Saturday, 02 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Folha de S. Paulo

GUERRA
Ruy Castro

Brigas de rua

‘RIO DE JANEIRO – Na primeira página da Folha de ontem, tão impressionantes quanto o medo e a aflição no rosto da moça que foge de uma explosão em Gaza são a coragem e firmeza de um homem que a câmara não mostra, porque ele está justamente por trás dela: o fotógrafo Mahmud Hams, da France Presse. O edifício atingido pelo Exército de Israel era a sede da agência de ajuda humanitária da ONU em Gaza -o último lugar que se imaginaria um alvo.

Foi-se o tempo em que jornalistas, observadores internacionais e equipes médicas podiam circular com relativa segurança pelos teatros de guerra e em que um carro de reportagem ou ambulância acidentalmente atingidos tiravam marechais da cama para se explicar.

O caso de Robert Capa, talvez o maior fotógrafo de guerra da história, é exemplar. Capa já tinha coberto a Guerra Civil espanhola (1936-39), a invasão japonesa na China (1938), a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a guerra da independência de Israel (1948) e, exceto pelos respingos de sangue em sua Leica, passado incólume por todas elas. Morreu em 1954, na guerra da Indochina, mas porque pisou numa mina. Ou seja, um acidente.

Hoje não há mais acidentes. Os alvos podem ser demarcados com precisão de centímetros -ou disso se jactam os militares. Quando algo sai errado, como na quinta-feira, a culpa é de quem estava no caminho das bombas.

Em ‘A Grande Ilusão’ (1937), filme de Jean Renoir sobre a Primeira Guerra, o oficial alemão interpretado por Erich von Stroheim diz ao seu colega francês, vivido por Pierre Fresnay, que aquela seria a última guerra de cavalheiros. Acertou. Não há mais guerras ‘boas’. Elas equivalem hoje às brigas de rua, em que, quem bate primeiro, que bata para valer, porque, a partir daí, não há golpes sujos, todos são válidos.’

 

Ricardo Bonalume Neto

Sob fogo cerrado

‘Visitando a Cisjordânia e a faixa de Gaza, a jornalista americana Martha Gellhorn comentou que ‘deve-se chorar e ter pena dos mortos; nenhum deveria ser explorado para a propaganda’. Detalhe: ela escreveu isso em 1967. O mundo, ou ao menos sua parte conhecida como Oriente Médio, parece sempre regredir.

Não poderia haver um lançamento mais oportuno que ‘A Face da Guerra’, coletânea de textos daquela que foi um dos maiores correspondentes internacionais do século 20. O livro sai pela Objetiva na coleção Jornalismo de Guerra, com curadoria de Leão Serva e do jornalista da Folha Sérgio Dávila.

Seria possível dizer que Gellhorn (1908-1998) foi ‘a’ mais notável correspondente de guerra do século 20. Mas seria sexismo. Na coragem e na qualidade dos escritos, ela não deixava nada a dever a ninguém. Os textos cobrem conflitos da Guerra Civil Espanhola (1936-39) à invasão americana do Panamá (1990).

Separados no tempo por meio século, têm em comum a empatia com as principais vítimas dos conflitos: civis e soldados forçados a lutar. ‘Escrevi ficção porque adoro, e o jornalismo por causa da curiosidade que […] só termina com a morte. Embora eu há muito tenha perdido a fé inocente de que o jornalismo é uma luz orientadora, ainda acredito que ela é melhor que a escuridão total’, escreveu ela.

Militante antifascista

Gellhorn começou por acaso na profissão. Judia e pacifista, virou militante antifascista por conta do nazismo, que apoiava o franquismo na guerra na Espanha. Foi para lá não para escrever, mas, com uma carta de apresentação da ‘Collier’s’, foi convencida a relatar o que via em Madri. A revista pediu mais. Sua descrição, de 1937, da morte de uma criança espanhola vale para qualquer época. ‘A senhora está no meio da praça quando ocorre a próxima explosão. O obus dispara um estilhaço de aço retorcido, afiado e incandescente, que acerta a garganta do menino. A velha senhora fica parada, […] olhando o menino com um ar abobalhado, sem dizer nada.’

Gellhorn não tinha os horários rígidos de um jornal; podia ir para onde quisesse e passar o tempo necessário. Cobriu a invasão soviética à Finlândia e esteve na guerra entre chineses e japoneses antes de os EUA entrarem no conflito, em 1941. Ironicamente, a partir daí teve mais problemas para trabalhar -ao contrário do então marido e também correspondente Ernest Hemingway (1899-1961). ‘Os oficiais de relações públicas do Exército americano, os patrões da imprensa americana, eram […] dogmáticos que faziam objeção à presença de uma correspondente mulher junto às tropas’, anotou ela na primeira edição do livro (1959).

