Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Luiz Garcia

‘A gente raramente repara naquilo que é notável por não acontecer. Portanto, é bom lembrar um dado positivo na reação de autoridades brasileiras quando o Rio caiu da lista das possíveis sedes dos Jogos Olímpicos de 2012.

De Lula a Cesar Maia, passando por Garotinho/a e Carlos Nuzman, presidente do COB, não houve quem soltasse os cachorros em cima do carteiro.

Traduzindo: embora os problemas de segurança pública tenham sido um dos fatores da rejeição da candidatura carioca, ninguém se queixou de que a mídia local tem prejudicado a imagem da cidade ao noticiar extensivamente os episódios de violência na cidade.

Em São Paulo, TV e jornalões costumam ser mais contidos. Não desprezam os crimes excepcionais – parricídios, por exemplo – mas tratam discretamente a criminalidade nas ruas, inclusive e principalmente nos casos de seqüestro.

No Rio é o contrário. A violência no trânsito, assaltos em calçadas, tiroteios em favelas, choques entre policiais e bandidos, seqüestros e seqüestros relâmpago são tratados como problemas importantes para a população e merecedores de atenção minuciosa, insistente.

A idéia é simples: não se muda a realidade dando-lhe as costas.

Talvez a diferença de atitudes seja uma questão de geografia: na cidade espalhada no planalto, há quase uma fronteira invisível separando a sociedade organizada das áreas marginais (geográfica e socialmente) onde o crime organizado tem suas sedes e comete seus mais sangrentos crimes. No Rio, ricos, classe média e pobres misturam-se: barracos ficam, em certos lugares, a poucos metros das mansões.

Lá, não se conhecem muitos casos de balas perdidas ferindo a classe média. Aqui, a bala perdida nunca ouviu falar em pirâmide social.

Para terminar esta pseudo e desautorizada análise do perfil urbano nas duas cidades: lá, o cidadão, o marginal e miserável teriam cada qual o seu território, com fronteiras razoavelmente nítidas; aqui, o gueto da classe média tem parede-meia com a favela e esta com o condomínio de luxo. Logo, no Rio o registro de todas as formas de violência e perigo interessa a todo mundo.

Muita gente não compreende isso, e acha que aqui a mídia exagera. Isso pode acontecer, ocasionalmente, por erro de execução ou avaliação. No dia-a-dia, no entanto, é visível a intenção de permitir ao leitor/espectador conhecer todas as verdades que mexem com a sua vida, ajudando-o a tomar as decisões que sua consciência e seu instinto de defesa mandarem.

Se, por acaso, o retrato da verdade prejudica um sonho da cidade, precisamos ser antipáticos: azar o nosso. O cidadão tem a compensação de que esse retrato, sendo fiel, aumenta a cobrança de providências ao estado e ao município.

E tem a vantagem de contribuir para definir prioridades – se isso ainda for necessário – no conjunto de obras e projetos que garantirão a segurança nos próximos Jogos Pan-Americanos, aqui no Rio. O carioca tem o direito de cobrar da mídia que por sua vez cobre dos poderes instituídos que a cidade tenha condições de abrigar os Jogos Olímpicos de 2016. Com destaque para o capítulo da segurança.

E sem ninguém cometendo a ousadia de nos pedir para desfocar um pouco a foto.’



TODA MÍDIA
Nelson de Sá

‘Ofensiva’, copyright Folha de S. Paulo, 23/05/04

‘O ‘El País’ entrevistou o presidente do México e deu título para uma declaração de Vicente Fox:

– Existe uma ofensiva pela integração da América Latina.

Ele detalhou:

– Apesar de nós, latino-americanos, nos reconhecermos como irmãos e termos culturas muito similares e raízes históricas muito similares, tem sido difícil. Mas posso dizer que me tocou viver e constatar, nos últimos anos, um renovado esforço por nos encontrarmos.

Fox relacionou iniciativas comerciais e outras como prova de que é ‘uma ofensiva real’.

