‘Depois da recente decisão por parte do jornal norte-americano New York Times de integrar suas operações impressa e online – pretendendo colocar as redações lado a lado em um único espaço físico na sede do veículo -, agora é a vez do Sporting News, magazine esportivo também dos Estados Unidos, investir em mudanças significativas. Porém, nesse caso, o foco é o leitor. E bota foco nisso.
O Sporting News já tem um histórico de mudanças e apostas se pensarmos que, o que começou com uma simples revista sobre beisebol, hoje é um magazine esportivo amplo – cobrindo quase tudo com particularidade, incluindo automobilismo, golfe, tênis, futebol, corridas de cavalo, boliche e diversas ligas (NFL, NBA, NHL, NASCAR etc) – e uma empresa de mídia sólida que possui uma divisão de livros, uma estação de rádio e um website independente.
A presença do Sporting News na Internet conseguiu desde sempre ser mais que uma vitrine virtual de revista e, hoje em dia, o site está cada vez mais buscando entender o que os leitores representam. A última aposta realizada pelo veículo – e aonde eu queria chegar – foi a de buscar tratar cada leitor com o máximo de atenção e distinção, criando uma espécie de ranking de usuários baseado na interação e na experiência deles em relação ao universo esportivo. Além disso, cada leitor pode ter um weblog pessoal (olha o Comunique-se aí!), trocar mensagens com outros usuários online (olha ele aí de novo!) ou criar suas próprias análises esportivas, essa última característica, aliás, uma tacada de mestre. Seria o equivalente a um usuário brasileiro fanático por futebol ter o poder de ser técnico da Seleção Brasileira ou de gerenciar um time de futebol (quem não gostaria?).
Fiz um cadastro gratuito no Sporting News para experimentar a nova versão (ainda beta) e, principalmente, para conferir o funcionamento do ranking. Na prática, a proposta sugerida pelo site baseia-se também na aprovação ou rejeição de comentários postados. Cada leitor, dependendo das suas taxas de participação e performance, pode ser classificado em Rookie (Iniciante), Sophomore (Intermediário), Veteran (Veterano), All-Star (Estrela) ou MVP (Most Valuable Player/Professional, ou Jogador Mais Valioso). Se o usuário se mostra um ‘expert’ num determinado assunto, recebe um ‘certificado virtual’ correspondente. O esquema de porcentagem montado lembrou o conceito de karma utilizando por alguns sites de colaboração participativa, como o Plastic.com, o que torna um leitor um ser cada vez mais confiável perante os olhos de outros usuários.
Quando às vezes é falado que o jornalismo online deve buscar ao máximo explorar propriedades da Internet, não se resume ‘somente’ a apostar em áudio ou vídeo. Esse tipo de interação está fadado ao sucesso e se mostra uma grande ferramenta de fidelização, fazendo com que o usuário sinta gosto em participar, em navegar, em se informar.
Steve Klein, professor e coordenador do programa de jornalismo eletrônico no Instituto Poynter, comentando a nova aposta do Sporting News em um post no Poynter.org, diz que ‘se a Internet fez de qualquer pessoa um editor no século 21, ela é capaz de tornar também qualquer fã de esporte um gerente’. Obviamente o comentário de Klein não precisa ser levado ao pé da letra, mas podemos puxar para o lado da facilidade e das possibilidades no meio online. Que apostas como a do SportingNews.com ajudem a agregar interesse e desenvolver o meio online. Até a próxima!
Conhece alguma forma de interação semelhante ao do Sporting News? Quer participar com comentários? Utilize o formulário abaixo e deixe registrada a sua opinião!’
INTERNET
‘Banco de imagens vira ferramenta de aula’, copyright Folha de S. Paulo, 21/08/05
‘Na sala de aula, a professora explica os diferentes tipos de ocupação do território norte-americano. Fala sobre as grandes cidades das costas leste e oeste e as compara com as fazendas mecanizadas da região central.
