elenco da nova temporada de ‘Sitio do Picapau Amarelo’ devidamente
caracterizado. Em abril, o programa voltará ao ar reformulado, com novo visual.
Emília ganhará novo figurino, maquiagem e peruca, feita de lã. Visconde terá
nariz mais alongado e muita palha. A família Lobato aprovou.
Roupa 1 O SBT acaba de contratar o estilista Marcos Lázaro, que veste as
atrizes Taís Araújo e Arlete Salles. O costureiro será responsável pelo figurino
de Bete Coelho em ‘Cristal’, próxima novela da emissora, e por todas as roupas
usadas por modelos em desfiles da trama _que já está sendo gravada em São Paulo.
Roupa 2 Em ‘Cristal’, Bete Coelho será Vitória, dona de uma confecção. Há
muitas semelhanças com ‘Belíssima’, mas a novela do SBT, adaptação de texto
mexicano, é muito anterior à da Globo.’
Laura Mattos
Série mostra drama de um velho bicheiro
‘‘É proibido filmar bundas!’ A frase, bem esquisita de ler nesses dias de
samba, é do cineasta Cao Hamburger. Dita em tom de brincadeira, simboliza o
norte que ele escolheu para dirigir a série ‘Filhos do Carnaval’, que estréia no
próximo domingo, às 22h, na HBO (o primeiro dos seis episódios é aberto a todos
os assinantes das principais operadoras de TV).
Essa é a segunda produção brasileira do canal norte-americano (a primeira foi
‘Mandrake’), com transmissão no Brasil e na América Latina. O tema foi definido
pelos executivos da HBO, com a clara intenção de atrair o interesse
internacional, já que há planos de exibição também nos EUA.
Hamburger, que é mentor do ‘Castelo Rá-Tim-Bum’ e nunca havia feito uma obra
‘adulta’, foi convidado a dirigir ‘Filhos do Carnaval’ pela O2 Filmes (produtora
do cineasta Fernando Meirelles, de ‘Cidade de Deus’, associada à HBO nesse
trabalho). Nas mãos, tinha apenas o tema determinado pelos ‘gringos’ e gelou.
Como fazer disso algo não estereotipado, diferente de clipes turísticos com
mulatas e praias?
Ele e a roteirista Elena Soarez (‘Casa de Areia’) arrumaram uma solução:
criar uma família de bicheiros, dona de uma escola de samba. Aí a quadra, os
ensaios, as mulatas, tudo vira cenário, pano de fundo para o drama familiar. Mas
sem bunda, que isso continue bem claro -ao menos nos dois primeiros episódios,
apresentados à imprensa na semana passada, a ordem foi cumprida.
Filho do homem
E ‘Carnaval’ ficou assim: um velho bicheiro tem quatro filhos, dois oficiais
e dois bastardos. O primogênito, que cuidava dos negócios, se mata, e os outros
três passam a disputar um lugar na ‘empresa’ e no coração do pai.
O patriarca, Anésio Gerbara, é interpretado por Jece Valadão, 106 filmes nas
costas, pelas suas contas. Na entrevista coletiva, uma jornalista pergunta se é
o primeiro bicheiro de sua carreira. ‘Se eu já fiz algum bicheiro? Acho que eu
só fiz bicheiro em toda a minha vida’, comenta, soberano, cercado pelos
atores-filhos.
Aos 75, Valadão é o Don Corleone de ‘Carnaval’. Deprimido com a morte do
filho Anesinho (Felipe Camargo), quase falido nos negócios, torna-se mais avô do
que mafioso e passa os dias a mirar a praia de Copacabana do janelão de seu
apartamento.
Enquanto isso, os Gerbara moços lutam para demarcar o território do crime.
Claudinho (Enrique Diaz), o segundo e agora único reconhecido em cartório, tem
tudo para ser um rapaz do bem. Casado, pai de um garotinho, morava em Campinas
(interior de SP), onde ‘apenas’ lavava o dinheiro da família. Agora insiste em
assumir o ‘front’ e quer fazer do caos nos negócios deixado pelo irmão mais
velho um crime realmente organizado. Vira chacota ao levar um computador
portátil numa reunião da ‘empresa’ na quadra da escola de samba. Fica por conta
dele boa parte da cota cômica dessa série trágica.
‘Reality show’
Uma das boas surpresas de ‘Carnaval’ é Thogum, que nunca havia sido ator e
ganhou o papel central da série. Apesar de Valadão ser o patriarca, o estreante
foi escolhido para narrar toda a história. Ele é Nilo, fiel segurança do
bicheiro e seu filho bastardo.
Personagem de poucas palavras, costura os episódios com olhares e
pensamentos. Negro, alto e forte, tinha o físico ideal para a missão, isso sem
falar que sabia exatamente como um guarda-costas deve se portar: ‘Já fui
segurança de bicheiro, puteiro, termas femininas, masculinas, de tudo o que você
pode imaginar. E sempre fui um cara de desenrolar uma idéia, de não partir para
a violência, do mesmo jeito que faço na série’, disse Thogum, na entrevista
coletiva em que ele se transformou num show à parte.
