Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mauro Ventura


‘Duas famílias tinham um motivo a mais para celebrar a primeira edição do GLOBO, que foi para as ruas há exatamente 80 anos. O jornal trazia em suas páginas boas novas para Waldemar e Maria da Glória Pessoa de Barros, que festejavam o nascimento de sua filha Dilcéia, e para Eugenio Cotia, que comemorava a solução do caso do assalto à sua joalheria.


De 29 de julho de 1925, data da fundação do GLOBO, até hoje, a história das duas famílias se confunde com a História do país. A vida nacional, refletida nas páginas do jornal, foi ajudando a moldar a trajetória pessoal dos Pessoa de Barros e dos Cotia.


Eugenio viveu 72 anos e Dilcéia, 69. Suas histórias e a de seus descendentes acompanham as transformações por que passaram o país. O GLOBO foi atrás de seus parentes – ele morreu em 67, e ela, em 95 – para contar um pouco da saga das duas famílias – e, por extensão, do jornal e do país – nos últimos 80 anos.’



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‘Dilcéia Pessoa de Barros: contadora teve que abandonar a carreira para cuidar dos filhos’, copyright O Globo, 29/07/05


‘Dilcéia Pessoa de Barros estava prestes a completar seu primeiro mês de vida quando a edição número 1 do GLOBO chegou às bancas. Com a linguagem cheia de floreios da época, o jornal noticiava, em sua página 4: ‘Acha-se enriquecido o lar do Sr. Waldemar Pessoa de Barros, commerciante em Quatis de Barra Mansa, e sua Exma esposa, D. Maria da Glória Barros, com o nascimento de sua filhinha Dulce.’


A família não fazia parte do high society , mas foi parar na coluna O GLOBO na Sociedade graças à madrinha da menina. Rosita era filha de Braz Viana, que trabalhava nas oficinas do jornal, e pediu ao pai que registrasse o nascimento de sua afilhada. Braz acolheu o desejo da filha, mas, em vez de Dilcéia, saiu publicado o nome Dulce. Um erro gráfico? Maria Cristina, filha de Dilcéia, tem outra explicação, mais inusitada:


– Acho que foi de propósito. A madrinha de minha mãe tinha problemas com nomes. Ela queria que eu fosse Mônica e passou a vida inteira me chamando de Mariazinha, em vez de Cristina. Provavelmente, ela queria que a afilhada se chamasse Dulce.


A estratégia não deu certo e a menina foi batizada mesmo como Dilcéia, filha caçula de Waldemar, farmacêutico e dono de hotel, e Maria da Glória, dona de casa, moradores de Quatis, no interior do estado. Aos 23 anos, Dilcéia Pessoa de Barros era avançada para seu tempo. Numa época em que à mulher era reservado o papel de dona de casa ou, no máximo, o de professora, ela tinha saído de Quatis para estudar no Rio, formara-se na faculdade e trabalhava como contadora.


Júlio pegou o bonde para ir atrás de Dilcéia


Antonio Júlio Silvestre Filho, ao contrário, era o típico representante do patriarcado português. Filho de imigrantes, trabalhava como vendedor no escritório de representação comercial que o pai tinha no Centro. Na volta do trabalho até sua casa, no Catumbi, costumava esbarrar com aquela mulher de cabelos pretos, mignon e elegante, que passava para pegar o bonde até Santa Teresa. Admirava-a de longe, sem arriscar qualquer abordagem. Até que um dia, decidido, foi atrás da moça, subiu na condução e puxou papo com aquela desconhecida que tanto o fascinava.


Cerca de um ano depois, os dois se casavam e ela passava a assinar Dilcéia Barros Silvestre. A primeira coisa que Júlio fez foi tirar Dilcéia do trabalho.


– Nossa família era muito unida e meu pai achava que a melhor pessoa para cuidar dos filhos dele seria a mãe. Isso na época era um grande valor – diz Cristina, irmã de Marco Antonio, Maria de Fátima e José Carlos, já falecido.


