Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Folha de S. Paulo

ELEIÇÕES

Tribunal volta a julgar recurso da Folha sobre caso Dilma na terça

O STM (Superior Tribunal Militar) marcou para a próxima terça-feira a retomada do julgamento sobre o pedido da Folha para acessar os autos do processo que levou a candidata Dilma Rousseff (PT) à prisão na ditadura (1964-85).

O julgamento, que estava empatado (2 a 2), foi suspenso no dia 5 após pedido de vista da ministra Maria Elizabeth Rocha. Ela assessorou Dilma na Casa Civil, mas diz não ver nenhum impedimento nisso.

O STM julga mandado de segurança da Folha após o presidente do tribunal, Carlos Alberto Soares, negar acesso ao processo sob a alegação de evitar uso político do material.

No recurso, a Folha justificou a necessidade do acesso para que os leitores tivessem conhecimento sobre o passado de Dilma. O Ministério Público Militar apoia a Folha. Para o órgão, manter o processo escondido viola o ‘direito líquido e certo de informação’.

 

MINEIROS

Chile alerta para sensacionalismo da mídia

O presidente do Conselho Nacional de Televisão do Chile, Herman Chadwick Piñera, alertou ontem sobre o perigo dos veículos ‘tentarem tirar proveito’ da história dos 33 mineiros resgatados esta semana, após passar 70 dias soterrados na mina San José.

Piñera, que é primo do presidente chileno, pediu ainda que os mineiros ‘se assessorem bem’ para evitar o sensacionalismo.

As histórias dos mineiros estão sendo disputadas por emissoras de televisão de todo o mundo a cachês consideráveis.

Os mineiros já discutem como explorar da melhor forma a exposição na mídia e devem assinar um contrato pelo qual todo o dinheiro obtido individualmente será dividido igualmente.

Em setembro, já prevendo o ‘ataque’, os mineiros receberam treinamento para lidar com assédio da mídia.

Responsável pela ética e pluralismo dos meios audiovisuais chilenos, Piñera avalia que a ameaça de se partir para o sensacionalismo é maior após o fim do resgate -quando o foco vai para as 33 histórias de vida.

Ele cita, por exemplo, o caso do mineiro Yonni Barrios, 50, que ficou mais conhecido por ser disputado por duas mulheres.

Marta Salinas, 69, com quem é casado há 28 anos, conheceu sua amante, Susana Valenzuela, 52, no acampamento dos familiares em San José. Foi Valenzuela quem recebeu o mineiro.

‘Espero que os mineiros se assessorem bem, porque assim podem passar a ser figuras de nosso país’, disse Piñera à agência de notícias Efe, em tom com o discurso nacionalista do governo.

AUDIÊNCIA RECORDE

O resgate dos 33 mineiros já se transformou em um dos eventos de maior audiência em todo o mundo.

Ainda não há uma cifra oficial, mas a Televisão Nacional do Chile (TVN), canal público que obteve exclusividade na captação das imagens dentro do cordão de isolamento, estima em 1 bilhão os telespectadores, em 28 países.

Se confirmado, o número supera até mesmo a final da Copa do Mundo da África do Sul, que teve estimados 800 milhões de telespectadores.

Alexis Piwonka, subgerente das transmissões internacionais da TVN, foi mais conservador e estimou ao jornal chileno ‘El Mercurio’ que as imagens da TVN foram assistidas por ao menos 35 milhões de pessoas.

O número, contudo, não conta as imagens captadas ou retransmitidas por veículos internacionais.

‘Calcular audiências mundiais de televisão é muito demorado, devemos compilar audiência de muitos países e coordenar informações’, explicou Elías Selman, diretor da Ibope Time.

A empresa, que mede a audiência mundial, ainda não divulgou as cifras do resgate.

No Brasil, os dados do Ibope, empresa que mede a audiência, são sigilosos. Os canais costumam divulgar os números de sua escolha.

O fenômeno dos mineiros se repetiu na internet.

Segundo o índice da Akamai, que registra a audiência on-line desde 2005, foram quatro milhões de clicks por segundo somente no Chile.

O número perde para algumas partidas da Copa e para a posse de Barack Obama.

 

ARGENTINA

Gustavo Hennemann

Greve em fábrica de papel-jornal é interrompida por ação de governo

A greve na fábrica de papel-jornal Papel Prensa, que ameaçava deixar 250 veículos impressos da Argentina sem matéria-prima, foi interrompida ontem após intervenção do governo da Província de Buenos Aires.

Os funcionários da empresa, instalada no interior da Província, estavam parados havia duas semanas para reivindicar aumento salarial.

Conforme a medida tomada pelo órgão trabalhista provincial, os trabalhadores e os sócios da fábrica deverão manter uma ‘conciliação obrigatória’ por 15 dias.

