Friday, 27 de September de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 3107

Nelson de Sá

‘O católico prefeito do Rio, Cesar Maia, abriu campanha ajoelhado na igreja da Penha.

É que seu oponente maior é Marcelo Crivella, um evangélico senador da base governista -e não Jandira Feghali, como Maia insinua desde o debate global.

Crivella, da Igreja Universal, foi perfilado no site Nomínimo. O texto abria num templo, com um bispo pedindo a seus fiéis para ‘eleger (Crivella) prefeito e fazer uma revolução no mundo’.

Contra o senador se uniram o prefeito e Garotinho, evangélico, mas de outra denominação. Os dois se dizem, segundo o site, ‘ecumênicos’, em oposição à ‘predadora’ Igreja Universal.

Uniu-se também a Globo, que vem de destacar que Crivella foi ‘indiciado’ e vai ser chamado a depor, ‘sem data marcada’, num caso de ‘evasão de divisas’.

A Globo, que mantém o padre Marcelo nas atrações dominicais, além da relação histórica com a Arquidiocese do Rio, não parece desgostar do prefeito católico.

‘O Globo’ levou à manchete, ontem, um ‘levantamento feito pelo PFL’ que afirmava que o Rio ‘administrado pelo PFL de Cesar Maia’ recebeu menos verbas de Lula do que cidades menores.

Lula, no balanço de governo, adiantou sua resposta, dizendo que ouviu do próprio Maia que ‘nunca o Rio recebeu o dinheiro que recebeu’ em seu governo.

E ontem o prefeito acabou por dizer, à CBN, que não tem do que se queixar e que o levantamento do PFL ‘levou em conta somente os recursos de convênios’.

Incidente

O ministro Luiz Furlan surgiu na Folha Online e Globo On Line anunciando que a Argentina adiou as restrições à importação de eletroeletrônicos.

Furlan disse que vai se reunir hoje com o ministro argentino Roberto Lavagna e se esforçou em minimizar o conflito:

– Vamos superar o pequeno incidente de percurso.

Inquietude

Já o argentino ‘La Nacion’ anunciou que o presidente Néstor Kirchner vai aproveitar a reunião de hoje com Lula para, além de tratar das restrições, ‘transmitir a inquietude com o crescimento da importação do Brasil’.

Preferencial

De quebra, também o Paraguai vai hoje à reunião do Mercosul para, de acordo com o jornal ‘ABC Color’, ‘estimular o Brasil a dar tratamento preferencial às exportações paraguaias’.

Nova frente

O site do ‘Wall Street Journal’ deu ontem que os EUA decidiram impor tarifas ao camarão que é importado da China. Mais um mês e decidem sobre o camarão importado do Brasil.

Pelos servidores

Segundo o jornal ‘Diário de São Paulo’, o governador Geraldo Alckmin ‘enfatizou várias vezes’ que o piso dos servidores, com ele, subiu mais que o mínimo.

Já a prefeita Marta Suplicy, no dizer do site do PT, ‘paga mais ao funcionalismo do que Alckmin’. E amontoou números.

Em defesa

O JN deu manchete:

– Artistas pedem políticas em defesa da cultura nacional.

Eram todos artistas da Globo. Entre as ‘políticas’:

– Áreas como internet, mídias digitais ou telefonia precisam ser regulamentadas para a cultura brasileira estar protegida.

ESPETACULAR

A manchete do ‘New York Post’ de ontem gritou: ‘A escolha de Kerry’. E abaixo: ‘Democrata escolhe Gephardt como vice’.

Para o ‘Washington Post’, foi ‘um erro espetacular’. O canal de notícias MSNBC e depois outros compararam com a lendária manchete do ‘Chicago Tribune’, anunciando que ‘Dewey vence Truman’, um erro em eleição para presidente. O editor do ‘New York Post’ soltou depois uma nota, dizendo:

– Nos desculpamos sem reservas com nossos leitores.

Registre-se que também o venerando ‘Wall Street Journal’ publicou ontem que ‘os comentários apontam fortemente para a escolha de Richard Gephardt’.

