Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.
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Folha de S. Paulo
Quarta-feira, 16 de abril de 2008
OUVIDOR
Novo ombudsman da Folha começa na terça
‘O jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, 55, será o novo ombudsman da Folha. Ele passa a atender os leitores na próxima terça-feira, dia 22 de abril. Sua coluna dominical estréia no dia 27.
‘Eu sempre fui um entusiasta da função de ombudsman de jornais e me considero um dos responsáveis por sua implantação no Brasil. Por isso fico muito feliz de exercê-la’, afirma.
Lins da Silva diz que pretende utilizar a opinião dos leitores para ajudar o jornal a ser cada dia melhor. ‘Mas não acho que minha função seja apenas de receptor e transmissor do que pensa o leitor. Espero também apontar direções e mostrar aos leitores problemas e benefícios que eles têm, na relação com o jornal, e muitas vezes nem percebem.’
Natural de Santos, Lins da Silva começou na profissão como repórter, aos 18 anos, nos jornais ‘Diário da Noite’ e ‘Diário de S.Paulo’.
Passou por outros jornais e revistas até ser contratado pela Folha, em 1984. No jornal, foi repórter, redator, editor, secretário de Redação, diretor-adjunto de Redação e correspondente em Washington.
Saiu para ajudar a fundar o jornal ‘Valor Econômico’ (parceria entre a Folha e as Organizações Globo), do qual foi diretor-adjunto de 1999 a 2004.
Foi também diretor de relações institucionais da Patri Relações Governamentais & Políticas Públicas. Atualmente, é apresentador do ‘Roda Viva’, da TV Cultura, posto que abandona na próxima segunda.
Ao lado da atividade jornalística, manteve intensa vida acadêmica. É mestre em comunicação pela Michigan State University e doutor e livre-docente em comunicação pela Universidade de São Paulo.
Lecionou em universidades no Brasil e nos EUA e é autor de dez livros, entre eles ‘Muito Além do Jardim Botânico’, sobre a audiência do ‘Jornal Nacional’ entre trabalhadores, ‘Mil Dias: os Bastidores da Revolução de um Grande Jornal’ e ‘O Adiantado da Hora: A Influência Americana Sobre o Jornalismo Brasileiro’.
Crítica interna
Lins da Silva será o nono profissional a ocupar o cargo de ombudsman na Folha. O jornal foi o primeiro a adotar tal função no Brasil, em 1989. Antes dele, Caio Túlio Costa, Mario Vitor Santos, Junia Nogueira de Sá, Marcelo Leite, Renata Lo Prete, Bernardo Ajzenberg, Marcelo Beraba e Mário Magalhães atuaram como representantes dos leitores.
Magalhães exerceu a função por um ano, e seu mandato terminou no dia 4. Ele divergiu da decisão da direção da Folha de não mais divulgar na internet a crítica interna diária que o ombudsman produz sobre o jornal. Por causa do impasse, seu mandato não foi renovado.
Para a Direção, a crítica interna vinha sendo utilizada pela concorrência e instrumentalizada por jornalistas ligados ao governo federal.
Segundo Otavio Frias Filho, diretor de Redação, ‘era incongruente que a crítica interna fosse de acesso irrestrito, quando as próprias edições da Folha são acessíveis na internet apenas para assinantes’.
‘Respeito a opinião do ombudsman, que ele expressou amplamente em sua coluna dominical. Cabe ao ombudsman criticar. E à Direção tomar as decisões que considera mais adequadas’, diz Frias.
Além de redigir a crítica interna diária, compete ao ombudsman encaminhar à Redação as reclamações dos leitores e criticar o jornal e os demais meios de comunicação na coluna dominical, publicada no caderno Brasil.
Para preservar sua isenção, as sugestões do ombudsman não têm caráter deliberativo. O mandato é de um ano, renovável por mais dois, e o profissional não pode ser demitido por seis meses após deixar o cargo.
A palavra ombudsman surgiu na Suécia, em 1809, para designar o defensor dos cidadãos ameaçados pelo Parlamento. O primeiro ombudsman da imprensa foi instituído em 1967 por um jornal do Estado de Kentucky (EUA).’
FLAGRANTE
Jornalista Roberto Cabrini é detido pela polícia em SP
‘O jornalista Roberto Cabrini foi preso em flagrante, segundo a polícia, no início da noite de ontem no Jardim Herculano (zona sul de SP).
Policiais do 100º Distrito Policial (Jardim Herculano) afirmaram que ele estava com 15 papelotes de cocaína e que teriam abordado o jornalista após uma denúncia anônima.
Segundo a Rede Record, o jornalista e sua equipe -um cinegrafista e um produtor- estariam fazendo uma reportagem investigativa na região. A Record não se posicionou se o jornalista teria comprado a droga durante a reportagem.
Por volta das 23h30 de ontem, Roberto Cabrini ainda prestava depoimento à polícia e deveria ser liberado durante a madrugada. Segundo policiais, ele teria discutido no momento da prisão. Já o produtor e o cinegrafista foram ouvidos e liberados.
Carlos Cavalcante, amigo de Cabrini e repórter do SBT, também esteve na delegacia e disse que Cabrini fazia reportagem, em seu carro particular, e que o cinegrafista e o produtor estavam em um carro descaracterizado da emissora.