Com os olhos arregalados e o queixo caído, os alunos mal piscam: não querem perder os detalhes das imagens captadas por satélite que são projetadas no telão e permitem um verdadeiro vôo sobre os Estados Unidos, incluindo um passeio dentro do Grand Canyon que arranca exclamações.
A cena ocorreu na semana passada no colégio Bandeirantes, em São Paulo, numa aula experimental com o Google Earth -banco de imagens aéreas que virou mania. No Orkut (rede virtual de relacionamentos) são 222 as comunidades sobre o serviço -a maior delas possui quase 3.800 pessoas.
Com o serviço, é possível visualizar qualquer ponto do globo terrestre com um alto nível de resolução. Em algumas cidades norte-americanas, como Cambridge, dá para ver detalhes como as linhas desenhadas no chão de uma quadra de tênis. Nas comunidades virtuais, os usuários lançam desafios entre si, como encontrar um vulcão em erupção na Ásia ou, num determinado bairro de São Paulo, um jardim em forma de borboleta. O serviço é gratuito.
‘Dou aula de geografia há 20 anos, e eles não se envolviam tanto. Agora é muito mais fácil’, afirma a professora Regina Mara da Fonseca, que foi apresentada ao Google Earth por um aluno. ‘Vi meu irmão usando e achei que seria bom para nossa aula’, diz Paulo Luiz Dias dos Santos Filho, 13.
O mesmo aconteceu com o professor de geografia Roberto Almeida, do colégio Rio Branco. ‘Um aluno me avisou em abril e, depois das férias, isso virou uma febre. A meninada começou a procurar em casa e um dos trabalhos que estou corrigindo já trouxe comparações feitas com imagens do Google Earth.’
‘Nunca gostei muito de geografia e achei que o programa não ia ser útil, mas, quando comecei a mexer, achei muito legal ver mapas e procurar cidades’, conta Daniel Ruggeri Correa, 15, que anota as coordenadas mais curiosas no caderno para trocar informações com os amigos.
Endereços
Já Daniel Recco, 15, usou o serviço até para descobrir o caminho que precisaria fazer para ir a um endereço. ‘Eu tive que ir de ônibus. Meu pai indicou na internet como era todo o trajeto.’
Para Teresa Gallotti Florenzano, pesquisadora do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a febre do Google Earth pode estimular os professores a trabalhar mais com imagens captadas por satélite. O instituto oferece, anualmente, um curso que prepara professores de todo o país para esse tipo de atividade. ‘Com imagens antigas e novas é possível mostrar o crescimento da mancha urbana ou o desmatamento causado por queimadas, por exemplo’, conta Florenzano, para quem uma das imagens mais belas do Google Earth é o contraste entre deserto e culturas no vale do rio Nilo, no Egito.
O interesse pelo tema também atinge quem já saiu da escola. Apaixonado por mapas desde criança, o publicitário Daniel Brum, 33, se diz quase ‘enlouquecido’ com o serviço. ‘O mais incrível é que você aprende várias coisas brincando.’
LEIA MAIS sobre serviços gratuitos de localização espacial nos sites earth.google.com; maps.yahoo.com; www.dpi.inpe.br; mappoint.msn.com; www.virtualearth.com’
Sérgio Dávila
‘‘Homens de Preto’ antecipou buscas por satélite’, copyright Folha de S. Paulo, 21/08/05
‘No filme ‘Homens de Preto’, o personagem interpretado por Tommy Lee Jones usava um mecanismo avançadíssimo, a que apenas os homens de preto da ultra-secreta (e fictícia) agência americana tinham acesso, para localizar o endereço de sua ex-mulher e, com ajuda de um satélite, se aproximar, se aproximar, se aproximar, até vê-la ao vivo, regando flores no jardim de casa.
O filme de Barry Sonnenfeld é de 1997. Imagine o número de ‘geeks’ (‘nerds’, em português) que assistiram à cena e pensaram: ‘E por que não?’
