Wednesday, 04 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1316

Folha de S. Paulo

PRESIDENTE
Folha de S. Paulo

Planalto omite ‘palavrão’ em texto para site

‘A expressão ‘Meu, sifu’ usada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Rio de Janeiro, quinta-feira, ficou pelo menos 13 horas de fora da transcrição de seu discurso publicada no site da Presidência da República.

Na quinta-feira à noite, quando foi disponibilizada a íntegra do discurso no site www.info.planalto.com.br, lia-se: ‘Meu, (inaudível)’. Lula havia dito horas antes, como forma de ilustrar sua campanha pelo consumo com a história de um paciente, a seguinte frase: ‘Imagine se um de vocês fosse médico e atendesse um paciente doente. O que você falaria para ele? ‘Você tem um problema, mas a medicina já avançou demais. Vamos dar tal remédio e você vai se recuperar’. Ou você diria: ‘Meu, sifu’?’ A fala motivou críticas de políticos da oposição sobre a informalidade de Lula.

Uma equipe do governo é responsável pela transcrição dos discursos presidenciais. No caso da expressão ‘Meu, sifu’, o responsável omitiu o termo. Mas ontem pela manhã, depois que a transcrição já estava no ar há pelo menos 13 horas, o Planalto incluiu o ‘sifu’ usado por Lula.

A assessoria do Palácio do Planalto não se manifestou sobre o assunto. Lula usou a expressão ao falar da crise no lançamento do Fundo Setorial do Audiovisual, no Palácio Gustavo Capanema.’

 

TELES
Mônica Bergamo

Dá um tempo

‘Acendeu a luz amarela entre executivos da Telemar que negociam a compra da Brasil Telecom. Um dos conselheiros da Anatel já avisou informalmente que pode pedir vistas do processo que autoriza a negociação entre as duas empresas, em reunião que deve acontecer até o dia 18.

NO BOLSO

Se isso acontecer, a Telemar terá que pagar R$ 490 milhões aos acionistas da Brasil Telecom. A multa foi estipulada para o caso de o negócio não fechar até o fim de dezembro.’

 

TELEVISÃO
Mônica Bergamo

Recolonização

‘A TV Globo quer aumentar sua presença em Portugal. Está em avançadas negociações com a RTP, emissora estatal em segundo lugar na audiência do país. A emissora quer vender o ‘Globo Doc’, série de documentários sobre a fauna e a flora brasileiras.’

 

Caio Jobim

Record adapta conto de Machado de Assis

‘‘Só a Globo pode fazer Machado de Assis?’, pergunta Ricardo Frota, gerente de comunicação da Record, durante entrevista para apresentação do especial de fim de ano ‘Os Óculos de Pedro Antão’, parte da série ‘200 Anos de História’.

Ele respondia a uma pergunta sobre o fato de as duas emissoras estarem homenageando o centenário da morte do escritor com adaptações que irão ao ar em datas próximas de dezembro.

Enquanto a Globo fez a minissérie ‘Capitu’ (no ar entre 9 e 13 de dezembro) a partir do romance ‘Dom Casmurro’, a Record está produzindo uma adaptação do conto ‘Os Óculos de Pedro Antão’, que vai ao ar dia 29 e deve ser o primeiro de cinco especiais baseados na obra de Machado.

‘Os Óculos de Pedro Antão’ marca o início de parcerias que a Record está estabelecendo com produtoras independentes. A série está sendo produzida pela Contém Conteúdo, com orçamento de R$ 600 milhões, parte vindo de incentivos fiscais via lei Rouanet e patrocínio das estatais Petrobras e Banco do Brasil.

Dizendo-se interessados em levar à TV uma ‘linguagem cinematográfica’, o produtor executivo Aguinaldo de Fiori e o diretor e roteirista Adolfo Rosenthal escolheram ‘Os Óculos de Pedro Antão’ por verem nela uma história ‘muito audiovisual, (…) que navega pelo suspense e pelo mistério, com grandes momentos dramáticos, envolvendo romance, morte, assassinato e um amor impossível’, diz Rosenthal.

Na série, os amigos Pedro (Michel Bercovitch) e Mendonça (Bruno Mello) visitam uma casa deixada como herança para um deles por um tio excêntrico e solitário. Diante do cenário e dos objetos que encontram, Pedro assume a narração e inventa uma história rocambolesca para o tio -Pedro Antão, também interpretado por Bercovitch.

Além de ‘Os Óculos…’, a série ‘200 Anos de História’ exibe também no dia 29 ‘Sertão: Veredas’, documentário com elementos ficcionais baseado na obra de Guimarães Rosa -cujo centenário de nascimento é comemorado em 2008.’

 

CUBA
Folha de S. Paulo

Jornal ‘Granma’ comenta ‘Che’ de Soderbergh

‘Voz oficial de Cuba, o jornal ‘Granma’ criticou ontem o filme de Steven Soderbergh sobre Che Guevara. A produção foi considerada ‘respeitosa sem que a polêmica deixe de estar presente’.

O diário elogiou o trabalho de Benicio del Toro, que vive o guerrilheiro, dizendo que mostra ‘um herói de carne e osso e de elevada estatura espiritual’. Mas não gostou de Demián Bechir, que interpreta Fidel Castro: ‘Falta a ele carisma e profundidade’.’

 

 

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