Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mario Lima Cavalcanti

‘No último dia 29 de março, a convite do Comitê para Democratização da Informática do Paraná (CDI-PR), participei da Semana da Inclusão Digital em Curitiba falando um pouco sobre a função social da Internet e sua relação com o jornalismo. A linguagem da Internet foi um dos pontos que mais interessou ao público, que já estava munido de perguntas sobre o assunto. E coincidência ou não, ainda sobre linguagem da Internet, o New York Times publicou nesta semana um artigo falando do ‘New Games Journalism’, uma tendência que está se formando entre jornalistas que cobrem videogames.

O chamado ‘Novo Jornalismo’, para quem não conhece o termo, foi inventado em meados dos anos 60 e 70 por jornalistas que começaram a expressar ao máximo em artigos não só suas opiniões, como também pensamentos e sentimentos. Segundo a Wikipedia, a estrutura do ‘New Journalism’ se parece mais com a de uma carta do que com a de um conteúdo noticioso e o, digamos, movimento, foi criado pelo jornalista e novelista norte-americano Tom Wolfe, que tendo dificuldades numa determinada matéria, mandou para o seu editor um texto em formato de carta, com uma narrativa própria, não-estruturada. O editor gostou tanto que usou o texto daquele jeito mesmo.

Voltando ao presente, Mark Wallace, colunista do NYTimes.com, nos fala sobre o que vem sendo chamado de ‘New Games Journalism’, uma nova forma de se escrever sobre jogos eletrônicos (leia aqui jogos para consoles e computadores). De acordo com Wallace, muitos jornalistas especializados em jogos para computadores (os chamados em inglês de ‘game reviewers’) começaram a adotar com intensidade a primeira pessoa em seus textos. E se antes muitas análises de jogos costumavam cobrir atributos como, por exemplo, ação; originalidade; jogabilidade; e dificuldade para se derrotar um determinado vilão, de um tempo para cá, ainda segundo Mark, alguns jornalistas de jogos começaram a dar um toque mais pessoal às suas matérias, usando uma narrativa similar a do ‘New Journalism’ que, a meu ver, cria uma aproximação maior com esse tipo de público.

Para Eduardo Spohr, jornalista especialista em mídia digital e que já escreveu para diversos canais de jogos na Internet, essa aproximação é mais do que natural: ‘O século XXI é o século da interatividade. Cada vez mais os veículos terão necessidade de se aproximar de seus espectadores, e de se comunicar com eles. Essa aproximação se reflete também na linguagem, e esse é justamente o caso do ‘new games journalism’. O público que gosta de jogos, em particular, tem uma linguagem muito própria; eles constituem uma comunidade específica. Daí a importância dos game reviewers conhecerem suas preferências, seus jargões. Na era do hyperlink, todo mundo vai direto ao ponto, e por isso o artigo deve atingir fundo o interesse do leitor.’, diz.

Um dos maiores entusiastas do ‘New Games Journalism’, o inglês Kieron Gillen escreveu em seu weblog uma espécie de manifesto sobre o movimento, abordando também seu estilo e um pouco sobre o mercado de jornalistas de jogos eletrônicos. O blog já é lido por outros redatores do gênero e pode ser visto como um dos primeiros pontos de partida para conhecer melhor o assunto.

Acreditando que o acompanhamento do constante movimento da linguagem ajuda no desenvolvimento do intelecto, vejo essa forma de escrita como algo que deve ser observado, ainda mais num momento quando a norma culta vive intensos conflitos com a ‘net speak’. É observar e pinçar o que for proveitoso.’



INTERNET
Carlos Franco

‘Herdeiros da bolha, 5 anos depois’, copyright O Estado de S. Paulo, 10/04/05

‘O empresário Alexandre Accioly, de 43 anos, vai investir R$ 65 milhões nos próximos dois anos em novos projetos, a maioria ligados ao entretenimento na cidade do Rio de Janeiro.

De São Paulo, o empresário Marcos de Moraes, de 39 anos, vai investir R$ 100 milhões também nos próximos dois anos para que a cachaça Sagatiba vire moda na Europa. O produto já ganhou até campanha de publicidade criada pela agência britânica Saatchi & Saatchi – no Brasil, associada à F/Nazca. Ele produz mensalmente 1,8 milhão de litros, mas quer aumentar as vendas, e rápido.