Menos de oito anos depois, Sergey Brin e Larry Page, os dois übergeeks de Mountain View, na Califórnia, tornam a ficção realidade. Ou quase. Com um download e alguns cliques no Google Earth você não vê sua ex-mulher regando plantas, mas pode enxergar o teto da casa dela, a rua em que ela mora e mesmo traçar o percurso de carro que faz seu cheque de pensão até a conta dela.
Eu tenho o recurso em meu laptop desde que visitei a sede do Google no semestre passado e seu laboratório anunciou a novidade. É impressionante. Digite, por exemplo, ‘Church Street at Barclay Street’, a esquina onde se encontrava uma das faces de uma das torres do World Trade Center, em Nova York, e onde eu me encontrava naquela manhã terrível de 11 de setembro de 2001.
Em vez dos escombros, você verá um carrinho vermelho mostrando que chegou ao local. Aproxime-se um pouco mais usando o recurso do ‘zoom’ e deixe a imagem em plano horizontal usando o recurso ‘tilt down’. Verá que parte da parede ainda está lá, esperando a decisão política que nem a prefeitura nem a população de Nova York tomou sobre o que fazer com o local.
Mas rumemos a lugares mais alegres. Digite ‘Central Park’, e pronto. Eis o reservatório onde os esportistas correm, o lago do parque central de Manhattan, a ala dos museus ao longo da Quinta Avenida, com o inconfundível retângulo do Metropolitan e as ruas que abrigam alguns dos prédios mais caros do mundo.
Agora é hora de clicar no recurso ‘fly to’ (voe para). Onde? ‘Sao Paulo, Brazil’. Em dez segundos você faz uma viagem que dura nove horas. E cai num lugar em que se destacam as vizinhas ‘Atalaia’ e ‘Capela’. Erro feio. O Google Earth conduziu o incauto viajante à cidade homônima da capital paulista no interior de Alagoas.
Falha grave. Digite ‘Sao Paulo, Sao Paulo, Brazil’. Mesmo resultado. O negócio é colocar ‘Brazil’ e encontrar a ‘cidade na mão’.’
Folha de S. Paulo
‘Sites de mídia devem faturar até US$ 1,4 bi’, copyright Folha de S. Paulo, 20/08/05
‘As receitas obtidas na internet pelas publicações norte-americanas -jornais e revistas- chegarão a US$ 1,4 bilhão em 2005 e devem aumentar nos próximos anos, segundo um estudo divulgado na última quinta-feira.
O faturamento com publicidade cresceu em 2004 em um ritmo mais acelerado no setor de mídia do que na web como um todo.
Os anúncios em sites de jornais e revistas movimentaram US$ 1,03 bilhão, segundo o estudo Online Publishing, da empresa de análise eMarketer.
O número representa um aumento de 38% em relação a 2003 e a perspectiva é que as receitas continuem crescendo, até chegar a US$ 2,26 bilhões em 2008. ‘O consumo de notícias na rede está em constante aumento’, disse Ezra Palmer, diretor da empresa.
Os usuários de internet prestam agora mais atenção aos conteúdos e, em particular, a notícias da atualidade. Ao mesmo tempo, os anunciantes começam a levar cada vez mais em conta as possibilidades que a rede oferece, segundo o relatório.’
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‘Mídia dos EUA se rende a sites de apostas’, copyright Folha de S. Paulo, 21/08/05
‘Até recentemente, a mídia norte-americana evitava aceitar anúncios de jogos de aposta on-line, já que são ilegais nos EUA. O lucro desses sites, contudo, tem feito a mídia mudar de idéia.
O site espanhol PartyGaming.com, por exemplo, é avaliado em US$ 10,1 bilhões.
Em 2003, o Departamento de Justiça dos EUA disse que aceitar esses anúncios é ser cúmplice na ilegalidade. O governo não processou nenhuma empresa, mas o aviso foi o suficiente para que a mídia -como o Google e o Yahoo!- se afastasse dos jogos virtuais. Mas no trimestre passado o site Bodog’s conseguiu anunciar nas revistas ‘Esquire’ e ‘Fast Company’.
