Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Nelson de Sá

‘Na manchete do Jornal Nacional:

– Operação da Polícia Federal contra fraudes em licitações. Quatro presos são funcionários do Tribunal de Contas da União.

É o órgão que tem, como ‘uma das principais funções, combater a corrupção’.

Do âncora Boris Casoy, no Jornal da Record:

– Seria cômico, se não fosse trágico. Exatamente no TCU, encarregado de zelar pela lisura dos contratos federais. É uma vergonha!

Se não falha a memória, foi FHC quem primeiro cobrou um governo ‘republicano’, na atual temporada. Os tucanos ecoaram. Depois, os petistas. Chico Alencar recorreu à expressão dias atrás, no JN.

E ontem ela foi usada tanto pelo líder do governo na Câmara, Professor Luizinho, na Record, quanto pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, no JN.

O líder saiu dizendo que a operação da PF, que envolve uma empresa do ministro das Comunicações, articulador do esforço para manter o PMDB no governo, era um ‘risco ao processo republicano’.

O ministro, em resposta, defendeu as investigações, ‘feitas de forma impessoal e republicana, sem perseguir e sem proteger’.

O líder voltou atrás.

‘BOOM’

O ‘Financial Times’ adiantou ontem à noite uma reportagem e uma longa análise (ilustração acima) com elogios rasgados aos países emergentes em geral, Brasil em particular.

‘Uma oportunidade histórica para as economias emergentes’ é o título da análise, que retrata os países hoje como ‘um elemento de estabilidade’ no mundo. Dá o Brasil de exemplo, ‘combinando’ crescimento do PIB com superávit comercial recorde e dívida declinante. ‘Esses países estão mais do que nunca no controle de seus destinos econômicos.’ A reportagem, de sua parte, retrata o ‘boom’ no mercado de títulos da dívida dos países emergentes, ‘no melhor patamar desde 1998’.

CORAGEM

O ministro Luiz Furlan seguiu no ataque, pela valorização do dólar. Na Bloomberg, falou em ‘preocupação’. Em entrevista ao ‘Valor’, que rendeu a manchete do jornal, defendeu ‘ousadia’, insinuou que ‘falta coragem’ e disse que ‘não basta tirar nota 10 em comportamento no curso do FMI’. A ele se somaram um diretor do Bradesco, dizendo à Bloomberg que ‘seria saudável’ o Banco Central comprar dólares, e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que na rádio Band ecoou o apelo por uma política menos ‘conservadora’.

Por outro lado, a ‘Economist’ dá a nova capa (acima) à derrocada da moeda americana pelo mundo todo. Diz que ‘o dólar não é mais o mesmo’ e, ‘nos últimos três anos, caiu 35% contra o euro’. Mas a revista apontou o risco para as ‘economias emergentes que tentam fixar suas moedas contra o dólar’ e ‘imprimem dinheiro’.

Protetorado

No Brasil, como mostrou o JN, o governo pediu dinheiro para transferir ao Haiti.

Mas a discussão nos EUA está mais adiantada, segundo o ‘Miami Herald’. Com violência em alta, com tiros ecoando na visita do secretário-geral da ONU, fala-se em tornar o país um protetorado temporário das Nações Unidas, como Kosovo ou Timor Leste -até reerguer a presença do Estado.

A proposta foi feita por Don Bohning, um especialista em questões do Haiti, e afastaria de cena o ‘ineficiente’ governo ‘apoiado pelos EUA’ .

PT haitiano

Por outro lado, o ‘Washington Times’ deu ontem que líderes do PT estão em Port-au-Prince, a capital, para ‘forjar uma nova esquerda’ haitiana.

Tonturas

Lula defendeu o Mercosul e, entusiasmado, a Comunidade Sul-Americana, às vésperas de ser lançada. Mas na seqüência, na Globo News:

– O presidente da Argentina avisou que não vai participar da reunião [da Comunidade]. O anúncio causou mal-estar, pois aumentou a sensação de crise no Mercosul, ao contrário do que disse o presidente Lula.

