‘O barroco brasileiro não é arte, e sim artesanato. Sadam Hussein foi o maior comprador mundial de equipamento bélico brasileiro e por isso perdeu todas as guerras em que se meteu. Nosso programa militar para o enriquecimento de urânio é bobagem, porque o país só sabe enriquecer político ladrão. Nossa natureza pode não ser lá grande coisa mas, como não temos nada mais original para mostrar ao mundo, um peixe-boi vale mais do que todos os nossos escritores juntos e um pé de cajazeira, mais do que a penca completa dos cineastas. Etc.
Essas frases vieram, quase literalmente, do livro ‘A tapas e pontapés’, de Diogo Mainardi. É uma seleção dos artigos que, desde 1999, ele publica semanalmente na revista ‘Veja’. Tem um capítulo, ‘Empombações’, em que os leitores chamam o autor de derrotista, frustrado, invejoso, ególatra, leviano, oportunista e mal-humorado. Ele devolve um a um os ‘pesados epítetos’, respondendo por exemplo a Volnei Garrafa, presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (se é que isso existe): ‘Em primeiro lugar, professor, não sou seu amigo. Em segundo lugar, não defendi a descriminalização do aborto, e sim a legalização. Em terceiro lugar, é ‘descriminalização, não ‘discriminalização’. Qual a classificação da Universidade de Brasília no último Provão?’
Mainardi deixou para justificar o título do livro na última linha do último parágrafo. E o suco que ele extraiu de uma lição de Ivan Lessa, seu tutor: ‘Se tiver realmente que escrever, trate o resto da humanidade aos tapas e pontapés’. A essa altura, as 205 páginas anteriores já mostraram o que ele quis dizer com isso. Mas pelo menos se esclarece um paradoxo que intriga quem, depois de conhecê-lo por escrito, encontra Mainardi em carne e osso. De perto, ele um sujeito afável, que anda por aí abrindo espaço na imprensa às caneladas menos por vocação do que por método.
E é exatamente isso que faz o livro ser muito melhor do que a soma de todas as crônicas que foram parar lá dentro. No varejo, às vezes pode parecer que o colunista está procurando briga – ou seja, assunto – só por ter que fechar uma coluna por semana, o que não é brincadeira. Até o Zuenir Ventura ele resolveu provocar, quando veio morar no Rio de Janeiro. Talvez porque, chegando tarde, perdeu a chance de pegar o poeta Carlos Drummond ainda assinando crônicas na imprensa carioca. Perda de tempo. Todo mundo sabe, inclusive Mainardi, que brigar com Zuenir, além de mau negócio, é inútil. Ele não tem espaço na agenda para cuidar dos desafetos.
É no atacado – ou seja, no livro – que a petulância deixa de parecer uma postura e vira um ponto de vista. O que ele disse por exemplo do governo Lula, quando o lulismo estava inchado pelos 96% de popularidade da posse, torna rançoso tudo o que se diz agora do presidente. O próprio Mainardi reclama da concorrência desleal que os retardatários lhe fazem dois anos depois. Lá pelas tantas, declara-se preocupado com a banalização do ‘diogomainardismo’. Teme ser embolado na onda de arrependimento. ‘Peguei no pé de Lula desde os primeiros tempos, para contrastar a euforia plebiscitária que se formou a seu redor’, ele diz. ‘Agora a euforia passou. As pessoas se encheram de Lula e, conseqüentemente, encheram-se de mim, identificando-me como uma espécie de parasita do insucesso petista. Cresci como um verme solitário na barriga do governo, alimentando-me da figura de bom selvagem de Lula, com seu palavreado primário e sua malandragem descarada. Quando Lula acabou, acabei junto’.