Como ele, falaram o cineasta Walter Salles, no ‘Le Monde’, e o ministro e pop star Gilberto Gil, no ‘El País’.

Salles deu longa entrevista para dizer que seu filme sobre Che Guevara ‘não é histórico, é um filme do tempo presente’. Trata da ‘busca de uma identidade latino-americana’:

– Nós todos, argentinos, bolivianos, brasileiros ou chilenos, nos sentimos muito próximos e muito distantes.

Para Salles, existe o ‘desejo de um projeto coletivo’, de ‘nos conhecermos, de parar de olhar para os Estados Unidos’.

Gil, também em extensa entrevista, foi na mesma linha. Comentando o próprio filme de Salles, por exemplo:

– Já não estamos tão de costas para o resto da América Latina. Há iniciativas bilaterais, com países como Argentina, Chile, Bolívia. Políticas comuns, uma maior integração de bens materiais e culturais e iniciativas como o ensino de português no México e de espanhol no Brasil. Tudo isso coloca o Brasil num papel importante, de integração e convergência.

Falou também das ‘novas convergências, África do Sul, Brasil, China’, contra ‘este sistema’ que ele descreve como ‘um neocolonialismo que se renova a cada dia’.

Por aqui, Caetano Veloso detonou Lula nas entrevistas de divulgação do show ‘A Foreign Sound’, de canções americanas -que faz ‘estréia nacional’ na quinta, segundo anúncios veiculados também ontem.

Não detonou só o governo brasileiro. Pergunta da revista ‘Época’, resposta dele:

– A música americana é melhor que a brasileira?

– É, sim.

LULA E OS EUA

O ‘Financial Times’ publicou, o UOL traduziu e a Globo noticiou um artigo apontando ‘a missão de Lula à China’ como ‘um desafio para o governo George W. Bush, com sua miopia para os acontecimentos no seu quintal’. A viagem tem ‘grandes implicações geopolíticas potenciais’, ao ‘conectar os maiores mercados emergentes dos hemisférios ocidental e oriental’.

Enquanto a China, prestes a integrar o Banco Inter-americano de Desenvolvimento, dá ‘sinais de um boom de investimentos’ em infra-estrutura da América Latina, as relações dos EUA com países como Brasil e Argentina ‘se deterioraram’. O ‘FT’ sugere que, para evitar ‘até a formação de novos blocos de poder na região’, os EUA ‘têm de parar de excluir a agricultura sul-americana de seus mercados’. E encerra:

– Para dizer o menos, Washington precisa prestar atenção.

Mundo rico

A agência Xinhua, o ‘Diário da China’ e outros jornais chineses iniciaram a cobertura da viagem de Lula no tom oficialesco esperado. Um trecho fala da ‘aliança’ estratégica:

– Brasil e China já tiveram sucessos contra o mundo rico. Juntaram forças para lançar o G20, grupo de nações em desenvolvimento que paralisou as negociações de comércio ao exigir que as nações ricas eliminem os subsídios agrícolas.

A fonte

A controvérsia em torno do iraquiano Ahmed Chalabi, que passou de favorito a desafeto dos Estados Unidos, respinga agora no ‘New York Times’ e no ‘Washington Post’.

Sites e colunas de mídia sublinham que ele foi a fonte da repórter do ‘NYT’ Judith Miller em supostos ‘furos’ sobre a existência de armas de destruição em massa. E que o ‘WP’ ‘inventou’ Chalabi em textos ao longo dos últimos anos.

ONG petista

No dia do lançamento da ONG de FHC, a ‘Veja’ trouxe longa reportagem de denúncia sobre a ‘ONG petista’ de ‘um companheiro de pescarias de Lula’:

– Foi flagrado com uma pilha de notas frias para amparar gastos de dinheiro público.

Sem coloração

A mesma ‘Veja’ noticiou a Operação Vampiro dizendo que ‘desde 1990, quando a quadrilha começou a agir, o Brasil teve 12 ministros da Saúde’:

– Esse tipo de corrupção não tem coloração política. A falta de controle é doença crônica.

