MÍDIA & POLÍTICA
‘A Justiça Eleitoral baiana proibiu a Rádio Metrópole de Salvador de fazer qualquer referência ao candidato à prefeitura da capital Antonio Imbassahy (PSDB). A medida atende a representação da coligação Para Melhorar Salvador, encabeçada por Imbassahy. A alegação é que a emissora, por meio do seu proprietário e apresentador, Mário Kértesz, tem criticado reiteradamente o candidato. ‘Não tivemos a intenção de ofender ninguém’, disse Chico Kértesz, diretor da rádio.’
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Apple derrota o Google e reina no Vale do Silício
‘O esguio iPhone com sua tela sensível ao toque revelou-se tão lucrativo para a Apple que a fabricante de engenhocas eletrônicas desbancou o Google e se tornou a companhia mais valiosa no Vale do Silício, o berço da inovação tecnológica dos EUA.
As filas de compradores ansiosos para pôr as mãos no aparelho são comuns no lado de fora das lojas da Apple desde o lançamento, há um ano.
Em Wall Street, a popularidade fenomenal do telefone repercutiu numa valorização de 44% nas ações da Apple em 12 meses. Perto do encerramento do pregão na quarta-feira, o valor de mercado da Apple havia alcançado U$ 158,8 bilhões – um nadinha acima dos U$ 157,2 bilhões do Google. A predominância da Apple representa uma mudança no equilíbrio de poder no mundo da alta tecnologia. A Apple tem sido capaz de eclipsar rivais com seus designs elegantes e fáceis de usar. O iMac e o iPod continuam sendo grandes favoritos entre os compradores de computadores laptop e fãs de música.
Enquanto isso, a estrela um dia ofuscante da Google se apagou um pouco quando a desaceleração econômica repercutiu numa queda da publicidade online e os investidores começaram a se perguntar como ela conseguirá produzir lucros sólidos com investimentos caros como o site de compartilhamento de vídeos YouTube.
Scott Kessler, um analista da Standard & Poor`s, disse que as sortes gêmeas de Apple e Google eram fundamentais para o panorama tecnológico: ‘São as duas empresas mais identificadas com a noção de inovação – não só no Vale do Silício, mas possivelmente no mundo.’ O marco do valor de mercado representa uma reafirmação de sucesso de uma geração tecnológica mais velha. A Apple foi fundada pelos colegas de escola Steve Jobs e Steve Wozniak em 1976, o que faz dela uma anciã em comparação com os meros 10 anos da Google.
Para alguns especialistas, a habilidade particular da Apple é sua capacidade de se reinventar com produtos que são tipicamente mantidos em segredo até o último momento possível.
‘Ela é uma das poucas companhias que tem conseguido desenvolver alguns produtos de grande sucesso e aplicações arrasadoras’, disse Kessler.
Os fãs da Apple tendem a atribuir grande parte do êxito aos instintos empresariais de Jobs. Quando Jobs pareceu estar mais pálido e magro que o normal, as ações da Apple caíram por um breve período na noite de quinta-feira antes que a companhia desmentisse rumores que estava doente.
Embora Apple e Google tenham modelos de negócios completamente diferentes, elas têm um certo grau de superposição. O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, ocupa um assento no conselho da Apple como diretor não executivo. As sedes das empresas ficam a meros oito quilômetros uma da outra, num extenso corredor high tech ao sul de São Francisco.
Nenhuma das duas manifestou alguma reação à mudança da supremacia. Entretanto, a Apple não teve muitos pruridos em alardear suas proezas no passado. Quando o valor da empresa superou o da fabricante de computadores Dell há dois anos, Jobs enviou um e-mail aos funcionários da sua empresa lembrando-os que o fundador da Dell havia previsto a morte iminente da Apple.
‘Colegas, revelou-se que Michael Dell não foi perfeito em prever o futuro’, escreveu. ‘Ações sobem e descem, e as coisas podem ser diferentes amanhã, mas achei que isso valia um momento de reflexão hoje.’
Para a Apple, o iPhone proporcionou uma vantagem em criatividade e conveniência. Quando uma versão 3G saiu no mês passado, a Apple vendeu um milhão dos aparelhos em um fim de semana. O Google é, com folga, a líder em buscas online, mas tem visto seu crescimento se desacelerar em ‘cliques pagos’- o número de vezes que os usuários clicam em publicidades lucrativas.’
TELEVISÃO
Viver para Contar Discovery e Conspiração fazem série
‘A Discovery acaba com o segredo da nova série nacional que está produzindo em parceria com a Conspiração. O título provisório, como esta coluna adiantou, é Viver para Contar e será composta por oito episódios. ‘São histórias de sobrevivência em situações adversas’, fala o gerente-geral da Discovery Networks no Brasil, Fernando Medin. ‘Acredito que este ano já colocaremos no ar pelo menos o primeiro episódio.’