Lula não acabou, evidentemente. Nem Mainardi. Mas é curioso ler estas palavras numa semana em que os jornais falam do mais recente papel de Lula na vida pública, o que ele atirou no chão em Tucuruí, depois de desembrulhar e comer um bombom de cupuaçu na festa da inauguração de três turbinas. Diante de uma cena como essa, é possível, até provável que Mainardi, alérgico a tudo o que é tipicamente brasileiro, recomendasse a Lula que em proveito da educação popular da próxima vez jogue o bombom de cupuaçu inteiro, e não o papel. Receberia protestos de leitores ofendidos. Trocaria insultos com a opinião pública. Mas pelo menos trataria com respeito a língua portuguesa. Ele certamente não diria que, no caso, Lula tinha sido ‘politicamente incorreto’, como fez ‘O Globo’, ou cometido uma ‘gafe’, como saiu na ‘Folha de S. Paulo’.
Nos dois casos, houve malversação de cortesia. Gafe é um nome que se dá a indiscrições involunárias e gestos impensados. E os repórteres viram que Lula pensou muito em Tucuruí, antes de se livrar do tal invólucro. Segundo a própria ‘Folha’, antes de se desfazer do papel, que jogou discretamente atrás da cadeira em que estava sentado’, ele ‘segurou o papel com a mão esquerda. Depois, passou para a mão direita. Em seguida, pôs o braço atrás da cadeira ocupada pelo governador do Pará, Simão Jatene, e jogou o papel fora, disfarçadamente’. Isso pode ser tudo, menos gafe.
Incorreção política também não é. Talvez fosse, no tempo em que o velho político Chagas Freitas governava o Rio de Janeiro e enfiava no bolso do primeiro cupincha que estivesse a seu alcance todos os salgadinhos e doces que lhe oferecessem numa favela. Ele gostava muito dos votos dos favelados cariocas. E não de sua cozinha. Mas isso foi em outra época, quando os cariocas, por inexperiência, achavam que já tinham visto tudo em matéria de populismo. Ainda nem tinha chegado dos Estados Unidos a moda politicamente correta.
Mesmo lá, na matriz, ela é capaz de cometer as piores violências com o idioma. Trata o vernáculo a golpes de neologismos, criados expressamente para não dizer aquilo que as pessoas pensam. Do que o presidente fez em Tucuruí, por exemplo. O historiador Jacques Barzun acha que ela até corta cabeças. Sem elas, fica muito mais fácil e convincente dizer que os países pobres estão ‘em desenvolvimento’. Tendo alguma coisa em cima do pescoço, é quase inevitável perguntar se os outros países estão parados, esperando que cresçam as economias ‘em desenvolvimento’.
Anos atrás, o jornalista James Finn Garner atacou essa praga, traduzindo contos clássicos da literatura infantil para o patuá politicamente correto. O resultado é um livro – ‘Politically correct bedtime stories’ – em que Chapeuzinho Vermelho não visita a velha avó, mas uma cidadã da terceira idade com limitações motoras, e Branca de Neve, antes mesmo de se envolver com aqueles sete indivíduos carentes de verticalidade, já é tratada como suspeita de fazer a propaganda do preconceito de cor. Garner mostrou que nenhuma história resiste à linguagem politicamente correta. Portanto, Mainardi nela.’
A ARTE DA ENTREVISTA
José Paulo Lanyi
‘Ao menos, peça emprestado’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 25/11/04
‘O jornalista Fábio Altman vai relançar em dezembro a sua antologia ‘A Arte da Entrevista’, obra que esta coluna recomendou, em outubro do ano passado (leia a resenha ‘Troquei Tchekhov por Madame Satã’). Trata-se de uma seleção, de um dream team de entrevistados e entrevistadores ao longo da história. Alguns dos que responderam: Bonifácio, Marx, Edson, Tolstoi, Freud, Al Capone, Hitler, Picasso, Beckett, Marconi, Shaw, Kipling… Estes perguntaram: Kipling (sim, Kipling), H.G. Wells, Carlos Lacerda, Otto Lara Resende, Samuel Wainer, Paulo Patarra, Oriana Fallaci…
A primeira versão eu li graças ao Miltão Abrucio Jr, que me emprestou esse e outros exemplares da sua biblioteca. Bom pra mim (juro que devolvo).