ANTES NA WEB

O escolhido de John Kerry para vice saiu, não em jornal, mas pela web. A campanha democrata enviou ontem de manhã um e-mail do candidato a mais de um milhão de eleitores que haviam se cadastrado em seu site. Só depois veio o anúncio oficial para televisão, imprensa etc. Era, no dizer do ‘guru de internet’ dos democratas, Joe Trippi, ‘a decisão mais importante do candidato democrata’ em toda a campanha -e foi divulgada ao largo da mídia corporativa.

O AVANÇO DOS BLOGS

O ‘Washington Post’ destacou que, pela primeira vez, as convenções dos partidos Democrata e Republicano, ponto alto na cobertura das campanhas, vão se abrir aos blogs. ‘Queremos tratá-los como os outros repórteres’, disse o organizador da convenção democrata. Markos Zuniga, que faz o blog Dailykos.com, avisou:

– Nós somos todos partidários. Não fingimos ser outra coisa e não seremos constrangidos a equilibrar.

Uma porta-voz dos democratas não se importa:

– Os jovens ‘blogam’. E eles são importantes para nós.’

***

‘O crescimento, copyright Folha de S. Paulo, 9/7/04

‘Na home do UOL:

– Indústria tem a maior produção da história.

O Jornal Nacional, que deu o ‘recorde histórico’ em sua primeira manchete, ouviu de um economista:

– O ritmo do crescimento é surpreendente. Se a trajetória de crescimento continuar, vamos observar um PIB acima de 4% neste ano.

Na Globo On Line, lia-se uma analista do IBGE afirmar que ‘em maio se conseguiu ver, pela primeira vez, uma recuperação clara dos setores voltados para o mercado interno’.

Com isso tudo rolando, sem falar dos projetos que vão sendo aprovados no Congresso, Lula era obrigado ontem a responder perguntas sobre as pressões do ruidoso presidente argentino, Néstor Kirchner.

Deu um jeito de misturar as coisas e saiu declarando aos sites, rádios e televisões que a barreira aos eletroeletrônicos erguida pela Argentina, na verdade, ‘não é um problema’:

– É o resultado do crescimento.

E acrescentou, para não desagradar o colega:

– Dos dois países.

ERA PREVISÍVEL

Sites falam em ‘gesto conciliador’ e menos ‘tensão’

Pelos sites dos jornais argentinos, o ministro da Economia, mas nem tanto o presidente Néstor Kirchner, se esforçava ontem em minimizar o conflito com o Brasil. O ministro ‘descartou outras restrições’ e disse que, nos eletroeletrônicos, ‘se houver acordo entre as empresas, as medidas não vão se aplicar’.

Já Kirchner posou ao lado de Lula e teria conseguido do presidente brasileiro o compromisso para ‘um desenvolvimento industrial conjunto’.

Enquanto isso, segundo o argentino ‘Ambito Financiero’, ‘estão sendo remarcados nos supermercados os preços dos eletrodomésticos, em conseqüência direta das restrições. Era previsível’.

Ao que parece, o conflito vai além do comércio. Segundo sites chilenos, o ministro da Defesa argentino, que ‘havia se comprometido’ com a colega chilena, desistiu da visita conjunta que fariam ao Haiti. Estão lá os ministros do Brasil, do Chile e do Uruguai.

– As autoridades argentinas não deram explicação.

Oportunidades

Vicente Fox foi para segundo plano, empurrado por Kirchner. Mas a Globo e a CNN em espanhol não querem deixar passar a aproximação entre México e Brasil.

Para quem anda preocupado com o antiamericanismo no Brasil, o presidente mexicano é a ponte ideal. Na Globo, destacavam ontem que ‘o México já faz parte do Nafta, o acordo norte-americano de comércio’.

E que, além da associação do país ao Mercosul, ‘está sendo negociado um acordo de comércio México-Brasil’. Por sinal, ‘os dois únicos países latino-americanos com mais de 100 milhões de habitantes’.

