‘Nem o bem-sucedido publicitário Roberto Justus, 49 anos, acredita na repercussão do reality show O Aprendiz, que dá um emprego de R$ 250 mil/ano ao vencedor: tem batido até a novela Escrava Isaura na Record com a respeitável média de 12 pontos no Ibope (na Grande São Paulo).
Quase uma celebridade (recebe entre 15 e 20 cartas e emails por dia, a maioria pedindo emprego), Justus já está sendo chamado para assinar contrato para uma segunda temporada da versão nacional do show comandado por Donald Trump na TV americana (exibido no canal pago People & Arts), mas não quer pensar no assunto agora. Nesta entrevista, ele diz que apesar de durão, corta seu coração dizer: ‘Você está demitido.’
Você gosta de se ver em cena?
Nunca gostei de me ver em fotos nem de ouvir minha voz em gravações. Desta vez, acho que estou um nível acima do meu nível de exigência. Esqueço que estou em cena, estou conseguindo dar credibilidade à minha atuação dizendo o que sinto.
Em algum momento se sentiu inadequado no papel de durão?
Não, porque decidi por uma seleção de verdade. A diferença em relação à da vida real é que passa na televisão. Eu sou uma pessoa um pouco dura, na TV só adotei um tom acima. Mesmo assim, me corta o coração demitir. A demissão da Ilana (terça) foi um dos momentos mais difíceis.
A que atribui a boa audiência?
O tema emprego/desemprego é muito importante em um país com tantas dificuldades. Além disso, o charme está em dar chance ao público acompanhar o processo de seleção do lado de dentro. O programa também soma informação, entretenimento e drama.
É verdade que você já se comprometeu com uma segunda temporada de O Aprendiz?
Estou discutindo com a Record, mas é cedo para falar.
Mas sua empresa tem tantos empregos a oferecer?
Tenho um grupo de empresas com 600 empregados, portanto, comporta a admissão de mais
O que mudou em sua vida?
A exposição é muita, pelo fato de entrar na casa das pessoas.
Mas você já aparecia em revistas como namorado de famosas…
Que mérito há em ser reconhecido por ser namorado de alguém? Hoje, entro em um restaurante e um casal idoso vem me cumprime ntar, uma professora universitária me diz que recomendou o programa para seus alunos, escolas e empresas me chamam para fazer seminários.
O que dizem seus colegas do mercado publicitário?
Os que falam comigo gostam. Mas existe uma satisfação de ter um publicitário fazendo um programa de sucesso. Estamos com um belo ibope e conquistando o público das classes A e B que não tinha por hábito assistir à Record.
Por que você ficou incomodado com o quadro O Infeliz, do Tom Cavalcante?
Não fiquei incomodado com a paródia, adorei e fiz questão de cumprimentar o Tom, apenas pedi para não colar o quadro no meu programa porque nosso final é dramático e não tem sentido fazer brincadeiras logo depois. A única crítica é a duração: a piada devia ser mais curta.’
MTV
‘MTV define atrações que saem e que ficam em 2005’, copyright O Estado de S. Paulo, 9/12/04
‘A MTV já está definindo sua grade de programação para 2005. Entre os programas que saem do ar está o Meninas Veneno, de Marina Person, e os dois programas de Daniela Cicarelli, Daniela no País da MTV e Dance o Clipe. Calma, a namorada de Ronaldinho não vai deixar o canal.
‘Ela terá um novo programa, gravado, de auditório, cujo formato que ainda estamos pensando’, fala o diretor de programação da MTV, Zico Góes. ‘Quanto a Marina, deve ganhar um novo programa ao lado de Didi, algo bem nessa linha de conversa de luluzinhas.’
Entre as atrações que já têm lugar garantido no próximo ano estão o VJs em Ação, Mega Liga de VJs e o Gordo a Go Go. O Ponto P, de Penélope, pode ganhar uma versão semanal e o Mochilão terá um novo formato. ‘Agora o Gabriel vai viajar sempre em um busca de show, por isso vai se chamar Mochilão Rock Estrada.’
Marcos Mion também comandará um programa de auditório em 2005 e o Control Freak vai ganhar um VJ, Rafa.
