Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

O Estado de S. Paulo

SOCIEDADE TECNOLÓGICA
Miguel Reale Júnior

O gosto do mal e o mau gosto

‘Na sociedade tecnológica se desfaz a noção de espaço, pois, graças à rapidez das informações, o tempo real exerce tirania sobre o espaço real: o mundo está em cada local. Assumem relevo a imediatidade e a interatividade, em razão do que na civilização da pressa não há lugar para a meditação, para a vivência do hábito da leitura e da análise da realidade, para o aprofundamento de dúvidas existenciais.

O habitante do tempo, e não mais do espaço, vive o desenraizamento: está a todo o tempo em toda parte. Como destinatário de completas informações sobre o acontecido a cada instante, não mais se permitem ao homem o silêncio, o recolhimento, a reflexão, a intimidade. Na época do Orkut e do YouTube se torna público o privado e ocorre a rápida obsolescência do up to date. A sociedade torna-se histérica na busca incessante do novo que satisfaça, sôfrega na busca de emoções que não sejam virtuais por meios virtuais.

Dentro dessa atmosfera, as relações interpessoais fundam-se apenas na possibilidade de o outro satisfazer necessidades sensíveis. O outro se torna um objeto e logo cada qual vira também objeto do outro, com perda do recíproco respeito. Este quadro moral levou a duas situações dramáticas: o gosto do mal e o mau gosto.

O gosto do mal está espantosamente relatado no livro La Mort Spetacle – enquête sur l’horreur-realité, de Michela Marzano, ao mostrar a barbárie interior, consistente na busca crescente de registros na internet de filmes sobre sevícias, torturas e até assassinatos reais, efetivamente ocorridos, muitas vezes só para serem divulgados.

O horror vira espetáculo. Hoje se multiplicam as filmagens ou fotografias com celular de cenas de brutalidade contra as pessoas, para puro e simples divertimento. O enforcamento de Saddam Hussein, com o corpo balançando no vazio, correu a internet. Um site francês, ‘Vídeos de Decapitação’, revela Marzano, instalou fórum de discussão acerca da decapitação de Nicholas Berg no Iraque. As reações dos internautas transitaram entre o fascínio e a indiferente discussão sobre a qualidade da filmagem. A tragédia do Iraque tornou-se distração.

Fora estas cenas tornadas públicas por ‘autoridades’, difunde-se o happy slapping (tapa divertido), ou seja, a difusão de filmes e fotografias de agressões à integridade física ou sexual de alguém, em que o sofrimento vira fonte de entretenimento. Lembro, entre tantos relatos de Michela Marzano, a difusão em escola de cenas de violação de uma colegial por diversos colegas, em Nice, em abril de 2007. A violência contra o outro se transmuda em divertimento compartilhado, pelo celular e pela internet.

De outra parte, os meios de comunicação, na busca desenfreada de audiência, recorrem a programações que satisfaçam mais facilmente os instintos do telespectador. Os índices de audiência passam a ser a régua pela qual se faz o juízo positivo ou negativo de um programa televisivo. Rompem-se, na conquista de índices de popularidade, as fronteiras éticas.

Programas como o Big Brother indicam a completa perda do pudor, ausência de noção do que cabe permanecer entre quatro paredes. Desfaz-se a diferença entre o que deve ser exibido e o que deve ser ocultado. Assim, expõe-se ao grande público a realidade íntima das pessoas por meios virtuais, com absoluto desvelamento das zonas de exclusividade. A privacidade passa a ser vivida no espaço público.

O Big Brother Brasil, a Baixaria Brega do Brasil, faz de todos os telespectadores voyeurs de cenas protagonizadas na realidade de uma casa ocupada por pessoas que expõem publicamente suas zonas de vida mais íntima, em busca de dinheiro e sucesso. Tentei acompanhar o programa. Suportei apenas dez minutos: o suficiente para notar que estes violadores da própria privacidade falam em péssimo português obviedades com pretenso ar pascaliano, com jeito ansioso de serem engraçadamente profundos.