Os ministros de parte a parte, em reuniões, ‘se impressionaram com a quantidade de oportunidades’. O próprio Fox saiu dizendo, segundo o ‘Valor’ de ontem, que está de olho principalmente em parcerias com Embraer e Petrobras.

O país seria um antídoto ao vaivém argentino.

Das instituições trôpegas à ‘causa do desenvolvimento latino-americano’, no dizer de Fox, tudo parece aproximar brasileiros e mexicanos.

Por exemplo, na reportagem do site do ‘New York Times’ -e depois no JN:

– Dezenas de imigrantes ilegais do Brasil e do México, doentes pelo calor e precisando de comida e água, foram presos no Texas.

Comemoração

A Lei de Falências passou -e o jornal econômico ‘Financial Times’ saiu comemorando. Ou melhor, destacou que:

– Os investidores [externos] comemoram o marco da Lei de Falências do Brasil.

Segundo o jornal, ela ‘vai dar a eles maior segurança e ajudar a reduzir as taxas de juros, que estão entre as maiores do mundo’. Bom argumento.

Gratidão

Da Argentina, também o ministro Antonio Palocci comemorou. Ou melhor, segundo o JN, ‘agradeceu’ aos congressistas brasileiros a aprovação de ‘leis importantíssimas’.

Não falou em juros.

PPP

Mas o comentarista do JN Franklin Martins afirma que ainda falta a PPP:

– Não dá para dormir sobre os louros, não. A Parceria Público-Privada é decisiva para atrair investimentos para energia, estradas, portos etc.

Os têxteis

O vice José Alencar comprou uma fábrica de têxteis na Argentina. Segundo o ‘La Nación’, ‘causou preocupação entre os empresários algodoeiros com a expansão brasileira’.

Os camarões

A revista ‘Economist’ destacou ontem a vitória dos produtores de camarão dos EUA, que conseguiram aumentar as taxas sobre importações da China e do Vietnã. Notou a revista que ‘as tarifas devem elevar os preços internos em 44%’.

Quanto ao camarão do Brasil, segundo o ‘Valor’, dependendo das taxas a serem impostas até o fim do mês, elas podem até beneficiar o país. Que herdaria a fatia de China e Vietnã.

Japão, sim

A celebrada China não foi, mas o Japão se fez presente na reunião do Mercosul. Segundo a agência Kyodo, o país ‘expressou sua vontade de aumentar as relações’ e disse que há ‘muito espaço’ para negócios.’

***

‘Chico e Lula’, copyright Folha de S. Paulo, 11/7/04

‘DE CHICO: ‘Não sou um escritor, sou um homem de música que escreve textos. Escritores não me consideram escritor, também. E eles têm razão… Sendo que os músicos também não me consideram músico (ri muito)’

Chico Buarque quer distância da imprensa:

– Fico um pouco desgostoso quando sou obrigado a falar. Porque, quando sai publicado, não gosto da maneira que saiu. Mesmo que sejam as palavras que eu disse.

Mas ele falou à ‘Ocas’, na edição de aniversário da revista que só é vendida por ‘pessoas em situação de rua’. É uma longa entrevista a Marcella Franco, em que anuncia que voltou ao violão, comenta literatura, faz revelações (apanhou da polícia quando foi preso, ainda jovem) e fala de Lula. E critica a cobertura:

– Existe uma má vontade muito grande da imprensa com este governo… Há uma má vontade com o Lula muito forte, com ou sem motivos. E o que puderem fazer para criar atrito em qualquer área parece interessante.

Por exemplo:

– Perguntaram para mim se eu estava satisfeito com o governo Lula, e eu respondi que era óbvio que não. E acho ótimo não estar satisfeito. A pior coisa que pode acontecer para um governante é estar cercado de puxa-sacos. Mas isso não significa que eu esteja decepcionado com o Lula. Votei nele várias vezes e não me arrependo do meu voto.

