‘‘O excelente jornalista Fernando Rodrigues certamente foi mal informado em relação aos resultados em Santa Catarina (‘Primeiro turno explicita derrotados e vitoriosos’, Eleições 2004, pág. A9). O PFL não só ganhou em Blumenau mas também apoiou a coligação vitoriosa em Joinville. E faz parte da coligação que foi para o segundo turno, com o PP, em Florianópolis, contribuindo com o candidato a vice-prefeito. O PFL ganhou ainda em grandes municípios como Lages e Chapecó. Aliás, nos dez maiores municípios catarinenses, o PFL venceu em três com cabeça de chapa, em quatro outros em coligações e vai para o segundo turno em Florianópolis, tendo perdido apenas nos pleitos de Jaraguá do Sul, Itajaí e São José. Afirmar que tenho poucos votos não me ofende. Os números, todavia, falam de forma diferente. Em 1998, elegi-me como senador com 1.087.512 votos, cerca de 500 mil a mais do que o mais próximo adversário, sendo a maior votação obtida até hoje por um candidato a senador em Santa Catarina.’ Jorge Bornhausen, senador da República, presidente nacional do PFL (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Fernando Rodrigues – O senador repete o que informou a reportagem: ‘Nas três cidades mais importantes de Santa Catarina (Florianópolis, Joinville e Blumenau), o partido [PFL] só teve vitória na cabeça da chapa em uma -a menor, Blumenau’.
TV
‘A Folhavolta a inovar e cria a categoria jornalística ‘suspeita’ quando não consegue sequer uma denúncia formal. Sua coluna sobre televisão deu abrigo a uma insinuação desprovida de qualquer vínculo com a realidade do colaborador do grupo de mídia da Folha Gerald Thomas (‘Gerald Thomas suspeita de plágio na Globo’, Ilustrada, 5/10). Ele diz desconfiar que um projeto ainda em desenvolvimento na TV Globo, a cargo da equipe do diretor Guel Arraes, se teria baseado numa antiga idéia sua. Cabe tentar mais uma vez registrar as informações básicas suprimidas do nosso esclarecimento. Há uns dois anos, Gerald enviou uma fita com imagens do que seria um embrião de um ‘reality show’. Não havia sequer um projeto formal. Era uma espécie de ‘pegadinha’ envolvendo um grupo de artistas. O material foi examinado e recusado apenas no âmbito do jornalismo -ou seja, ninguém da área artística, onde Guel trabalha, tomou conhecimento dele. Gerald nos procurou há dias afirmando que havia uma coincidência de idéias. É uma preocupação ilógica, até porque o nosso programa nem sequer tem conteúdo ou formato definidos, não havendo, portanto, nada a ser comparado. Ainda assim, esse projeto em desenvolvimento não é um ‘reality show’ -a categoria sugerida por Gerald. Isso tudo foi detalhadamente explicado. Em correspondência posterior, Gerald deu a entender que poderia entrar com uma ação judicial e ir aos jornais, ao mesmo tempo em que insinuava que ficaria feliz com um acordo. Mesmo com toda a aparência de que se tratava de uma sutil tentativa de pressão -de fato, conseguiu uma notinha de jornal, mas não foi à Justiça-, decidimos interromper o diálogo. Apesar de parecer apenas mais uma estripulia dele, dar seqüência a esse absurdo seria admitir uma premissa inaceitável e ofensiva em relação aos profissionais envolvidos à revelia nesse episódio. A TV Globo sempre teve com o Gerald um relacionamento respeitoso e até colaborador, embora ele não seja contratado da emissora. Para quem busca explicações na psicanálise, talvez esteja aí a origem desse despautério que teve na Folha um aconchegante divã.’ Luis Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ)’
TODA MÍDIA
‘Ouro negro’, copyright Folha de S. Paulo, 12/10/04
‘Na manchete do Jornal da Record, ‘petróleo bate recorde pela quinta vez’.No site do ‘Wall Street Journal’, o destaque foi que agora os novos recordes vêm em cima de ‘fortes fundamentos’.
Listou três, a greve dos petroleiros na Nigéria, os ‘danos’ dos furacões ao escoamento no golfo do México e a forte demanda. Menciona um quarto:
– Outra nuvem está se formando: a federação de petroleiros do Brasil indicou aos membros que votem por greve se a Petrobras não ceder.