Largar a carreira deixou marcas em Dilcéia, bisneta de Cyrillo Eloy Pessoa de Barros, escritor que, em meados do século XIX, publicou os romances ‘Rodolfo, ou louco assassino’, ‘Adelaide’ e ‘O anel preto’.


– Quando estava mais velha, ela dizia sempre para a gente: ‘Nunca abandone sua profissão’ – lembra Fátima.


– Você via que ela tinha uma certa tristeza e uma certa frustração por não ter se aposentado, por não ter renda própria e ficar dependendo do marido – completa Cristina.


As filhas de Dilcéia herdaram da mãe a paixão pelas letras e se tornaram professoras.


– Mamãe, que em 1948 era uma pessoa brilhante, acabou sendo apagada nessa história, mas acho que ela volta de alguma forma através da gente quando nós duas nos formamos e saímos para trabalhar – observa Fátima, que dá aula de língua portuguesa, literatura e redação em duas faculdades paulistas e lançou, com Regina Maria Braga, o livro ‘Construindo o leitor competente’, dedicado a ‘Júlio e Dilcéia, grandes responsáveis pelo meu amor aos livros’.


O amor pela literatura se estendia ao jornal.


– Meus pais liam diariamente O GLOBO. E minha mãe tinha mania de ler algumas colunas, como a de Artur da Távola. E fazia todas as palavras cruzadas e logodesafios – diz Fátima.


Se em casa eles eram um modelo típico da família católica-apostólica-romana-conservadora, politicamente não teria por que ser diferente.


– Íamos a todas as paradas de Sete de Setembro – lembra Fátima. – Quando cresci, não podia nem olhar mais.


O ídolo de Júlio era o ex-governador Carlos Lacerda.


– Era Deus no céu e Lacerda na terra. Papai ia a comício de todo mundo que era apoiado por ele – diz Fátima.


Durante a ditadura militar, o pai tratou de prevenir os filhos sobre os riscos de entrar para a luta armada.


– Ele não queria vê-los em perigo. Dizia claramente para meus irmãos: ‘Se souber de alguma coisa em que vocês estejam metidos, eu vou lá ajudar a bater’ – conta Fátima.


A família apoiou Collor nas eleições de 1989.


– Minha mãe era apaixonadíssima pelo Collor, mesmo depois do impeachment. Se eu dissesse que ia votar no Lula, Deus me livre – diz Fátima.


Fátima tinha medo de que o pai a visse nos piquetes


Ela nunca teve militância político-partidária, mas o ambiente universitário abriu os olhos e diluiu a herança conservadora.


– Dentro desse protótipo de filho da revolução, de quem foi criado sob essa opressão toda, acho até que tentamos ter alguns vôos – diz. – Como professora, participei muito de sindicatos, piquetes, greves e passeatas. Tudo escondido do meu pai. Meu medo de uma televisão me filmar não era nem do SNI, e sim de ele ver que eu estava lá.


Mesmo com uma criação rígida, as duas não seguiram fielmente o modelo dos pais. Hoje com 47 anos, Fátima chegou a se unir uma vez, mas não teve filhos – os avós maternos tiveram nove e seus pais, quatro.


– Acho que minha mãe se preocupou tanto em dizer que tínhamos que cuidar da profissão que fomos fazer isso.


Cristina, de 46 anos, casou-se a primeira vez no civil, separou-se e se uniu há 11 anos com o músico Jorge Eduardo de Almeida, do grupo The Brazilian Bitles. Também não teve filhos, ao contrário dos irmãos, que tiveram dois cada.


– Quando me separei, foi um susto para meu pai e para mim. Mas ele já tinha tido esse impacto, com meu irmão mais velho. Teve um dia em que disse: ‘Se alguém mais se separar e trouxer coisa aqui para casa, sou eu que vou sair. Porque não agüento mais ver o móvel de um, a geladeira e o filho de outro.’