‘Alguns testes para as novas atrações já começam em nossa programação de verão, que estréia em janeiro’, fala Góes.
A emissora também pode ganhar um nova VJ. A modelo Mariana Weickert estréia no canal ao lado de Marcos Mion em uma das atrações de verão e pode conquistar espaço fixo na programação.’
DA TV À REALIDADE
‘A banda de mentira que faz sucesso de verdade’, copyright O Estado de S. Paulo, 9/12/04
‘A banda é de mentira, mas o sucesso é verdade verdadeira. A Vagabanda, novo fenômeno do pop adolescente só existe na trama da novelinha Malhação, da TV Globo. Foi criada neste ano como uma das novidades que os roteiristas do programa inventam a cada temporada, para não deixar a peteca cair. Afinal, haja fôlego: em abril o seriado completa 10 anos. Mas durante todo este tempo nada – nem os shortinhos que Suzana Werner usava nos primórdios da série, quando o hábitat dos personagens ainda era uma academia – fez tanto sucesso quanto a banda formada pelos personagens Natasha (Marjorie Estiano), Gustavo (Guilherme Berenguer) e Catraca (João Velho).
Hoje em dia, o programa vive sua melhor fase: média de 34 pontos no Ibope, com pico de 42. Coisa de novela – das melhores – do horário nobre. Grande parte do sucesso pode ser creditada à Vagabanda. ‘A audiência é reflexo de um conjunto de fatores’, explica o roteirista do seriado, Ricardo Hofstetter. ‘Temos uma excelente direção, ótimos textos e atores, uma produção muito dedicada e competente, cenógrafos, figurinistas, coachs, todos excelentes… Enfim, é um trabalho de equipe, feito com muita seriedade, mas sem perder o humor. Acho que isso é o mais importante.’
A boa aceitação da Vagabanda pode extrapolar ainda mais os muros do Colégio Múltipla Escolha, onde é ambientada a série. A emissora estuda o projeto de uma série que teria os personagens da banda como protagonistas.
Os hits da Vagabanda – Amor Que não me Ama, Meu Amor por Você, Por mais Que Eu Tente, Reflexo do Amor, Versos Mudos e Você sempre Será – dominam os fones de ouvido dos adolescentes descolados. Por mais Que Eu Tente é uma das músicas mais baixadas na internet, batendo até mesmo ícones adolescentes como Avril Lavigne e Sandy & Júnior. Foi ‘composta’ pelo personagem Gustavo. Ele é um rapaz bonito e riquinho, que vive arranjando confusão na escola. Esse componente bad boy do personagem fez de Guilherme Berenguer o gato da vez – no topo da lista dos ‘famosos que a gente quer namorar’, segundo a maioria dos blogs de meninas na internet.
Ele compôs Por mais Que Eu Tente para seu par romântico, a também protagonista Letícia (vivida por Juliana Didone). Garota sangue-bom, Letícia é do núcleo pobre da novela. A mãe trabalha no colégio e, por isso, conseguiu uma bolsa de estudos para a filha.
O bandleader tem sua musa e a banda, sua Yoko Ono. Natasha gosta de Gustavo – quando a carência aperta, são até ficantes. Ela se rói de ciúmes, claro, e persegue a mocinha. ‘Não acho que ela seja a Yoko da Vagabanda, não’, avalia Marjorie. ‘Até porque, pobrezinha, ela não consegue influenciar o Gustavo como a Yoko fazia com o John Lennon.’
Para encarar os músicos na ficção, os atores passaram por aulas de música. Nenhum dos três toca o suficiente, mas fingem bem. Marjorie ‘arranha’ alguma coisa no contrabaixo, mas canta de verdade. Antes de integrar o elenco de Malhação, a curitibana de 22 anos participou de um grupo de teatro performático em São Paulo, que se apresentava em bares e restaurantes.
Mas a atriz conta que o fato de ela cantar não foi determinante na hora do teste para o elenco de Malhação. ‘No teste, ninguém nos disse que haveria uma banda na nova temporada. Eu não sabia se faria a Natasha, a Letícia ou qualquer outra personagem’, lembra. Não precisava cantar, mas já que canta, acabou gravando as músicas da Vagabanda. Uma delas – Você sempre Será – está no CD com a trilha sonora desta temporada.