Em comum, Accioly e Moraes ganharam notoriedade e muito dinheiro ao dar o pulo do gato no momento certo, vendendo suas empresas pouco antes que os negócios de internet virassem pó com o estouro da bolsa americana de valores de internet e tecnologia, a Nasdaq, que afetou esses negócios ao redor do mundo há cinco anos. Hoje, eles são os mais destacados e ricos herdeiros daquela bolha.

Em fevereiro de 2000, meses antes da Nasdaq ir ao chão, sepultando sonhos de quem investia grandes somas na internet, Moraes vendeu por US$ 365 milhões o portal Zip.net para a Portugal Telecom. Foi o maior negócio da internet brasileira, que serviu para que o grupo português ficasse sócio do provedor UOL e, com esse ativo, conquistasse ações do Grupo Folha da Manhã, que edita o jornal Folha de S. Paulo. Pode parecer absurdo, mas nessa época os valores eram altíssimos.

Um ex-executivo do Zip.net diz que Moraes teve a habilidade de vender vento por muito dinheiro. A aventura começou em 1996, quando criou o e-mail gratuito zip.mail, que desembocou no portal, com muita informação para o público jovem. Moraes nega a versão de que teria vendido vento aos portugueses do grupo comandado por Francisco Murteira Nabo. ‘Naquele momento, a minha intenção era captar recursos, pensava em US$ 50 milhões para ampliar o portal devido ao crescimento dos e-mails e tirando partido do nosso conteúdo diferenciado. Mas apareceram cinco interessados, e um fez uma oferta melhor, irresistível. Só isso’, relembra hoje Marcos de Moraes.

Ele começou a injetar o dinheiro em novos negócios. Na área editorial, mantém sociedade com a editora das revistas Trip e TPM, dirigidas ao mesmo público jovem que fez o sucesso e a fama do Zip.net. A grife de moda Mandi foi por terra. ‘Perdi dinheiro, mas isso é do jogo’. Moraes diz que, nesse negócio, foi vítima de trapaças de diretores no exterior. Só que deu a volta por cima e aportou recursos para criar a Sagatiba, com a qual pretende conquistar o mundo.

As pretensões de Accioly não são menores do que as de Moraes. Quem apostava que ele perderia dinheiro após a venda da QuatroA, em 1999, uma empresa de call-center que fundou e da qual dividia o controle com o Unibanco, errou feio. Ele tem transformado em mais dinheiro a parte que lhe coube dos US$ 170 milhões que a Telefônica pagou pela QuatroA, atual Attento.

Hoje, Accioly tem participação em 18 empresas, muitas delas de tecnologia, onde sempre teve tino para o negócio e tem exercitado o seu lado celebridade abrindo espaços onde desfilam famosos.

Também é sócio da família paulista Fasano, ao lado de João Paulo Diniz, no restaurante Gero, em sua versão carioca. Com os sócios Luciano Huck e Luís André Calainho, tem participação nas rádios Jovem Pan e Paradiso. Também com Calainho sonha resgatar a casa notura Noites Cariocas, no Morro da Urca. É do alto do Pão de Açúcar, o cartão postal do Rio, que Accioly parece enxegar mais longe os seus negócios. Em sociedade com Ricardo Amaral tem o restaurante Mix e sonha abrir mais dois, além de uma grande casa de shows.

Pegando carona na onda de academia de ginásticas, promete investir R$ 26 milhões na rede @cademia.

Para o menino que foi criado no Leblon e que brincava com crianças pobres do conjunto habitacional Cruzada de São Sebastião, erguido pelo arcebispo d. Hélder Câmara, os hábitos mudaram. Accioly, agora, freqüenta com desenvoltura o hight society. E gosta disso. Ao completar 40 anos, fez uma festa na Ilha Fiscal, mas não perdeu o poder como d. Pedro II, que, às vésperas de perder o trono, em 1889, fez a última festa de arromba do império naquele lugar.’