Segundo Cavalcante, Cabrini iria encontrar, para a reportagem, uma garota traficante. Na hora do encontro, a polícia teria chegado.
Segundo informações da polícia, os membros da equipe do jornalista estavam mesmo em um carro da emissora, sem identificação, e Cabrini estava em seu próprio carro, onde teria sido achada a droga. Ao menos 20 policiais do Garra foram deslocados até a delegacia.’
LEI ROUANET
O negócio da cultura
‘O DEBATE sobre a extinção da Lei Rouanet tem mobilizado setores importantes da sociedade brasileira. Parte da classe artística, secretários de governo e jornalistas têm assumido o ponto de vista ‘reformar, sim, acabar, nunca!’.
De fato, a Lei Rouanet tem se mostrado uma força miraculosa em seus 17 anos de vida. Basta dizer que mudou a paisagem da avenida Paulista, em São Paulo, ao fazer surgir uma dezena de centros culturais. Curiosamente, instituições com nomes de bancos, que elogiam o espírito abnegado da instituição financeira. Seu nascimento está ligado à caneta do presidente Collor de Mello, em 1991. Tinha, então, um nobre objetivo pré-iluminista: incentivar o mecenato. Só que a aristocracia do passado contratava diversão com recursos do próprio bolso. Já a Lei Rouanet está mais afinada com a cartilha liberal-conservadora de sua época: ‘O Estado deve intervir o mínimo, a sociedade deve se autogerir, mas, para isso, é preciso uma ajudazinha’.
Todo o poder miraculoso da lei tem a ver com seu mecanismo simples: ela autoriza que empresas direcionem valores que seriam pagos como impostos para a produção cultural.
A idéia parece boa, mas contém um movimento nefasto: verbas públicas passam a ser regidas pela vontade privada das corporações, aquelas com lucro suficiente para se valer da renúncia fiscal e investir na área.
Assim, os diretores de marketing dos conglomerados adquirem mais poder de interferir na paisagem cultural do que o próprio ministro da Cultura. E exercem tal poder segundo os critérios do marketing empresarial. O estímulo aos agentes privados resulta em privatismo.
Diante da grandeza do fundo social mobilizado desde 1991 (da ordem de R$ 1 bilhão só no ano de 2007), é possível compreender a gritaria das últimas semanas. Por trás da defesa da Lei Rouanet, há maciços interesses. Não só os das instituições patrocinadoras, que aprenderam a produzir seus eventos culturais, mas os da arte de índole comercial (feita para o agrado fácil), que ganha duas vezes -na produção e na circulação-, na medida em que os ingressos seguem caríssimos.
Os maiores lucros, contudo, ficam com os intermediários. De um lado, as empresas de comunicação, cujos anúncios pagos constituem gigantesca fonte de renda, em média 30% dos orçamentos. De outro, a casta dos ‘captadores de recursos’, gente que embolsou de 10% a 20% do bilhão do ano passado apenas por ter acesso ao cafezinho das diretorias de empresas.
Como não há julgamento da relevância cultural na atribuição dos certificados que habilitam o patrocínio, a lei miraculosa abriu as portas dos nossos teatros às megaproduções internacionais, que ganham mais aqui do que em seus países de origem.
O caso do Cirque du Soleil, com seus R$ 9 milhões de dinheiro público e ingressos a R$ 200, está longe de ser exceção. Ao contrário, é a norma de um sistema em que o Estado se exime de julgar a qualidade em nome do ideal liberal de tratar os agentes desiguais como iguais e ‘conter o aparelhamento político da cultura’.
O pressuposto filosófico do debate foi revelado pelo secretário da Cultura de São Paulo, João Sayad: ‘Antigamente, numa era religiosa, o natural era a coisa criada por Deus. Hoje, o natural é o que dá lucro’.
Ao defender o subsídio contra o mercado excludente, assume a impotência do Estado e endossa a idéia de naturalidade (portanto, imutabilidade) do império do capital sobre qualquer coisa que já se chamou ‘vida’.
Uma reforma da Lei Rouanet incapaz de impedir o controle privado de recursos públicos não faz sentido.
O Estado pode estimular a generosidade humanista dos empresários com renúncia fiscal, mas não pode deixar de regular a distribuição do fundo social com regras claras de concorrência pública. Não parece óbvio? Então, por que não enfrentar o debate sobre valores culturais? Por que contribuir para a universalização da lógica mercantil? O ‘aparelhamento político da cultura’ pode ser questionado em público. O desejo unilateral de um gerente de marketing, não.
Num passado recente, o governo Lula sacrificou seus membros para não enfrentar a tropa de elite da mídia eletrônica. Estava em questão a exigência de ‘contrapartida social’ no patrocínio das estatais.
Sua disposição conciliatória pode, de novo, impedir uma transformação maior, rumo a uma cultura livre, pensada como direito de todos. Mas qualquer mudança exige, no mínimo, considerar a hipótese de que a realidade e o mercado não são uma coisa só.
SÉRGIO DE CARVALHO, 41, é diretor da Companhia do Latão e professor de dramaturgia da USP.