Medin diz que um dos capítulos de Viver para Contar será sobre o acidente com um avião da Varig ocorrido em 1989. O vôo, com destino a Belém (PA), caiu no Pantanal. Por razões técnicas, não conseguiram localizar o vôo e o resgate demorou a chegar. ‘Entre os passageiros havia um homem acostumado com a região e algumas pessoas conseguiram sobreviver por causa desse homem’, conta Medin. ‘A história é contada por esses sobreviventes.’
Medin explica que histórias sobre aviões sempre causam interesse das pessoas. Segundo o executivo, o documentário A Tragédia do Vôo 1907, sobre o acidente com o avião da Gol em setembro do ano passado, foi muito bem de audiência até em países europeus, como a Alemanha.
Entre-linhas
O CQC, da Band, pretende apresentar seu oitavo integrante no programa do dia 25. Assim como foi com Danilo Gentili, no quadro Repórter Inexperiente, o novo ‘homem de preto’ já está gravando quadros em segredo.
A novela Prova de Amor, reexibida pela Record às 17h30, teve o capítulo de anteontem encurtado em meia hora. A emissora diz que foi apenas um ajuste na grade de programação e que pretende manter o horário de uma hora de exibição da trama.
Inaugurado para concorrer com Malhação, da Globo, o novo horário de teledramaturgia da Record ainda não empolgou a audiência e registra média de 5 pontos, 3.º lugar no Ibope, atrás do Brasil Urgente da Band, com 8 pontos de média.
Por falar em Malhação, embora o mercado publicitário faça ecoar que mais uma vez se especula o fim da novelinha em 2009, a TV Globo, via Assessoria de imprensa, garante que o programa tem vaga assegurada na grade de 2009.
O Sua Língua, programa infantil que o professor Pasquale Cipro Neto apresenta apenas na TV Rá-Tim-Bum, canal pago da Fundação Padre Anchieta, poderá ser visto também na TV Cultura, de segunda a sexta, às 12h30.
O professor Pasquale, versão infantil, chega à grade da Cultura embalado pelas mudanças de horário que a emissora vai operar a partir de terça, em função do horário eleitoral gratuito.’
Keila Jimenez
Golden paciência
‘Golden Score no judô. Ah não, essa história de Golden Gol, Golden sei lá o quê é de acabar com os nervos. Recruto minha Golden paciência para torcer pelo grandalhão da vez, João Gabriel. ‘Sabia que ele tem sete graus de miopia?’, me desanima o narrador da Band. ‘Mas deve estar de lente hoje’, completa. Deve?
E Felipe Diniz entra ao vivo, direto da casa da família da jogadora Chuca, às 4 horas da matina, na transmissão do basquete. Festa fake, com vizinhos contratados, é claro, só para a pergunta global à mãe da cestinha: ‘ O que a senhora está achando do jogo?’. ‘Não consigo falar nada’, responde ela. Link de impacto.
Na Globo, Oscar, sem Galvão, segue tranqüilo, quase normal. Quase. Logo começa a fazer diferença na transmissão. Com ele descubro que: ‘Toda equipe tem alto e baixos’ e que ‘quando um perde, o outro ganha’. Isso sem contar a pílula de sabedoria do dia: ‘Quando acabar, acabou.’
Na SporTV me avisam que não há ‘uma gota sequer’ de vento nas provas de iatismo. E close na Jade Barbosa que – adivinhem – está chorando. Dessa vez, levou um tombaço, está com saudades do pai… Surge Pedro Bassan, com o consolo genial: ‘Lágrimas do quê, Jade?’ De raiva dele, só pode ser.
Chega o momento do dia ‘podia ficar sem essa’. Perguntado sobre qual dos três corredores (Usain Bolt, Tyson Gay – sim, esse é o nome dele -, Asafa Powell), vai vencer os 100 metros rasos, o brasileiro Vicente Lenílson dispara: ‘Nenhum dos três’. Pobre Tadeu Schmidt.
E Galvão e Luciano do Valle viram gêmeos no futebol feminino: se um espirra na Globo, o outro diz ‘saúde’ na Band. ‘Chegou a hora do mata-mata’, grita o âncora esportivo da líder. ‘Agora é matar ou morrer’, retruca Luciano na Band. ‘Eu não consigo identificar as jogadoras norueguesas’, reclama Galvão. ‘Como vou falar o nome dessa mulher?’, brada o narrador da Band.
E seguem assim. Reclamam do gramado, da arbitragem que não marca nada, elogiam o Cielo, o vôlei de praia… E o jogo das americanas é paralisado por causa da chuva, avisam. ‘É o tempo das monções, mas nunca vi uma tempestade assim’, fala o meteorologista/professor Galvão. ‘Essa chuvinha não é para parar jogo não’, retruca o comentarista da Globo, Renato Marsiglia. ‘Mas às vezes tá caindo um monte de raio e trovão que a gente não está vendo’, apela o narrador. E o silêncio toma conta da transmissão. Ai meus Deus, será que um raio atingiu o Galvão? ‘Amanhã tem Ronaaaaaaldinho!’Não, não cai duas vezes no mesmo lugar.’
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