Júlio morreu em 1998, depois de sofrer dois duros golpes: a morte do filho João Carlos, um ano antes, e de Dilcéia. Nascida no dia 9 de julho de 1925, ela era diabética e morreria de infecção generalizada em 15 de junho de 1995, pouco antes de completar 70 anos.


Oito dias depois, Cristina, que é professora do Ensino Fundamental na Escola Mater, em São Conrado, escreveu um poema dedicado a ela, que diz num trecho: ‘A vida sem você é como um caminho sem luz/É como uma árvore sem folhas/É como uma flor sem perfume (…)/Mas mesmo assim preciso viver/Viver na esperança de um dia encontrá-la na eternidade.’


– Embora ela tenha ficado silenciada e silenciosa, não ficou morta. Ficou muito viva, e foi fazendo a cabeça da gente. Essa é a grande admiração que tenho pela minha mãe. No fim das contas, ela produziu pessoas altamente ligadas ao conhecimento – emociona-se Fátima.’



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‘Eugenio Cotia: empresário enfrentou ‘três picos e três vales’ em sua vida’, copyright O Globo, 29/07/05


‘Não era todo dia que a polícia mostrava tanta eficiência e a notícia acabou ocupando boa parte da página 2 da primeira edição do GLOBO. ‘Conseguiu a polícia descobrir o roubo da joalheria Rio Branco. Foram presos alguns de seus autores e apprehendidas as jóias roubadas’, anunciava a manchete. Já à época a solução de um caso como este era pouco freqüente e mereceu o devido destaque. ‘Raras têm sido as vezes em que as nossas autoridades policiais levam a effeito trabalhos de investigação tão felizes’, elogiava o jornal.


Com uma atuação impecável, os investigadores conseguiram prender os ladrões que, sete meses antes, tinham roubado cem contos em jóias. Na reportagem, ilustrada com duas fotos, Eugenio Cotia, proprietário da joalheria e ‘um dos mais conceituados e estimados negociantes da Avenida (Rio Branco)’, dizia se mostrar confiante nas autoridades policiais.


Durante quase toda a sua vida, Eugenio Cotia mostrou confiança. Nem quando teve que se desfazer de suas três joalherias – para pagar dívidas contraídas depois que serviu de avalista a um amigo – ele esmoreceu. Chegou a ter que morar com a família nos fundos da joalheira, mas tratou de recomeçar a vida e, em pouco tempo, já era dono de cinco cinemas no subúrbio.


Os negócios prosperavam. Durante alguns anos, Eugenio, a mulher, Laura, e os filhos Lauro, Maria Eugênia e Mauro levaram uma vida abastada, a ponto de morarem no antigo Hotel Suísso, na Glória. Até que um incêndio em uma sala de São Paulo fez com que os bombeiros passassem a exigir uma séria de medidas de segurança, que tornaram inviável a manutenção dos cinemas na periferia. Eugenio vendeu tudo para Luiz Severiano Ribeiro, mas continuava confiante em seu tino comercial.


Derrame aos 45 anos transformou vida de Eugenio


– Ele tinha pouca instrução formal, mas era um empreendedor nato, muito ousado. O primeiro negócio nem tinha maturado e ele já ia para o segundo – diz Mário, neto de Eugenio.


A próxima parada foram os postos de gasolina. Teve três.


– Meu pai sempre comentou que meu avô tinha um sentido de marketing muito apurado. Cultivava os clientes, sabia o aniversário deles – conta Mário Cotia.


E teria continuado a escalada naquele Rio dos anos 40 se um derrame cerebral não o tivesse deixado com o lado esquerdo do corpo paralisado, aos 45 anos. A doença abalou a vida de Eugenio. Saía pouquíssimo de casa, adquiriu manias, tornou-se de trato difícil e ficou recluso até sua morte, de coração, em 1967, aos 72 anos.


– Ele teve três picos e três vales em sua vida – faz a metáfora Mário.