MARCO ANTONIO RODRIGUES, 52, é diretor e um dos fundadores do Folias, companhia teatral.’
TODA MÍDIA
Muito barulho
‘Nos enunciados da AP, ‘Investidor dá de ombros aos avisos do Brasil e manda as ações para o alto’, e da Reuters, ‘Muito barulho por muita coisa’ (Much ado about something big). Também ‘Financial Times’, ‘Wall Street Journal’, ‘Guardian’, que abriram com cuidado e até ironia o anúncio do ‘comunista’ diretor da agência de petróleo, embarcaram depois no salto que as companhias envolvidas sofreram nas Bolsas.
Nos textos do final do dia, sobre o novo recorde do petróleo, ‘New York Times’ e demais já buscavam alento nas ‘notícias potencialmente positivas para o crescimento da oferta’ do Brasil. ‘Há boas notícias na oferta de longo prazo: um grande achado no Brasil’, dizia o ‘FT’. O ‘WSJ’ saudava ‘a bomba mais recente do Brasil: poderia ser o maior tesouro em décadas’.
O ‘FT’ arriscou que, sem o etanol, ‘é bem provável que o mundo vai se tornar mais dependente dos novos suprimentos da Opep, Brasil, Canadá, Cazaquistão’.
GIGANTE, GIGANTE
Fim do dia, nas agências do Google, ‘Gigante do petróleo, Petrobras deve crescer ainda mais com a nova descoberta’, sobre o ‘anúncio não confirmado’ do megacampo Carioca. Também no enunciado da Dow Jones, ‘Nova descoberta reforça perspectiva positiva para a Petrobras’. De qualquer modo, analistas de ações ‘recomendam ter cuidado’.
EM TRÊS MESES
Da mesma Dow Jones à Folha Online e outros, dois diretores da Petrobras deram entrevistas e pediram três meses e mais testes para a estatal confirmar a nova descoberta.
NO MÉXICO
Da instituição Americas Society ao ‘Latin Business Chronicle’ e ao ‘Dallas Morning News’, cresce a pressão dos EUA para o México abrir o monopólio da Pemex pelo menos ‘a outras estatais, como a Petrobras’. O projeto já está no congresso mexicano. E por aqui se lia ontem num site que, assim que passar, a Petrobras anuncia a parceria.
EM ARUBA ETC.
Para além do megacampo, as agências noticiaram das entrevistas da Petrobras a confirmação de que quer comprar refinaria em Aruba, a Exxon no Chile e outras.
CARIOCA PAULISTA
O ‘Valor Econômico’ deu mapa sobre os ‘blocos do pré-sal’, os campos da bacia de Santos, com a ‘divisa de Estado’ que deixa Tupi e Júpiter no Rio de Janeiro -e o novo megacampo, Carioca, inclusive royalties, em São Paulo
BRASIL, VENEZUELA, RÚSSIA
Na principal notícia de Brasil no site de buscas Yahoo News, ontem à noite, com reprodução também nos sites de ‘NYT’, ‘Washington Post’ e outros, ‘Brasil e Rússia vão desenvolver jatos militares em conjunto’, da AP.
Antes, desde Caracas, a Reuters noticiou que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, depois de se reunir com Hugo Chávez, ‘prevê a instalação do Conselho Sul-Americano de Defesa ainda este ano’. E o ministro não vê corrida armamentista. ‘É importante que os países tenham armas.’
‘CONTÁGIO DE LULA’
Ricardo Balthazar, no ‘Valor’, deu que o presidente do Fed, Alan Greenspan, temia quatro meses antes da eleição de 2002 o ‘contágio’ de uma eleição do ‘populista’ Lula.
Por outro lado, o Banco Central daqui abriu a reunião para decidir sobre a retomada das altas nos juros com ‘tensão no ar’ -e críticas ao diretor de Política Econômica, cuja defesa pública da elevação ‘balançou as relações na diretoria do banco’, segundo o blog de Lauro Jardim.
‘VARRE O RIO’
Em ‘Explosão de dengue varre o Rio’, o ‘NYT’ deu as 80 mortes e descreveu bairros tomados por tendas militares -e registrou a infecção também de turistas’
IMAGEM
França vota lei contra estímulo à anorexia
‘Os deputados franceses aprovaram ontem projeto que pune com dois anos de prisão e multa equivalente a R$ 80 mil quem estimular a anorexia. O texto segue agora para o Senado e colocará a França ao lado da Espanha e da Itália entre os países europeus que reprimem com leis a estética da excessiva magreza.
Socialistas, comunistas e os verdes se abstiveram de votar, por considerarem o texto inconsistente e ‘de fachada’.
Segundo a Associated Press, o projeto, apresentado pela deputada Valerie Boyer, do partido conservador UMP, foi redigido em meio às repercussões na França da morte, em novembro de 2006, da modelo paulista Ana Carolina Reston.
A ministra francesa da Saúde, Roselyne Bachelot, apoiou o texto, citando ‘as mensagens de morte’ difundidas impunemente pela internet. Ela se refere aos blogs que estimulam a anorexia, com instruções específicas para que as vítimas enganem familiares e médicos sobre seus hábitos alimentares. Também se referiu às revistas de moda, que a seu ver valorizam modelos anoréxicas.