Ou seja, deverão negociar sem paralisações.

A empresa fornece 75% do papel-jornal consumido na Argentina, e a greve estava colocando em risco a circulação de veículos do interior.

A importação de papel em menor escala, no caso dos jornais pequenos e médios do país, seria inviável economicamente, conforme empresários do setor.

O conflito sindical tem como pano de fundo a briga que envolve os sócios da Papel Prensa. O governo, que administra ações do Estado, busca na Justiça a exclusão dos sócios privados, os jornais ‘Clarín’ e ‘La Nación’.

Ambos mantêm uma guerra declarada contra a presidente Cristina Kirchner.

Segundo os dois jornais, os salários pagos pela empresa são bem acima da média do setor papeleiro, e o sindicato está sendo manipulado politicamente pelo governo.

 

NOBEL DA PAZ

China tem nova carta pró-democracia

Mais de cem dissidentes e ativistas dos direitos humanos assinaram ontem uma carta na qual elogiam a ‘esplêndida escolha’ do dissidente Liu Xiaobo como Nobel da Paz de 2010 e pedem sua imediata libertação.

A divulgação coincide com o início do encontro anual do Partido Comunista Chinês, que dura quatro dias.

Os autores afirmam ainda que a nomeação deveria empurrar a China para uma reforma democrática.

O documento segue a grande repercussão em todo o mundo da escolha de Liu, ele próprio um defensor da reforma do sistema unipartidário chinês e condenado a 11 anos de prisão por sua participação na Carta 08, um protesto similar pela abertura democrática na China.

Segue ainda manifestações pró-reforma cada vez mais audíveis -e censuradas- na própria China.

Há apenas quatro dias, um grupo de 23 antigos membros do Partido Comunista chinês divulgou uma carta aberta pela liberdade de imprensa. O documento foi retirado da internet no mesmo dia.

O próprio premiê chinês, Wen Jiabao, defendeu recentemente uma reforma política no país e foi censurado pelos veículos estatais.

Os autores da carta alegam estar prontos ‘para se engajar ativamente neste esforço’ promovido por Wen, que mostra o racha no Partido Comunista, mas não foi suficiente para inspirar abertura.

Os dissidentes admitem, contudo, que dificilmente devem causar uma mudança no sistema de governo chinês. Mas o novo protesto se une a um coro de reformistas que promete causar problemas a Pequim.

‘Pode não ter um impacto neles, mas nós estamos assinando [a carta] pelo bem de nossa própria consciência’, disse um dos autores, o jornalista Li Datong.

Outro dos signatários, Xu Youyu, foi mais otimista.

‘No longo prazo, eu estou mais esperançoso que atos como este possam fazer a diferença’, afirmou o dissidente à agência de notícias Reuters, por telefone.

LIBERDADE

A carta de ontem pede ainda às autoridades que ‘libertem imediatamente as pessoas que foram ilegalmente detidas’, incluindo Liu. ‘Ele perseverou na busca dos objetivos da democracia e governo constitucional e colocou de lado a raiva mesmo contra aqueles que o perseguiram.’

Liu foi detido em 2008, dois dias antes da divulgação da Carta 08. No ano seguinte, foi condenado a 11 anos de prisão por subversão do poder do Estado.

‘Nós pedimos que os procedimentos para libertar Liu Xiaobo sejam tomados sem demora e que Liu e sua mulher possam viajar a Oslo para aceitar o Nobel’, escreveram os dissidentes na carta, que circulou pela internet.

A China diz que Liu é um criminoso e que dar a ele o Nobel da Paz é uma ‘obscenidade’.

Pequim chegou a ameaçar seus laços com a Noruega, apesar de o governo não ter voz na escolha do Instituto Nobel, com sede em Oslo. A notícia do Nobel foi censurada nos meios de comunicação. Aparentemente consciente do tamanho que toma a repercussão, a China começa a fechar o cerco contra os dissidentes.

 

INTERNET

‘NYPost’ e ‘New York Times’ lançam novos aplicativos para iPad

O ‘The New York Post’ lançou um aplicativo pago para os aparelhos móveis da Apple.

O ‘NYPost’ é o primeiro periódico de conteúdo aberto na internet a ser autorizado a vender, na loja da Apple, aplicativos de assinatura.

O aplicativo custa US$ 1,99. Só depois de baixado é que o usuário pode assinar o jornal, por US$ 6,99 por um mês de acesso, US$ 39,99 por seis meses ou US$ 74,99 por um ano.

Até então, a permissão para vender aplicativos de assinatura na loja da Apple estava restrita a publicações que cobram por acesso na internet, como o ‘Wall Street Journal’ e o ‘Financial Times’.