A desculpa de Néstor Kirchner é que a reunião no Peru, ‘a 3.740 metros acima do mar, pode lhe provocar tonturas’.

Freio

E o argentino ‘Clarín’, ontem, destacou o acordo de Kirchner com o presidente do Paquistão, para ‘frear a eventual ampliação do Conselho de Segurança da ONU’ -e barrar a entrada de Brasil e Índia.’

***

‘O dia seguinte’, copyright Folha de S. Paulo, 2/12/04

‘A Globo ainda ecoava ontem o ‘presente de fim de ano para o Brasil’, com os números do crescimento, quando dois protagonistas do próprio governo reiniciaram, por volta do meio-dia, as críticas à política econômica.

Segundo CBN e Globo Online, entre outros, o senador Aloizio Mercadante e o ministro Luiz Furlan ‘se reuniram e saíram atirando nas taxas de juros e na queda do dólar’.

Para o ministro, ‘o Brasil não pode ser eternamente um país com juros altos’. Para o senador, o câmbio ‘começa a dar sinais de preocupação em relação ao saldo comercial’.

Algum tempo depois e novos números surgiram, em apoio à ‘legítima pressão’, como Furlan qualificou a crítica.

O UOL destacou que o dólar ‘voltou a cair’, atingindo ‘novo recorde de baixa no ano’. E a Globo News deu em manchete que ‘a balança comercial teve em novembro o menor superávit em sete meses’, por conta das importações.

Para o Jornal Nacional, ‘a queda do dólar, o crescimento da economia e a proximidade do Natal explicam o aumento das importações’ e o ‘menor saldo desde abril’.

Mas nem todos os números do dia seguinte ao ‘presente de fim de ano’ foram de água fria para a equipe econômica.

Segundo os telejornais e canais de notícias, ‘o risco-país caiu aos menores níveis históricos’, chegando a estar abaixo dos 400 pontos, ‘menor patamar desde 97’. E o JN também deu em manchete:

– O preço internacional do petróleo despenca.

‘A NOTÍCIA DO DIA’

Além do senador e do ministro, também a comentarista Míriam Leitão cobrou mais, pela manhã na Globo:

– É dia de comemorar. Mas é inevitável olhar para a frente e ver que é preciso mais investimento em infra-estrutura se o país quiser continuar crescendo.

O mesmo cobraram a Confederação Nacional da Indústria e o ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa, na Folha Online, sublinhando a urgência de acordo com o FMI sobre os investimentos em infra-estrutura.

Não demorou e a Globo News e o JN anunciavam:

– O FMI aceita excluir do superávit primário os investimentos em infra-estrutura.

Júlio de Almeida, diretor do Iedi, comemorou:

– É a grande notícia do dia. Essa questão do FMI vai permitir um refresco maior, liberar recursos do setor público para o investimento em infra-estrutura.

Mas também em infra-estrutura havia notícia em outra direção. Segundo a Band News e os sites, ‘a votação das Parcerias Público-Privadas ficou para a semana’. E o diretor do Iedi desta vez não comemorou:

– É importante aprovar a PPP.

OS DUELISTAS Lula e FHC, na Globo News e nas rádios, mas não no Jornal Nacional, seguiram em seu debate à distância, ontem. O atual presidente declarou que ‘tem muita gente que torceu para não dar certo’. O ex-presidente declarou que no governo tem ‘muita incompetência, sobretudo nas áreas sociais’

Escravos urbanos

O outro correspondente do ‘New York Times’ no Brasil, Todd Benson, adiantou reportagem ontem dizendo que, ‘em menos de dois anos do primeiro presidente ‘working-class’, o governo já libertou mais escravos que nos oito anos anteriores’. Mas a notícia era outra:

– A repressão fez pouco para conter os abusos em São Paulo, onde milhares de imigrantes trabalham e moram em condições de escravidão moderna.

São bolivianos e outros, no Bom Retiro, Brás, Pari.

Vida e violência

Subiu um pouco a expectativa de vida, mas a notícia era outra, ontem. Da manchete do Jornal Nacional, direto ao ponto:

– IBGE mostra como a violência dificulta a conquista de números melhores.