O jornal ‘Le Monde’ faz um levantamento de blogs e constata que, além da apologia do peso insuficiente, há também jovens que relatam experiências de como deixaram de ser anoréxicos e procuram dar o bom exemplo.
Dados obtidos pela deputada Boyer indicam que de 30 mil a 40 mil jovens franceses apresentam padrões mórbidos de magreza. Entre eles 90% são mulheres, com incidência mais alta na faixa dos 12 aos 13 e dos 18 aos 19 anos.
A ministra Bachelot disse esperar que o debate público sobre a anorexia seja reaberto e anunciou que a partir de julho, quando a França assumir a presidência rotativa da União Européia, a questão poderá ser objeto de deliberação do bloco.
Conceito vago
Especialistas acreditam, no entanto, que o projeto é bastante vago para que um juiz possa condenar alguém com base no conceito de ‘magreza extrema’, presente no texto.
Didier Grumbach, presidente da influente Federação Francesa da Costura, considera o texto impraticável. ‘Jamais permitiremos em nossa profissão que um magistrado possa arbitrar se determinada modelo é ou não magra’, afirmou.
A Associated Press cita Marleen Williams, psicóloga e professora de uma universidade no Estado americano de Utah, que tem chefiado pesquisas sobre os motivos da anorexia. Para ela, a incidência da magreza mórbida é bem menor em culturas que valorizam mulheres mais encorpadas.
Mesmo assim, diz ela, o texto votado ontem na França ‘coloca o dedo num dos orifícios de uma barragem e ignora o fato de a água estar vazando por dezenas de outros orifícios’.
Com agências internacionais’
CUBA
Folha de S. Paulo
Fidel pede cautela à ‘mídia da revolução’
‘Em reflexão divulgada ontem na TV, Fidel Castro afirmou que é preciso ‘muito cuidado’ para não fazer o jogo da ‘ideologia inimiga’ na imprensa. Espécie de ‘editor-chefe’ da revolução desde que deixou o poder, ele criticou o modo como o período especial, de restrições pós-URSS, vem sendo tratado.’
TELEVISÃO
Novos shows da Globo derrapam no Ibope
‘Os novos programas da Globo estão preocupando a cúpula da rede, que discutiria o assunto em reunião ontem à tarde.
Nenhuma das três novas atrações registrou em suas duas primeiras semanas mais audiência do que os programas que eram exibidos em seus horários na primeira quinzena da programação de 2007. Neste ano, a Globo estreou a programação em 31 de março. No ano passado, foi em 9 de abril. A média de TVs ligadas nas duas quinzenas foi idêntica: 62% no horário nobre (18h/22h).
O caso mais grave é de ‘Casos e Acasos’. Com 18,2 pontos de média (só 0,1 a mais que a Record), tem desempenho 24% inferior ao de ‘Linha Direta’ (23,8). Já ‘Dicas de um Sedutor’ (17,6 pontos) derrubou em 13% a segunda linha de shows das sextas. ‘Faça Sua História’, com 19,4, é só 3% inferior a ‘Sob Nova Direção’ (20,0). Nem ‘Toma Lá, Dá Cá’ (25,4), que não é inédito, conseguiu superar ‘A Diarista’ (26,8) _cancelado por falta de ibope.
Toda a audiência perdida pela Globo no horário de ‘Casos e Acasos’ migrou para a Record. A rede de Edir Macedo cresceu de 10 para 18,1 pontos (também tirou audiência do SBT).
A culpa não é só de ‘Casos e Acasos’. ‘A Grande Família’, apresentada antes, caiu 16% (de 37,7 pontos para 31,5). Mas ‘Casseta & Planeta’ e ‘Globo Repórter’ cresceram em relação a 2007. Na média das 18h às 23h, a Globo caiu 1,8 ponto.
MUMBAI É ALI 1 A Globo pretende fazer da próxima novela de Glória Perez uma megaprodução (para seus padrões). A autora e o diretor Marcos Schetmann, que acabam de voltar da Índia, pensam em gravar capítulos inteiros naquele país.
MUMBAI É ALI 2 Está nos planos da Globo até o emprego de atores de Bollywood _o pólo cinematográfico indiano. O investimento, no entanto, depende de patrocínio do governo da Índia, que já teria demonstrado interesse. A novela deve estrear em janeiro.
CONTROLE É TUDO O mau humor de Ana Maria Braga tem chamado a atenção. Ela fica uma fera quando recebe informações erradas da produção. O problema é que isso, às vezes, passa para o vídeo.
BUMBO A Record, que voltou a bater a Globo no Ibope matinal na segunda, conseguiu pela terceira vez neste mês ter mais da metade da audiência da concorrente na média de um dia inteiro. Das 7h às 24h, ficou com 11 pontos, contra 19 da Globo.
EM ALTA Pela segunda semana consecutiva, o ‘Superpop’ (Rede TV!) ganhou do ‘Hebe’ (SBT) no Ibope da Grande SP. Com ‘debate’ sobre o caso Isabella, o programa de Luciana Gimenez marcou 5,6 pontos, contra 5,3 do de Hebe Camargo.