Foi o bastante para concentrar a atenção dos comentaristas -como Míriam Leitão na CBN, que falou da urgência do aumento da produção na Árabia Saudita, e Delfim Netto na rádio Bandeirantes, prevendo juros mais altos do Banco Central como reação ao ‘iminente’ aumento dos derivados.
Para piorar o quadro, o ‘Financial Times’ de ontem trouxe duas reportagens destacando que as empresas de petróleo não têm conseguido cobrir os gastos com a prospecção, em suas novas áreas pelo mundo.
Segundo o jornal britânico, nos EUA agora a ‘esperança está em áreas abandonadas’, que começam a ser retomadas.
Também o espanhol ‘El País’, em longo artigo no domingo, se mostrou preocupado com a prospecção que já não se paga -e saiu em defesa do ‘ouro negro em águas profundas’, com menções ao Brasil.
Até o Fantástico, a ‘revista dominical’ da Globo, está inesperadamente atento.
Fez uma reportagem sobre um suposto atentado contra o laboratório da USP ‘onde são realizadas as pesquisas sobre o biodiesel, o combustível alternativo que mistura álcool com óleos vegetais, como soja’.
O biodiesel foi descrito como ‘uma tecnologia que pode valer US$ 50 bilhões’ -e sobretudo como ‘uma estratégia contra a eventual crise do petróleo’.
MAIS E MAIS DEBATES
A CNN já traz reportagens e chamadas nos intervalos comerciais para o debate de amanhã -o terceiro e último-entre os presidenciáveis John Kerry e George Bush. Por aqui, a rádio Bandeirantes trata de destacar que o primeiro debate entre José Serra e Marta Suplicy, depois de amanhã, será dela -da rádio e da TV. ‘Pela regra, a prefeita e o ex-ministro se enfrentarão 48 vezes diretamente’, destacou. É de causar apreensão
Incondicional
Na manchete do Jornal da Band de ontem, destaque para o apoio do papa à campanha de Lula contra a fome e a pobreza. De acordo com a Globo, um apoio ‘incondicional’.
Não recebeu destaque, mas em contrapartida ‘João Paulo 2º pediu que o governo defenda a vida desde o momento de sua concepção’, segundo a Globo. Ou seja, nada de aborto.
Pelo telefone
Mas na frente internacional a atenção de Lula estava voltada ontem à Rússia.
Segundo notícia da agência Itar-Tass, os dois presidentes ontem ‘discutiram cooperação bilateral por telefone’. E foi o brasileiro quem ligou, segundo a agência russa.
Nos preparativos para a visita do presidente russo ao Brasil, outros sites informavam ontem que as duas partes se encontram nesta semana, para derrubar o veto à carne brasileira.
Murdoch no ar
Do ‘Wall Street Journal’ ao ‘Financial Times’ e à agência Bloomberg, o maior destaque em comunicações ontem foi o acordo entre a Sky e a DirecTV -ambas de Rupert Murdoch- para integrar suas operações na América Latina.
O acordo envolve a Globo, que continuará associada, mas os ‘detalhes financeiros não foram tornados públicos’, segundo a reportagem do ‘WSJ’.
Só campanha
A carreira do ator Christopher Reeve se perdeu na polarizada campanha americana.
A Fox News fez uma cobertura contida da morte. Já a CNN não parou de falar da luta do ator por pesquisa com células-tronco, defendida por John Kerry, mas recusada por George W. Bush. O destaque do blog Daily Kos, o principal dos ‘liberais’:
– Reeve morre. A pesquisa com células-tronco vai para o centro do palco.’
***
‘Os EUA e o Brasil’, copyright Folha de S. Paulo, 11/10/04
‘Depois de soltar palavrão na MTV, Caetano Veloso viajou aos EUA, onde fez show ontem em Miami. Antes, falou ao ‘Miami Herald’ sobre a América e o Brasil.
Seu álbum com canções dos EUA, destacou o jornal, sai no instante em que ‘o sentimento antiamericano’ explodiu. E é, inusitadamente, ‘um tributo brasileiro à América’, no título da reportagem.
O músico gostou da imagem e disse que foi melhor ter feito o CD agora, quando o momento ‘é mais complexo’.
Para Caetano, aqui ‘tudo teve influência do pop americano, não só música, mas jornalismo, cinema e outras coisas’:
– Eu tinha que fazer alguma coisa com isso.
No caso, fez com ‘ironia’ -sublinhando o que existe de ‘fake’, de cópias falsas ou quase, nas pontes culturais erguidas entre os dois países.