Só em 1943 pôde cobrir a guerra na Europa -e o fez tão bem, ou melhor, que o marido. Hemingway era um garotão narcisista, figura central de vários de seus textos. Gellhorn era boa observadora. Dizia que, ‘para fins de higiene mental’, desistira ‘de tentar pensar ou julgar’ -embora deixasse clara, por exemplo, sua posição na Guerra dos Seis Dias (1967).

Crítica do envolvimento dos EUA no Vietnã, ela condenou as restrições que surgiram depois para o registro de conflitos, como na Guerra do Golfo (1990-91). Seria curioso saber o que pensaria das coberturas pós-11/9 -como o ‘encaixe’ de jornalistas entre as tropas anglo-americanas que invadiram o Iraque (2003) ou as restrições que Israel faz hoje à imprensa.

A FACE DA GUERRA

Autora: Martha Gellhorn

Tradução: Paulo Andrade Lemos e Anna Luisa Araujo

Editora: Objetiva

Quanto: R$ 45,90 (415 págs.)

Avaliação: ótimo’

 

POLÍTICA
Folha de S. Paulo

FHC diz ao ‘El País’ que PSDB é o favorito para vencer eleição

‘Em entrevista publicada ontem pelo ‘El País’, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que, na eleição presidencial em 2010, ‘o mais provável é que ganhe um candidato do PSDB’, já que ‘as pesquisas dão clara vantagem’ a José Serra, em primeiro, e a Aécio Neves, em segundo. FHC disse que a política econômica e social não deve mudar, mas será preciso ‘corrigir o clientelismo’, que cresceu sob Lula.’

 

PUBLICIDADE
Cristiane Barbieri

Propaganda de alimentos deverá ser voltada aos pais

‘A partir deste mês, diversas indústrias alimentícias multinacionais presentes no país começaram a adotar regras mais rígidas na publicidade dirigida ao público infantil.

Entre as determinações, não haverá mais nenhum tipo de propaganda ou atividade de marketing para crianças de até seis anos. Nesse caso, as campanhas serão dirigidas a seus pais. Para os maiores de seis anos, as informações transmitidas enfatizarão o uso de dietas balanceadas e saudáveis.

A iniciativa, que entra em vigor agora, foi tomada após a assinatura do termo de compromisso europeu EU-Pledge, em 2007. O termo pretende fazer com que as empresas se comuniquem de forma mais responsável com as crianças. Onze empresas assinaram o compromisso. Entre elas estão Nestlé, Coca-Cola, PepsiCo, Danone, Kellogg’s, Kraft, Unilever e Burguer King Europa. O compromisso, no entanto, atinge particularmente Nestlé e Kellogg’s, que já estão mudando sua comunicação no país.

As outras signatárias afirmaram que não fazem propaganda para crianças ou que já tinham adotado essa política anteriormente. A Danone e a área de alimentos da PepsiCo, porém, não responderam sobre as mudanças até as 23h30.

‘Suspendemos as campanhas que tínhamos para as crianças pequenas em janeiro e fizemos várias reuniões com nossas agências para esclarecer as novas políticas que estão sendo adotadas’, diz Izael Sinem, diretor de comunicação e marketing da Nestlé Brasil.

Entre os novos procedimentos, as campanhas não devem gerar expectativas irreais sobre sucesso nem usar personagens de programas. Também não poderão gerar a sensação de urgência no consumo ou criar dificuldades para que a criança diferencie o conteúdo do produto e da propaganda. Já as campanhas para crianças pequenas sairão dos canais infantis, por exemplo, e serão feitas para os pais, em programas adultos. As promoções também envolverão os pais.

A iniciativa é uma resposta às pressões que a indústria alimentícia têm enfrentado com relação a sua comunicação em todo o mundo. No Brasil, a situação não é diferente. Em 2008, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) abriu consulta pública para criar uma regulamentação específica sobre o assunto. O temor das empresas é de que a regulamentação seja rígida a ponto de banir a propaganda de alimentos, a exemplo do que aconteceu com os cigarros.

O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) também aumentou a vigilância das propagandas de alimentos, produtos e serviços destinados a crianças. Essas categorias tiraram das propagandas de bebidas alcoólicas o posto de principal alvo do Conar. Uma das ações no Conar, por exemplo, envolvia a Nestlé. A campanha do Nescau Nutri Junior tinha como slogan as frases ‘Você vê nutrientes -Seu filho só vê Nescau’. O órgão considerou que o mote estimulava as crianças a rejeitar os alimentos mais saudáveis e determinou a retirada do filme do ar.