‘O jogo virtual está crescendo’, disse Joseph Kelly, co-editor da ‘Gaming Law Review’. Sobre o aviso do Departamento de Justiça, ele acrescenta: ‘Em algum momento, alguém terá que parar de blefar’
Governo japonês quer criar TV que exibe em 3D
O Japão planeja criar a tecnologia para uma televisão que exiba imagens em três dimensões, vistas de qualquer ângulo, e ainda proporcione a sensação de cheiro e toque dos objetos, projetados a partir de uma tela paralela ao chão. A meta é colocar essa TV no mercado em 2020.
Para isso, o Japão reunirá pesquisadores do próprio governo, empresas de tecnologia -Sony e Matsushita Eletric Industriale já fazem parte- e pesquisadores acadêmicos, informa a Reuters.
A futura TV faz parte de um projeto nacional de ‘comunicação universal’, expressão que indica informação divulgada de forma suave e inteligente, não importando a localização ou a linguagem.
O Ministério de Assuntos Internos e Comunicações do Japão planeja requisitar um orçamento de mais de 1 bilhão de ienes para o projeto no próximo ano fiscal, em abril.’
ORKUT DO MAL
‘Em má companhia, com ou sem Orkut’, copyright O Estado de S. Paulo, 21/08/05
‘Não é um problema exclusivo do governo Lula e do PT. É um velho problema social, tão velho quanto o provérbio ‘dize-me com quem andas e eu te direi quem és’, que nos últimos tempos se agravou. Fala-se muito em apartheid social, mas o que mais temos visto por aqui ultimamente é sua mais deletéria e paradoxal conseqüência: a promiscuidade social estimulada e robustecida pelos piores instintos humanos.
Tesoureiros e secretárias mancomunados com seus patrões em negociatas estarrecedoras; cocotas orgulhosamente rebaixadas à condição de ‘Marias Chuteiras’ ou ‘cachorras’ de bandidos; adolescentes bem-nascidos transviados pela ‘nostalgie de la boue’ e pelo culto à marginalidade; ‘gente fina’ escravizada a traficantes; celebridades e criminosos compartilhando os mesmos salões, as mesmas passarelas, os mesmos lençóis e as mesmas páginas de Caras. Nesse melê, onde o crime é afrodisíaco e a truculência um atestado de macheza, putas ganham status de modelo, vigaristas se apresentam como empresários, cafetinas viram promoters e sarados com um futuro promissor no cais do porto arriscam sua vida (e sobretudo a dos outros) distribuindo porradas em casas noturnas.
Pode não ser o começo do fim do mundo, mas esse som de trombetas é bastante parecido.
Tivemos uma semana rica em casos explícitos de promiscuidade social. Jogadores de futebol metidos com um chefão do tráfico de drogas do Rio. Doleiro ligado ao nosso show business algemado pela Interpol na Europa. Novos assaltos praticados por filhinhos de papai. Sem contar o que tesoureiros, publicitários e contraventores revelaram e mentiram para as CPIs em andamento. Seria pior se estivéssemos no carnaval, o zênite da promiscuidade social, quando bicheiros condenados pela Justiça desfilam impunemente como mandachuvas da folia, reverenciados por autoridades, grã-finos, atletas, estrelas televisivas e até jornalistas.
Preso em Praga, na terça-feira, o doleiro Hélio Renato Laniado, sócio em falcatruas de Toninho da Barcelona (no xilindró desde o ano passado), é uma versão Daslu de Marcos Valério. Foragido desde abril, lembra o David Beckham (fase coco raspado) e de seu harém já fez parte a Daniella Cicarelli. Acusado de evasão de divisas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, tinha tudo para ser um inofensivo playboy, um manequim de sucesso (quem sabe, da griffe do Marcelo D2, o rapper fashion), mas, por se deixar levar por más companhias, só fez bobagens – e a menos danosa foi justamente namorar a Cicarelli. Dizem que ele estaria disposto a entregar à Justiça uma lista com 3.000 celebridades, todas clientes de suas transações com remessa de dólares para o exterior. Se tal lista existir e for entregue, o governo Lula não cairá sozinho. A segunda dúvida é se haverá xadrez para todo mundo.