Já o ‘The New York Times’, que a partir de janeiro começará a cobrar por conteúdo na internet, lançou uma nova versão de seu aplicativo para o iPad, o Editor’s Choice.

Ele oferece conteúdo de mais de 25 seções do jornal e do site. O aplicativo é grátis, mas passará a ser pago quando a cobrança on-line for introduzida.

O maior embate entre a Apple e os grandes meios de comunicação (como Time Warner, Condé Nast e News Corp.) é sobre quem controla a informação sobre os usuários e como repartir a receita com a venda das assinaturas.

De acordo com a Bloomberg, a Apple estaria desenvolvendo um aplicativo que vai permitir às editoras vender jornais e revistas para usuários de iPhone ou iPad.

 

Tabloide britânico ‘News Of The World’ inicia cobrança na internet

O tabloide popular britânico ‘News Of The World’ inaugurou na última quarta-feira um sistema de cobrança por conteúdo na internet.

O tabloide é o terceiro título da News Corp., de Rupert Murdoch, a fechar o conteúdo on-line para assinantes. Nas últimas semanas, o ‘The Times’ e o ‘Sunday Times’ introduziram modelo similar.

O tabloide, que reformulou o site, agora cobra 1 libra por 24 horas de leitura ou 1,99 por quatro semanas. O pagamento pode ser feito no cartão de débito ou via celular.

O ‘News Of The World’ é um dos jornais mais lidos do mundo, com uma tiragem diária média de 2,8 milhões de exemplares. O tabloide ‘The Sun’, que também pertence ao grupo de Rupert Murdoch, deve ser o próximo a introduzir a cobrança na internet.

 

Google estuda criação de meios de pagamento para conteúdo digital

O Google e publishers de jornais e revistas têm mantido conversas para desenvolver uma plataforma de pagamentos para conteúdo digital, disse ontem o diretor da empresa para a Europa, Philipp Schindler.

‘Nós nos vemos como um parceiro tecnológico e estamos trabalhando com muitos publishers’, disse. ‘Estamos convencidos de que direito autoral tem de ser preservado e que conteúdo de qualidade tem valor. E esperamos que os publishers ajustem seus negócios para o mundo digital.’

Schindler disse que estão em discussão modelos de assinatura, de micropagamentos e aplicativos para acessar conteúdo de revistas e jornais em smartphones ou tablets.

 

França anuncia subsídio para downloads legais

Com o objetivo de desestimular a pirataria, o governo francês anunciou um programa que custeará 50% do preço das músicas compradas on-line por jovens com idades entre 12 e 25 anos.

Os interessados podem comprar cartões pré-pagos no valor de 50 pela metade do preço, 25 (cerca de R$ 58), e utilizá-los em lojas virtuais. Com duração de dois anos, o projeto custará cerca de 50 milhões (R$ 116 milhões).

 

PREVISÃO

Tereza Novaes

Repórter do futuro

Há quatro anos, o jornalista Nick Bilton, 34, leu pela última vez um livro em papel, ‘A Estrada’, de Corman McCarty. Desde então, tudo o que lê, inclusive o jornal ‘The New York Times’, em que trabalha, sai de uma tela.

Descrito como ‘futurólogo’ e ‘evangelizador digital’, o repórter de tecnologia acaba de lançar ‘I Live in the Future & Here’s How It Works’ (vivo no futuro e aqui está como ele funciona), sem previsão de sair no Brasil.

Mas Bilton não habita o mesmo futuro que o da família Jetsons, pelo contrário. O que ele descreve para o amanhã é o que você já tem agora nas mãos, este jornal; ou no bolso, o seu celular.

Sua visão de futuro não é apocalíptica: as novas tecnologias não vão acabar com as existentes, como o papel.

O jornal, por exemplo, continuará a circular em papel ‘por muito tempo’ até que os aparelhos de leitura digital sejam muito baratos.

‘Estamos no meio do caminho, a mídia que não se adaptar agora não vai sobreviver’, analisou Bilton, em entrevista à Folha.

‘Estamos indo para um mundo em que tudo será conectado à internet: roupas, carros. É a direção que as coisas vão tomar’, vaticina.

‘Em dez anos, a internet será como a eletricidade, estará em todos os lugares.’

A principal implicação disso para a indústria cultural é que tudo deve se tornar mais ‘social e personalizado’.

‘No passado, o livro era uma conversa fechada. Twitter, Facebook e MySpace permitiram que a nova geração se tornasse parte da conversa. É isso o que, de fato, precisamos observar.’

O autor segue à risca a própria receita. Seu livro é vendido em papel e, claro, em versão digital. Cada capítulo tem material extra para ser lido (ou assistido) com a ajuda de um ‘smartphone’.

PORNOGRAFIA

Entre as ideias que o jornalista defende, está a de que as pessoas estão em busca sobretudo de ‘experiências’.

