‘O Sicesp (Sindicato da Indústria Cinematográfica do Estado de São Paulo) encaminhou na última quarta-feira uma carta aos ministros Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Gilberto Gil (Cultura) questionando as recentes alterações nas regras de classificação indicativa de obras audiovisuais.
O descontentamento dos cineastas deve-se à redação de um dos parágrafos do artigo 3º da portaria 1.597. O artigo afirma que ‘não será permitido, em qualquer hipótese, o acesso de crianças e adolescentes a diversões e espetáculos públicos cuja classificação recebida corresponda a ‘inadequado para menores de 18 anos’.
Na carta, o Sicesp alega que o trecho contradiz a Constituição, segundo a qual compete à legislação federal ‘regular as diversões e espetáculos públicos’, cabendo ao poder público informar sobre a natureza e as faixas etárias.
‘A expectativa, a curtíssimo prazo, é levantar a polêmica desta questão. Não concordamos com o estabelecimento dessas limitações proibitivas’, diz o cineasta, distribuidor e exibidor André Sturm, que também é presidente do Sicesp.
A opinião é compartilhada por grande parte dos diretores de cinema ouvidos pela Folha. Para eles, a função da classificação indicativa é apenas informar aos pais as faixas etárias de cada filme, e não servir como uma proibição.
Desde julho, quando a portaria foi alterada e começou a vigorar, o acesso de crianças e adolescentes a filmes classificados como inadequados para suas idades foi flexibilizado para algumas faixas etárias. Assim, crianças de 10 e 11 anos, acompanhadas dos pais ou responsáveis, podem assistir a filmes considerados impróprios para menores de 12 anos -o mesmo acontece nas faixas de 14 e 16 anos, cuja entrada é permitida na categoria de classificação imediatamente superior à de sua idade.
No entanto, quem tem 16 e 17 anos não pode ver filmes proibidos para menores de 18 anos. A limitação afeta também os menores de dez anos, que podem assistir apenas a sessões livres e desde que acompanhados dos pais.
‘Há de se concordar que essa portaria foi um avanço, mas o que a gente coloca é o seguinte: a Constituição não permite a você proibir o acesso. Somos favoráveis à classificação indicativa. O que não concordamos é com a classificação, que se chama indicativa, virar proibitiva. O Estado não permitir que o pai decida parece inconstitucional’, diz Sturm.
Aspecto jurídico
O advogado Marcos Bitelli julga positiva a existência de uma portaria que flexibilize a entrada nos cinemas, mas defende uma elasticidade maior, que dê mais poder aos pais. ‘Não posso ser contra a flexibilização, mas também não posso dizer que ela é suficiente.’
Segundo Bitelli, a confusão se dá no controle de acesso às salas de cinema. ‘A Constituição fala que o poder público classificará os conteúdos, mas se esquece de dizer que a classificação, sendo apenas indicativa para o usuário, para o titular do estabelecimento é obrigatória. Chega uma pessoa no cinema e diz: ‘Meu filho tem de entrar porque a classificação é indicativa’. Mas, do outro lado, ela é proibitiva, porque a partir do momento que o estabelecimento viola essa indicação é sujeito a sanções [multas] previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. Este é o primeiro antagonismo’, avalia. ‘Essa portaria foi ruim? Não, não foi porque flexibilizou. A portaria em si não é o problema, o problema é o ECA.’
Para a advogada Taís Gasparian, as palavras usadas no artigo 3º da portaria dão margem a outro entendimento. ‘Ali, na minha opinião, foi extrapolado aquele preceito constitucional que estabelecia apenas que os filmes fossem recomendados’, diz.
De acordo com Gasparian, o comitê do Ministério de Justiça, por mais competente e cioso de seus deveres, pode não ter os mesmo valores que os pais têm.
‘Questiono a portaria por achar que o pátrio poder deveria determinar o que os pais, segundo seus valores, acham próprio ou impróprio para a criança’, diz. ‘A portaria, ao proibir o acesso e não reconhecer nem sequer o pátrio poder, corre o risco de ter sua constitucionalidade questionada.’
Espectadores
Se não há consenso entre diretores e o Estado, tampouco existe na outra ponta da cadeia cinematográfica: o público.