Desde que saiu da academia e foi para a escola, em 1999, Malhação se aproxima cada vez mais dos jovens. Fez um caldeirão de namoricos, moda, falta de grana, medo das provas escolares, embates de gerações. Hoefstetter e sua equipe introduzem uma disputa amorosa com a mesma naturalidade que abordam a perda da virgindade e até mesmo um caso de câncer de próstata. Neste contexto, a música é indispensável, observa o roteirista. ‘Eu fui músico no início da minha vida profissional e vivi muito esse universo que, acho, tem tudo a ver com adolescentes. Todos fazem, já fizeram ou têm um amigo que faz parte de uma banda de música. Parodiando a vinheta da Globo: música e adolescentes, tudo a ver!’
Ainda não está definido se a Vagabanda estará na nova temporada da série, que marcará os 10 anos de Malhação. O tema que será aprofundado no ano que vem, adianta Hoefstetter, será a saúde. ‘Há uma outra novidade na estrutura dramática: pela primeira vez serão duas protagonistas e um protagonista’, conta ele, que sai do programa depois de dois anos entre a turminha.’
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‘De batom e roupa íntima a livro e CD, Globo sabe vender’, copyright O Estado de S. Paulo, 9/12/04
‘A TV Globo vende e muito. Vende por querer e até sem querer. A Vagabanda foi criada pelo roteirista Ricardo Hofstetter como um elemento do universo adolescente na novelinha Malhação. Nada mais plausível, afinal, jovem e música combinam. Mas se você der uma olhada rápida na história da emissora, que completa 40 anos em 2005, e particularmente na cronologia de suas novelas, vai encontrar uma lista quase sem fim de produtos que invadiram as lojas e as bancas de camelôs depois de aparecerem na TV. Fora o tal merchandising, aquela propaganda descarada que é enfiada na trama. Um exemplo recente é o celular que Maria do Carmo (Suzana Vieira) de Senhora do Destino presenteou o namorado Dirceu (José Mayer).
É fácil lembrar das meias de luréx de Júlia (Sônia Braga), de Dancin’ Days (1978). E dos laçarotes de Porcina (Regina Duarte), de Roque Santeiro (1985). Mas depois de sucessos espontâneos como os das meias brilhosas, a emissora resolveu, digamos, profissionalizar sua plataforma de lançamento de tendências. Daí veio a colônia Vereda Tropical (1985), lançada em parceria com uma indústria de cosméticos. Era para a gente sentir o cheirinho e se lembrar dos olhos azuis do galã Mário Gomes.
Ainda na linha cosmética dramatúrgica, impossível esquecer o batom Boka-Loka, invenção do costureiro Víctor Valentin (Luiz Gustavo), em Ti-Ti-Ti (1985). Espanhol fajuto e irresistível, Valentin vendeu o batom como poderosa arma para arrancar beijos calientes das clientes. Lançado nas lojas da vida real, foi uma febre.
Em 1993, era impossível sair à rua e não ver um moçoilo com uma camisa igual às de Raimundo Flamel (Edson Celulari), de Fera Ferida. Eram as camisas listradas, com gola-padre.
Em 2002, O Clone (2002) arrasou na linha ‘vamos vender’. Lançou bijuterias pseudo-marroquinas da Jade (Giovanna Antonelli) e, de quebra, um livro de receitas da Dona Jura (Solange Couto).
Pouco depois, descobrimos que a mistura de chocolate e pimenta pode ser gostosa, graças a uma parceria da Globo com uma rede de docerias, por ocasião da novela de mesmo nome.
E quando os puristas perguntavam por que Fernanda Torres aparecia tantas vezes apenas de calcinha e sutiã em Os Normais, a emissora teve um insight e lançou a coleção de lingerie da Vani.
Neste ano, Celebridade levou às bancas de verdade sua revista Fama. E muita mocinha pôs as pernocas de fora, com as sainhas estilo Darlene (Deborah Secco).