Renato Cruz

‘Orkut rende-se ao Brasil e passa a falar português’, copyright O Estado de S. Paulo, 7/04/05

‘Eles não admitiriam, mas alguma coisa deu errada com o site americano Orkut, que oferece serviços gratuitos de relacionamento, para as pessoas manterem contato com amigos. Ontem, 66,49% dos inscritos eram do Brasil. Os Estados Unidos, em segundo lugar, tinham somente 8,5% do total, seguido do Irã (6,72%) e do Paquistão (3,53%). A presença maciça dos brasileiros fez com que o Orkut, que pertence ao Google, lançasse na segunda-feira a sua versão em português, a primeira em uma língua estrangeira.

O turco Orkut Buyukkokten, criador do serviço, que mora em Mountain View, na Califórnia, não poderia imaginar que isso fosse acontecer. A empresa colocou um aviso em sua página de notícias, em português: ‘A equipe do Orkut tem o prazer de anunciar que a interface de usuário do Orkut.com está agora disponível em outro idioma – português! As guias no topo da página, os botões que você clica, a descrição sob o seu nome, etc., foram todos traduzidos. Muitos de nossos usuários brasileiros nos pediram para que o site estivesse disponível na língua oficial de seu país. E aqui está! (…) Português é a primeira tradução do site Orkut.com. Esperamos que muitos outros idiomas estejam disponíveis futuramente!’ Ele só não traduziram o ‘stay beautiful’, colocado antes da assinatura da ‘Equipe Orkut’.

Em agosto do ano passado o Orkut já havia colocado um anúncio no site, procurando pessoas que tenham o português como primeira língua, de preferência o português brasileiro, para darem suporte online aos clientes. O objetivo do Orkut é criar comunidades, para que pessoas interessadas em um assunto determinado possam se reunir e discuti-lo. Uma delas, criada para tratar da invasão brasileira no serviço, chama-se WTF a Crazy Brazilian Invasion e tem 1.796 inscritos.’



Clarissa Oliveira

‘Segurança na internet chega à publicidade’, copyright O Estado de S. Paulo, 6/04/05

‘O Movimento Internet Segura (MIS), programa desenhado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.Net) para promover a segurança na rede mundial de computadores, anunciou um investimento de R$ 2 milhões em estratégias publicitárias. A iniciativa, que envolve anúncios em mídia impressa e digital, deve ajudar a levar aos internautas informações sobre como evitar fraudes e roubos de dados por meios eletrônicos.

Segundo a entidade, a campanha foi encomendada à agência AWG Comunicação – Working Group e terá o slogan ‘Pratique Internet Segura’. A campanha se soma a um site criado pelo MIS no final do ano passado, onde estão disponíveis os mais variados tipos de informação sobre prevenção de fraudes eletrônicas.

De acordo com dados levantados pelo Grupo de Trabalho Anti-Phising (APWG, na sigla em inglês), o Brasil é atualmente o 4.º país com mais sites de phising, que utilizam e-mails falsos para pescar informações como dados bancários, senhas e números de cartão de crédito de internautas. Ainda segundo o levantamento, a ocorrência desse tipo de ataque vem crescendo cerca de 25% ao mês no País.

Criado em setembro do ano passado, sob coordenação da Câmara-e.Net, o MIS tem apoio de grandes empresas que realizam negócios na rede, como American Express, Banco do Brasil, Extra.com.br, Microsoft, Redecard, Submarino e Visanet. Além disso, a entidade tem apoio de varejistas como Americanas.com, Somlivre.com, Livraria Saraiva, Magazine Luiza e Shoptime.’



Robson Pereira

‘O algoritmo Skrenta e a morte do papa’, copyright O Estado de S. Paulo, 6/04/05

‘Rich Skrenta é o nome da vez na internet e sério candidato a trilhar o caminho percorrido antes por Jerry Yang (Yahoo), Sabeer Bhatia (Hotmail), Jeffrey Bezos (Amazon) e Larry Page (Google), entre outros desbravadores do mundo digital, hoje milionários. Nada mal para quem começou a vida profissional escrevendo o primeiro vírus para computador, algo que não deveria ser motivo de orgulho, mas que o próprio autor faz questão de ostentar no currículo exibido em sua página pessoal na web.