Neste terceiro vale, o empobrecimento da família fez com que Eugenio mandasse o filho Mauro fazer um curso preparatório para o exame do Colégio Militar. A escola, além de oferecer boa educação gratuita, era interna, o que permitia economizar em alimentação e transporte. Mauro virou tenente-coronel e foi mandado durante a Segunda Guerra Mundial a Natal, onde os americanos construíram uma base. Era zona de guerra e o céu ficava escuro de tantos aviões de transporte americanos que passavam em direção à África.


Aos 85 anos, Mauro tem poucas lembranças do assalto à joalheria do pai. Diz que os ladrões aproveitaram o fim de semana para arrombar a loja ao lado e entrar por um buraco. O GLOBO, que surgiu na vida da família logo na primeira edição, continua presente em seu cotidiano – ele mantém o hábito de ler as seções de política e economia.


No Exército, Mauro fez curso de engenharia e passou a trabalhar em fábricas de armamentos. Em Itajubá (MG), a mulher Yolanda ficou grávida do primeiro filho, Mário, que nasceu no Rio, em 1953 – a irmã Cláudia nasceu em Minas, dois anos depois. Mauro se reformou como coronel em 1963 e seguiu carreira de engenheiro. Nos anos 70, durante a época efervescente do milagre econômico, ele conseguiu, junto com um antigo colega de armas – general Danilo – formar a Indústria Carboquímica Catarinense (ICC), que aproveitava o rejeito do carvão para fazer ácido sulfúrico, usado na produção de ácido fosfórico, matéria-prima de fertilizante.


– A ICC era uma pontinha do milagre econômico, mais um dos investimentos que acabaram gerando os pólos petroquímicos, as estradas, as siderúrgicas – diz Mário, que, como a irmã, seguiu os passos do pai e virou engenheiro.


Sob uma perspectiva técnica, ele analisa o período:


– Não discutindo o preço que pode ter sido pago, o Brasil deu um salto qualitativo grande, com a criação de um parque industrial. Para a classe média, foi um tempo muito bom, porque passou a ter acesso a bens de consumo, a renda média subiu, os serviços ficaram com preços acessíveis. Quem era mais engajado politicamente enxergou de forma diferente, mas nas famílias tradicionais não havia a menor predisposição de ser contra aquilo.


Família de viéscatólico-conservador


Politicamente, define Mário, a família Cotia sempre tendeu – mais antes, menos agora – para um viés católico-conservador. Os votos do engenheiro foram para Collor, Fernando Henrique e José Serra.


– Se me arrependo do Collor? Não tinha outra opção para mim. Mas o confisco foi um baque para todo mundo.


Ele estava de férias em Arraial do Cabo, com o dinheiro aplicado no overnight, quando o dono da pousada disse: ‘Venha assistir comigo ao jornal, porque eu acho que você não vai ter como me pagar.’ O jeito foi deixar cheques pré-datados.


O Plano Collor fez com que Mário tivesse que deixar a empresa de consultoria e projetos de engenharia onde trabalhava. De lá, foi para a Schindler, onde ficou dez anos. Com a fusão com a Atlas, em 99, saiu e passou quatro anos na Fundação Universitária José Bonifácio. No último dia 8, começou a trabalhar em Furnas, depois de prestar concurso público.


– Profissionalmente, acompanhei os altos e baixos do país. Quando me formei, o céu era o limite, a gente achava que viveria eternamente feliz. Mas veio a década perdida. Agora, vou trabalhar numa estatal. Tarde da vida, mas vou – diz ele, de 52 anos, casado há 19 com a também engenheira Helia.


A nova geração está dividida. Sua filha Beatriz, de 16 anos, quer seguir a tradição familiar e fazer engenharia de produção, mas Pedro, de 17 anos, optou por advocacia. É dele a responsabilidade de conservar o nome da família. Se ele tiver um filho homem, o nome continua, senão esse ramo dos Cotia desaparece. Aliás, volta e meia, conta Mário, alguém troca Cotia por Cota, Cotta, Costa ou Cotias.


– Na escola, todo mundo achava que era apelido. É um sobrenome pouco comum. É um roedor mais raro, não é um Coelho da vida, não – diz Mário, que brinca com a semelhança com o bicho cutia: – O ramo rico da família mora no Campo de Santana.’