Mas o público concede elevadas audiências de 35 pontos e aciona, mediante pagamento da ligação, 18 milhões de telefonemas para participar do chamado ‘paredão’, quando um dos protagonistas há de ser eliminado. Por sites da internet se pode saber do dia-a-dia desse reino do despudor e do mau gosto. As moças ensinam a dança do bumbum para cima. As festas abrem espaço para a sacanagem geral. Uma das moças no baile funk bebe sem parar. Embriagada, levanta a blusa, a mostrar os seios. Depois, no banheiro, se põe a fazer depilação. Uma das participantes acorda com sangue nos lençóis, a revelar ter tido menstruação durante a noite. Outra convivente resiste a uma conquista, mas depois de assediada cede ao cerco com cinematográfico beijo no insistente conquistador, que em seguida ridiculamente chora por ter traído a namorada à vista de todo o Brasil. A moça assediada, no entanto, diz que o beijo superou as expectativas. É possível conjunto mais significativo de vulgaridade chocante?

Instala-se o império do mau gosto. O programa gera a perda do respeito de si mesmo por parte dos protagonistas, prometendo-lhes sucesso ao custo da violação consentida da intimidade. Mas o pior: estimula o telespectador a se divertir com a baixeza e a intimidade alheia. O Big Brother explora os maus instintos ao promover o exemplo de bebedeiras, de erotismo tosco e ilimitado, de burrice continuada, num festival de elevada deselegância.

O gosto do mal e o mau gosto são igualmente sinais dos tempos, caracterizados pela decomposição dos valores da pessoa humana, portadora de dignidade só realizável se fixados limites intransponíveis de respeito a si própria e ao próximo, de preservação da privacidade e de vivência da solidariedade na comunhão social. O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer necessidades sensíveis.

Proletários do espírito, uni-vos, para se libertarem dos grilhões da mundialização, que plastifica as consciências.

Miguel Reale Júnior, advogado, professor-titular da Faculdade de Direito da USP, membro da Academia Paulista de Letras, foi ministro da Justiça’

 

INTERNET
Miguel Helft e Andrew Ross Sorkin

Microsoft quer Yahoo por US$ 44,6 bi

‘Numa jogada audaciosa para conter o domínio online do Google, a Microsoft anunciou ontem que fez uma oferta não solicitada para comprar o Yahoo por US$ 44,6 bilhões, numa combinação de dinheiro e ações. Se for consumado, o acordo redesenhará o panorama competitivo em serviços ao consumidor na internet, em que a Microsoft e o Yahoo vinham encontrando dificuldades para concorrer com o Google.

A oferta de US$ 31 por ação representa um prêmio de 62% sobre a cotação de fechamento das ações do Yahoo, de US$ 19,18 na quinta-feira. Seria a maior aquisição já feita pela Microsoft.

Segundo a gigante de software, a combinação das duas companhias economizaria cerca de US$ 1 bilhão anualmente. A Microsoft disse também que tem um plano de integração para incluir empregados de ambas as companhias e pretende oferecer incentivos para reter funcionários do Yahoo.

TELEFONEMA

O presidente-executivo da Microsoft, Steve A. Ballmer, disse que telefonou para seu colega do Yahoo, Jerry Yang, na quinta-feira à noite, para lhe dizer que a Microsoft pretendia fazer a oferta pela companhia. ‘Foi um telefonema de cortesia’, disse ele numa entrevista.

Ballmer disse que decidiu fazer a oferta pelo controle acionário porque negociações amigáveis seriam muito prolongadas e se tornariam públicas. ‘Essas coisas são difíceis de manter em sigilo.’ Disse também que sua conversa com Yang foi construtiva, mas sugeriu que o negócio pode não ser fácil.

O Yahoo divulgou ontem uma nota na qual comunica que seu conselho avaliaria a oferta da Microsoft ‘cuidadosa e prontamente no contexto dos planos estratégicos do Yahoo’. Numa carta ao conselho do Yahoo, Ballmer disse que as duas companhias discutiram uma possível fusão, além de outras maneiras de trabalharem juntas, no fim de 2006 e em 2007. Disse ainda que, em fevereiro de 2007, o Yahoo decidiu encerrar discussões de fusão porque o conselho estava confiante no ‘potencial de crescimento’ da empresa. ‘Um ano se passou, e a situação competitiva não melhorou’, disse Ballmer.

Ballmer manteve o presidente do conselho da Microsoft, Bill Gates, constantemente informado sobre o progresso das negociações, segundo pessoas próximas da empresa, e, quando elas abortaram, ele decidiu esperar para ver o destino da cotação das ações do Yahoo. Como as ações continuaram caindo, a administração da Microsoft ficou fortalecida e começou a fazer reuniões internas no fim de 2007 sobre a perspectiva de fazer uma oferta hostil.’