PIB e o PMDB

A aprovação da medida que dá status de ministro ao presidente do Banco Central ‘foi um teste em que o governo saiu vitorioso’, avaliou Alexandre Garcia, na Globo, dizendo que foi efeito dos ‘números do PIB’.

Ato contínuo, o ministro peemedebista Eunício Oliveira espalhava, em TV e sites, que o partido ‘não deve deixar a base no momento de excelentes indicadores de crescimento’.

‘Não ajuda’

O pefelista Cesar Maia abriu campanha presidencial, noticiavam ontem os canais de notícia e a Agência Nordeste. Ele ‘definiu o Nordeste como fundamental para a candidatura’.

Quem não gostou foi o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, para quem ‘isso não ajuda a governabilidade, não ajuda o país’.’

***

‘‘Estou feliz’’, copyright Folha de S. Paulo, 1/12/04

‘Por aqui, a cobertura foi de exaltação. A escalada de manchetes do JN:

– O crescimento da economia atinge melhor número dos últimos nove anos: 5,3% até setembro. O dólar tem a menor cotação em dois anos. A Bolsa de São Paulo bate novo recorde. E o ministro Palocci diz que os bons resultados ainda não permitem descansar.

No destaque do Jornal da Record, foi ‘o melhor desempenho em oito anos’. No UOL e outros, manchetes bradavam:

– PIB do Brasil tem o melhor resultado em oito anos.

Oito ou nove anos, animou a equipe econômica.

E a estrela do dia foi o ministro Antonio Palocci, que se esforçou por parecer comedido nos telejornais e antes, ao vivo, na Globo News e Band News:

– Os resultados são muito bons, mas eles não nos deixam descansar. Temos que fazer muito ainda para que as respostas de crescimento efetivo de emprego possam vir.

O JN, de todo modo, destacou uma declaração dele, ‘antes de qualquer pergunta’:

– Estou feliz.

Sites estrangeiros foram mais contidos, mas não muito.

O título da reportagem que o ‘Financial Times’ adiantou dizia que os números vieram abaixo da previsão, numa ‘desaceleração saudável’:

– Mas o crescimento do Brasil segue nos trilhos, a caminho de sua melhor performance em mais de dez anos.

Despacho da agência Dow Jones, no site do ‘Wall Street Journal’, trouxe avaliação de economistas de que os números apontam ‘um crescimento mais sustentável para o Brasil’.

O site da Bloomberg, na mesma linha, reproduziu entre outras a opinião de John Welch, ‘estrategista’ do Lehman Brothers, em Nova York:

– Os números são ótimos. O crescimento é robusto, mas sem sinais de sair de controle.

‘FT’, Dow Jones e o JN também deram um dado inusitado, anunciado pelo IBGE:

– A taxa de crescimento de 2003 foi revisada para cima, de 0,2% negativo para 0,5%.

A economia ‘cresceu em vez de encolher’, sublinhou a agência ligada ao ‘WSJ’.

Outro dado inusitado surgiu na Globo Online e outros sites, no início da noite:

– A carga tributária no Brasil recuou, de 34,9% em 2002 para 34% em 2003.

Seria a primeira redução na carga desde 1991.

Daí o entusiasmo de Palocci e equipe. E de Lula.

Os números vieram um dia depois de FHC qualificar o governo petista de incompetente, ao que o ministro da Fazenda respondeu, segundo a CBN, dizendo que o ex-presidente perdeu a ‘elegância’.

Mas a ‘melhor resposta’ aos críticos veio com os números, segundo Palocci. Se o ‘Financial Times’ estiver certo, 2004 terá taxas maiores de crescimento do que em toda a era FHC. Para não falar da carga tributária.

PARA O RIO

Imagens da nova força, nos telejornais da Globo

O governo federal ‘liberou R$ 18 milhões para a segurança no Rio’, anunciou a Globo, à tarde:

– Mas é em Vitória, no Espírito Santo, que uma tropa de elite da Força Nacional de Segurança vai atuar pela primeira vez.