Para ilustrar, minifotos de José Serra e outros ex-ministros.

Ex-tesoureiro

O ano promete. Na ‘Época’, o alvo era Ricardo Sérgio:

– Ex-tesoureiro do PSDB sofre chuva de processos por irregularidades da época em que dirigia o Banco do Brasil.

Antes, a revista já destacara as dívidas eleitorais dos tucanos.

FHC E OS EUA

Dias atrás, FHC criticou o distanciamento Brasil/EUA. Ironizou que o país não tem armas para tanto. Ontem, ao inaugurar sua ONG, a estrela foi o ex-presidente Bill Clinton. E ‘O Globo’ descrevia assim o Instituto FHC:

– Uma espécie de ‘think tank’, nos moldes dos que se originaram nos EUA. Nunca se fez coisa igual no Brasil, comenta Fernando Henrique, orgulhoso.

Mais, em ‘O Globo’:

– O reitor da universidade Harvard, Larry Summers, ex-secretário do Tesouro (de Clinton), já propôs cooperação com o instituto. FHC vai dar aulas em Harvard neste ano, além de lecionar na universidade Brown.

A CBN, ontem na cobertura, registrou que ‘o Instituto FHC já tem R$ 15 milhões em caixa’, mas ‘precisará de R$ 150 mil por mês’.’

***

‘Atritos na China’, copyright Folha de S. Paulo, 21/05/04

‘A China, segundo a agência Xinhua, anunciou que apóia a reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Petrobras e Sinopec, estatal chinesa de petróleo, fecharam acordo para investir juntas US$ 7,5 bilhões em prospecção, diz um site australiano.

Duas vitórias da viagem de Lula, antes da viagem. Mas não foram as vitórias nem os novos comerciais do PT sobre a China os destaques do dia.

A nova edição da ‘Economist’ escreve que o Brasil foi tomado por uma ‘febre chinesa’:

– Lula está certo em cortejar a China, mas estaria errado se esperasse parceria sem atritos.

Relacionou de onde podem vir os atritos. Primeiro, ‘a China vai tentar esfriar sua economia superaquecida, o que poderia amortecer o crescimento das vendas do Brasil’.

A ‘Economist’, de qualquer modo, diz que uma consultoria européia de agronegócio avalia que, ainda que seu crescimento caia para 6%, ‘a demanda da China [por soja] vai continuar crescendo’. E os únicos países que podem saciar a demanda são Brasil e Argentina.

Outros atritos poderiam vir de setores brasileiros prejudicados por acordo de livre comércio, ‘os têxteis, por exemplo’.

A ‘Economist’ poderia citar outros atritos. O maior deles foi a exportação pelo Brasil de soja contaminada por agrotóxicos.

Como o ‘Valor’ vem dizendo, um navio com soja foi proibido de descarregar na China, outro estava a caminho e vai voltar, dois outros estão parados no porto de Rio Grande.

O ministro Roberto Rodrigues informa que a China insiste em devolver o produto. Ele diz que ‘o cliente tem sempre razão’, mas quer negociar.

E mais: o ‘Diário da China’ noticiou anteontem relatório do governo chinês criticando os países que estariam erguendo barreiras comerciais.

O relatório se concentra nos EUA, com destaque também para União Européia e Japão. O Brasil, junto com Índia e mais 15 países, é mencionado.

DEMOCRACIA DIRETA

A campanha derrotada do democrata Howard Dean abriu o caminho, segundo o ‘New York Times’, e os sites dos partidos Democrata e Republicano seguiram. Agora eles trazem interação, games, comerciais -e sobretudo mecanismos para doações de campanha.

No Brasil, os sites do PT e PSDB engatinham, mas estão à frente. Mais voltados a Brasília do que aos eleitores ou militantes, priorizam ‘notícias’, o petista ainda preso em parte aos relatos da Agência Brasil; e o tucano preso demais à reprodução dos jornais. No início do mês, o site do PT já disponibilizou os novos comerciais.

Quanto ao financiamento, falta aprender com Dean.