No momento, a emissora vende no seu site réplicas da medalha que Miguel Arcanjo (Marcos Paulo) usa em Começar de Novo – ‘Por apenas R$ 49’.’
CRÍTICA DE TV & MACHISMO
‘Coisas de mulher’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 7/12/04
‘Muito já foi dito sobre a legitimamente folhetinesca missiva de Antonio Calmon, provocada por e dirigida a jornalistas que acenderam seu pavio. De tudo na carta, uma coisa me chamou a atenção de um modo tal que não posso deixar de comentar, por mais que eu queira me manter fora do alcance deste arranca-toco.
Foi este trecho aqui: ‘Por que vocês odeiam tanto as mulheres? Por que você faz um trabalho de mulher?’ Eu até estava seguindo o fiapo de raciocínio da trama novelesca na primeira frase. Na segunda Calmon me perdeu. Podem me chamar de ingênua, mas eu achava, sinceramente, que este tipo de expressão e a mentalidade que ela revela estavam mortas e incineradas em sociedades civilizadas. A não ser que Calmon estivesse sendo irônico – uma possibilidade, decerto, mas uma possibilidade um pouco remota diante do tom apoplético do resto do texto.
O uso da expressão ‘trabalho de mulher’ para definir tudo o que é trivial, insignificante e desprezível era muito usado quando comecei a trabalhar profissionalmente, três décadas atrás. Nesse tempo não tão remoto, jornalismo cultural era repleto de status, projeção e salários relativamente bons. Era, portanto, a província de homens. Durante um bom tempo, fui considerada um fantasma _-certamente o pseudônimo de algum jornalista do sexo masculino impedido de trabalhar pelos rigores da censura. Claramente aquilo que eu fazia, do modo como eu o fazia, era trabalho de homem, não de ‘de mulher’.
Na verdade, o primeiro endosso público do meu trabalho veio através de uma nota superbem intencionada de uma pessoa que, ao longo do tempo, aprendi a apreciar, respeitar e admirar, e por quem tenho grande carinho. Ele disse, sem meias palavras, que eu ‘escrevia igual um homem’. Conhecendo o contexto, tomei a frase como um elogio.
Mas isso foi, como disse, algumas décadas atrás. Jamais imaginaria que, em pleno 2004, alguém fosse tentar ofender outra pessoa dizendo que ela faz ‘trabalho de mulher ‘ – teria sido esta a intenção da frase? Ou teria sido um pouco pior – que mulher é intrinsecamente fofoqueira, maledicente, mesquinha como Calmon desenha, na carta, seus algozes/oponentes?
Esta pequena reflexão paralela oferece um breve insight em um aspecto intrigante do atual estado de coisas em boa parte do jornalismo cultural – teria ele voltado aos meados do século 20, quando a cobertura da produção cultural não-erudita resumia-se, com raras exceções, a fofoca? Louella Parsons, Hedda Hopper, Candinha. Poderosas, sim. Populares, sim. Mas dificilmente no topo da pirâmide da consideração, do respeito, do status profissional. Trabalho de mulher, num tempo em que, em muitos países, mulheres não votavam e precisavam da permissão do marido para abrir crediário.
Temos hoje mulheres em todas as esferas da vida pública e profissional, e curiosamente nossa cultura da celebridade reinstaurou a fofoca no centro do que já foi um dos setores mais nobres do jornalismo. E então, num momento de fúria, um leitor ferido diz que seus possíveis detratores fazem ‘um trabalho de mulher’.
É uma curiosa escolha de palavras para um estranho modo de fazer jornalismo.’
Comunique-se
‘Autor de novela se irrita com textos de jornalistas’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 3/12/04
‘O autor da novela ‘Começar de Novo’, exibida às 19h pela TV Globo, reagiu de forma irritada a uma nota publicada na Folha de S. Paulo, na coluna de Daniel Castro, e um artigo da revista Veja, assinado pelo jornalista Ricardo Valladares. Os dois receberam um e-mail de Antonio Calmon, prometendo reagir sempre que as críticas o atingirem.