Não é só Caetano que se acha obcecado pela América.
Pela web brasileira, o que não falta é opinião polarizada, aqui tanto quanto lá, sobre a eleição americana. Por exemplo, Luiz Carlos Bresser Pereira escreveu em seu site:
– É bem possível que Bush seja melhor para o Brasil, pois é menos protecionista, mas Kerry é melhor para a humanidade.
Até os seguidos debates vêm recebendo cobertura dos blogs locais. Opinião de Marcelo Tas, no mais recente:
– Sem sombra de dúvida, um passeio do Kerry. Arrebentou com o Bush.
Mas também para ele o mais importante é o que vale tirar da democracia americana:
– Marta e Serra deviam ver para aprender a diferença entre ironia e sarcasmo.
Ou ainda:
– As TVs brasileiras também têm a aprender: condução leve mas opinativa, autoridade com flexibilidade. Estão 30 anos à nossa frente.
Na TV, certamente. Mas o Brasil, ao que parece, não tem muito o que copiar da América, quanto à votação.
O ‘Washington Post’ trouxe a melhor reportagem de domingo nos grandes jornais, sobre ‘as batalhas que estão recebendo menos atenção, mas que são igualmente polarizadas e talvez decidam a eleição’.
Segundo o ‘WP’, a votação na Flórida, há quatro anos, deixou claro o poder que os secretários de Estado, que são indicações dos governadores, têm sobre o processo.
E assim Bush e Kerry criaram exércitos de advogados que se têm acusado mutuamente do Novo México a Iowa, falando em manipulação para tirar de cena os eleitores.
Em comparação, o conflito paulistano em torno do feriado soa cômico.
FORA DO AR
Foi nos distantes protestos de Seattle, há cinco anos, que nasceu o Indymedia, que aos poucos se propagou pelo mundo cobrindo atos antiglobalização e outros. Pois o final da semana viu a rede cair em 20 países, inclusive Brasil, por conta de uma ordem de apreensão de seus servidores feita nos EUA ao provedor Rackspace. Os servidores foram entregues ao FBI. Até ontem, não se sabiam os motivos, mas alguns sites, como o do Brasil, já haviam retornado por outros provedores.
Segundo nota do Indymedia, que só ecoou em outros sites engajados, como o Adital, ‘a medida faz parte de um ataque sistemático aos meios independentes’.
Sem parar
Ontem, no dizer da Jovem Pan, que resume tudo:
– Marta Suplicy caminha e José Serra descansa.
Depois da pesquisa Datafolha, o tucano foi dar um tempo.
Já a petista foi a uma feira de artesanato na República, andou pelo comércio no Grajaú e na Capela do Socorro -e encerrou o dia no Anhembi, em evento de corretores de seguros.
Birra
Para o blog de Ricardo Noblat, que não pode ser descrito como antilulista, ‘Marta só se reelege por milagre, São Paulo pegou birra por ela, pronto’.
Sob bala
Nos sites dos principais jornais americanos, um despacho da agência AP mostrava ontem que as coisas vão de mal a pior, no Haiti de Lula:
– Um tiroteio forte irrompeu em Port-au-Prince quando 150 soldados brasileiros em veículos militares entraram na favela de Bel Air, onde grupos de jovens em barricadas de carros virados pediam a volta [do deposto Jean-Bertrand Aristide].
Um brasileiro levou um tiro no pé, na ‘primeira baixa das tropas de paz’.
Na seqüência, também um soldado argentino, em outro confronto na capital, ‘levou um tiro no braço’.
NOVA ONDA
Inventaram mais um ‘movimento’ literário no Brasil, apelidado pelo prestigioso Portal Literal como ‘geração 00’. ‘Eles começaram sua literatura em blogs, trocaram críticas via e-mail, criaram revista virtual’ -e agora, prêmio dos prêmios, são ‘impressos em papel’’
***
‘O momento de Kerry’, copyright Folha de S. Paulo, 7/10/04
‘Até o fim da tarde, o destaque no site do ‘New York Times’ eram os ataques de George W. Bush a John Kerry, mas sublinhando tratar-se de esforço do presidente americano para responder à notícia que estava por vir.
E ela chegou a seguir, em manchete não só no site do ‘NYT’, mas ‘Washington Post’, ‘Wall Street Journal’, ‘Financial Times’ e muitos mais, pelo mundo. Do ‘WP’:
– Hussein havia destruído as armas, diz inspetor.