‘As mudanças são uma resposta à iniciativa da Anvisa’, diz João Mattar, professor de marketing de produtos e serviços para crianças da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). ‘Se as empresas não se mobilizarem, acabarão pressionadas por outros setores da sociedade, que interferirão de maneira mais radical.’ Laís Fontenele Pereira, coordenadora de educação e pesquisa do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, diz que a mudança é um avanço, mas ainda há muito a ser feito.

‘Seria melhor se suspendesse a publicidade até os 12 anos, e não só até os seis’, diz ela.

Colaborou VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO da Reportagem Local’

 

Anvisa pretende lançar regras para o setor neste ano

‘A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) espera lançar, neste ano, sua regulamentação sobre a propaganda de alimentos. Em novembro, foi encerrada a consulta pública de 140 dias sobre a regulamentação. Agora, a agência trabalha na sistematização das sugestões para readequar o texto que poderá mudar a propaganda de alimentos no país.

Durante a consulta pública, foram quase 250 recomendações e críticas enviadas sobre a regulamentação. Do total, 32% das sugestões vieram das próprias indústrias e agências de propaganda; organizações da sociedade civil fizeram 25% das sugestões; instituições de combate ao câncer, 14% do total.

No texto aberto à consulta pública havia um amplo capítulo sobre a propaganda de alimentos destinada a crianças. Entre outras determinações, a regulamentação proíbe propaganda de alimentos com alto teor de açúcar ou de bebidas com baixo valor nutricional.

Muitos dos itens também vão ao encontro das iniciativas adotadas na comunicação das indústrias alimentícias a partir deste mês. A regulamentação proíbe, por exemplo, o uso de personagens admirados pelas crianças em propagandas.

‘As empresas estão perdidas nessa área porque há uma série de novas demandas mundiais com relação à alimentação, e elas não sabem como se portar’, afirma João Mattar, professor de marketing de produtos e serviços para crianças da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). ‘Há vários acordos mundiais sendo assinados, que são tentativas de achar um norte no assunto.’

Mattar afirma que a eliminação das campanhas para crianças com menos de seis anos, por exemplo, é ineficaz. Segundo ele, estudos apontam que essas crianças têm pouca influência nas compras. Sem propaganda para elas, diz, as crianças de seis anos serão influenciadas pelas campanhas feitas para as mais velhas.’

 

VER E PODER
Cássio Starling Carlos

Ensaios questionam consumo de imagens

‘Para o espectador que concebe ir ao cinema como um entretenimento descompromissado, a leitura de ‘Ver e Poder’ equivale à perda da inocência. Este conjunto de ensaios insiste em abolir qualquer forma de olhar imagens no mundo atual que não a do comprometimento.

Seu autor, o cineasta francês Jean-Louis Comolli, pertence a uma geração que quis ver no cinema um instrumento de transformação, senão do mundo, ao menos de sua percepção. Com o fim das utopias, inclusive desta que acreditou no poder revolucionário dos filmes, resta ao autor usar seu talento ímpar para jogar água na poção mágica do encantamento, desafinar o coro dos contentes, em suma, mostrar que não há nada de inocente na compulsão por produzir e consumir imagens.

Comolli parte da constatação da generalização do espetáculo como forma de ser e estar no mundo, segundo a previsão de seu conterrâneo Guy Debord, cujo efeito sobre manifestações artísticas teria sido o fim de sua potência de subversão. Assim, o cinema teria sido historicamente ‘produto e maior ator da roteirização do mundo’.

Contrário a essa condenação sumária, prefere ver no cinema a ‘ferramenta que permite desmontar as construções espetaculares’ graças ao poder do qual o espectador é investido na sala escura. Vítimas dessa situação no cinema é que aprendemos que a imagem resulta de um poder de controle, que Comolli faz ressaltar na exploração sistemática que propõe do conceito de mise-en-scène.

Tal ‘consciência’ depende da distinção que o autor faz entre duas concepções do espectador: ‘Uma que o submete ao aperfeiçoamento incessante do engodo e outra que o deseja consciente e ativo no trabalho de uma escritura’. Trata-se de enfatizar ao espectador, em mais de 20 ensaios, ‘um lugar estratégico, ligado às relações de força em jogo nas sociedades capitalistas, um lugar político’.

BBB e o ‘risco do real’

O privilégio das análises recai sobre o documentário (ou a emergência do vigor desta forma) e as ficções que se põem ‘sob o risco do real’. Os ensaios sob este prisma são valiosos para especialistas e para quem só consome tais imagens, mas se inquieta com a intensidade com que atacam os cérebros.