EM CAMPANHA O ‘Domingo Espetacular’ noticiou em suas duas últimas edições que Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal, é líder nas pesquisas eleitorais para prefeito do Rio de Janeiro.’
Cristina Fibe
Produção teen mistura internet e TV
‘Para a geração que cresceu com a internet, o Nickelodeon traz ao Brasil uma série de TV norte-americana que se apóia na rede ao criar suas histórias.
Em ‘I-Carly’, que estréia amanhã, às 19h30, acompanha-se o desenvolvimento de um programa para a web por três adolescentes, cuja maior preocupação, em vez de garotos, intrigas e fofocas, está no número de usuários que o acessam.
A adolescente Carly, interpretada por Miranda Cosgrove, 14, é a protagonista (da série e do ‘webshow’), ao lado da sua melhor amiga, a chatinha Sam, e do nerd apaixonado Freddie, que está lá por ser dono da câmera e dominar informática.
Os amigos inventam o site de vídeos iCarly.com (disponível para telespectadores/internautas), e a série mostra os bastidores da página, com edição que remete à interatividade, com ícones da web entrecortando as cenas.
Adultos, aqui, só os maçantes professores. Carly mora com o irmão mais velho, um artista plástico ‘cool’ que a deixa fazer o que bem entende, e os amigos aproveitam para tomar conta, aos gritos, da cena.
O tom histérico lembra a série um pouco mais adulta ‘What I Like about You’, com Amanda Bynes e Jennie Garth -um dos criadores do programa sobre as duas irmãs é o mesmo de ‘I-Carly’, Dan Schneider.
I-CARLY
Quando: estréia amanhã, às 19h30
Onde: no Nickelodeon’
Folha de S. Paulo
Atores norte-americanos iniciam protesto de 3 dias
‘Após a greve de três meses dos roteiristas, é a vez de atores de cinema e TV de Los Angeles iniciarem um protesto por participação na venda de DVDs e em downloads na internet. O movimento, batizado de ‘Hollywood to the Docks’, representa 350 mil funcionários de 30 sindicatos diferentes para pressionar as empresas nas negociações de convênios desde ontem.
O protesto inclui uma passeata até amanhã e acampamentos dos funcionários para elaborar propostas. O Screen Actors Guild, que começa hoje suas conversas com a indústria para definir as condições de trabalho dos próximos anos, vai participar das manifestações. ‘Tudo pode acontecer, mas o sentimento é ‘não vamos fazer isso [uma paralisação tão extensa] novamente’, diz o ator William Peterson, da série ‘CSI’.’
FOTOGRAFIA
O Japão de Verger
‘Conhecer o mundo tendo uma câmera fotográfica como guia e diário de bordo. Foi esse o ímpeto que levou o aprendiz de fotografia Pierre Verger (1902-1996) a sair de Paris em 1933, rumo ao Taiti, e depois aos EUA e ao Japão, em 1934.
Durante sua estada de quase um mês entre as cidades de Tóquio, Kyoto, Nara, Nikko e Oshima, produziu cerca de 950 fotografias, das quais cem serão exibidas a partir desta sexta na Caixa Cultural Sé, em São Paulo, na mostra ‘O Japão de Pierre Verger – Anos 30’.
A viagem ao Japão é o primeiro trabalho de Verger como fotógrafo contratado. Ainda inseguro de sua competência com o ofício que havia aprendido dois anos antes, teve essa empreitada encomendada pelo jornal ‘France-Soir’.
As imagens deste fotógrafo iniciante -que em 1946 se fixaria em Salvador, na Bahia, após passar por mais de 20 países- já deixam entrever de forma clara as opções estilísticas e temáticas do Verger que mais tarde se notabilizaria por seu poderoso inventário etnográfico das relações sócio-culturais, com relevo para a religiosidade, entre a Bahia e a África.
Munido de sua Rolleiflex, Verger busca desvendar essa cultura completamente diferente da sua investigando as pessoas do povo, os mercados, as embarcações, a paisagem. É notório, nesse início de carreira, sua capacidade de se aproximar das pessoas e conseguir retratos naturais sem que sua presença se torne invasiva. Essa é uma das marcas mais vigorosas que pontuariam sua obra na fase mais madura.
Para Alex Baradel, curador da mostra, é importante notar que, nesses primeiros passos de Verger na fotografia, seu olhar sobre uma cultura distante da sua já surge ‘livre de exotismos.
É claramente o olhar de um estrangeiro, mas que consegue se livrar dos clichês costumeiros dos turistas’, diz. Para selecionar as cem imagens, Baradel se pautou pelo ‘rigor estético das composições e a capacidade das imagens de traduzir o impacto que o Japão representou ao primeiro olhar de um ocidental’.
De fato, o olhar de Verger nesse primeiro momento segue mais na direção de usar a fotografia como uma ferramenta de aproximação do desconhecido que como um aparelho identificador de diferenças culturais.
Tal ponto de vista foi uma das grandes virtudes de Verger, que muito contribuiu para que sua obra, vista em perspectiva, não tivesse sua formação eurocêntrica e burguesa como prisma redutor, classificando a diversidade com a qual ele teve contato nas andanças pelo mundo.
Em 1934, o Japão vivia um momento político delicado.
Três anos depois, os japoneses invadiriam a China detonando um conflito que desembocou na Segunda Guerra Mundial.