O Globo


‘O tempo no GLOBO’, copyright O Globo, 29/07/05


‘1925


Em 29 de julho, circula a primeira edição do GLOBO. Vinte e três dias depois, morre seu fundador, Irineu Marinho.


1930


Foto exclusiva de Washington Luís saindo do Palácio do Catete, logo depois de ser deposto.


1931


Roberto Marinho, com 26 anos de idade, assume a direção do jornal.


1936


O GLOBO publica a primeira radiofoto brasileira, da nadadora Piedade Coutinho numa final nas Olimpíadas de Berlim.


1938


Surgem ‘O Globinho’, ‘O GLOBO Sportivo’ e O Bonequinho (que cota os filmes).


1944-45


O jornal envia um correspondente de guerra para a Itália e publica ‘O GLOBO Expedicionário ‘.


1954


Mudança para a sede atual, na Rua Irineu Marinho. Estréia de Ibrahim Sued. O caderno ‘O livro negro da corrupção’ expõe os fatos que levaram ao atentado contra Lacerda e ao suicídio de Vargas.


1960


Campanha O Rio Será Sempre o Rio eleva moral do carioca com mudança da capital. Por sugestão do jornal, ‘Cidade maravilhosa’ vira hino oficial.


1964


A redação e a oficina são ocupadas por fuzileiros navais leais a João Goulart.


1969


Começa a circular o caderno de classificados.


1972


O GLOBO passa a circular também aos domingos. É criado o Jornal da Família. Surge o Projeto Aquarius.


1975


Criado o Classifone, adotando o número 2344333, celebrizado por Noel Rosa.


1978


O GLOBO começa a ser impresso em offset.


1979


O jornal publica a primeira telefoto em cores da imprensa brasileira.


1985


O jornal passa a usar cores em sua primeira página.


1995


O GLOBO roda 1.120.527 exemplares, recorde no Rio. O jornal promove reforma gráfica.


1996


Entra no ar o GLOBO Online.


1999


Inaugurado o novo parque gráfico.


2003


Morte de Roberto Marinho.


2004


Lançada a Revista O GLOBO.


2005


O GLOBO completa 80 anos hoje.’



FPS CONTESTADA


Painel do Leitor, FSP


‘Água ‘, copyright Folha de S. Paulo, 29/07/05


‘‘A Água Lavrinhas, em razão da publicação da foto da queda d’água que ilustrava seu rótulo anterior no caderno Cotidiano de 12/7/05, vem a público desvencilhar a idéia de que sua água é ali captada, conforme fez menção o jornal. O local fotografado e publicado na reportagem ‘Só 7 fiscais cuidam da água mineral em SP’ é uma das quedas d’água do rio Bracinho, cuja nascente encontra-se dentro da Fazenda Mato Quieto, localizada em Lavrinhas, SP, de propriedade do empresário que detém a marca Água Lavrinhas, entretanto não é a fonte dessa água mineral. Diferentemente do que induziu a crer a legenda da foto, a Água Lavrinhas mineral natural fluoretada é extraída em rocha alcalina, a uma profundidade de 126 m da superfície, numa região de 1.500 hectares de matas naturais, a aproximadamente 1.300 m de altitude, em plena serra da Mantiqueira, protegida de degradação e agentes poluentes e por um sistema asséptico de captação que segue os padrões técnicos mais rigorosos do setor. É submetida a análises periódicas, rigorosas, através de requisitos pré-estabelecidos pela vigilância sanitária, e em julho de 2005 passou, sem restrições, pela fiscalização do órgão competente.’ Maria Carlota Mokarzél Sardinha, advogada da Água Lavrinhas (Cruzeiro, SP)


Resposta da jornalista Afra Balazina – A empresa não foi citada na reportagem, que tratou exclusivamente do número insuficiente de técnicos no DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) para fiscalizar a captação e o engarrafamento de água mineral no Estado de São Paulo.’