Muito mais furiosa, e, logo, incômoda, é a abordagem que lança aos avanços da telerrealidade, cujo emblema encontra-se em espetáculos do tipo BBB. ‘É preciso ver aí’, alerta, ‘o aperfeiçoamento experimental de um novo tipo de espectador’. Espectador que dispõe de um poder de vida e morte, de decidir se tal concorrente fica no jogo ou se será eliminado (termo que, sabemos, não comporta mais nenhuma suposta inocência, não pelo menos depois do Holocausto).

Nem adianta alegar que apenas buscamos de modo inocente o puro divertimento. Nesse jogo não existe a opção.

VER E PODER – A INOCÊNCIA PERDIDA: CINEMA, TELEVISÃO, FICÇÃO, DOCUMENTÁRIO

Autor: Jean-Louis Comolli (org. de César Guimarães e Ruben Caixeta)

Tradução: Augustin de Tugny, Oswaldo Teixeira e Ruben Caixeta

Editora: Humanitas

Quanto: R$ 61 (373 págs.)

Avaliação: ótimo’

 

TELEVISÃO
Rodolfo Lucena

Temporada de ‘Law & Order’ busca viés atual, mas falha

‘Se o primeiro episódio for indicativo da qualidade do conjunto, a 19ª temporada do seriado televisivo ‘Law & Order’, que passa a ser transmitida no Brasil nesta segunda-feira pelo Universal Channel, é bem chatinha, para dizer o mínimo.

As filmagens, apesar da tentativa de atualização e inserção no contexto político presente -até Obama é citado no episódio em questão-, têm um estilo bolorento, parecem coisa do século passado. No episódio ‘Pancadaria’, a polícia investiga a morte de um jovem corretor da Bolsa. Descobre que ele participou de brigas de rua, mas não consegue provas para uma condenação.

Os amigos do morto vão à forra, provocando mais mortes. A promotoria, sem provas para determinar culpados, saca uma lei pós-11 de Setembro para enquadrá-los como terroristas.

Esquemática

Parece até interessante, contado assim. O problema é que a história segue tão rápida e esquematicamente quanto o relato que acabei de fazer. Contradições entre promotoria e policiais são demonstradas simplesmente por olhares ou alguma discussão mais acalorada. Os advogados de defesa são reptilianos. Mas, apesar de seu cinismo, caem com facilidade em blefes da promotoria.

Em suma, a coisa toda tem a profundidade de um pires. Não é fácil resumir todo um processo de investigação, obtenção de provas e julgamento em um episódio de 45 minutos. Por isso, o recurso ao maniqueísmo e à simplificação, que aparece também em outras séries assemelhadas, como ‘Shark’ -mas esta é mais vibrante, dramática e cheia de vida.

Mas há quem goste, como provam a longevidade do seriado -campeão do gênero em sobrevivência-, sua expansão para muito além das fronteiras norte-americanas (já foi traduzido para 11 idiomas) e o rol de prêmios que acumula desde sua estreia, em 1990. Além disso, gerou filhotes, como ‘Law & Order: Special Victims Unit’ e ‘Law & Order: Criminal Intent’. Pois que os adeptos aproveitem a nova temporada.

LAW & ORDER – 19ª TEMPORADA

Quando: seg., às 23h

Onde: no Universal Channel

Classificação indicativa: não informada

Avaliação: regular’

 

Canal homenageia mãe de Glauber

‘‘Então abre.’ Foi essa a ordem de Lúcia Rocha, mãe de Glauber, ao médico quando soube que corria o risco de morrer. A cirurgia no coração é pretexto para outra abertura, a de memórias da família do maior nome do cinema novo.

No curta de Joel Pizzini e Paloma Rocha, ‘Abry’, que o Canal Brasil exibe hoje, Lúcia Rocha narra momentos marcantes de sua vida, como a morte do marido, o nascimento do filho Glauber (1939-1981) e os bastidores dos filmes no auge do cinema novo. ‘Glauber nunca me chamou para fazer um filme porque ficou com medo que eu ofuscasse ele’, arrisca. ‘Eu sou atriz embutida, dentro de mim mesma.’

Entre um segredo e outro, Lúcia Rocha declama trechos das poesias que escreveu, os versos que o marido Adamastor, que morreu em seus braços, chamava de ‘safadeza’. Mas além do aspecto intimista dos relatos, paira sobre o filme forte e exagerada propaganda da Tempo Glauber, instituição fundada por Lúcia para preservar a memória do filho.

Na sequência, será exibido ‘LucLux Lúcia’, outro documentário, de Neville d’Almeida e Tamur Aimara, sobre a vida de Lúcia Rocha.

MOSTRA ESPECIAL D. LÚCIA ROCHA 90 ANOS

Quando: hoje, às 19h, e amanhã, às 11h30

Onde: Canal Brasil

Classificação: não informada’

 

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