Monday, 04 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Painel do Leitor, Folha de S. Paulo

’27/03/04

Esclarecimento

‘Sobre a reportagem ‘Governo deve recurso a programa infantil’ (Brasil, 25/3, pág. A8), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome esclarece os procedimentos legais e administrativos adotados para o repasse, aos municípios, de recursos destinados aos programas e projetos que se desenvolvem por meio de convênio. Em todo convênio, o município deve apresentar documentação completa e projeto técnico de aplicação dos recursos e execução da ação proposta. Preenchidos esses requisitos, o processo é encaminhado para parecer técnico, assinatura pelo município e pelo ministério e posterior publicação no ‘Diário Oficial’. Após a publicação, os recursos são liberados no prazo de 72 horas, desde que o município apresente Certidão Negativa de Débito não tenha pendências de prestação de contas com o ministério. A liberação dos recursos está condicionada, portanto, ao atendimento, pelas partes interessadas, de todo o procedimento descrito, e o atraso ou descumprimento de qualquer uma das etapas leva a obstáculos no processo e conseqüentemente ao atraso no recebimento final dos recursos.’ Roberto Baraldi, assessor de comunicação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (Brasília, DF)

Sem sociedade

‘Foi com enorme insatisfação que tomei conhecimento da reportagem ‘Pitta transferiu US$ 1 milhão da Suíça’ (Brasil, 23/3, A11) em que, mais uma vez, são mencionados fatos inverídicos, divulgados, segundo o texto, pela sra. Nicéa Pitta, em maio de 2000, com o evidente propósito de macular minha honra. Ressalte-se que o texto mencionado repete o contido em duas reportagens anteriormente veiculadas por este mesmo jornal, onde são imputados a mim fatos extremamente ofensivos, consistentes na falsa afirmação de que seria sócio do ex-prefeito Celso Pitta em uma empresa chamada Yukon River, em favor da qual teria sido depositado dinheiro proveniente de atividades ilícitas. Naquelas oportunidades, dirigi pedidos de resposta a este jornal, quando esclareci o seguinte: ‘…não possuo nenhuma conta ou nenhuma empresa nas Ilhas Virgens. Não conheço nem nunca ouvi falar na empresa Yukon River citada e não sou, nem nunca fui, sócio do ex-prefeito Celso Pitta em nenhuma operação, negócio ou transação. No caso específico, com a finalidade de provar cabalmente a absoluta falsidade das acusações que me foram lançadas, dirigi, de próprio punho, correspondência ao MTB Bank, cujo sucessor é o Connecticut Bank of Commerce, solicitando cópias de todos os extratos, referências, cartões de assinatura, deliberações corporativas, registros e correspondências referentes a saques e depósitos relativos à Yukon River Ltd. ou à conta mencionada. O banco respondeu-me que tais informações são sigilosas e só podem ser fornecidas ao cliente ou por determinação dele. A resposta é, portanto, uma confirmação de que não sou cliente e nada tenho a ver com a citada Yukon River, nem com o MTB Bank, sendo falsa a acusação noticiada’. Além disso, em razão desses mesmos fatos, ofereci, por meio de meus advogados, queixa-crime contra a sra. Nicéa Pitta, pela prática do crime de difamação (processo que tramitou perante a 26ª Vara Criminal do Fórum Central do Estado de São Paulo). Dessa forma, é realmente lamentável que este prestigioso veículo de comunicação insista em veicular fato comprovadamente falso.’ Naji Robert Nahas (São Paulo, SP)’



OESP PREMIADO
José Ramos

‘‘Estado’ é escolhido por varejistas o melhor do País’, copyright O Estado de S. Paulo, 24/03/04

‘O Estado de S. Paulo foi escolhido pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas o melhor jornal paulista e o melhor jornal de circulação nacional, na 24.ª edição do Prêmio Mérito Lojista 2003, considerado o ‘Oscar do varejo’. A escolha foi feita em uma consulta a 30 mil lojistas de todo o País. O prêmio foi entregue em uma cerimônia na noite de ontem, em Brasília.