Mãe de Laura, 6, Thiago, 9, e Pedro, 13, a fonoaudióloga Agda Saraiva, 37, diz que a recomendação serve como um parâmetro, tendo em vista o que a família considera ideal na formação dos filhos.
‘Sempre respeitamos e vou continuar, não porque o Estado está impedindo, mas por aquilo que a gente acredita em relação à educação deles’, diz.
Mas é possível acatar a proibição em qualquer ocasião? Saraiva confessa que ‘nem sempre’.
‘Na verdade, burlamos uma vez no último filme do ‘O Senhor dos Anéis’ [O Retorno do Rei]. Estávamos em São Roque [interior de São Paulo], onde não há fiscalização. Já tínhamos assistido aos outros e vimos que não tinha nada demais o Thiago assistir a este.’
A limitação aborrece a fonoaudióloga quando ela quer levar a caçula para assistir aos filmes de Harry Potter. ‘Ela é louca para assistir. Fico incomodada porque é um entretenimento sem malícia.’
A dentista Marta Arato, 44, mãe de Pedro Henrique, 12, e João Gabriel, 14, defende a restrição. ‘Eu sou a favor sim de ter uma classificação, não pela minha família em si, mas pela dos outros’, diz. ‘Se é de 18 anos, é porque o filme é forte. Eles não têm maturidade suficiente, e a não-compreensão gera uma interpretação deturpada.’
João Gabriel concorda em partes e supõe que as obras inadequadas para menores de 18 sejam ‘impressionantes’.
‘O último do Pedro Almodóvar [‘Má Educação’] deve ser muito pesado. Mas filme de ação, que tem violência, já assisti tanto na TV que não tem nada demais.’
Mesmo com os cuidados, às vezes uma cena imprevista surge na tela. ‘Ela diz: ‘Cobre o olho, menino! Você não pode ver isto’. Mas já estamos lá mesmo’, diverte-se.
Defensora da liberdade de escolher os filmes vistos por seu filho, Ângelo, 8, a atriz Carla Kubrusly, 33, diz que é ‘meio hipócrita essa censura’. ‘Eu não acho legal. Se a criança está com os pais e eles acham que ela tem maturidade, a responsabilidade é deles. Eu gostaria de poder levar meu filho para ver as comédias românticas de 12 anos de que ele gosta’, diz.’
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‘Cineastas discutem proibição ao acesso de jovens’, copyright Folha de S. Paulo, 5/12/04
‘Trabalhando com a idéia de que todos os elos da cadeia cinematográfica são afetados pelo impedimento no acesso, o documento entregue ao governo salienta a perda econômica causada à indústria do audiovisual. A outra argumentação diz respeito à necessidade de demonstrar que a obra corresponde a finalidades educativas ou informativas.
‘O cinema de entretenimento não tem a função de educar. A Constituição fala que as TVs devem ter função educativa. No cinema não há comentário sobre o conteúdo. O que estão fazendo é tratar do mesmo jeito duas coisas que a Constituição trata diferente’, diz Roberto Moreira.
O cineasta Fernando Meirelles, embora concorde com a idade atribuída a ‘Cidade de Deus’ -16 anos-, questiona a proibição. ‘A classificação estava correta, mas a proibição foi o problema. Garotos de 14 ou 15 não puderam ir assistir a um filme em que a idade média dos personagens era exatamente essa’, argumenta. ‘Um filme que lida com as questões do jovem acaba sendo impedido de chegar a seu público. No Brasil, um garoto de 17 pode ter e tem uma vida sexual regular, muitos usam drogas, mas não podem ver o espelho de suas próprias vidas na tela. Valorizam demais a importância e a força de persuasão do cinema’, diz Meirelles.
Moreira, cujo filme ‘Contra Todos’ é proibido para menores de 18, diz que a classificação põe o jovem à margem. ‘Classificar a 18 é segregar, principalmente pensando que o jovem tem autoridade para escolher o presidente da República, mas não pode ser exposto ao meu filme.’
Em ‘Cama de Gato’, o diretor Alexandre Stockler argumenta que as cenas de sexo e violência mostradas não têm como intenção propagar a violência. ‘É para fazer as pessoas refletirem’, diz.