Verger escreveu a um amigo para dizer que se sentia sempre vigiado no Japão, mas as imagens passam tranqüilidade, apesar do grande número de pessoas em situação de miséria.
Esse contraste com a imagem do Japão atual pode ser visto na mostra dos fotógrafos, também franceses, Bertrand Desprez e Bernard Descamps, que abre junto da mostra de Verger, no segundo andar da Caixa Cultural, em comemoração do centenário da imigração japonesa no Brasil.
O JAPÃO DE PIERRE VERGER – ANOS 30/O JAPÃO DE DESCAMPS E DESPREZ – ANOS 90
Quando: abertura para convidados dia 18/4, às 19h. A partir de 19/4, de ter. a dom. das 9h às 21h; até 25/5
Onde: Caixa Cultural Sé (pça. da Sé, 111, tel. 0/xx/11/3321-4400)
Quanto: entrada franca’
INTERNET
Daniela Arrais
Proteja a navegação de seus filhos
‘Após a aprovação, pela CPI da Pedofilia, da quebra do sigilo de 3.261 álbuns privados publicados na rede social Orkut, que pertence ao Google, pais e filhos se viram às voltas com questionamentos sobre como evitar o ataque de criminosos pela internet.
Para Cláudia Bozzo, psicopedagoga do projeto HackerTeen, feito em parceria com a ONG SaferNet Brasil, o relacionamento entre pais e filhos é o primeiro fator importante para a proteção contra criminosos.
‘Os pais devem puxar o assunto de forma descontraída, sem dar sermão. É preciso mostrar aos filhos que o computador, assim como a balada, também apresenta perigo’, afirma.
O HackerTeen (www.hackerteen.com.br) indica que famílias com crianças mantenham o computador em uma área comum da casa. ‘Aos mais velhos pode-se dar um voto de confiança e deixá-los usar o micro no quarto, pois eles têm um maior discernimento entre o que é certo e o que é errado.’
Outra dica é estabelecer horários e regras para a utilização do micro. Em primeiro lugar, as tarefas da escola e, só depois, a navegação na internet.
A regra básica de ‘não falar com estranhos’ também deve ser aplicada à internet. E-mails e mensageiros instantâneos, como MSN e GoogleTalk, devem ser utilizados para estabelecer contato com amigos e conhecidos, e não com amigos apenas virtuais.
‘As crianças e adolescentes nunca devem dar endereço, nome dos pais, local onde estudam, bairro em que moram’, afirma Cláudia.
Caso encontrem material indevido no computador do filho ou observem atividades suspeitas em sites que eles visitam, os pais devem fazer denúncias -no site da SaferNet (www.denunciar.org.br) há espaço para isso.
Qualquer material suspeito deve ser guardado, e não apagado, pois pode servir como prova contra criminosos.
13 mil é o número aproximado de denúncias únicas sobre pornografia infantil recebidas pela SaferNet nos três primeiros meses deste ano. Cerca de 87% das denúncias são de páginas do Orkut’
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Juiz determina bloqueio ao WordPress
‘Usuários brasileiros podem ficar sem acesso ao gerenciador de blogs WordPress. Uma ordem judicial da 31ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, expedida no fim de março, determina o bloqueio a um blog do WordPress por conter conteúdo criminoso.
Para que a decisão seja cumprida, os provedores brasileiros terão que barrar o acesso a todos os blogs hospedados no WordPress, segundo a Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviços e Informações da Rede Internet).
No entanto, a Automattic, que mantém o WordPress, afirma que os provedores têm capacidade de bloquear um único blog. ‘Existe a possibilidade técnica, mas é complicadíssimo de fazer’, diz Eduardo Parajo, presidente da Abranet.
Mais de 3 milhões de brasileiros acessaram o WordPress em fevereiro, segundo o Ibope/NetRatings. O possível bloqueio gera protestos, como o blog naoaobloqueio.wordpress.com.’
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Google planeja parcerias pela inclusão digital
‘Enquanto no Brasil o Orkut era alvo da CPI da Pedofilia, o Google realizava o 1º Google Press Summit, conferência para jornalistas latino-americanos, na Cidade do México.
O presidente do Google Brasil, Alexandre Hohagen, única pessoa designada para falar sobre o assunto, teve que cancelar a viagem para depor na CPI. Durante o evento, portanto, só aspectos positivos, como a expansão do Google na América Latina, foram ressaltados.
O presidente mundial do Google, Eric Schmidt, afirmou que a região registrou, nos últimos dois anos, uma expansão de três dígitos -o valor real não foi divulgado.
Os motivos para isso, segundo Schmidt, são a sofisticação da população e o crescimento do acesso à internet -a conexão via telefone, por meio de serviços de terceira geração, deve impulsionar o quadro.
‘Quando penso em como tudo isso será desenvolvido, penso em ‘cloud computing’ [manutenção de dados em servidores, e não em dispositivos como celulares e computadores].’
O Google também revelou planos para investir em inclusão digital no país. Daniel Alegre, responsável por operações na América Latina, afirmou que a empresa está em negociações, sem especificar se com o governo ou com a iniciativa privada. Leonardo Tristão, diretor de negócios e parcerias do Google Brasil, confirmou contatos com o governo, dizendo que uma parceria ‘deverá ser anunciada nas próximas semanas’.