E mais:

– É claro que há coisas que tenho esperança de que ele vá resolver. Espero talvez o impossível, mas alguma parte do impossível eu imagino que ele cumpra, porque nem ele pode estar satisfeito. Nem estou muito surpreso, não esperava coisa muito diferente, pelo menos nos dois primeiros anos. Não podia esperar o rompimento com a linha econômica que foi traçada antes, por exemplo.

De todo modo, nada de muita convivência:

– Outra coisa é a intimidade com o poder. Sou um pouco avesso a isso, não me sinto muito à vontade para, por exemplo, ir jogar futebol com o Lula. Eu quero continuar gostando do Lula, torcendo por ele, mas à distância. E ele sabe disso.

O embate 1

De um lado, o ministro petista Antonio Palocci e o senador tucano Tasso Jereissati. Do outro, o ministro petista Guido Mantega e os governadores tucanos Geraldo Alckmin e Aécio Neves.

Foi o conflito desenhado pelo ‘Valor’, para dizer por que não anda a Parceria Público-Privada. Para os primeiros, a PPP é ‘dívida’. Para os segundos, não.

No meio do jogo, segundo ‘O Globo’, muitos jantares de Palocci com senadores tucanos.

O embate 2

A começar dos telejornais, passando por seus canais de notícia, rádios, comentaristas, a Globo e a Band entraram em campanha pela PPP, na semana.

O motivo é o medo -quase o terror- de novo apagão, agora nas estradas, portos etc.

A bola

A embaixada brasileira em Paris reúne o Não-Grupo dos 5 (EUA, União Européia, Brasil, Índia e Austrália), neste fim de semana, para tentar destravar as negociações comerciais. Agora depende dos subsídios agrícolas dos EUA, segundo um porta-voz da UE, ontem no site da ‘Forbes’:

– A bola está no campo dos americanos, para dizer o que eles realmente oferecem.

Agora, carros

A Argentina continua a exigir ‘paciência’. Ontem, no ‘Clarín’, o ministro Roberto Lavagna disse que as reuniões ministeriais do Mercosul, daqui a duas semanas, não vão ‘tratar somente dos temas do aqui e agora, mas também dos que vêm adiante’:

– Concretamente, temos que discutir o tema dos automóveis.

Frente

As Globos e sites pelo mundo destacaram na semana mais um ‘bloco’ com liderança do Brasil, que bem poderia ser chamado de G alguma coisa, agora numa ‘frente de combate à Aids’, com China, Índia, Rússia, África do Sul, Nigéria e outros.

Rótulo

Garante o chanceler Celso Amorim, em ‘O Globo’:

– Terceiro-mundista? Não, o rótulo é velho. O Brasil se relaciona bem com EUA e União Européia, mas destaca seu enorme interesse por China, África, enfim, os países em desenvolvimento.

Outra reforma

O ‘Financial Times’ insiste. Semanas atrás, deu o estudo que dizia que as ‘empresas do Brasil têm que melhorar a administração’. É a ‘reforma corporativa’, de que pouco se ouve.

E o ‘FT’ destacava na sexta, de novo, a reunião sobre ‘governança corporativa’ que acontece no Rio. Para ouvidos moucos.’



CORRUPÇÃO & MÍDIA
Eduardo Ribeiro

‘Uma cartilha para combater a corrupção’, copyright Comunique-se, 7/7/04

‘Há pouco mais de três anos, um grupo de amigos nascidos em Ribeirão Bonito – uma pequena e aprazível cidade do Interior paulista – incomodado com os constantes e crescentes rumores de que havia corrupção, e das grossas, na Prefeitura da cidade, começou a mobilizar-se no sentido tanto de apurar melhor as informações, quanto, caso elas se confirmassem, de lutar e de mobilizar a comunidade para pôr um fim aos desmandos. E o fizeram decididos a lutar até o fim, a despeito dos transtornos que isso viria a causar na vida pessoal e até profissional de cada um.

