Wednesday, 04 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1316

Mino Carta

Por que a festa de aniversário e a entrega do prêmio às Empresas Mais Admiradas no Brasil não foram o convescote pretendido pelo enésimo caubói da liberdade de imprensa

Na festa de aniversário de CartaCapital, o presidente Lula contou uma história inédita. Envolve o acima assinado. Eis o enredo, na fala do próprio presidente, diante do auditório apinhado.

‘Quando fui cassado (pela primeira vez) em 1979 (…) o Mino me aparece no Sindicato dos Metalúrgicos, na verdade na Igreja Matriz de São Bernardo, e me oferece, para que os metalúrgicos pudessem continuar a produzir seus boletins com a marca de João Ferrador, herói de uma história em quadrinhos, me oferece uma máquina, moderníssima para o tempo, uma offset. E, graças àquela máquina, não somente recuperamos o sindicato, mas continuamos nele, para ser definitivamente cassados dois anos depois.’

Apresso-me em uma correção: não se tratava de uma offset, seria demais. A máquina era um mimeógrafo mesmo, novo em folha e de excelente qualidade, isto sim, e bem caro, embora sem risco para meu bolso escasso, resultava de achaque por mim praticado com êxito em relação a dois senhores graúdos, amigos sensíveis.

Conhecera Luiz Inácio da Silva, dito o Lula, dois anos antes, apresentado pelo colega Bernardo Lerer, e me agrada ter sido um dos primeiros jornalistas a perceber no líder sindical o carisma, a capacidade de liderança, o Q.I. elevado, o tino do negociador, a irresistível vocação política.

Afora as tentativas frustradas de luta armada, em São Bernardo, sob o comando de Lula, nasceu a primeira forma determinada e eficaz de resistência ao regime fardado. O qual enfrentava as greves com seus brucutus e o vôo rasante de helicópteros de guerra. Daquele movimento brotaram um novo sindicalismo, oposto à tradição pelega, o Partido dos Trabalhadores, a campanha das Diretas Já.

Como disse à platéia da Federação do Comércio, na noite de 30 de agosto, não tenho o dom divinatório dos profetas bíblicos, tampouco o de Raymundo Faoro, mestre e inspirador de todos nós, herói do nosso último testamento, falecido no ano passado. Mas se alguém me dissesse então, naquele tempo de resistência, que o operário ainda seria primeiro cidadão do País, não me deixaria invadir pelo espanto.

E se hoje Luiz Marinho, atual presidente da CUT, está à vontade no auditório da Federação do Comércio juntamente com os representantes de conspícua fatia do PIB nacional, também se deve à coragem dos resistentes de vinte e poucos anos atrás.

Amizade sólida e antiga me liga ao Lula. às vezes, ao longo dos anos, até me pareceu que ele não me queria muito perto, e me afastei. Hoje me comove o seu reconhecimento, que só o afeto explica e justifica, na generosidade exagerada. Ganho mais um motivo de orgulho, sem esquecer que o jornalista, fiscal do poder, não se confunde com o indivíduo. E Lula sabe disso e entende como ninguém.

O governo tem sido alvo das críticas de CartaCapital várias vezes, sem histeria e sem histrionismo. Só para recordar temas de discordância: a política econômica (incluindo o Banco Central), transgênicos, salário mínimo, questão previdenciária, Abin. Etc. etc.

Nas últimas semanas, por exemplo, em relação à ventilada criação de um Conselho Federal dos Jornalistas. Na edição de 25 de agosto, escrevi: ‘Ao definir como covarde a categoria dos jornalistas, em bloco, por não aderir à proposta de um Conselho Federal, o presidente da República erra por razões variadas, e não apenas por causa da generalização, condenável de saída’.

A tese de CartaCapital, ditada pela aspiração a uma democracia autêntica, é de que não se trata de controlar os profissionais, e sim seus patrões, ‘os desastrados senhores da mídia, atolados em sua própria incompetência’. Boa parte da categoria dos jornalistas é composta por sabujos, a cumprir servilmente as ordens do barão, mais ou menos como o caubói do Oeste selvagem obedece ao dono da manada.

Regime democrático sem jaça não admite que uma empresa de comunicação se espalhe livremente em todas as latitudes e longitudes e abarque ao mesmo tempo jornais diários, periódicos de todos os matizes, rádio, tevê, portais de internet. Quanto aos caubóis, estão aí para afirmar que liberdade de imprensa é igual à liberdade do patrão de fazer o que bem entende.

Recordo a geometria escolar. Como queríamos demonstrar, soletravam os teoremas, com solene serenidade, ao provarem seu acerto. Pois um certo Fernando de Barros e Silva, na edição da Folha de S.Paulo de 1º de setembro, página 2, se incumbe de encarnar a própria demonstração do nosso teorema.