A jornalista DANIELA ARRAIS viajou a convite do Google’
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O Estado de S. Paulo
Quarta-feira, 16 de abril de 2008
TELES
Oi vai pagar multa à BrT se não fechar a compra
‘A Oi terá de pagar multa de R$ 500 milhões para a Brasil Telecom (BrT) caso a compra da operadora não seja aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) e não se concretize. A cláusula serve para compensar as perdas que a BrT teria nesse caso. Antes previsto para esta semana, o negócio deverá ser comunicado ao mercado no fim da próxima semana, segundo fontes que acompanham as negociações.
O objetivo da multa indenizatória é compensar, no caso de o negócio não se concretizar, a BrtT. Antes da proposta de compra da Oi, a BrT vinha se preparando para vender as ações de forma pulverizada. ‘Esse processo estava no final, ia sair no fim de janeiro. Era para valer. Até por isso, a Oi teve de ser agressiva na sua oferta’, comentou uma fonte que acompanha as negociações.
O valor da compra do controle da BrT, que vinha sendo estimado em R$ 4,85 bilhões deverá ficar ao redor de R$ 4,9 bilhões. Além disso, uma das preocupações é que a operadora passe os próximos meses com algumas das decisões estratégicas paralisadas, no aguardo da decisão da Anatel, o que poderia causar prejuízos, no caso de fracasso do negócio.
Hoje, representantes das empresas envolvidas no negócio deverão se reunir para checar os últimos detalhes do acordo. Um executivo diz que deverão ser assinados cerca de 18 documentos, envolvendo a reestruturação acionária da TmarPart (controladora da Oi) e a compra da BrT. Essas duas operações envolverão pelo menos onze operações de compra e venda de participações.
Outros acordos serão, por exemplo, a desistência de ações judiciais que os sócios da BrT moveram entre si. A briga opôs, basicamente, o Citigroup e os fundos de pensão Previ (Banco do Brasil, Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica Federal) ao Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. Os sócios decidiram abrir mão das ações em que exigiam indenizações mútuas.’
PROPAGANDA
‘Comercial na TV incomoda’
‘Os intervalos comerciais que invadem a programação das emissoras de televisão são os momentos mais detestados pelos telespectadores. Pesquisa global da consultoria Accenture com consumidores de sete diferentes países aponta que 64% dos entrevistados se declaram incomodados com o excesso de anúncios. Entre os países consultados estão: Alemanha, Brasil, Estados Unidos, Espanha, França, Itália, México e Reino Unido. O que surpreende é que nem mesmo uma programação ruim desagrada tanto quanto a propaganda. Apenas 14% dos entrevistados se irritam com programas desinteressantes.’
PASSADO E FUTURO
Rádio enfrenta o grande desafio de sobreviver
‘O otimismo e a confiança demonstrados pelo presidente da Associação Norte-Americana de Radiodifusores (NAB, na sigla em inglês), David Rehr, ao falar na sessão inaugural do NAB Show mostram com a maior franqueza e transparência os riscos e os desafios que as emissoras de rádio enfrentam hoje, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo.
Para o rádio, o maior desses desafios é, sem dúvida, sua própria sobrevivência a médio e longo prazo, diante de tantas mudanças tecnológicas e dos modelos de negócios. A internet e seus novos produtos – como o YouTube, os blogs e os incontáveis podcasts – competem diretamente com o rádio e televisão. Mas o prejuízo maior parece ser do rádio.
David Rehr confessa estar intrigado com o YouTube. Em sua opinião, o pior efeito desse site de vídeos inusitados é criar a falsa idéia de que a radiodifusão – entendida como rádio e TV abertos ou em broadcasting, como dizem os especialistas – está obsoleta. ‘Fico, no entanto, encantado diante do YouTube – diz Rehr – porque ele é engraçado, imbatível e grátis. Onde encontrar outra coisa com essas três qualidades?’ Outra preocupação dos especialistas citada pelo presidente da NAB é o fato de as novas gerações quase não ouvirem rádio e verem pouca TV.
Esses milhões de jovens não se tornarão ouvintes senão esporádicos do rádio ou telespectadores eventuais da TV. ‘Sim, o radio e a TV abertos estão enfrentando uma concorrência vital com o YouTube, a internet, o celular e os iPods. Nosso modelo de radiodifusão não funciona mais como no passado e não está sabendo dar as respostas certas a esses novos meios’ – lamenta Rehr.
O tema da suposta obsolescência do rádio e da TV abertos vem sendo debatido por muitos outros especialistas neste NAB Show 2008. O impacto da internet e das novas tecnologias em geral parece-lhes devastador.
NOVO MUNDO
Eles se perguntam se a própria palavra radiodifusão (broadcasting) está obsoleta, desgastada e sem sentido. O que parece claro a todos é que o mundo mudou. Os consumidores e ouvintes dispõem de um número muito maior de opções. E a força desses novos produtos e tecnologias é, sem dúvida, imensa, a ponto de desorientar as emissoras, grandes, médias ou pequenas. A maioria de seus dirigentes parece pouco otimista quanto ao futuro.