O primeiro passo de Skrenta foi dado com o Topix, um curioso portal de notícias, que mal completou o seu primeiro ano de existência, mas que já é apontado como a grande aposta do ano no agitado mundo digital. Há duas semanas, três entre os maiores conglomerados de mídia dos Estados Unidos – Gannett, Knight Ridder e Tribune, que juntos controlam 160 jornais diários, 50 emissoras de TV e uma infinidade de endereços na internet – anunciaram a compra do Topix.net (www.topix.net).

Tamanho interesse surpreendeu muita gente, mesmo porque o Topix sequer é original. Pelo contrário, é claramente ‘inspirado’ no Google News, um braço do Google especializado em notícias, que reúne uma audiência bem maior do que o seu concorrente recém-chegado ao mercado. Provavelmente continuaria sem despertar maior atenção não fosse o súbito interesse dos três gigantes. O valor do negócio não foi revelado. Sabe-se apenas que Gannett, Knight Ridder e Tribune ficarão com 75% do Topix e o restante permanecerá nas mãos do próprio Skrenta, que continuará ‘tocando’ o portal.

O Topix, como o Google News (news.google.com) , é um agregador de notícias. Funciona com base numa ferramenta que vasculha 10 mil endereços de notícias várias vezes por dia e distribui as histórias em milhares de categorias diferentes, como se cada uma delas fosse uma editoria ou um caderno de jornal. Tem hoje cerca de 150 mil canais diferentes, que incluem, por exemplo, 32.500 cidades americanas – sim, notícias possuem um CEP na metodologia do Topix -, 5.500 empresas públicas, 50 mil celebridades, 1.500 equipes esportivas e todas as universidades do país.

Chega ao requinte de oferecer ‘notícias’ específicas sobre cada modelo de automóvel produzido nos Estados Unidos. Sob o ponto de vista de quantidade, é disparado o maior endereço da internet, o que não significa dizer que é o mais procurado pelos leitores.

Mas o que torna mais intrigante a parceria é que, ao contrário dos sócios ilustres, o portal de Skrenta não publica uma única história própria. Sequer tem nos seus quadros (nove funcionários, o chefe incluído) um só redator. Tudo no site é trabalho de ‘editores não humanos’, uma expressão que Rich Skrenta utiliza para definir o software desenvolvido por ele, com base em algoritmos que recolhem as notícias publicadas por terceiros, fazem a indexação por áreas de interesse e organizam as histórias automaticamente nas páginas do Topix.

Antes de serem exibidas, as histórias são reunidas em um ranking, que define o suposto interesse por determinado assunto (o número de vezes em que o tema aparece nos 10 mil endereços pesquisados) e a posição que a notícia ocupará nas páginas do Topix, algo que os administradores do serviço definem como ‘a geocodificação das histórias’. Quanto melhor o ranking, maior destaque a notícia terá. ‘É o estado da arte da inteligência artificial’, afirma Skrenta no site, num auto-elogio ao seu algoritmo.

Não é tarefa fácil entender os critérios utilizados pelo Topix, por mais que tentem ser explicados. Na semana passada, quando o papa ainda agonizava e as atenções do mundo inteiro estavam voltadas para Roma, as três notícias no topo do ranking eram, pela ordem, o soldado americano condenado pela corte marcial, uma compreensível repercussão sobre a morte da americana Terri Schiavo (com crédito para a WTLV, de Jacksonville (???), e a viagem da primeira-dama Laura Bush ao Afeganistão, em relato da KXAN Austin. Não deu para entender.

Na madrugada de domingo, após o anúncio da morte do papa João Paulo II, uma manchete unânime, exceto, talvez, nos sites chineses de notícias e no próprio Topix, o ranking criado por Skrenta elegeu para destaque principal as articulações do presidente George W. Bush para incluir um republicano do Mississippi em uma comissão criada pelo Senado para discutir temas militares, notícia publicada três horas antes sem maiores alardes pelo Boston Globe. O assunto recebeu ‘nota’ 6,9 do algoritmo Skrenta, a maior entre as 150 mil notícias publicadas naquele horário pelo Topix, bem acima de um 6,2 concedido a uma repercussão sobre a morte do papa publicada pela BBC.