Leio e transcrevo: ‘Anteontem à noite, ao participar de mais um convescote da mídia, trocando afagos com uma revista que o incensa abertamente, o presidente voltou a discursar contra o suposto denuncismo da mídia…’ Etc. etc. Uma dúvida tenho: será o rapaz jornalista? Tudo é possível, está claro, conquanto este caubói fale de algo que não viu e não ouviu. O que não haveria ser próprio de um profissional.

Outra dúvida me ocorre: sabe o vaqueiro western que do convescote participaram com indisfarçado prazer inúmeros anunciantes da Folha de S.Paulo? Certo é que Lula disse algo diferente daquilo que pretende um sabujo de plantão. O qual, como compete aos sabujos, quer servir da melhor maneira ao patrão. No caso, resta saber se a mando deste, ou, como se dá amiúde, por ser mais realista que o rei.’



Robson Viturino

‘Jornalista declara guerra ao desemprego’, copyright iG (www.ig.com.br), 4/09/04

‘Em junho de 2003, um grupo de acadêmicos da UFRJ e da Unicamp começou a escrever artigos, ensaios teóricos e jornalísticos para serem lidos na Internet. Desemprego Zero foi lançado assim, sem pompa nem circunstância, mas com um time que diariamente mantém firme o exercício de criticar os caminhos econômicos do governo Luiz Inácio Lula da Silva. O idealizador é J. Carlos de Assis, jornalista e economista que acaba de lançar pela Editora Universal o livro ‘Pleno Emprego’, que traz um conjunto dos principais artigos escritos por ele no último ano.

Assis é assíduo na tarefa de bater no governo. Escreve artigos quase diariamente desmentindo qualquer índice que aponte avanços econômicos e sociais e sugerindo novas propostas político-econômicas. Crescimento do PIB, criação de empregos, superávit primário, manutenção da taxa de juros, nada escapa ao crivo do jornalista que já passou por algumas das redações mais importantes do País, como Jornal do Brasil, Folha de São Paulo e O Globo.

Nas palavras de Assis, a política de pleno emprego é uma política de desenvolvimento acelerado que pode ser conceituada também como uma economia de guerra contra o desemprego, o subemprego e a marginalização social. ‘Ela se caracteriza pela expansão do dispêndio público em serviços públicos essenciais e infra-estrutura, pela redução para níveis internacionais da taxa de juros e pelo aumento da disponibilidade de crédito interno’, explica.

‘Pleno Emprego’ se divide em quatro capítulos: Os cinco fetiches neoliberais, A resistência à mudança, A política de pleno emprego e Conclusão. Todos eles trazem uma indignação que lembra o discurso de um certo partido que passou vinte anos na oposição e, depois de muita grita, chegou à Presidência da República. Assis seria um ex-petista clássico: defende a distribuição de renda, ataca o acordo com o FMI, diz que Fernando Henrique Cardoso é neoliberal e por aí vai.

No terceiro capítulo, a obra traz o Manifesto dos Economistas, documento que marcou a fundação da ong Desemprego Zero e reuniu a assinatura de 306 economistas. Lá bate o coração do debate que Assis pretende promover: ‘Passado mais de um decênio em que o experimento neoliberal vem sendo praticado no Brasil, é hora de um balanço, e de um questionamento: até quando o crescimento com redistribuição de renda será negado à sociedade brasileira?’

A paródia da ong com o Fome Zero, embora soe óbvia, é muito bem vinda. Afinal ninguém neste País seria indecente a ponto de protestar contra uma iniciativa que busca criar empregos. Na intenção, não há equívocos. O tropeço de ‘Pleno Emprego’ está em tratar toda e qualquer mostra de progresso como maquiagem de dados e atribuir tudo ao ‘complô do sistema bancário’. É um raciocínio reducionista com as mesmas falhas que o PT exibia ao criticar o governo Fernando Henrique.

Para obter mais impacto, ‘Pleno Emprego’ segue em mão única e deixa de lado um fator fundamental da crítica, seja ela qual for: a de que, para ser consistente, tem que saber reconhecer os méritos. Eles podem ser discutíveis e limitados, mas existem. O crescimento de 4,2% do PIB no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2003, é reconhecido até pelos maiores algozes de Lula. Para Assis, é ‘pífio’. O PPP (Parceria Público Privada) está longe do consenso, mas é visto com bons olhos por parcela considerável do empresariado. Para Assis, é ‘ridículo’. Sobre a queda do desemprego constatada em julho, para 11,2%, bem, sobre isso é melhor nem dizer o que ele pensa.

As falhas da cobertura econômica

Quando trata do (des)emprego, o beliscão não é só para o presidente e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Jornalistas e institutos de pesquisa também entram na dança. Na opinião do jornalista, desde que o IBGE deixou de destacar o subemprego em suas pesquisas, no ano passado, a imprensa brasileira fez corpo mole e desconsiderou a parcela da população que recebe menos que um salário mínimo por mês. ‘Houve uma certa decisão política de não facilitar a divulgação desses números’, acredita.