Num esforço para reerguer o ânimo desses profissionais e empresários, David Rehr, diz que eles não devem abater-se diante de cada desafio que surge a cada novo dia. ‘Não busquem o caminho do cinismo. Temos que ver não apenas as portas que se fecham, mas, principalmente, as que se abrem. Aliás, a grande porte que se abre é a porta digital. Muito além da tecnologia, a melhor resposta está no conteúdo de qualidade.’
Rehr sugere que o rádio e a TV abertos têm que buscar com urgência novos caminhos. Têm que estar na internet, sim, pois é aí que estão todos os demais meios de comunicação. A superação dos desafios não se limita, contudo, a esses buscar novos caminhos de conteúdo e qualidade. Exige, também, a busca de novos modelos de negócios, de novas formas de gerar receitas e de novos estilos de publicidade.’
FLAGRANTE
Roberto Cabrini é preso na zona sul de SP
‘O jornalista Roberto Cabrini foi preso em flagrante na tarde de ontem com 15 papelotes de cocaína. Os policiais do 100º Distrito Policial (Jardim Herculano) decidiram autuá-lo em flagrante sob a acusação de tráfico de drogas. O jornalista deve ficar preso até que seu caso seja analisado pela Justiça, que decidirá se vai manter o flagrante por tráfico ou se desclassificará o crime para porte de entorpecente.
A prisão do jornalista ocorreu durante uma operação policial contra traficantes na zona sul de São Paulo. Os investigadores vigiavam um ponto de venda de drogas quando presenciaram a chegada do jornalista. Pouco depois, ele foi abordado. Com ele, os policiais encontraram 15 papelotes, 4 dos quais vazios. Cada papelote teria cerca de 1 grama da droga. Os policiais do 100º DP apreenderam ainda um pen drive que continha arquivo com imagens do jornalista relacionadas ao caso.
Um diretor da Rede Record, onde o jornalista trabalha, e dois advogados chegaram ao distrito no meio da noite de ontem, mas não quiseram dar entrevistas sobre o caso.
A Assessoria de Imprensa da Record confirmou que os advogados da emissora foram ao local. Ela afirma que Cabrini fazia uma reportagem investigativa sobre tráfico de drogas.
Além do jornalista, a equipe que estava com ele foi presa. Conhecido jornalista de televisão, Cabrini já foi correspondente internacional da TV Globo em Londres e em Nova York. Após passagem pelo SBT e pela Bandeirantes, ele foi contratado pela Record neste ano, onde é repórter especial do programa Domingo Espetacular.’
CONVERSA DE PESCADOR
O desastre da boa notícia
‘Anúncio de descoberta de megacampo de petróleo é como conversa de pescador: ninguém sabe ao certo o tamanho do peixe que se está embrulhando na Primeira Página dos jornais. Para ser aceita como verdade, a vantagem que se conta depende sempre da boa vontade de quem admira o feito divulgado. Só vira boa notícia quando, de um lado, isso é tudo que as pessoas querem ler e, do outro, a fonte da informação não
exagera no tamanho da coisa encontrada em alto-mar.
Em linguagem de pescador, o que o tal diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse numa rodinha de entendidos em prospecção – ô, raça! – foi que o Brasil pegou pelo rabo o terceiro maior peixe do mundo.
Resultado: nem o Lula acreditou no sujeito, coitado, há dois dias não faz outra coisa senão tomar cacete de tudo que é lado. Vai entrar para a história como o homem que desmoralizou a boa notícia. Como diz o outro, ‘foi sem querer querendo’.’
ÍDOLO INFANTIL
Kaká dá entrevista à revista do Mickey
‘O brasileiro Kaká, melhor jogador do mundo em 2007, aparece hoje na revista semanal do Mickey que circula na Itália. O jogador é entrevistado pelo Tio Patinhas. Na ‘conversa’’, o meia do Milan revelou um gosto particular. ‘Gosto muito de chocolate, sobretudo o branco. Mergulharia dentro, assim como você faz com o dinheiro’, disse Kaká ao Tio Patinhas.’
TELEVISÃO
Lobão ganha série
‘Lobão vai ganhar um novo programa na MTV. Ainda sem nome definido, a atração, que está em fase de gravação de pilotos, é uma série de 12 capítulos sobre novas bandas.
No programa, Lobão funciona como uma espécie de ‘padrinho’ de novos talentos, mas com alguma repercussão no mercado. Veja bem, o programa vai tratar de artistas novos que já têm músicas gravadas, fãs, mas que ainda não estouraram.
Cada episódio da série trará um papo de Lobão com um desses ‘novatos’ e um pequeno show.
A idéia da MTV é estrear o novo programa em agosto. Até lá, Lobão segue no comando do Debate MTV.
Já as negociações para o cantor integrar o júri do programa Ídolos, da Record, naufragaram. Lobão, que foi, ao lado de Rita Lee, um dos primeiros nomes cotados para a atração, não topou o convite – a Record diz que foi ela quem refugou a proposta -, que ainda envolvia uma negociação maior.
Se aceitasse, Lobão precisaria de uma autorização da MTV para participar de Ídolos, uma vez que seu contrato com a emissora musical vai até dezembro.
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