Há ainda quem enxergue um preconceito histórico com as filme nacionais. ‘O cinema brasileiro é muito prejudicado. ‘Quem Vai Ficar com Mary’, que era para 12 anos, tinha cenas escatológicas absurdas. Imagine se a gente fizer um filme assim? As pessoas costumam reclamar que o filme brasileiro tem palavrões. O americano é cheio, mas ‘asshole’ é traduzido como babaca e ‘fuck you’ como dane-se. E aí ficam com censura mais baixa’, diz Jorge Furtado.
Furtado, como outros diretores ouvidos pela Folha, pede critérios mais claros de avaliação. ‘Eu estou fazendo um filme [‘Meu Tio Matou um Cara’] e minha filha de quatro anos já o viu 20 vezes. Acho que deveria ser censura livre, mas talvez seja 12 anos porque, enfim, o tio matou um cara’, diz, rindo. ‘Matou um cara fora da história. Não aparece a morte.’
Para Furtado, é preciso ter noção de que a ficção é uma representação. ‘Toda dramaturgia mais interessante do mundo é repleta de pecados e crimes. ‘Romeu e Julieta’, ‘Macbeth’. Isso faz parte do mundo, da vida’, diz.
Para não correr o risco de ver ‘Bicho de Sete Cabeças’ ser proibido para menores de 18, Laís Bodanzky diz ter tomado todos os cuidados para não esbarrar na classificação. ‘No roteiro já nos preocupávamos porque pensávamos em fazer um filme para os adolescentes’, conta.
O cineasta Carlos Reichenbach se diz incomodado com a idéia de o Estado querer substituir o pai. ‘Esse negócio de censura é uma coisa absurda, mas é indiscutível que esse tipo de decisão deve passar, antes de mais nada, pelo crivo do realizador, que de certa forma também deve ser responsabilizado.’’
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‘Ministério nega censura em em portaria’, copyright Folha de S. Paulo, 5/12/04
‘Alvo de críticas, a portaria tenta equilibrar a relação entre o Estado e a sociedade, segundo o diretor de classificação indicativa do Ministério da Justiça, José Eduardo Elias Romão.
‘O que havia antes era um excesso de responsabilidade do Estado. Aí sim poderia sugerir intervenção. Agora não.’ Para ele, a portaria não é arbitrária e se distingue muito de censura.
Romão enxerga na sociedade civil uma tradição em ‘demandar do Estado, mas renunciar à participação’. Segundo ele, a grande identidade do atual governo é conjugar esforços para que a população participe do processo de decisão. ‘Exemplo disso é que a portaria só se definiu depois de seis meses de consulta pública’, justifica. Sobre uma flexibilização nas faixas de 10 e 18 anos, Romão diz que essa tese foi vencida na audiência pública e rebate às acusações de que portaria seria inconstitucional: ‘O argumento não deve se dirigir à portaria, que regulamenta o dispositivo do ECA, mas ao ECA. O debate é sobre a constitucionalidade da lei. O ministério é obrigado a produzir a regulamentação do texto legal aprovado no Congresso’.
O diretor afirma que a intenção agora é atribuir uma feição científica à classificação: aprimorar conceitos, deixar claro quais são eles, definir procedimentos e técnicas que possam ser criticadas e reanalisadas.
‘Ainda há ruídos? Certamente, mas o ministério tem se dedicado e muito à comunicação. A democracia é uma via de mão dupla.’’
SBT
‘SBT faz remake de novela mexicana que exibiu em 2000’, copyright Folha de S. Paulo, 5/12/04
‘Bebês trocados minutos depois do nascimento, amores proibidos e uma mocinha sofrida. A história parece familiar? Para os fãs de novelas mexicanas deve ser. Além dos clichês, óbvios para qualquer um, a trama foi conhecida em 2000, quando a novela ‘Esmeralda’, da emissora mexicana Televisa, foi exibida pelo SBT. Graças a um acordo feito entre as duas emissoras, ‘Esmeralda’ agora poderá ser conhecida por mais gente: um remake brasileiro tem estréia marcada para amanhã.