Castro dizia em uma nota – somente para assinantes do UOL – que ‘insatisfeita com a trama e a audiência em queda de ‘Começar de Novo’, a cúpula da TV Globo deu duas semanas, a partir desta, para o autor Antonio Calmon acertar os rumos da atual novela das sete. Caso contrário, a produção, prevista para durar no ar até abril, deverá ser encurtada’, enquanto Valladares comentou as mudanças nos personagens e a entrada repentina da atriz Carolina Ferraz.
Segundo nota da TV Globo, Calmon está de licença médica por 30 dias, devido a uma crise de hipertensão, stress, dor precordial e dispnéia. Ele deverá se submeter a vários exames médicos durante esse período.
Valladares disse que não vai comentar o assunto. Castro não foi encontrado por nossa redação.
Leia a carta enviada pelo autor de ‘Começar de Novo’:
‘Bom dia, Daniel Castro! Dormiu bem? Como se sente depois de ter provocado em mim uma crise de hipertensão? Feliz? Realizado? Parabéns!, a partir de hoje você será finalmente famoso, quer queira, quer não. A má notícia? Você se meteu com um sujeito que não tem medo de nada, que escreve mil vezes melhor e que fará tudo para devolver o café da manhã que você me serviu anteontem.
Meu coração poderia ter explodido. Uma veia em meu cérebro poderia ter estourado. Mas, para desgraça sua, isso não aconteceu. Por que você faz esse tipo de coisa? Inveja? Para agradar seu editor? Acha que consegue um aumento? Espera tornar-se Um Deles? Péssimas notícias para você, Daniel. Você jamais será Um Deles. Quarenta anos, uma coluna de tv num jornal esnobe, os artigos realmente importantes sendo escritos pelas duas mulheres, a barriguinha crescendo, essa vidinha de merda… Não vejo muito futuro para você.
Você e o Ricardo Valladares trocam figurinhas quem nem duas colegiais maldosas no início da puberdade? Ele te contou como torceu minhas palavras e jogou-me contra a jovem atriz? Vocês deram risadinhas malvadas com a dor que ele inflingiu a ela, culpando a mim, e que você agora repicou? Vocês acham que podem manipular a verdade a esse ponto, impunemente?
Eu vi esse outro cretino, pomposo e arrogante, com sua roupa cafona e barba pretensiosa, andando pela festa da novela como se fosse dono dela. Foram logo me avisando: esse cara é uma cobra, cuidado com ele! Ele me cumprimentou do alto da sua mediocridade. Patético e deslumbrado, um infeliz que nem você, visivelmente mal resolvido. Ao telefone, mal conseguia disfarçar o prazer que estava sentindo em me apunhalar. Eu só queria promover a Carolina Ferraz. Ele estava mais interessada em desmoralizar a Giselle Itiê. Por que vocês odeiam tanto as mulheres? Por que você faz um trabalho de mulher?
Um homem casado, com filhos, que inventa fofocas sobre a vida conjugal de um homem descasado, com filhas, não é um homem digno de respeito. O Marcos Paulo te perturba tanto assim, Daniel? Você acha que ele não é um galã, meu bem? Você não tem vergonha de fazer mexericos da Candinha? E seus ideais de juventude, onde foram parar?
Temos muitos meses pela frente. Toda vez que mencionar meu nome ou meu trabalho, cada vez que agir tão baixo com outra pessoa como fez comigo anteontem, eu juro que descerei sobre você e te exporei nu, a todos. Você é transparente, Daniel Castro. Senti a depressão e a covardia na tua voz ao telefone. Por mais neutro e digno que tente ser seu estilo, você está lá inteiro, no esplendor da sua insignificância. Vai ser moleza.
Não importa que você não leia minhas mensagens, a conselho de seu analista ou advogado. Os outros lerão. Não importa que você mude seu endereço de e-mail ou ponha um filtro em seu computador. Os outros saberão. Estarei sempre mandando mensagens como essa. Com a mesma frieza com que você e o Ricardo Valladares provocam sofrimento nas outras pessoas. Seja bem-vindo ao Outro Lado.
Aprendi com um samurai cego: para poder bater nos outros, é preciso saber apanhar. Eu vou te ensinar a apanhar, Gafanhoto, lição por lição.
As hemorrídas [sic] do fã purista do pop vão arder.
Antonio Calmon’