 

Renato Cruz

Objetivo da compra é barrar avanço do Google

‘Com sua oferta pelo Yahoo, a Microsoft tem como objetivo bater o Google, gigante da busca que lidera uma nova onda no mercado de software. O conceito do Google como uma empresa de software pode não parecer óbvio, mas foi assim que o presidente da Microsoft, Steve Ballmer, descreveu certa vez o concorrente, numa entrevista à revista BusinessWeek. No caso do Google, o software é oferecido gratuitamente, como serviço via internet, e sustentado pela venda de publicidade.

A principal fonte de receita do Google são os links patrocinados, pequenos anúncios de texto que aparecem do lado dos resultados de busca e em páginas de conteúdo de parceiros. No ano passado, 99% dos US$ 16,59 bilhões que o Google faturou vieram da venda de publicidade. O Yahoo tem se esforçado para recuperar terreno nessa área, mas ainda está longe do líder Google. O faturamento do Yahoo chegou a US$ 6,96 bilhões em 2007, sendo 86% de receitas publicitárias.

O Yahoo é o site mais visitado no mundo, mas perde em audiência de buscas para o Google nos principais mercados, exceto o Japão. ‘O Yahoo só não é forte onde está o dinheiro: as buscas que geram os links patrocinados’, diz José Calazans, analista do Ibope NetRatings.

Em sua origem, o Yahoo era um diretório de internet. Ou seja, um mecanismo de buscas. Durante o auge da internet, na década passada, acabou se transformando num portal, site que agrega diversos tipos de informações e serviços. Entre 2001 e 2007, o Yahoo foi comandado por Jerry Semel, que trabalhou 24 anos na Warner Bros. antes de ingressar na empresa de internet.

Sob a direção de Semel, o Yahoo acabou desenvolvendo na internet uma estratégia muitas vezes parecida com a de um grupo tradicional de mídia, desenvolvendo conteúdo próprio e licenciando conteúdo de terceiros. O que se tornou um problema no enfrentamento com o Google, que tem um modelo de negócios bem peculiar. O Google é uma empresa de mídia que não produz conteúdo. Ele vende anúncios para serem mostrados ao lado de conteúdo de terceiros, nos resultados das buscas e em sua rede de afiliados, que na prática saem de graça para o Google.

A compra do Yahoo pode ser vista como um movimento típico na história da Microsoft. A gigante do software nem sempre é pioneira nos mercados em que atua, e muitas vezes usa a aquisição de um competidor menor como base para tomar o lugar da empresa dominante.

No começo da guerra dos navegadores de internet – programas que permitem aos usuários interagir com as páginas da web -, em 1994, a Microsoft licenciou a tecnologia de uma empresa chamada Spyglass para vencer a Netscape, que então dominava esse mercado. A Microsoft pegou um produto inferior ao concorrente e trabalhou nele com todo seu músculo financeiro e de desenvolvimento, transformando-o em um software competitivo e empacotando-o no Windows, seu sistema operacional, o que significou torná-lo presente em mais de 90% dos computadores do mundo. O sistema operacional que a companhia lançou em 1981 para o IBM PC foi comprado de outra empresa, chamada Seattle Computer Products.

A disputa com o Google é a primeira grande batalha da Microsoft desde a vitória sobre a Netscape, na década passada. Naquela época, Marc Andreessen, co-fundador da Netscape, já dizia que o sistema operacional iria se tornar irrelevante, pois todos os serviços iriam rodar no navegador de internet.

De certa forma, o que o Google faz hoje é materializar essa visão. O Google tem, por exemplo, processadores de texto e planilhas que funcionam no navegador, para fazer frente ao Word e ao Excel, que rodam com o Windows. Há, porém, duas diferenças importantes. A Netscape dominava o mercado, mas não tinha uma fonte sustentável de receita. O Google tem os bolsos cheios. A Microsoft conseguiu empacotar o navegador com o Windows. Mas não teve sucesso em fazer o mesmo com as buscas na internet.’