Faziam parte desse grupo profissionais de projeção nas respectivas áreas de atuação, caso do consagrado empresário e consultor Antoninho Marmo Trevisan, do então diretor geral da Klabin, Josmar Verillo, que acabou, no meio do processo, trocando de trabalho, convidado a assumir a Presidência da Alcoa América Latina, do profissional de Relações Públicas, João Alberto Ianhez, atual presidente do Conselho Federal dos Profissionais de Relações Públicas – Conferp, de Antonio Chizzotti, doutor em educação pela PUC-SP, com pós-doutorado em Paris e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação na PUC-SP, e de José Chizzotti, advogado pela PUC-SP, procurador do Estado aposentado, e que foi, anteriormente, assessor do ministro do STF e chefe de gabinete do Ministério da Justiça.

Gente acostumada a atuar de forma organizada, não demorou muito a constituírem uma ONG para encabeçar a atuação, nascendo então a Amigos Associados de Ribeirão Bonito por todos chamada de Amarribo.

Tive a oportunidade e o privilégio de conhecer inúmeros detalhes desse precioso movimento numa palestra em que quatro dos cinco protagonistas participaram, durante um Congresso de Comunicação, e ali eu e vários outros colegas pudemos ter uma noção muito mais real da força de uma idéia, sobretudo quando ela se inspira e se apóia na chamada prática cidadã.

A Amarribo pôs Ribeirão Bonito de pernas para o ar, conseguindo reunir tanto o apoio da população quanto as evidências necessárias para provar que o prefeito da cidade estava realmente desfalcando o já combalido cofre municipal – o desfalque mensal por ele provocado era de R$ 100 mil, para uma receita total que mal chegava aos R$ 650 mil a cada 30 dias. O resultado de todo esse trabalho foi a renúncia do prefeito Antonio Sergio Mello Buzzá (para não ser cassado) e sua posterior prisão, ao lado de um vereador, por improbidade administrativa.

Conhecida por esse Brasil afora, a experiência acabou inspirando a criação de outras 31 ONGs que lutam, em várias partes do País, para moralizar o tratamento do dinheiro público em seus municípios, e resultou na edição – tantas foram as solicitações neste sentido – de uma Cartilha de Combate à Corrupção (o título oficial da obra é O combate à corrupção nas prefeituras do Brasil), que acaba de chegar à segunda edição.

A Cartilha, que ensina como um cidadão pode detectar indícios de corrupção nos poderes municipais e que já foi distribuída em 4.600 cidades brasileiras, inspirou brasileiros de outros municípios a derrubar autoridades corruptas (como o presidente da Câmara dos Vereadores de Juazeiro do Norte, no Ceará, o prefeito de Girau do Ponciano, em Alagoas, entre outros casos conhecidos).

O texto da orelha do livro lembra: ‘Embora seja grande a variedade dos esquemas de que a corrupção se aproveita, ela sempre deixa uma série de indícios que tendem a ser semelhantes de um lugar a outro. Esta Cartilha descreve as principais formas que assume a fraude municipal, mostra onde procurar as pegadas dos autores, indica as diversas instâncias públicas às quais se pode recorrer para combater a corrupção e dá uma série de dicas sobre como a sociedade local pode ser organizar’.

Vale a pena também acompanhar um trecho da introdução da cartilha, que é lapidar:

‘A corrupção corrói a dignidade do cidadão, contamina os indivíduos, deteriora o convívio social, arruína os serviços públicos e compromete a vida das gerações atuais e futuras. O desvio de recursos públicos não só prejudica os serviços urbanos, como leva ao abandono obras indispensáveis às cidades e ao País. Ao mesmo tempo, atrai a ganância e estimula a formação de quadrilhas que podem evoluir para o crime organizado e o tráfico de drogas e armas. Um tipo de delito atrai o outro e quase sempre estão associados. Além disso, os investidores sérios afastam-se de cidades e regiões onde vigoram práticas de corrupção e descontrole administrativo’…

‘Em ambiente em que a corrupção predomine dificilmente prospera um projeto para beneficiar os cidadãos, pois suas ações se perdem e se diluem na desesperança.’’