Os eleitores escolheram as melhores empresas em 20 categorias, divididas em 209 segmentos, nas áreas de indústria e de serviços. É a 11.ª vez que o Estado vence na categoria Jornal por Estado. O presidente da Confederação, Carlos Henrique Levandowski, disse que o prêmio, a estatueta Deusa da Fortuna, é uma forma de o varejo prestigiar seus parceiros. ‘Isso representa o reconhecimento do comprador.’

Ao avaliar seus fornecedores, os lojistas analisaram itens como qualidade do produto, preço, serviço, atendimento, promoção e propaganda, entre outros.

Segundo Levandowski, a premiação é também uma forma de os pequenos e microcomerciantes, representados pela confederação, buscarem uma aproximação com a indústria. ‘Temos de saber quem são os nossos parceiros e eles têm de saber quem é que coloca seus produtos nas prateleiras.’

Até 2003, o prêmio era dividido em 22 categorias e englobava 127 segmentos, mas, neste ano, as categorias foram fundidas em 20 e os segmentos ampliados para 209.

Outra novidade nesta 24.º edição do prêmio é a homenagem a personalidades empresariais. O Destaque Empreendedor foi para o presidente do Sebrae Nacional, Silvano Gianni.

Foram escolhidos também, como Destaque Empresarial, Paulo Octávio Pereira, presidente da Paulo Octávio Investimentos Imobiliários; como Destaque Franquia, Miguel Krisgner, presidente de O Boticário; como Destaque Lojista do Ano, Luiza Helena Inácio Rodrigues, superintendente da Rede Magazine Luiza; e como Destaque Rede de Lojas, Samuel Klein, presidente das Casas Bahia, entre outros.

Outros prêmios – O Estado acumula outros prêmios conquistados recentemente. Em novembro, foi eleito o veículo de comunicação mais admirado do País. A conclusão foi de uma pesquisa da Troiano Consultoria de Marca feita para o grupo Meio & Mensagem, que edita publicações dirigidas ao mercado de comunicação social, com foco em mídia e publicidade.

Ainda em novembro, o Estado foi o vencedor do 13.º Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini na categoria jornais. Dois meses depois, em janeiro, o caderno de Economia e Negócios do jornal recebeu o Prêmio Veículos de Comunicação, da Revista Propaganda, como o melhor produto no seu setor.

Em abril, na abertura do 7.º Congresso Brasileiro de Jornalismo Empresarial, Assessoria de Imprensa e Relações Públicas, em São Paulo, o jornal será homenageado e o diretor de Opinião, Ruy Mesquita, receberá o Prêmio Personalidade da Comunicação 2004. ‘Escolhemos o Estadão em função de ser o mais paulista dos jornais nos 450 anos de São Paulo’, explicou Eduardo Ribeiro, sócio da Mega Brasil, empresa que organiza o evento.’



MARINHOS E CIVITAS, JUNTOS
O Globo

‘Fundações Roberto Marinho e Victor Civita se unem em prol da educação’, copyright O Globo, 26/03/04

‘As fundações Roberto Marinho e Victor Civita assinaram ontem, em São Paulo, um convênio em prol da qualidade da educação. A parceria, que é inédita, vai estimular a discussão em torno dos problemas do ensino no Brasil. O primeiro resultado do acordo será a produção conjunta de uma série de dez programas especiais sobre os caminhos para a educação. Os programas começarão a ser veiculados em setembro no Canal Futura, das Organizações Globo.

A assinatura do convênio aconteceu na sede da Fundação Victor Civita em São Paulo e contou com a participação do presidente da Fundação Victor Civita e do Conselho de Administração da Abril, Roberto Civita, e dos vice-presidentes das Organizações Globo João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, este também presidente da Fundação Roberto Marinho.

Durante o evento, o presidente da Fundação Roberto Marinho disse que as duas instituições, que sempre trabalharam para melhorar a qualidade da educação no país, decidiram somar esforços.

– A proposta é contribuir para a melhoria da educação no Brasil – disse Roberto Civita.

– As duas maiores empresas de comunicação do país estão se unindo em prol da educação – afirmou José Roberto Marinho.

A série, que irá ao ar pelo Canal Futura no segundo semestre, vai utilizar diversos recursos como animações, pequenos documentários e imagens especiais. A linguagem será leve e bem-humorada. A idéia é levar, de maneira atraente, as discussões para os diversos segmentos da sociedade.