 

Ana Paula Lacerda e Michelly Teixeira

Valor da aquisição seria o maior desde o estouro da bolha da internet

‘A oferta não solicitada de US$ 44,6 bilhões da Microsoft pelo Yahoo é a maior já feita por uma empresa de internet desde o estouro da bolha pontocom em 2000. É também a maior oferta já feita pela Microsoft para a aquisição de outra empresa. O recorde anterior é recente: no ano passado, a empresa fundada por Bill Gates ofereceu US$ 6 bilhões pela aQuantive, empresa de publicidade online – mais um passo na direção de seu maior rival, o Google.

O valor atual de mercado da Microsoft é de US$ 283,4 bilhões, enquanto o do Yahoo fechou ontem (após uma alta de 47,81% das ações) em US$ 37,89 bilhões. Juntas, as duas teriam mais força para competir – tanto em serviço de buscas como em publicidade online – contra o Google, hoje avaliado em US$ 161,39 bilhões. Embora expressiva, a oferta da Microsoft pelo Yahoo fica longe do maior negócio da história da internet.

Em 2000, a America Online (AOL), então maior provedor de acesso do mundo, comprou a Time Warner por US$ 166 bilhões em ações. A nova empresa, AOL Time Warner, tinha valor de mercado de US$ 350 bilhões.

Três meses depois, a bolha da internet estourou e as ações da empresa caíram 75%. O ‘AOL’ foi tirado do nome e transformado em um departamento. Em 2005, tinha 20 milhões de assinantes de acesso discado (e o número decrescia cada vez mais), e a Time Warner pretendia vendê-la.

A oferta de ontem da Microsoft também é um sinal de uma possível volta da onda de fusões e aquisições, no momento em que muitas empresas americanas lutam contra a desaceleração da economia e a queda nos preços das ações. A oferta foi feita após as ações do Yahoo terem caído 18% em 2008.

Poucos negócios ultrapassaram a casa dos bilhões nos últimos sete anos. Além da oferta da Microsoft pela aQuantive, também em 2007 o Google adquiriu a DoubleClick por US$ 3,1 bilhões. Em 2006, havia comprado o Youtube por US$ 1,65 bilhão. Em 2005, houve a compra do Skype pelo E-bay por US$ 4,3 bilhões.

BRASIL

A oferta de ontem vai fortalecer o movimento global de consolidação e exigirá das empresas de menor porte mais flexibilidade, melhor conteúdo e atenção a mercados de nicho. Essa é a avaliação do consultor do núcleo de Negócios Internacionais da Trevisan Consultoria, Olavo Henrique Furtado.

Para Furtado, uma eventual união entre Microsoft e Yahoo abre caminho para a consolidação de empresas globais, que vêem no ganho de escala e na oferta diversificada de serviços meios de enfrentar a concorrência e acompanhar rápidas transformações. ‘Quando você fala em mercado global, fala em necessidade de escala sem precedentes’, afirma.

Segundo o professor, a força dessas companhias não impede que se tenha empresas de porte médio com características mais nacionais. Mas, para não sucumbirem em um mercado de gigantes, os sites nacionais e de menor porte terão de oferecer ‘mais flexibilidade ao cliente e procurar nichos onde eventualmente o líder não atua.’

Aquisições também devem integrar a estratégia das firmas brasileiras. ‘Ou elas compram empresas menores ou vão ser compradas.’ Ele citou o UOL, que recentemente comprou a Plug In, especializada em hospedagem de sites e servidores, que usa a oferta de conteúdo como um diferencial. ‘O UOL está fazendo em menor escala o que as duas gigantes fazem globalmente.’’

 

TELECOMUNICAÇÕES
O Estado de S. Paulo

Lucro da Net cresce 150% e chega a R$ 208 milhões

‘A Net, maior operadora de TV por assinatura do País, registrou no ano passado um lucro líquido de R$ 207,8 milhões, um crescimento de 150% em relação ao ano anterior. Apenas no quarto trimestre, o lucro chegou a R$ 95,6 milhões, mais que o triplo do registrado no mesmo período de 2006. A causa desse aumento foi a constituição de créditos fiscais. A empresa fechou o ano com receita líquida de R$ 2,9 bilhões, ante R$ 2,2 bilhões em 2006.

Para este ano, a empresa espera repetir o número de novos assinantes, o volume de investimentos e a margem operacional do ano passado. ‘Podemos sinalizar que não há razão para acreditar que o crescimento em termos absolutos da base de assinantes seja menor do que em 2007’, afirmou o diretor-financeiro da empresa, João Elek, em teleconferência com jornalistas.