Às 20h30, o telespectador do SBT vai assistir ao drama da menina supostamente órfã, bonita, romântica e cega que quer conhecer o amor. A história começa há 20 anos, quando duas mulheres deram à luz ao mesmo tempo e tiveram seus bebês trocados.
Uma das mães, muito pobre, morre depois do parto. A outra -vivida por uma Lucinha Lins rejuvenescida para a cena por uma peruca loira tipo Chanel com franja-, riquíssima, casada com um fazendeiro troglodita, que exige um filho ‘macho’, tem uma menina, aparentemente morta.
A parteira realiza as trocas e, ao colocar a menina no berço pobre, nota que está viva. Dá-lhe então os brincos de grandes esmeraldas que recebeu pelo serviço e batiza a criança. O nome? Esmeralda.
A opção por essa trama tipicamente mexicana está diretamente ligada ao ‘orçamento fechado’ do núcleo de produção, não divulgado pelo SBT. ‘Manoel Carlos [autor da TV Globo] é brilhante, mas muda a história todos os dias, de acordo com a opinião do público; é outra realidade de produção, de dinheiro. Já a mexicana é uma obra fechada, com começo, meio e fim’, diz Jacques Lagoa, um dos diretores da novela.
Mesmo assim, Lagoa defende a ‘brasilidade’ de ‘Esmeralda’. ‘Ela não tem penteados mexicanas nem os brincos ou colares’, diz o diretor, que esquece a peruca usada por Lins e os brincos de esmeralda usados pela quase miserável personagem principal, vivida por Bianca Castanho.
O aperto do orçamento é visível no cenário dos estúdios em que será filmada a novela. No quarto principal da fazenda, uma escova de prata com cerdas delicadas e ar de antiquário divide a mesma penteadeira com lixas de unha comumente encontradas em barracas de ambulantes de São Paulo. Há ainda livros falsos com cara de novela de época.
O cenógrafo João Nascimento Filho diz que a ‘mistura’ é uma maneira de ‘aproveitar o acervo da casa e de dar charme à novela’. Já a diretora de arte Denise Dourado rebate e diz que, se tivesse mais verba, ‘faria do mesmo jeito’, já que a fazenda onde se passa boa parte da novela ‘ficou parada no tempo’.’
REDE TV!
‘Sexo levanta João Kléber e bate a Globo’, copyright Folha de S. Paulo, 4/12/04
‘A principal atração do programa, os ‘testes de fidelidade’, são fakes. O apresentador irrita com seu bordão ‘pára, pára, pára!’. Mas o ‘trash’ ‘Eu Vi na TV’, que João Kléber apresenta às segundas na Rede TV!, é um sucesso.
Há quase três meses, o programa é vice-líder no Ibope e bate a Globo nem que seja por alguns minutos. Na última segunda-feira, deixou a Globo (‘Jornal da Globo’ e ‘Programa do Jô’) para trás durante mais de uma hora, entre 0h23 e 1h26, período em que marcou nove pontos, contra oito da rede líder e quatro do SBT.
O segredo são quadros com muito erotismo e alguma nudez. Alguém desconfia que está sendo traído e convoca João Kléber para tirar a dúvida. Atores seduzem ou são seduzidos pelo suposto traidor, também um suposto ator. A encenação termina na cama ou na piscina. Tudo acompanhado por pelo menos quatro câmeras.
Nas últimas semanas, o ‘Teste de Fidelidade’ ousou. Primeiro, teve um caso de lesbianismo, com mulheres se beijando na boca. Na última segunda, o episódio foi gay, mas sem beijos.
‘O teste gay deu muita repercussão’, orgulha-se João Kléber. ‘No shopping Iguatemi ou na Daslu, as pessoas me param e dizem que o ‘Teste’ é imperdível.’
‘Algumas pessoas perguntam se o quadro é armado. Eu digo: ‘Você quer testar sua namorada?’. Não é armado. Gravo quatro testes para exibir um.’ Então, tá.
OUTRO CANAL
Tela cheia
O sucesso de ‘Senhora do Destino’ está atraindo cada vez mais anunciantes para a Globo, que teve de aumentar a duração dos intervalos da novela _que já bateu o recorde de merchandisings. Anteontem, três dos quatro ‘breaks’ da produção tiveram mais de cinco minutos. O normal é no máximo quatro minutos de duração para cada intervalo.