– A série não focará apenas os educadores, mas também os políticos, os alunos, os pais de alunos e os empresários – disse Guiomar Namo, diretora executiva da Fundação Victor Civita.

Os programas serão gravados em quatro estados, com locações em escolas públicas e privadas, universidades e outros espaços de ensino. Em cada episódio, diversos quadros mostrarão diferentes enfoques sobre os temas apresentados.

Qualidade na educação é tema de programa-piloto

A série vai mostrar, entre outras coisas, como as políticas adotadas no passado tiveram impacto sobre o ensino no Brasil. O bloco final de cada episódio fará a relação do tema apresentado com outras áreas do conhecimento e com situações do cotidiano.

O assunto do programa-piloto será a qualidade na educação. Alguns tópicos como a gestão escolar, a capacitação dos professores e as políticas educacionais também serão contemplados na estréia da série.’



DIÁRIO DO GRANDE ABC
Comunique-se

‘Jornalista explica por que não assumiu redação do Diário do Grande ABC’, copyright Comunique-se (www.comuniquese.com.br), 25/03/04

‘O jornalista Daniel Lima procurou, nesta quinta-feira (25/03), o Comunique-se para falar por que não assumiu o comando de redação do Diário do Grande ABC. Ele contou que se reuniu com os acionistas Alexandre e Fausto Polesi. Segundo Lima, os dois afirmaram que, protegidos pelo estatuto da empresa, iriam fiscalizar os trabalhos da redação. ‘Disse a eles que não me submeteria à censura dos tempos de Getúlio Vargas e do regime militar’.

Lima afirmou que Oscar Osawa, diretor superintendente do diário, mentiu ao dizer que recebeu um fax 15 minutos antes do jornalista tomar posse em que alegava motivos pessoais para não assumir a direção de redação. Osawa rebateu: ‘Essa é a versão dele’.

‘Mantive externamente a possibilidade de assumir a direção do jornal na sexta-feira para ver se os acionistas-censores mudariam de idéia, mas diante da decisão de se instalarem num dos gabinetes da empresa, não tive dúvidas em deixá-los plantados à espera de um teatro de fantoches que jamais pratiquei em minha vida profissional. Eles não vão acrescentar à biografia que detêm o troféu de haver censurado uma equipe dirigida por mim. Entre outras razões porque o Plano Estratégico Editorial que formulei para o Diário do Grande ABC é a antítese do modelo que eles aplicaram naquele importante veículo’, continuou Lima.

Alexandre Polesi confirmou o que disse Lima. Ele afirmou que, como membros do Conselho de Administração, eles têm o direito de fiscalizar o trabalho quando se trata de assuntos do interesse da empresa, já que o estatuto diz que esta é uma das funções do conselho.

Em documento enviado ao Conselho de Administração no dia 19/03, um pouco antes de Daniel Lima desistir de sua posse, Fausto e Alexandre Polesi escreveram que a escolha de do jornalista ‘faz parte de uma estratégia autoritária de ‘ocupação’ e ‘anexação’ do jornal, que se desenvolve já há alguns anos e contra a qual temos resistido, como continuaremos a fazê-lo’.

Alexandre disse também que a família Polesi jamais permitiria mudar a linha editorial, como queria Lima.

Lima afirma que em nenhum momento se envolveu nas questões acionárias que opõem Polesis e Dottos, os fundadores da empresa. ‘Fui convidado para a direção da Redação pelos Dottos e os atendi. Há mais idiossincrasias que acrescentaram a certeza de que não deveria transferir-me para aquele jornal’.

Evenson Dotto, outro sócio, parte para a defesa de Daniel Lima. ‘O Daniel é um profissional exemplar, extremamente competente. Não faz sentido o Alexandre tentar desqualificá-lo’. Quanto à escolha do jornalista, que na carta Alexandre e Fausto dizem que foi um ‘ato de prepotência, sem cobertura estatutária’, Dotto enfatiza que foi feita uma solicitação de assembléia geral, seguindo todos os procedimentos legais. ‘Apesar de os Polesi terem entrado com uma ação tentando impedir a reunião, um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo nos autorizou a realizá-la. Nem Alexandre nem Fausto compareceram’.’