Para investigar a tese, Bilton se infiltrou na indústria pornográfica dos EUA.

Descobriu que os filmes menos pirateados eram aqueles cujos atores conversavam com o público pelas redes sociais.

Ele concluiu ainda que as empresas que lucram escutam seus consumidores, vendem seus produtos a preços considerados justos por quem paga e os entregam em qualquer plataforma.

Bilton acredita que a mesma sensação de ‘experiência’ permeia as compras de músicas feitas pelo iTunes, a loja de música da Apple.

Embora não leia em papel há anos, Bilton não abandonou o cinema. Foi assistir ao longa ‘A Rede Social’, sobre o Facebook. Ele considera ‘fascinante’ um grande estúdio fazer um filme sobre ‘essa mídia que todos nós conhecemos e usamos’.

Hoje e também no futuro, a mídia social será algo cada vez mais ‘mainstream’.

 

4 previsões para o futuro próximo…

1 Como as crianças vão aprender a escrever?

Digitalmente, ainda usaremos as mãos, mas em outra mídia. Papel e caneta ainda serão usados

2 Quem serão as celebridades e os astros pop?

Os programadores e pessoas ligadas à tecnologia, gente como Mark Zuckerberg [criador do Facebook]

3 Como será assistir à TV?

Será uma experiência social, vamos comentar ao vivo, saberemos o que nossos amigos veem e em todas as telas: celular, computador e TV

4 As geladeiras serão conectadas à internet?

Sim. Você poderá dizer ao celular: ‘Quero fazer a receita tal’. Ele vai se conectar à geladeira e descobrir quais ingredientes estão lá e quais faltam

… e 1 para o distante

5 Haverá teletransporte?

Não vai acontecer enquanto eu estiver vivo, mas, quando acontecer, será uma ruptura tão grande quanto a que a internet causou

 

TELEVISÃO

Clarice Cardoso

Gordinhos buscam dieta e amor em ‘Mike & Molly’

‘Tive uma semana boa, perdi 1,5 kg. Aí tirei a camisa e os achei bem aqui’, diz um grandalhão, apontando para a parte de baixo do braço.

Ele é Mike, um policial que se apresenta dessa forma numa reunião dos Comedores Compulsivos Anônimos e, assim, conhece Molly, a professora por quem se apaixona em ‘Mike & Molly’.

A comédia, que chega aqui em 1º/11, no Warner, vai bem nos EUA: em quatro semanas no ar, atingiu média de 12 milhões de telespectadores.

Parte desse sucesso se entende logo pelos créditos: por trás de ‘Mike & Molly’, há nomes de peso como o de Chuck Lorre (de ‘Two and a Half Men’ e ‘The Big Bang Theory’) e o do diretor James Burrows (considerado o mestre das sitcoms por ter no currículo obras como ‘Cheers’, ‘Friends’ e ‘Frasier’).

‘Essa é a história de duas pessoas que se apaixonam e que, por acaso, não são perfeitas’, define o ator Billy Gardell, o Mike do título, à Folha, por telefone.

Não ser perfeito, no caso, é não ser magro -algo que logo se esclarece pelo fato de quase todas as piadas envolverem palavras como ‘dieta’, ‘comida’ ou ‘calorias’. Mas, ao contrário do roteiro, o tema não surge com tanta naturalidade fora do ar. ‘Nada de perguntas de gordo!’, avisou logo a relações-públicas americana antes da entrevista. ‘É na história de amor que nós queremos focar’, argumenta.

Gardell, porém, não titubeia ao responder sobre o assunto: ‘É realmente uma luta para as pessoas maiores. Há dias em que você está bem, se exercitando, e outros em que perde a cabeça e come uma pizza’, diz. ‘Estou acima do peso, então sei como Mike se sente. Sei que olham para você e o julgam e que, às vezes, dá para minimizar isso com um pouco de humor.’

Essa quantidade, nesse caso, pode ser algo relativo: muitas das críticas que a série recebeu dizem respeito a eventuais excessos nesse tipo de referência e ao seu curto prazo de validade.

O protagonista, por sua vez, aprova o estilo de sitcom tradicional, com piadas rápidas e físicas. ‘Essas comédias têm pessoas por quem torcer, ritmo e momentos para rir em voz alta. Adoro a cena em que tenho que subir uma escada para me declarar, no estilo ‘Romeu e Julieta’. É de morrer de rir’, diz o comediante, que, na conversa com a Folha, gargalhava e dizia que ‘pegaria fogo’ sob o sol brasileiro.

NA TV

Mike & Molly

Estreia da série com Billy Gardell

QUANDO a partir de 1º/11; segundas, às 20h, no Warner

CLASSIFICAÇÃO não informada

 

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