Um jornalista quer saber como foi a preparação para atuar em ‘Carnaval’.
‘Cara, o legal mesmo foi aprender a chorar’, responde, à vontade na cadeira de
astro.
Hamburger o descobriu quando assistiu ao documentário ‘Fala Tu’, sobre jovens
da periferia carioca que tentam ganhar a vida como rappers.
O quarto filho é Brown (Rodrigo dos Santos), mestre de bateria, revoltado,
louco por um baseado.
‘Carnaval’ custou R$ 6,5 milhões e utilizou verba do artigo 39 da Agência
Nacional do Cinema, de incentivo fiscal a canais estrangeiros que investem em
produção nacional. Pena que a HBO seja só para os filhos ricos do
Carnaval.’
***
SBT reage a crescimento da Record
‘Quando a concorrência menos espera, eis que Silvio Santos escolhe algumas
grifes no mercado e abre o baú para contratá-las. Desta vez, agiu em reação ao
recente crescimento da Record em teledramaturgia e jornalismo.
O ‘Jornal da Record’, repaginado desde o dia 30 de janeiro, dobrou a
audiência da emissora no horário e assustou até a Globo. Após contratar
profissionais globais para atuar na frente e atrás das câmeras, o ‘JR’ vem
registrando médias de até 12 pontos no Ibope (cada ponto equivale a 52,3 mil
domicílios na Grande SP).
Na Bandeirantes, Nascimento ancorava o ‘Jornal da Band’ e, não raro,
registrava audiência maior do que a de Ana Paula Padrão e seu ‘SBT Brasil’.
Ele assumirá agora o comando do ‘Jornal do SBT’, exibido à meia-noite e meia,
antes apresentado por Hermano Henning, que deverá ocupar a bancada de um futuro
jornal local, a ser veiculado por volta das 18h.
O contrato de Nascimento com a Bandeirantes venceria só em março do próximo
ano, e o SBT já pagou a multa de rescisão, segundo o jornalista.
Opinião
Na última quinta-feira, ele foi apresentado aos funcionários do SBT. Segundo
Nascimento, a intenção é trabalhar não apenas com reportagens produzidas pelos
outros noticiários.
‘O jornal tem um reaproveitamento de material, mas queremos contratar mais
profissionais a fim de produzir matérias exclusivas’, disse.
De acordo com Nascimento, o ‘Jornal do SBT’ investirá em política, em razão
do ano eleitoral, e será mais analítico.
‘Os jornais do horário nobre normalmente têm de abrir mão da opinião para dar
espaço à informação. Os do final do dia devem ter essa característica mais
interpretativa, pelo fato de o telespectador já ter tido acesso à maioria das
notícias’, afirmou.
Ele, então, fará o papel de âncora (um apresentador que dá opiniões e comenta
as notícias), tendência oposta à seguida pela Record, que trocou as análises de
Boris Casoy pelo projeto de ‘clonar’ o ‘Jornal Nacional’.
O telejornal da Globo, por sinal, neste mês cortou os seus três
comentaristas, Franklin Martins, Arnaldo Jabor e Chico Caruso.
Os investimentos da Record em teledramaturgia também preocupam Silvio Santos.
A rede está ampliando seu complexo de estúdios no Rio, e sua novela ‘Prova de
Amor’ é um sucesso de ibope que incomoda até a Globo.
Na última semana, o SBT contratou o veterano Herval Rossano, 75, responsável
pelo ‘remake’ de ‘Escrava Isaura’, que reinaugurou o núcleo de teledramaturgia
da Record. Ele estava encostado na Band, que tem orçamento limitado para
produzir novelas. Um dos seus planos é refazer ‘Dona Beija’ (dirigida por ele em
86 na Manchete), cujos direitos foram comprados pelo SBT.
Outra contratação da rede foi o jornalista Ricardo Valladares, que deixará a
revista ‘Veja’ para integrar o núcleo de conselheiros de Silvio Santos.’
Sérgio Rizzo
Olhar dribla os chavões carnavalescos
‘No crepúsculo da vida, um monarca escolhe o príncipe mais velho (e também o
mais querido) para sucedê-lo, mas o destino lhe prega uma peça e ele precisa
optar entre os três outros herdeiros, dos quais dois são bastardos. O problema,
no fundo, é que nenhum parece talhado para o exercício do poder. Como se não
fosse o bastante, o fantasma da morte começa a rondá-lo e ele se descobre, como
qualquer mortal, despreparado para enfrentar, ou mesmo admitir, o fim.
Esse modelo de intriga palaciana, trabalhado à exaustão por Shakespeare, já
foi traduzido por Francis Coppola em ‘O Poderoso Chefão’. É também o que ajuda a
sustentar a dramaticidade e a amargura de ‘Filhos do Carnaval’. Os dois
primeiros episódios apresentam o reino do bicheiro e sambista Anésio (Jece
Valadão), às voltas com turbulências internas e externas. Seu aniversário,
pretexto usado no início para reunir a família, o deixa especialmente irritadiço
e desolado.