Na opinião de Assis, é preciso se perguntar por que a imprensa trata o governo de uma forma no noticiário econômico e de outra nas páginas políticas. Ele diz que o exemplo mais recente dessa contradição é o massacre do governo na questão da Ancinav e do Conselho Federal de Jornalismo e, por outro lado, a onda de otimismo com s índices que apontam a retomada do crescimento. Cabe aqui uma pergunta: teria que ser diferente? Ou seja, o ideal é uma crítica em bloco?

‘É o interesse comercial dos órgãos de imprensa, que esperam que não haja mudança na política econômica. Ao elogiar, eles dizem não mude’, ataca. Outro indicador dessa tendência, ressalta, é o fato de que a imprensa trata ‘muito mal’ fontes que estão fora do eixo central do governo, mas com leve possibilidade de influir na política econômica, como o vice-presidente José de Allencar e presidente do BNDES, Carlos Lessa.

O jornalismo econômico, afirma, ‘é tão ruim como há alguns anos’, mas sofre com o que classifica excesso de liberdade. Segundo Assis, a liberdade de imprensa pós-regime militar trouxe um paradoxo, pois ao mesmo tempo em que devolveu ao jornalismo um de seus valores essenciais, fez com que muita informação fosse publicada sem análise. ‘Quando você tem total liberdade, publica muita coisa irresponsavelmente’, explica.

Frente Parlamentar para o Pleno Emprego

‘Pleno emprego’ deve sair do papel? Assis garante que sim. ‘Vamos caminhar para outras ações. Faremos a Frente Parlamentar para o Pleno Emprego, que vai propor como política econômica uma política de pleno emprego’.

O autor explica que a idéia é suprapartidária, mas essencialmente anti-neoliberal ‘Os identificados com o neoliberalismo não entrarão nessa corrente’. Para ele, a política de pleno emprego corresponde à história da social democracia, portanto, esta seria a bandeira mais próxima do que ele defende.

Além da Frente Parlamentar para o Pleno Emprego, o jornalista espera que o resultado das próximas eleições exprima a realidade brasileira e o problema do desemprego. No Rio de Janeiro, onde mora, Assis diz que 90% dos eleitores que se aproximam de um candidato dizem que precisam de um emprego. Recentemente, conta, um senador amigo seu foi abordado por um garoto de 16 anos com um fuzil. Assalto? Não, o garoto queria pedir emprego e dizer que gostaria de largar a vida de bandido.’



Cristiane Jungblut

‘Lula: crime organizado tem ‘bala na agulha’’, copyright O Globo, 2/09/04

‘Diante de autoridades internacionais da área de combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro, ministros, advogados e policiais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o crime organizado envolve pessoas que parecem ‘gente de bem’. Ele surpreendeu ao citar o cantor Zeca Pagodinho e o apresentador Ratinho, do SBT, usando bordões usados pelos dois – amigos seus que já estiveram no Palácio da Alvorada – ao fazer um improviso durante discurso na abertura do Seminário Internacional de Combate à Lavagem de Dinheiro e Recuperação de Ativos.

– Todos vocês têm consciência, como diria o Zeca Pagodinho, que essa gente que vocês querem pegar ‘tem bala na agulha’, ou como diria o Ratinho: ‘essa gente tem café no bule’ – discursou Lula.

O presidente estava se referindo à música ‘Caviar’, cantada por Zeca Pagodinho: ‘Geralmente quem come esse prato (Caviar) tem bala na agulha/ Não é qualquer um’.

Lula ressaltou que o problema é as pessoas envolvidas com o crime organizado estarem infiltradas em várias instituições.

– São pessoas com braços na política, no empresariado, no sistema financeiro, no Judiciário. São pessoas que, se a gente olhar a fisionomia, até pensa que é gente de bem, que está trabalhando a serviço da sociedade. Mas, na verdade, tudo é para acobertar a quantidade enorme de dinheiro público, de dinheiro sujo para incentivar o narcotráfico, o crime organizado e um processo de corrupção muito sério.

O presidente disse que a Polícia Federal nunca atuou tanto no combate ao crime organizado, mas observou que não adianta só prender as pessoas, é preciso recuperar o dinheiro desviado dos cofres públicos. Afirmou que acabar com a lavagem de dinheiro não é uma batalha fácil e que, como eterno sonhador, sonha em vencer o crime.

– A coisa que mais me entristece é saber que uma pessoa foi punida, que está há quatro ou cinco anos na cadeia, e depois de todo esse tempo você percebe que não se conseguiu trazer de volta um centavo que essa pessoa roubou. E aqui, no Brasil, sabemos onde isso pega. Não basta vontade pessoal do ministro, do presidente. É preciso que seja uma vontade coletiva – disse Lula.’