Do ‘FT’:
– Saddam ‘não tinha armas de destruição em massa’.
Segundo o ‘WSJ’, ‘o inspetor dos EUA não viu evidência de que o Iraque tenha produzido qualquer arma de destruição em massa após 1991’.
E mais, ‘a capacidade de armas de Saddam se enfraqueceu durante os mais de dez anos de sanções da ONU’.
A CNN foi na mesma linha, bem como a BBC. Mas não a Fox News: o canal pró-Bush seguiu martelando os ataques a Kerry, ontem mais pessoais e histéricos do que nunca.
A mesma Fox News passou o dia no esforço de destacar o desempenho do republicano Dick Cheney no debate dos candidatos a vice, anteontem.
O ‘NYT’ ajuda a entender, com uma reportagem que reproduziu o e-mail do chefe da campanha republicana aos militantes, com instruções:
– Imediatamente depois do debate, visite pesquisas on line, salas de bate-papo e faça sua voz ser ouvida. As percepções das pessoas são formadas tanto nas conversas posteriores quanto pelos próprios debates.
Os democratas não ficaram atrás, aliás, com suas próprias equipes de ‘spin’, voltadas a espalhar opiniões.
Segundo pesquisa divulgada anteontem na CNN, o número de pessoas que julgam que Kerry derrotou Bush, semana passada, no primeiro debate presidencial, cresceu muito ao longo dos dias. É o ‘spin’, hoje parte vital das estruturas de campanha nos EUA.
Para amanhã, novo debate presidencial -e mais ‘spin’.
Ainda sobre o debate de vices, o que mais ecoou não foi uma eventual vitória ou derrota. Foi que Cheney, no ar, sugeriu à audiência que checasse num site as suas afirmações.
Mas deu o endereço errado e o site indicado se viu inundado por cem acessos por segundo -e acabou encaminhando todos, por vingança, diretamente ao site do bilionário George Soros, que é antiBush.
Na página de Soros, liam-se mensagens como:
– Nós não podemos reeleger Bush… Bush põe em perigo a nossa segurança…
Tudo dá errado para Bush, em várias frentes. Até a Fox News anda apanhando.
Segundo notícia no ‘NYT’, o canal errou feio na semana passada, após o debate presidencial, citando declarações atribuídas falsamente a Kerry, tipo ‘eu sou metrossexual, ele é um caubói’. Do porta-voz da Fox:
– Foi um erro estúpido.
SEM CENSURA
Em campanha aberta contra George W, Bush, o radialista Howard Stern, um dos principais dos EUA, anunciou ontem que vai para o espaço. Seu programa vem sendo multado seguidamente pelo governo Bush, supostamente por usar palavrões, no que Stern qualifica de perseguição política (na ilustração acima, de seu site, ele proclama ‘eu quero minha liberdade’). A notícia foi destaque na home do ‘NYT’, do ‘WP’ e até do ‘WSJ’:
– Stern vai mudar seu programa para a rádio por satélite, num negócio que vai liberar o polêmico âncora das normas federais sobre indecência.
De quebra, o ‘exílio’ espacial vai render US$ 100 milhões por ano a Stern, durante cinco anos.
Sem intenção
E Colin Powell, secretário de Estado dos EUA, ‘falou com exclusividade’ à Globo. Não foi além do que disse publicamente, mas uma nova declaração mais enfática acabou no ‘NYT’:
– Os EUA entendem que o Brasil não tem nenhum interesse em uma arma nuclear; não tem o desejo e não tem planos, nem programas, nem intenção de se mover na direção de uma arma nuclear.
Voz global
O jornal ‘Christian Science Monitor’, de Boston, deu editorial louvando as palavras de Powell -e saudando a ‘nova voz global do Brasil’.
Inspeções, afinal
Os sites do ‘NYT’ e do ‘WSJ’, mais o ‘Miami Herald’, traziam ontem a informação, dada por ‘diplomatas que falaram em condição de anonimato’, de que o ‘Brasil concordou com a inspeção de suas instalações nucleares pela ONU’.
E ainda tem quem diga que a viagem de Powell não foi para tratar de nada disso.
O grande prêmio
O ‘El País’ deu editorial sobre as eleições. Disse que, ‘se ampliar os resultados no segundo turno, 2005 pode ser o ano de Lula’. De todo modo, ‘é certo que não conseguiu o grande prêmio’, ou seja, São Paulo.’