Ora, ora, se o mundo, como diria o Conselheiro Acácio, não é feito de coincidências. Cicarelli casou com Ronaldinho, que antes havia namorado Suzana Werner, que, por sua vez, casou com o goleiro Júlio César e com ele teve um filho chamado Uê, perdão, Cauê. Essa mixórdia de modelos, chuteiras e doleiros me faz confundir tudo. Uê é o apelido daquele traficante que em meados de 2002 ligou para o celular do então presidente do Botafogo, Mauro Nei Palmeiro, para pedir que o alvinegro carioca fosse disputar um jogo comemorativo no presídio onde o bandido estava recolhido. Para despistar, Palmeiro respondeu que o Botafogo só jogaria lá se o Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário) formalizasse o pedido. Uê respondeu que em dez minutos Palmeiro receberia o pedido do Desipe por fax. Não deu outra: em dez minutos, o fax chegou. O Botafogo mandou ao presídio um time misto. Perguntas banais: 1) Por que Uê tinha e continuou tendo um celular no presídio? 2) Como Uê sabia o número do celular de Palmeiro? 3) O jogo comemorativo comemorava o quê? O aniversário do traficante? O aniversário do diretor do presídio? 4) Como Uê tinha acesso ao fax do Desipe?
Mas voltemos ao presente e ao pai de Cauê. Júlio César, que já participou de passeatas contra a violência sustentada pelo tráfico, teria mantido conversas com o rei das drogas da Rocinha, Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi. Não só ele, mas também Romário, Jorginho (o craque do futebol de areia) e o pagodeiro Gerson Dupan (do grupo Kiloucura). O principal elo dessas relações seria o advogado Marcelo Santoro, irmão de Mônica Santoro, portanto ex-cunhado de Romário.
Por ter sido visto numa festa no reduto de Bem-Te-Vi, três meses atrás, Romário teve de prestar depoimento nesta quinta-feira. A polícia queria saber por que ele tanto freqüenta favelas. Ele poderia ter respondido: ‘Porque no morro a gente fica mais pertinho do céu’ ou ‘Porque lá em cima é bem mais fresco e assim eu economizo o ar refrigerado da minha casa’ ou ‘Porque o pagode nas favelas é mais autêntico’ ou ‘Porque ir à Rocinha é como voltar no tempo, à minha infância nos subúrbios’. Sua resposta, contudo, foi menos evasiva: ele teria ido à Rocinha participar de um ‘jogo comunitário’ organizado por Bem-Te-Vi. Jorginho deu a mesma explicação. Que explicações dará Júlio César?
Enquanto isso, Pedro Machado Lomba Netto, o Pedro Dom, continua solto. Garotão de classe média, é outro que más companhias desviaram das ondas de surfe, das passarelas, do elenco de Malhação, do BBB e da gigolotagem para o mundo da criminalidade. Ele é o bambambã de uma quadrilha de assaltantes de residências da zona sul e da Barra da Tijuca, as regiões mais nobres do Rio. Só rouba gente de posses, não porque se considere um Robin Hood ipanemense, mas porque em casa de rico o butim é sempre maior. De qualquer modo, não será de todo surpreendente se ele, ao ser preso, apelar, em defesa própria, para as teorias de Eric Hobsbawm sobre o banditismo social.
Procurado na Rocinha na quinta-feira, outra vez Pedro Dom não foi achado pela polícia. Quanto mais tempo ele permanecer à solta, mais jovens da alta classe média se sentirão motivados a montar as próprias quadrilhas. Com ou sem a ajuda do Orkut, o site de relacionamento preferido de todas as más companhias.’