Pudera: centralizador e auto-suficiente, tem dificuldades em admitir que o
mundo foge ao seu controle e desrespeita seus desejos. Da poltrona imperial em
que contempla o mar, já demonstra os sinais de quem está prestes a entregar os
pontos. Costurado com equilíbrio entre o drama e o humor, esse personagem
triste, algo trágico, é também motivo de galhofa, graças ao carisma rabugento
que Valadão lhe empresta.
Shakespeare na Baía de Guanabara só poderia mesmo terminar em algo
zombeteiro, como reforçam as relações entre os irmãos. Claudinho (Enrique Diaz),
Brown (Rodrigo dos Santos) e Nilo (Thogun) terminam o segundo episódio como quem
reconhece os próprios defeitos e aprende a se divertir com eles.
Produto de circulação internacional com Carnaval no título e o Rio como
cenário, a nova série da HBO resiste bravamente à tentação de abrir a caixa de
lugares-comuns sobre a ginga e o remelexo. Estão lá o samba, o jogo do bicho, a
praia e a irreverência, mas o olhar procura driblar os chavões.
Não significa, ao menos nos dois primeiros episódios, que a série consiga
fugir sempre das armadilhas que o próprio argumento espalha pelo caminho. Tudo
bem, ninguém é perfeito -eis o ponto que Anésio, o insolente rei Lear carioca de
‘Filhos do Carnaval’, provavelmente aprenderá.
Filhos do Carnaval
Quando: a partir do próximo domingo, dia 5, às 22h, na HBO’
Bia Abramo
Entrevista de Luciana ou jornalismo à deriva
‘‘Eu andei pensando… Naquela coisa horrível que vem acontecendo com os
macacos… Eles vão acabar…’, diz ela. ‘Na África?’, pergunta ele. ‘É, na
África.’ Ele engrola uma resposta qualquer; ela abana a cabeça, faz um ar
compenetrado e comenta: ‘É tão triste…’
Foi esse, digamos, o teor ‘político’ a que chegou a ‘entrevista’ concedida
por Mick Jagger a mãe de seu filho e apresentadora Luciana Gimenez.
Jagger, de perto, é o que é: um homem de mais de 60 anos, milionário, um
tanto polido, um tanto calejado por 40 anos de exposição ao show business e
todas as suas vicissitudes. Luciana, de perto ou de longe, continua sendo a
mesma coisa: uma modelona esperta que conseguiu dar um salto ao maravilhoso
mundo das celebridades cultivando o corpão e tendo a sorte de engravidar de um
astro.
A entrevista é constrangida e constrangedora: ele faz um favor para a mãe de
um de seus sete filhos; ela pavoneia-se diante das câmeras, afetando intimidade
com a língua de Jagger e com o próprio. Ele, sentado numa cadeirinha de hotel,
acuado num canto, apela para uma certa formalidade simpática e vai respondendo
generalidades pontuadas por reticências significativas. Ela, com ares de
primeira-dama, dá vazão a sua veia de jornalista e pergunta: ‘O que você come
antes do show?’ e, piscando para o espectador, retoma a familiaridade com ar
maroto: ‘Ele come muito.’
A entrevista, exclusiva de fato, foi o momento de glória jornalística do
‘Superpop’, mas deveriam ter avisado a produção do programa para contratar um
frila que soubesse checar números (a quantidade de pessoas no show de Copacabana
ora era 1,5 milhão, ora caía para 1,3 milhões), pudesse avisar que Serginho
Groisman e Thiago Lacerda não são críticos de música (La Gimenez diz que o show
deixou os críticos de boca aberta; na seqüência aparecem o apresentador e o
ator) e imaginasse algo melhor a fazer com um trecho de entrevista em que Kid
Vinil discorre sobre as histórias em torno de ‘Sympathy for the Devil’ do que
enxertá-la num bloco sobre os preparativos do show.
Em seguida à entrevista, cuja espera consumiu quase todo o programa à cata de
mais pontinhos no Ibope, os três roqueiros convocados para fornecer cor local
derramam-se em elogios. Em coro, a inclassificável Syang (cantora? pin-up?
escritora de contos eróticos?), o apresentador do programa ‘Adrenalina’ Duda
Leite e o editor da revista ‘Mosh’ Regis Tadeu desmancham-se em elogios.
Comentam, embasbacados, a preocupação ecológica de Jagger. ‘Inclusive, Luciana,
ele falou uma coisa interessantíssima, pela qual eu venho me batendo muito:
livros’, diz Tadeu. ‘É, ele lê muito’, informa Luciana. ‘Temos que tirar as
crianças da frente do computador, da televisão’, completa Tadeu, delegando à
próxima geração a hercúlea tarefa de redimir a ignorância profunda na qual
parecem todos estar ali imersos.’
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