***
‘Apoio ou quase’, copyright Folha de S. Paulo, 6/10/04
‘Foi ‘enquanto voava para o Brasil’ que Colin Powell, secretário de Estado dos EUA, deu declarações pedindo a Israel que conclua ‘rapidamente’ a operação em Gaza.
E foi o que bastou para jogar o assunto Brasil para baixo, ontem na cobertura das agências internacionais.
Mas sobrou bastante -e, do que sobrou, o que recebeu mais destaque foi a descrição do país, por Powell, como ‘sólido candidato’ a uma vaga no Conselho de Segurança.
O título foi quase o mesmo para os sites da Bloomberg e da Voz da América:
– Brasil é ‘sólido candidato’ a uma cadeira permanente, diz Colin Powell.
O ‘Financial Times’ foi além e deu, como título:
– Powell apóia esforço do Brasil por cadeira no Conselho de Segurança.
Já a Reuters se conteve:
– EUA chegam perto de apoiar Brasil para cadeira no Conselho da ONU.
Em relação à cadeira para o Japão, semanas atrás, o endosso americano foi mencionado como mais efetivo.
A Bloomberg ouviu já ontem a reação do embaixador brasileiro nas Nações Unidas:
– É o melhor que se pode obter. Já temos os britânicos, franceses, os russos e chineses, então agora temos o compromisso dos membros permanentes do Conselho.
Ele arriscou que em dois ou três anos o processo de ratificação estará encerrado.
Antes mesmo dos elogios rasgados ao Brasil, ontem em São Paulo, o secretário já havia indicado, em entrevista ao ‘New York Times’ de ontem, que as ações do país no Haiti e Venezuela ‘transformaram o Brasil num grande poder’.
Também no ‘NYT’ -e depois publicamente, ontem- Powell questionou a ‘importância’ do tema das inspeções nucleares.
Segundo o ‘FT’, no entanto, o programa nuclear é ‘alta prioridade’ na viagem.
POLÍCIA
Cena de ‘Team America’
Os criadores de ‘South Park’ atacam de novo.
Semana que vem estréia nos EUA ‘Team America: World Police’, um filme de bonecos copiado da série ‘Thunderbirds’ dos anos 60. Na sátira, uma equipe americana viaja pelo mundo atrás de terroristas com ‘armas de destruição em massa’ e ditadores como o norte-coreano Kim Jong Il. São 90 bonecos, muitos de ‘liberais’ hollywoodianos como Michael Moore, Susan Sarandon, Sean Penn e Alec Baldwin.
O protagonista é um ator da Broadway chamado para se infiltrar na rede terrorista. O filme, segundo ‘NYT’ e outros, é cheio de palavrões e ‘sexo selvagem’. Paris e o Egito são destruídos. A cabeça de Sarandon explode. A crítica do canal Fox News, pró-Bush, adorou.
Antigas
Também a Globo deu por derrotadas as ‘antigas lideranças’, listando ‘nomes como o de Antonio Carlos Magalhães, na Bahia, Jarbas Vasconcelos, em Pernambuco, e Siqueira Campos, no Tocantins’.
Depois ‘José Sarney, há décadas o maior líder do Maranhão’, ‘Tasso Jereissati, no Ceará’, e até o jovem Aécio Neves. Tasso, ao Bom Dia Brasil:
– Faltou voto.
Para a história
A Globo omitiu Paulo Maluf, mas a Jovem Pan ouviu do velho malufista Delfim Netto:
– A liderança de Maluf, que era forte, não tem mais importância, faz parte da história.
Iguais
Nem todos estão satisfeitos com a ascensão de PT e PSDB. No blog Mídia sem Máscara, o destaque ontem foi:
– Socialismo triunfante e democracia em risco… Partidos de esquerda dominam. Que democracia é essa?
Um dia antes, o destaque era ‘Marta e Serra: no final das contas, são todos iguais’.
O site exige ‘partidos conservadores ou liberais’.
Força
Para fechar o balanço, o ‘Washington Post’ destacou ontem que a eleição ‘fortaleceu’ Lula. Já Larry Rohter registrou no ‘New York Times’ que PT e PSDB ‘mostraram sua força’.
OS ELEITOS
Encerrada a apuração, a Globo descobriu os vereadores, afinal. Ontem o SPTV deu os perfis da petista Soninha e do petebista Celso Jatene, eleito pela coligação de Marta: ‘formado em direito pelo Mackenzie, ele é delegado de polícia’’