A emissora acompanhou ‘os homens da Força’ em todos os telejornais nacionais, com cenas de uniformes novos e poses com armas. Segundo a rede carioca, ‘eles foram treinados para ajudar os Estados em momentos de crise’ e, sublinhou o JN, serão ‘comandados por oficiais da polícia estadual’. Então, por que não vão para o Rio? Uma manchete na Globo Online:

– Ministro diz que uso de tropas federais no Rio só depende de pedido de Rosinha.

Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, disse que ‘o interesse em ajudar o Rio é grande’ e já houve reunião com o governo estadual. E a Globo Online:

– No entanto, o secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, afirmou que ‘não há necessidade de intervenções no combate à criminalidade no Estado’, pois, segundo ele, já existe uma parceria com a Polícia Federal, cujos resultados são satisfatórios.

Mas a Globo, ao que parece, não vai desistir.

Scala

A Band News, de Paris, disse que Marta Suplicy passou pela cidade mas já está em Milão, para a reabertura do Scala, ‘o grande teatro lírico italiano’.

A prefeita teria ‘passado em Paris devido a necessidades familiares do marido, que há seis meses não via os filhos’.

Ontem, Marta veria ‘Moisés e o Faraó’, de Rossini.

No plenário

A TV Câmara ressurgiu ontem com a transmissão da votação da medida provisória que torna ministro o presidente do Banco Central. Bate-boca, acusações de corrupção de um deputado a outro, ameaças físicas, corte de voz no microfone: não faltou quase nada, no espetáculo que avançou pela noite.

Portfólio

Mais boa nova na economia. O ‘Financial Times’ trouxe ontem uma análise de investimento, sugerindo aplicar no Brasil e nos outros três países ‘bric’ (Brasil, Rússia, Índia, China). Na tradução da BBC Brasil:

– Os quatro estão preparados para crescer muito mais que os EUA na próxima década e merecem lugar no seu portfólio.

Locomotiva

Depois da Bloomberg, ontem foi a vez de Larry Rohter, no ‘New York Times’, destacar o papel dos motoboys na economia paulista. Segundo o correspondente, ‘sem eles os negócios parariam’. O que não quer dizer que gostem deles:

– Os motoristas consideram os motoboys uma praga.’



FSP CONTESTADA
Painel do Leitor, Folha de S. Paulo

‘Cartas de leitores’, copyright Folha de S. Paulo

‘4/12/04

Prefeitura de São Paulo

‘Em relação ao editorial ‘Problemas para Serra’ (Opinião, pág. A2, 3/12), é lamentável que este prestigioso jornal tenha incorporado em seu texto a adjetivação ‘desastrosa’ para se referir ao meu governo, expressão usada à exaustão, porém sem sucesso, na fracassada campanha do PT para a reeleição de Marta Suplicy. Primeiro, porque uma avaliação técnica e isenta, como fez a revista ‘Veja São Paulo’ de 20/10/2004, mostrou que, em 17 áreas estratégicas do município, 11 ou estavam melhores na minha gestão ou permaneciam na mesma condição anterior. Segundo, porque deixei a administração da cidade em situação muito diferente daquela em que se encontra hoje, com um superávit orçamentário de R$ 1,3 bilhão, que, já em janeiro de 2001, produziu uma disponibilidade de caixa de R$ 503 milhões, tudo atestado por balancetes da atual gestão. Além do mais, a histórica dívida com o governo federal foi negociada por mim, e os pagamentos das prestações estavam em ordem. Os salários do funcionalismo estavam em dia, os serviços públicos vitais funcionavam, e a cidade pôde até contar com a festa do Réveillon da Paulista. Por outro lado, repilo veementemente qualquer tentativa de associação maldosa entre a investigação em curso por um suposto enriquecimento ilícito do vice-prefeito eleito Gilberto Kassab com o fato de ele ter participado por um período de 15 meses da minha equipe de governo, que era constituída, aliás, por profissionais de nível ministerial e da mais alta honestidade e competência. Estou à disposição deste jornal não só para mais informações como também para um eventual debate que o assunto possa suscitar.’ Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo (São Paulo, SP)