Metrópoles

O ‘Valor’ destacou estudo de Gilberto Dupas (USP), dizendo que ‘as regiões metropolitanas, especialmente São Paulo, foram as mais prejudicadas’ com a ‘precarização do emprego ao longo do Plano Real’:

– De 1996 a 2002, o número de desocupados aumentou 69% em SP e 63% nas outras regiões metropolitanas do país.

Em contraste, o percentual no interior paulista foi de 41%.

Submarino

O Bom Dia São Paulo (Globo), como quem não quer nada, deu que o governo deve anunciar novos investimentos no centro tecnológico de Iperó:

– O projeto do submarino nuclear será beneficiado.

Ovos

Da Jovem Pan, ontem:

– Marta Suplicy foi agredida com ovos e palavrões. Não foi atingida diretamente. Um dos ovos bateu no carro e respingou em seu rosto.

Na Band, viam-se fotos, cenas estáticas, mas só.

Mais bilhete

Segundo o site da CBN, José Serra disse que ‘a Prefeitura não se empenhou pela integração’ do metrô ao bilhete único.

A Jovem Pan registrou que ‘governo estadual e Prefeitura se reuniram, mas terminaram seguindo caminhos diferentes’. E Marta Suplicy respondeu que os tucanos, ‘há anos no poder, foram incapazes de fazer bilhete único do metrô’.

Estratégia

José Dirceu entrou no debate da ‘eleição nacional’ paulistana, afirmando a ‘O Globo’ que o PSDB ‘erra na estratégia’, pois São Paulo é onde o PT tem ‘mais condição de ganhar’.

‘O Globo’ acrescentou que ‘Carlos Augusto Montenegro (Ibope) concorda que as eleições municipais historicamente não refletem questões nacionais’.

‘Zé com Zé’

O colunista Ancelmo Góis, de ‘O Globo’, informa que Dirceu e José Serra ‘vão ficar frente a frente’ no Rio, para um projeto sobre movimento estudantil.

COLEIRA

A charge de Tom Toles no ‘Washington Post’, a partir de foto de ‘abuso’ no Iraque, com George W. Bush dizendo ‘chocante! até onde isso vai na cadeia de comando?’, causa furor nos EUA. O blog conservador Instapundit traz reações como ‘nojento’ e ‘revoltante’. Mas Bush caiu nas garras do humor. David Letterman, da CBS, observou que ele ‘ainda não sabe quando sai do Iraque, embora insinue que poderia ser no início do governo John Kerry’.’

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‘Óleo eleitoral’, copyright Folha de S. Paulo, 19/05/04

‘A Fox News passou o dia debatendo o que fazer para baixar o preço do petróleo.

O problema é eleitoral. No dizer do ‘Washington Post’, ‘o preço em alta virou uma dor-de-cabeça para George W. Bush’. Um dos colunistas conservadores do ‘Wall Street Journal’ foi além e sugeriu:

– Caindo nas pesquisas, Bush bem que podia ter ajuda de seus amigos, um em particular: o embaixador saudita, Band bin Sultan. A Casa Branca conta com o amigão para manter o preço baixo para a eleição.

Segundo o livro de Bob Woodward, foi o que o saudita prometeu -e, ao que parece, quer cumprir. A manchete do site do ‘Financial Times’ dizia ontem que a ‘Opep deve elevar a oferta’. No texto:

– A Arábia Saudita parece ter persuadido até os mais relutantes (países produtores). Venezuela e Irã agora devem ficar ao lado dos sauditas.

O último empecilho é que ‘alguns, inclusive a Venezuela, não querem dar impressão de ceder à pressão dos EUA’.

Aqui, como lá. Os petistas também não querem gasolina cara. O ministro do Planejamento dizia ontem na Folha On Line, sobre reajuste:

– Vamos esperar mais um pouco. A Opep está para concluir uma negociação com o governo americano.

Como ele, o ministro da Fazenda afirmava que ‘ninguém sabe se os aumentos (no exterior) são duradouros’.