Vera Rosa

‘A batalha de Lula por uma boa imagem’, copyright O Estado de S. Paulo, 5/09/04

‘Os que convivem com ele, no dia-a-dia, não deixaram de notar: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está com o rosto mais liso.

Mas o efeito não é resultado de botox, como dizem as línguas ferinas do poder. O que Lula está fazendo são aplicações de laser para tirar manchas da pele.

‘Vou perguntar pra ele onde tem isso, porque também quero ficar mais novo’, brinca o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), seu amigo desde a época em que ambos eram dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.

Preocupado, também, com a saúde e a aparência, o presidente decidiu comprar um umidificador para pôr em seu gabinete, no Palácio do Planalto. Lula tem se queixado da secura de Brasília, que agravou sua rinite alérgica e o fez recorrer ao ambulatório do Palácio, na semana passada. ‘Com tanto avião, ar condicionado, sol e secura, não há pele que agüente nem organismo que resista’, diz Devanir.

Aos 58 anos, o presidente não gosta, porém, de exibir sua vaidade para consumo externo. Até porque não é vaidoso em demasia. Está um pouco mais magro, mas também não diz o peso. ‘Quando a gente pergunta, ele responde:

você não é minha mulher e não tem nada a ver com isso’, conta o secretário de Imprensa e Divulgação, Ricardo Kotscho.

Não é de hoje que Lula vive testando dietas. Já fez a de proteínas, passou por uma parecida com a de South Beach, mas agora usa o bom senso: quando percebe que está engordando, fecha a boca. O problema é que viaja muito, não tem horário para as refeições e, pior, gosta de cozinhar e mostrar os dotes culinários para amigos. Suas especialidades são coelho e rabada.

Na visita ao Equador, há 11 dias, Lula deu uma de suas receitas preferidas para o presidente Lucio Gutierrez durante almoço com empresários. Explicou detalhes, como a hora de fritar e de reservar os ingredientes. Nessas ocasiões, em que é o convidado de honra, deixa a dieta de lado e prova de tudo um pouco. Seu argumento: é falta de educação não comer e, além disso, ninguém é de ferro. Depois, tenta se poupar durante os vôos e quando está no Alvorada, resistindo bravamente à comilança. De noite, dá preferência a saladas e grelhados.

Sanfona – Na luta contra a balança, Lula se define como ‘uma sanfona’, que engorda e emagrece. ‘Ele está superbem e tem feito os exercícios direitinho’, elogia o cardiologista Roberto Kalil, seu médico particular, com consultório em São Paulo. No fim deste mês, o presidente deve fazer um check-up. ‘São exames de rotina, que ele faz de ano em ano’, tranqüiliza Kalil.

Toda manhã, religiosamente, Lula caminha 40 minutos em volta do Alvorada, muitas vezes acompanhado pelo ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Sai às 6 horas em ponto. Também faz bicicleta e, à noite, esteira. Acostumou-se tanto às caminhadas que sente falta delas quando viaja.

Vez por outra, consegue driblar repórteres, fotógrafos e o esquema de segurança para andar, nem que seja por dez minutos. Nos fins de semana, quando está em Brasília, gosta de jogar bola com os amigos. Diz que o esporte o ajuda a relaxar, assim como a acupuntura. Foi com as agulhas do chinês Gu Hanghu que ele melhorou da bursite no ombro esquerdo.

Com ternos bem cortados e barba aparada, Lula agora confere o visual dos assessores dos pés à cabeça. Kotscho é um dos mais vigiados. ‘Ele invoca com a minha gravata e o sapato não engraxado’, afirma o secretário de Imprensa, que costuma andar todo amassado, com sapato de uma cor e cinto de outra.

Embora implique com a elegância alheia, Lula não admite palpite sobre o ‘futuro’ de sua barba. Fiel ao pequeno salão do Fernando, que freqüenta há mais de dez anos, no bairro paulistano do Ipiranga, o presidente agora chama o cabeleireiro em casa. Mas raspar a barba, nem pensar.

Em todas as campanhas ouviu o mesmo conselho, mas avisou que não mudaria de aparência só para ganhar a eleição. Chegou até a xingar amigos por isso, alegando que não era um ‘sabonete’ para ser vendido como produto de marketing. ‘Quando você vê o Lula dando bronca é porque ele está bem’, atesta o deputado Devanir. ‘Uma vez, há muito tempo, ele chegou a me dizer que tiraria a barba nas férias. Só que nunca teve coragem’, lembra o cabeleireiro Fernando. Hoje, mudou de opinião: acha que Lula estava certo.

Por que? ‘Ele virou o primeiro presidente com barba dos últimos tempos.’’