Faça as contas
Cada comercial de 30 segundos em ‘Senhora do Destino’ em rede nacional custa R$ 240.390.
Enquanto isso
Já o programa de Adriane Galisteu no SBT, apesar da demanda, não exibe merchandisings por ordem de Silvio Santos. O dono do SBT disse à apresentadora que isso só ocorrerá quando o programa tiver maior duração ou mudar de horário, em 2005.
Gogó 1
Um dos quatro musicais que a Globo exibirá em dezembro e janeiro, aos domingos, abrindo a comemoração de seus 40 anos, será sobre temas de novelas e tem gravação marcada para a próxima terça. Ao todo, serão 22 atrações musicais.
Gogó 2
Até quinta-feira, estavam confirmados um encontro da família Caymmi (Dori, Danilo e Nana), Rita Lee, Ivan Lins, Paulinho da Viola e Elba Ramalho. A série de programas tem o nome de ‘Estação Globo’.’
GLOBO SEM ALMODÓVAR
‘Barra preta tira Almodóvar da Globo’, copyright Folha de S. Paulo, 3/12/04
‘A Globo recusou ‘Tudo sobre Minha Mãe’ (Oscar de melhor filme estrangeiro em 2000) e ‘Fale com Ela’ (Oscar de melhor roteiro original em 2003) porque o cineasta espanhol Pedro Almodóvar exige que eles sejam exibidos na TV sem cortes nas laterais.
Os filmes fazem parte do pacote que a Fox negociou com a Globo para exibição em 2005. A Fox irá agora oferecê-los a outras redes. Tem poucas chances, porque as TVs abertas, como a Globo, não têm hábito de passar filmes com o enquadramento original de cinema, porque isso as obriga a exibir duas barras pretas.
Segundo a Fox, Almodóvar impôs no contrato de distribuição internacional de seus filmes a exigência de que eles passem na TV em formato letter box (com as tarjas). O cineasta não permite que suas obras sejam adaptadas para TV pela técnica ‘pan & scan’, em que a imagem original, bem horizontal, fica quase quadrada. Nessa técnica, a imagem é reenquadrada para evitar perda comprometedora de informações na tela.
Eli Wahba, executivo da Fox no Brasil, diz que chegou a procurar Caetano Veloso (amigo de Almodóvar) para tentar uma negociação com o cineasta. ‘Mas a Fox não me deixou falar pessoalmente com Almodóvar, porque não se rediscute contratos’, diz.
Segundo Wahba, ‘Carne Trêmula’, de Almodóvar, passou na Globo, por engano, no formato tradicional de TV (tela 4 x 3).
OUTRO CANAL
Deficiência 1
Deu pane no sistema de legendas ocultas (‘closed caption’, para deficientes auditivos) da Record, anteontem. Durante o ‘Cidade Alerta’, em que eram mostradas imagens de policiais invadindo favela, apareciam legendas sobre Audrey Hepburn, Eva Wilma, Sérgio Britto, Hollywood e Broadway.
Deficiência 2
A Record diz que houve uma ‘interferência na transmissão de ‘closed caption’, corrigida no ‘Jornal da Record’.
Quase
O capítulo de anteontem de ‘Senhora do Destino’, com a revelação do ‘caso Lindalva’, deu média de 58 pontos no Ibope, com a sintonia de 77% das TVs ligadas. Igualou recorde anterior da novela – que, até o capítulo 134, é a melhor audiência das 21h desde 1997.
Castigo 1
A Band foi condenada pela Justiça Trabalhista, em segunda instância, a doar R$ 25 mil a um hospital como punição por ter recorrido de sentença, de primeira instância, em que era obrigada a pagar R$ 1 a uma ex-funcionária, por danos morais.
Castigo 2
A Justiça interpretou que a Band agiu de ‘má-fé’. A ex-funcionária, Luciana Bonafé, acionou a Band porque rompeu com o Canal 21 (do mesmo grupo), em 2001, por ter sido impedida de continuar apresentando telejornal enquanto se recuperava de câncer. A Band diz que fez isso para protegê-la. E vai recorrer.’