No ano passado, a Net conquistou mais de 300 mil clientes de TV por assinatura e mais de 500 mil na banda larga. Nos novos serviços de vídeo digital e telefonia, as adesões líquidas ficaram em torno de 400 mil.

‘Se houver um crescimento um pouco mais lento, a nossa margem tende a crescer porque a despesa de venda cai’, disse o executivo, ressaltando que os serviços de comunicação prestados pela Net não podem ser considerados supérfluos.

A empresa mantém para 2008 estimativa de que a margem operacional, medida pelo Ebitda, fique na faixa de 26% a 28%. Em 2007, essa margem foi de 27%. ‘Se o crescimento for mais acelerado, se houver mais oportunidades, tende a ir para a parte inferior dessa faixa’, disse Elek.

AÇÃO DE MARKETING

A empresa planeja manter este ano o foco de investimentos: cerca de R$ 550 milhões na conquista de clientes e outros R$ 200 milhões no aprimoramento da estabilidade e da qualidade da rede. Em 2007, o total de investimentos foi de R$ 770 milhões, ligeiramente acima do estimado.

O novo presidente da Net, José Felix, anunciou a contratação de Eduardo Aspesi como diretor de marketing. Aspesi deixa a vice-presidência da Vivo. A maior operadora de telefonia móvel do Brasil colocou interinamente no cargo o diretor de imagem e comunicação, Hugo Janeba.

‘Recriamos a diretoria de marketing, que há dois ou três anos estava desocupada’, afirmou Felix. ‘Não tínhamos atualmente um profissional pensando marketing 24 horas por dia, 365 dias por ano. Assim, a gente recompõe o corpo de diretores-executivos dando foco à questão da concorrência e do crescimento.’

Felix afirmou que a Net, que em dezembro anunciou a compra da BigTV, continua buscando oportunidades a valores razoáveis e descartou ‘mudança de linha’ na gestão. Ex-diretor de operações da Net, Felix substituiu Francisco Valim em janeiro.’

 

TELEVISÃO
Shaonny Takaiama

Carnaval em alta definição

‘As emissoras já estão completamente a postos para a cobertura do carnaval. A Globo terá uma câmera suspensa a 17 metros do chão que percorrerá toda a Marquês de Sapucaí e mostrará ao público as escolas de samba do início dos desfiles até a apoteose, amanhã e segunda-feira.

A emissora convocou 14 equipes do Jornalismo para a cobertura ao vivo na Sapucaí. Márcio Gomes será o âncora da transmissão, que mostrará os bastidores e terá flashes nos intervalos entre as escolas. Segunda e terça-feira, a Globo exibe os compactos dos desfiles do Rio. A segunda parte dos desfiles de SP irá ao ar hoje, depois do BBB, e a apuração ocorre na terça-feira. A narração será de Chico Pinheiro e Renata Ceribelli. O resultado carioca será anunciado na quarta-feira.

A Band mostrará este ano, além do carnaval de Salvador, também o de Recife e Olinda. Hoje, a partir do meio-dia, a emissora transmite, do Recife, a passagem do Galo da Madrugada, maior bloco do mundo. As transmissões noturnas focarão no circuito Barra-Ondina de Salvador, onde acontecem encontros musicais com a presença de Daniela Mercury, Gilberto Gil e DJs internacionais. O desfile das escolas campeãs de Rio e SP será transmitido no dia 8, ao vivo, às 22 horas.

Já a RedeTV! vai mostrar os bastidores dos desfiles das escolas de samba de SP, Rio e a folia em Salvador. Iris Stefanelli estará nos camarotes mais badalados e Carla Perez vai mostrar a folia em Salvador. Na terça-feira, às 23h30, haverá o tradicional Baile Gay com Monique Evans.

A Cultura apresentará a Folia de Raiz, com manifestações folclóricas e atividades tradicionais realizadas em várias cidades do Estado e na capital paulista, que mostrará, no Jornal da Cultura, o carnaval de São Luiz do Paraitinga, Pirapora do Bom Jesus e outros.’

 

 

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Folha de S. Paulo – 1

Folha de S. Paulo – 2

O Estado de S. Paulo – 1

O Estado de S. Paulo – 2

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