O presidente da Petrobras concordou com ambos. Mas achou por bem sublinhar, no site da Globo, que ‘quem decide é a Petrobras’.

SEM SAÍDA

Nick Anderson, 35, desenha para o ‘Courier-Journal’, de Ohio, para o ‘Washington Post’ e outros. É dos raros chargistas que se assumem de ‘esquerda’ nos EUA. Católico, enfrentou seus maiores protestos com os desenhos sobre o escândalo do abuso de crianças por padres. Como se vê acima, é de poucas palavras nas charges, que ‘buscam expressar um ponto de vista tão sucintamente quanto possível’.

2016

Carioca, a Globo sofreu com a notícia em seus telejornais, na Globo News, nos sites:

– O Rio está fora da disputa pelas Olimpíadas de 2012.

Engoliu em seco os motivos. A manchete da Globo.com era ‘Segurança põe fim ao sonho’. Mas logo se recuperou e abriu outra manchete para a frase do presidente do COB:

– Estamos no caminho certo. O Brasil é candidato a 2016.

Morte no Brasil

O site do ‘New York Times’ deu que ‘a eliminação do Rio foi uma ‘surpresa monstro’.

Mas pouco antes o jornal trazia uma resenha, com foto, de um livro que já abre com um crime no Rio. ‘Death in Brazil’, morte no Brasil, vai de ‘Os Sertões’ a PC Farias, sob a sombra da violência -diz o ‘NYT’.

Editoriais

O ‘NYT’ não está contra o Brasil. O jornal acaba de dar dois editoriais elogiosos ao país, um falando da vitória nos subsídios agrícolas, domingo, outro citando o combate à Aids, ontem.

Brasil x UE

Em longa entrevista à alemã ‘Der Spiegel’, o chanceler Celso Amorim diz que ‘ricos precisam se sacrificar mais’ e cobra ‘transparência’ da União Européia. O ministro Luiz Furlan, à agência italiana Ansa, se somou à pressão dizendo que a UE ‘está atrasando’ as negociações.

Trabalho no Brasil

O ministro Luiz Furlan dizia ontem no site do ‘Valor’ que o pessimismo ‘está ficando no retrovisor’, com os números do crescimento. A novidade do dia veio do emprego, primeira manchete do Jornal Nacional:

– Trabalho no Brasil. Vagas na indústria crescem pelo terceiro mês consecutivo. E os empregos com carteira assinada têm o melhor abril em 12 anos.

Arroz

O entusiasmo com o agronegócio tomou agora o jornal ‘Zero Hora’, de Porto Alegre. Sua manchete de ontem era ‘Produtores colhem a maior safra de arroz da história’.

Espetacular

Os ministros da Defesa de Brasil, Argentina e Chile se reuniram ontem, em Buenos Aires, para tratar da missão ao Haiti. A ministra chilena, Michelle Bachelet, já chegou a Santiago dizendo aos sites locais:

– É um avanço espetacular, na cooperação. Será a primeira vez na história com uma força de tal transcendência, expressão da aliança estratégica do Cone Sul, do Mercosul ampliado, que dirigirá operação de ajuda a um país pobre da América Latina.

Integração

No ‘La Nacion’, longo artigo de um especialista argentino propõe aprofundar a integração das forças militares da região, nos moldes europeus.

NOVA ERA

O judaísmo no Brasil pode estar entrando num momento de abertura, segundo a agência Jewish Telegraph, reproduzida em jornais americanos. Em reportagem do fim de semana, descreveu a cerimônia em São Paulo para a aceitação da primeira rabina do país, Sandra Kochmann, no lugar de destaque numa das maiores sinagogas brasileiras. Estavam presentes ‘centenas de rabinos, ativistas comunitários’ e fiéis, inclusive enviados de EUA, Argentina e outros países latino-americanos. Da agência:

– É um dos muitos sinais de mudança, talvez indicando uma nova era do judaísmo na América Latina.

Da própria rabina, formada no judaísmo conservador:

– Estou abrindo portas.’