É possível que os três poderosos produtores de notícias tenham visto em Skrenta e no seu portal algo que tenha escapado aos observadores menos atentos, entre os quais faço questão de estar incluído. Até porque a compra do Topix representa apenas um capítulo de uma série recente de incursões de grandes e tradicionais empresas de mídia no mundo digital, numa lista que inclui, entre outros, endereços como ShopLocal.com, CareerBuilder.com, MarketWatch, Cars.com, Apartments.com e About.com. Onde e como Skrenta e o seu Topix se encaixam nesta estratégia, não faço a menor idéia.’



O Estado de S. Paulo

‘Intelig vai distribuir sanduíche-iche por e-mail’, copyright O Estado de S. Paulo, 6/04/05

‘‘Elas precisam saber-saber que até o sanduíche-iche pode ter um valor nu-nu-nutri-tri-tri adequado!’ Com esta frase, a nutricionista pernambucana Ruth Lemos tornou-se uma celebridade da internet. Nos próximos dias, a Intelig começará a distribuir, também via rede, uma propaganda estrelada pela nutricionista. Em que, obviamente, ela repetirá a expressão ‘sanduíche-iche’, que virou sua marca registrada.

Tudo começou com uma entrevista transmitida ao vivo pela afiliada local da Rede Globo, em 26 de agosto do ano passado, Dia da Nutricionista, em que Ruth viu-se atrapalhada pelo ponto eletrônico, em que ouvia sua própria voz com atraso, e começou a repetir, involuntariamente, o fim das palavras.

O vídeo começou a ser divulgado pelo internet e virou febre. Numa busca no site de pesquisas Google, havia ontem 545 referências a sanduíche-iche. No Orkut, existem 63 comunidades dedicadas a Ruth Lemos. A maior delas com mais de 12 mil inscritos. A entrevista da nutricionista ganhou uma versão em forma de piada animada no site Humortadela e virou letra de funk carioca. Desde fevereiro, foi veiculado várias vezes pelo programa Pânico na TV, da RedeTV. Em entrevista a este jornal, no mês passado, Ruth desabafou: ‘Não sou gaga, nem maluca, nem burra’.

Ao que parece, passou a revolta da nutricionista com a situação. Apesar de ter se tornado motivo de piada, Ruth ganhou a simpatia, manifestada via internet, de muitas pessoas que riram com a sua entrevista. ‘Não tenho detalhes, mas não foi difícil convencê-la’, afirmou a diretora de Comunicação e Marca da Intelig, Vânia Carvalho. ‘Ela está aproveitando este momento de celebridade.’

O filme, com quase um minuto, não irá para a televisão. ‘A idéia é aproveitar a febre criada na internet’, explicou Vânia. ‘Não nos interessava investir no meio televisivo’. A proposta partiu da agência da Intelig, a Giovanni,FCB. O filme será enviado para uma série de endereços de correio eletrônico pela Datamídia, do mesmo grupo da Giovanni,FCB, e estará também disponível no site da Intelig.

A operadora espera aproveitar-se do fenômeno do marketing viral. As pessoas que receberem o filme, e o acharem engraçado, devem enviar cópias para amigos, divulgando a marca da empresa. ‘Além de vender minutos de ligação, queremos associar a imagem bem humorada à marca.’’



Folha de S. Paulo

‘Vendas do Submarino sobem 58%’, copyright Folha de S. Paulo, 8/04/05

‘O portal de varejo eletrônico Submarino faturou R$ 99 milhões no primeiro trimestre com vendas, um avanço de 58% sobre o mesmo período de 2004. Segundo a empresa, a promoção de material didático impulsionou os pedidos.

Houve aumento também no montante de pedidos, que tiveram um acréscimo de 503 mil encomendas sobre o primeiro trimestre de 2004.

O Submarino contava com uma base de 914 mil clientes ativos até dezembro do ano passado, segundo o balanço de 2004.

Criado em junho de 1999, o Submarino -que lucrou R$ 6,3 milhões em 2004 após uma seqüência de prejuízos anuais desde sua fundação- fez sua primeira oferta pública de ações no final de março.

O mercado mostra que o entusiasmo inicial arrefeceu um pouco a partir da estréia: o ativo da empresa acumula queda de 18,6%, motivada, segundo analistas, pelo preço inicial alto demais formado na oferta pública aos investidores. No pregão de estréia, o valor do papel chegou a subir 6,8%.’