Keila Jimenez

‘Aproveitando o sucesso de Celebridade em terras lusitanas – a novela foi exibida pelo canal português SIC- , o GNT Portugal, canal da GloboSat, resolveu apostar em outra obra de Gilberto Braga, O Dono do Mundo. A trama que traz como protagonista o ardiloso cirurgião Felipe Barreto (Antônio Fagundes) estreou no canal esta semana e já chamou a atenção do público.

Exibida em Portugal há mais de 10 anos, O Dono do Mundo foi sucesso de audiência na época – ainda que a reação do público português tenha sido muito parecida com a dos brasileiros no que diz respeito à personagem que seria a mocinha da história, Márcia, vivida por Malu Mader). Virgem, Márcia é noiva de um funcionário de Felipe Barreto, que arma um plano para deflorar a mocinha na lua-de-mel. E ele consegue. Em vez de enxergá-la como vítima, a massa da audiência, machista, viu Felipe como alguém que apenas cumpria seu papel de homem, e tomou a heroína como ‘mulher fácil’. Conclusão: a novela sofreu rejeição.

O público português, mais conservador que o brasileiro, seguiu a mesma linha de pensamento, mas gostou muito do folhetim.

Outra produção antiga made in Globo que estreou no GNT Portugal recentemente foi Riacho Doce. A minissérie de Aguinaldo Silva está chamando a atenção por causa das cenas calientes, até porque o horário de exibição é ligeiramente cedo, 19 horas.

A reprise de antigos sucessos tem boa aceitação no canal pago português. Para junho, estão previstos a novela Vamp e o seriado Mulher.’

‘Próxima novela das seis da Globo, ‘Alma Gêmea’, ambientada nos anos 40, deve quebrar a regra de que tramas de época não geram receitas com merchandising e licenciamento de produtos.

A Globo Marcas, divisão de licenciamentos da Globo, quer transformar ‘Alma Gêmea’ em uma poderosa ferramenta de venda de anéis. Vai licenciar um anel que representa o principal tema da trama de Walcyr Carrasco: a busca pela alma gêmea.

Na novela, o anel se chamará Alma Gêmea. São duas mãos entrelaçadas sobre um coração. Na primeira fase da trama, o protagonista Rafael (Du Moscovis) dá um anel desses à sua amada Luna (Liliana Castro). Quando Luna está morrendo, Rafael, desesperado, segura sua mão e retira o anel. O espírito de Luna irá reencarnar em Serena (Priscila Fantin), que, 20 anos depois, encontrará Rafael.

O anel já existe. Um deles pertence ao autor Walcyr Carrasco. ‘É um anel que uma amiga [Edna Palatnik, gerente de pesquisa de dramaturgia da Globo] trouxe de uma gviagem ao exterior. É tradicional, de uma região da Europa, e simboliza o amor. Minha amiga pensou em mim com carinho e quis me trazer uma coisa significativa. Para mim, foi muito tocante receber um presente tão carinhoso. Imediatamente, o considerei símbolo de meu projeto, que estava nascendo. Desde que recebi, nunca mais o tirei do dedo!’, conta Carrasco.

OUTRO CANAL

Piada 1 Os programas de humor, é claro, não vão deixar a separação de Ronaldo e Daniella Cicarelli passar em branco. O ‘Casseta & Planeta’ da próxima terça vai dizer que, depois do seqüestro-relâmpago, Ronaldo inventou o ‘casamento-relâmpago’.

Piada 2 Anteontem, Tom Cavalcante, da Record, gravou uma encenação do fim do casamento. O ‘Pânico na TV’ (Rede TV!) de amanhã também abordará o assunto.

Porta-voz Ator do espetáculo ‘Terça Insana’, Marcelo Mansfield fará um esquete no matinal ‘Primeiro Jornal’, da Band. Interpretará o indignado Seu Lili, que representará a perplexidade do telespectador com os fatos. Mansfield também gravou participação em ‘A Lua me Disse’, novela das sete da Globo.

Sobrevida O SBT decidiu manter a exibição de ‘Chaves’ durante a próxima semana. Hoje seria o último dia do seriado na emissora.

Roteiro 1 A Globo detectou em pesquisas que telespectadores tinham dificuldade em saber onde se passavam determinadas cenas da novela ‘América’- no Rio, Miami ou Boiadeiros. Resolveu então colocar vinhetas, com os nomes dos locais, nas passagens.

Roteiro 2 Para especialistas, as vinhetas evidenciam falha estrutural da novela: a falta de articulação entre núcleos de personagens.’

‘Liminar concedida pela Justiça Federal anteontem obriga a Record e a Rede Mulher, emissoras da Igreja Universal, a concederem direito de resposta a entidades defensoras de tradições culturais e cultos afro-brasileiros. Cabe recurso à decisão, que é provisória e pode ser revista antes de sua aplicação. De acordo com a liminar da juíza substituta da 5ª Vara Federal Cível de São Paulo, Marisa Cláudia Gonçalves Cucio, as entidades afro-brasileiras terão direito a um único programa de uma hora, veiculado durante sete dias, para se defenderem do que chamam de ‘demonização’ de suas religiões por parte de programas da Igreja Universal transmitidos pelas duas redes. A Record informou que, até as 20h de ontem, não havia sido notificada e que irá recorrer. A Folha não conseguiu ouvir representantes da Rede Mulher.’