O paulistano Altman é editor da revista IstoÉ Dinheiro e tem quase vinte anos de carreira. O jornalista ingressou na Veja no dia em que Tancredo Neves foi internado no Instituto do Coração, em São Paulo. Na revista, foi repórter, editor de geral, chefe da sucursal em Salvador e correspondente em Paris. Entre as suas coberturas, destacam-se a Guerra do Golfo e a Guerra Civil na ex-Iugoslávia, duas Olimpíadas e duas Copas do Mundo. Altman também foi editor-executivo da revista Info, editor e editor-executivo da revista Época. Na TV, foi editor regional da Globo no Rio.
‘A Arte da Entrevista’ (Boitempo Editorial) chegará às livrarias no dia 4 de dezembro. A primeira sessão de autógrafos será em 14 de dezembro, às 18 horas, na Livraria Folha Seca, que fica na rua do Ouvidor, centro do Rio. ‘Depois, em março, com o retorno do ano letivo, faremos algo em São Paulo. Uma das idéias é um misto de lançamento tradicional com exposição de desenhos do Loredano publicados no livro’, diz Altman. De acordo com o organizador, o preço da capa ainda está indefinido.
Na primeira tacada, o livro ganhou três edições da Scritta e vendeu cerca de nove mil exemplares. ‘O legal, acho, foi ter virado livro de estudo em algumas faculdades de jornalismo do País. Ainda hoje há quem o procure, daí o relançamento’.
A nova versão tem 480 páginas e apresenta mais de sessenta desenhos do carioca Cássio Loredano. ‘Na capa, de modo muito legal, ele fez uma fila indiana com os personagens. Todos caminham para a direita. Apenas Fidel anda para a esquerda’. A introdução do livro e de algumas entrevistas também foi atualizada.
A entrevista a seguir foi produzida por e-mail. As dúvidas foram sanadas pelo telefone.
Link SP- Além dos traços de Loredano, a nova edição incorpora outras entrevistas?
Fábio Altman- Há duas entrevistas novas no livro. Tim Berners-Lee, o pai da Internet, o criador do conceito de World Wide Web, é entrevistado num chat online no site da revista americana Time, em 1999. O charme desta entrevista: demonstra que, hoje, no mundo plugado, os depoimentos de personalidades podem ser obtidos desta forma, com computadores em pontos diferentes e distantes do planeta. Enfim: temos o José Bonifácio de Andrada e Silva em papéis amarelados e, numa outra ponta, o Tim Berners-Lee online. A segunda entrevista é com Lula, feita para a Caros Amigos, em novembro de 2000, logo depois das eleições municipais daquele ano. Lula saíra como grande vencedor e ali forjou a candidatura que, em 2002, o levaria ao Planalto. É interessante ler aquele depoimento e compará-lo com o que ocorre hoje no governo.
LSP- Como surgiu essa parceria que permitiu as ilustrações?
FA- Loredano é um dos grandes artistas do traço em todo o mundo. É um gênio capaz de traduzir a alma das pessoas a bico de pena e nanquim. É mestre de muita gente. É uma referência para os desenhistas de humor. Nos conhecemos em Barcelona, em 1992. Ele morava ali. Eu estava a trabalho, na cobertura dos Jogos Olímpicos. Jantamos juntos. Descobri, então, uma grande personalidade, tão diversa e interessante como seus traços. Quando a editora Boitempo me convidou para relançar ‘A Arte da Entrevista’, imaginei que seria bacana tê-los [os livros] com ilustrações. O primeiro nome que me veio à cabeça: Loredano. Conversamos, ele topou. E, deste modo, a nova edição é quase um livro de arte – não pelos textos, mas pelos desenhos.
LSP- Partindo da primeira edição: como nasceu a idéia de um livro com entrevistas históricas?