Grampos

‘Em relação ao texto ‘Falsos juízes autorizavam grampos em SP’ (Cotidiano, 2/12), a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo esclarece que a doutora Alexandra Lamano integra a magistratura paulista como juíza substituta da circunscrição de Guarulhos, portanto não deveria ser identificada como fantasma. O caso de falsificação de Guarulhos é a única exceção em que o ofício para autorizar o grampo telefônico possui assinatura fictícia de nome real. Tendo em vista que a magistrada profere milhares de sentenças e conta com a credibilidade que a função lhe atribui, causa dano irreparável uma publicação que a defina como fantasma. Em razão disto, a juíza entende ser indispensável a publicação de tal ressalva como prestação de serviço, principalmente aos jurisdicionados de Guarulhos que têm suas lides decididas e assinadas não por juíza fantasma, mas, sim, por magistrada submetida e aprovada em concurso realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.’ Simone Fuzatti, assessora de imprensa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Alexandre Hisayasu – A reportagem não disse que a juíza é fantasma, e sim que a sua assinatura foi falsificada, conforme pode ser conferido no seguinte trecho: ‘O documento, que veio com um ofício de um delegado fantasma, tem a assinatura falsificada da juíza Alexandra Lamano, que trabalha no fórum da cidade’. Em outro trecho, a reportagem informa que ‘segundo o TJ, a falsificação da assinatura da juíza Alexandra Lamano está sendo investigada também pela polícia de Guarulhos’.

1/12/04

Saúde

‘Em relação às notas publicadas na coluna ‘Painel’ (Brasil, pág. A4) nos dias 26, 27 e 28 de novembro sobre os programas Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192) e Farmácia Popular, o Ministério da Saúde esclarece: O programa Farmácia Popular não compromete os recursos destinados à distribuição gratuita de medicamentos no SUS. O Orçamento de 2005 reserva R$ 3,3 bilhões para esse fim e não apenas R$ 280 milhões para a rede Farmácia Básica do SUS, como publicado na coluna da sexta-feira, dia 26. A informação foi corrigida pelo Ministério da Saúde, mas republicada novamente de forma incompleta na edição de sábado. O valor previsto para distribuição de medicamentos em 2005 é 70% maior que em 2002, quando se investiu R$ 1,9 bilhão na assistência farmacêutica ambulatorial. Também diferentemente do publicado na coluna nos dias 27 e 28, a portaria ministerial 2.530 tem como finalidade reorganizar os investimentos em saúde, contemplando as prioridades definidas em conjunto pelos governos estaduais e municipais. A portaria prioriza investimentos para reforma, construção e ampliação de unidades de saúde e implantação de serviços de urgência e emergência. As prioridades são resultado de discussões que envolveram mais de 400 gestores, com a participação dos conselhos de secretários estaduais e municipais e do Conselho Nacional de Saúde.’

Jamaira Giora, diretora de programas da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Arthur Chioro, diretor de Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Renata Lo Prete, editora do ‘Painel’ – Independentemente de outros recursos, persiste o fato de que o Orçamento de 2005 prevê mais dinheiro para a venda de remédios no programa Farmácia Popular do que para sua distribuição gratuita na rede Farmácia Básica, do SUS. Quanto ao estímulo para que parlamentares favoreçam, em suas emendas, um projeto caro ao marketing do governo, a portaria do Ministério da Saúde se refere, explicitamente, ao Serviço de Atendimento Móvel de Emergência -SAMU.’



COLUNISMO
Luís Nassif

‘Fim’, copyright Folha de S. Paulo, 5/12/04

‘Por inadequação com os temas econômicos do caderno Dinheiro, a coluna de domingo deixa de abordar temas ligados à música, à memorialística e à história. Aos leitores de domingo, com quem compartilhei lembranças e informações extra-econômicas, meus agradecimentos pela paciência desses anos todos.’