FA- A origem de tudo foi um livro, ‘The Penguin Book of Interviews’, organizado pelo jornalista Christopher Sylvester. Encontrei esse livro numa viagem a Londres. Comprei. Propus à Scritta um volume que, aos famosos internacionais, somasse também brasileiros como Luís Carlos Prestes, Leila Diniz, Getúlio Vargas, Madame Satã, Carlos Drummond, Gilberto Freyre, etc.
LSP- Qual foi a sua linha de pesquisa?
FA- O critério central era termos entrevistas que, de algum modo, tenham produzido mudanças históricas ou quebrado algum padrão de comportamento. Os palavrões de Leila Diniz ao Pasquim, em 1969, entram nessa trilha. O retorno de Getúlio Vargas à cena política depois de falar com Samuel Wainer. Dom Helder Câmara para Oriana Fallaci, em pleno regime militar, foi um escândalo, censurada no Brasil. Pedro Collor, por força de um grande jornalista, Luís Costa Pinto, que deu início ao processo de impeachment do presidente ladrão. Deixei de fora, agora, por exemplo, uma excelente entrevista de Caetano Veloso, feita pelo Geneton Moraes Neto. Saiu porque Caetano fala muito e sempre, e muitas vezes de modo interessante, e isso poderia envelhecer a entrevista. Salman Rushdie também saiu. O motivo: a condenação imposta pelo Irã ainda existe, mas ele agora fala com muito mais freqüência do que antes. Deixou, portanto, de ser algo extraordinário.
LSP- Você tem as suas favoritas no livro?
FA- Freud e Scott Fitzgerald. A do Freud, por demonstrar a intimidade do homem que vasculhou a mente humana. É como se o próprio Freud tivesse deitado a si mesmo num divã. A do Scott Fitzgerald, pela tristeza, pela depressão de um homem mergulhado na depressão e na bebida.
LSP- E as que você considera imperfeitas, embora sejam importantes?
FA- Juro que não é querer escapar da pergunta, sei que isso é péssimo, mas não consigo dizer que uma ou outra seja imperfeita- até porque a imperfeição ajuda a construir uma entrevista.
LSP- O seu livro traz entrevistas históricas, mas não se pretende um compêndio de técnicas de entrevista. Como o estudante de jornalismo deve ler a sua obra, como é que ele vai saber separar o joio do trigo, na hora de perguntar?
FA- Acho que o estudante de jornalismo deve ler as entrevistas como quem vai ao cinema. Para apreciá-las, para se divertir, vez ou outra para pensar. Pode ser útil como exemplo das diferenças entre as diversas modalidades de entrevista. Serve, também, para conhecer as personalidades entrevistadas- e aí, talvez, resida o charme do livro. Mas cabe aos acadêmicos transformar esse lote de entrevistas em lição de casa. Eu não sei fazer isso.
LSP- Quais são a suas orientações para uma boa entrevista?
FA- O bom entrevistador tem que ser sincero e modesto. Se pergunta algo é porque quer realmente saber, e deseja transferir esse conhecimento para o leitor. Entrevistador arrogante resulta em nada.
LSP- A sua obra é uma referência histórica?
FA- Não, não creio que tenha se transformado em referência histórica. Mas acho bacana que seja procurada por estudantes de jornalismo. Lembro, sem falsa modéstia: o livro não é meu. É deles. Quem são eles? Os jornalistas que fizeram as entrevistas. Eu apenas fiz a coletânea. Deu trabalho, claro que sim. Mas nada existiria sem entrevistadores.
LSP- Você conseguiu ou não extrair desse trabalho elementos extras para o seu próprio jeito de entrevistar?
FA- Seria pedante dizer que, a partir da organização do livro, tenha mudado meu jeito de entrevistar. Talvez tenha desenvolvido apenas uma certa inveja, benigna. Assim: ‘Como essa Oriana Fallaci tem coragem de perguntar o que perguntou? Queria fazer assim também’. Ou: ‘E o Samuel Wainer, que fez pousar o helicóptero numa fazenda gaúcha e ali conseguiu fazer falar Getúlio. Puxa, gostaria de conseguir tentos como este’.
LSP- Quais foram as suas entrevistas marcantes, no exercício do jornalismo?
FA- Conto uma história, marcante ao avesso. Em Paris, como correspondente da Veja, cismei em entrevistar o Jean-Luc Godard, que morava na Suíça, na cidade de Rolle. Fui ao catálogo telefônico e lá vi: ‘Godard, JL’. Imaginei: bacana, tenho o número de telefone do escritório, certamente conseguirei falar com uma secretária e, quem sabe, um dia encontro o cineasta. Telefonei. Quem me atende? O próprio Godard e sua voz grave. Fiquei desnorteado, não estava preparado. Travamos o seguinte diálogo:
Godard – O que o senhor deseja?
Eu – Sou jornalista brasileiro, trabalho para uma revista semanal muito importante…
Godard- Não quero saber quem você é ou faz, quero saber o que quer…
Eu – Então… trabalho para uma revista semanal brasileira, muito importante e…
Godard – Sim, mas quero saber o que você quer…
Eu – …
Godard – …não me interessa para quem você trabalha…
Eu- Quero uma entrevista.
Godard – Não dou.’
DE ONDE VÊM AS PALAVRAS
Adriana Cornachione
‘Teresa, de Deonísio da Silva, agora fala Inglês’, copyright Agência Mais Interior (www.maisinterior.com.br), 24/11/04
‘‘O poeta e tradutor irlandês John Lyons, também doutor em letras, está traduzindo para o inglês o romance Teresa, do catarinense Deonísio da Silva, (São Paulo, Editora Mandarim, 1997), baseado na vida de Teresa dÁvila, que viveu na Espanha, no século XVI, o chamado século de ouro. A revista World Literature Today, dos EUA, elegeu-o um dos dez melhores romances brasileiros dos últimos vinte anos. E o anterior, Avante Soldados Para Trás, já publicado em espanhol, atualmente em sétima edição, recebeu o prestigioso Prêmio Casa de las Américas, em júri presidido por José Saramago. Na bagagem de John Lyons, traduções de Jorge Luis Borges, Pablo Neruda e Ernesto Cardenal, entre outros.
Já contratado por outra editora, a Girafa, pelas mãos de Pedro Paulo de Sena Madureira, seu editor há mais de vinte anos, que foi quem o lançou pela Mandarim, o romance vai ser relançado ano que vem, junto com o inédito Goethe e Barrabás, no qual o autor trabalha há quatro anos. O tema são as más escolhas que fazemos na vida. O autor reitera sempre que pode que Pedro Paulo de Sena Madureira é seu editor preferido, o que comprova na prática, pois acompanhou sempre o amigo, primeiro na Sicliano, que publicou dez livros seus, e agora seguindo com ele para A Girafa. ‘Sem Pedro Paulo, eu não teria edições tão bem cuidadas e o prestígio que ele transfere aos autores que edita, dadas as boas escolhas que faz nas equipes formadas nas editoras onde trabalha; Pedro Paulo acompanha o original, do autor ao leitor. É meu talismã. Não apenas por garantir sempre o trato justo por meio de conversa clara, como por dar tratamento profissional a autores e livros’.
Deonísio da Silva está trabalhando no Rio, onde dirige o Instituto da Palavra e o Curso de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá. Seu mais recente feito é a 14a. edição de De Onde Vêm as Palavras (Editora A Girafa), com 70% de material inédito em relação às edições anteriores.
A foto desta matéria, de Adriana Cornachione, feita de uma leitura no Sesc, em São Carlos, interior de São Paulo, flagra o momento em que o autor faz leitura de um capítulo no programa Literatura em Foco. O romance, já transposto para o teatro, com Angela Sassine, Petrônio Gontijo e Cacá Amaral, dirigidos por José Nelson de Freitas, está sendo roteirizado pelo cineasta gaúcho João Massarolo, que pretende começar as filmagens em 2005.
Deonísio esteve recentemente em Joinville, apoiando projetos literários da Döhler e da livraria Midas.’